Capítulo 10 - Vingança

Acordei e apercebi-me que tudo o que passou não tinha sido um pesadelo e que ainda continuava atrás das grades. Levantei-me e coloquei as mãos sobre as grades tentando parti-las.

- Afasta-te, Lolla! – disse a minha mãe.

Afastei-me e ela fez uma bola gigante azul de energia mandando-a contra a grade. Nem isso resultou. A grade nem rachou.

- Ainda há uma maneira! – disse a minha mãe.

Sentamo-nos num circulo e demos as mãos. Fechamos os olhos e começamos a dizer um antigo feitiço japonês. As grades começaram a derreter e conseguimos sair. Corremos até um corredor e encontramos o Richard.

- Esperem... - disse olhando a minha família.

- O que fazes aqui? Como é que te soltas-te? – disse o Richard chateado.

Corri para ele e abracei-o começando a chorar.

- Desculpa Richard. Não tinha percebido como as coisas eram. Tu e o teu pai são os vilões mais fortes. Tentei escapar mas não consegui. Nem quero... - disse deixando cair algumas lágrimas – Quero ficar aqui e servir-te a ti e ao teu pai para a eternidade. Desde que possa estar contigo tudo é muito melhor. Fica comigo, Richard.

Fiz sinal para que a minha família fugisse enquanto o Richard estava distraído.

- Não, Lolla. Não é isso que quero – ele suspirou – mas é o que tem de ser feito.

A minha expressão mudou e ri me. Olhei-o e dei-lhe um pontapé na perna e um murro fazendo o cair no chão.

- É bom sermos traídos, não é Richard? – disse chateada.

Corri para fora dali até que não conseguia encontrar a minha família.

- Mãe? Tio? Onde estão? – gritei.

- A pequena bruxinha acha que nos pode enganar – disse o Lord Everton rindo.

Quando me virei ele puxou me pelo pescoço apertando-o.

- És esperta, bruxinha... mas meteste-te com o vilão errado – disse o Lord Everton mudando a cor dos seus olhos para vermelho.

Não conseguia dizer nada pois ele apertava o meu pescoço e quase não consegui respirar. Este mandou-me para o chão e cai quase sem me mexer com as dores e comecei a tossir.

- Tens sorte em não ter morto já a tua família – sussurrou me com a sua voz grossa.

Prendeu-me as mãos com cordas e levou-me novamente para dentro da mansão. Não dei luta pois sentia-me demasiado cansada e já quase que me arrastava enquanto caminhava. Quando lá chegamos ele prendeu-me numa nova gaiola gigante onde estava a minha família.

- Vocês já não me são úteis. Por isso, o que não é útil, deita-se fora – ele riu novamente com o seu riso maléfico.

O Lord Everton clicou num botão que abriu fogo por debaixo de nós. Estávamos pendurados numa gaiola e bastava um leve toque que ela cairia diretamente no fogo e morreríamos todos.

- Pode ficar com o Colar de Pedra mas deixe-nos viver! – implorei.

- Hum...deixa-me pensar... NÃO! – disse o Lord Everton rindo se.

- Seu animal!! COBARDE!! – gritei com as poucas forças que me restavam.

- Oh para com os elogios, querida!

Fui para perto da minha família e encostei me neles para não ver o que iria acontecer.

- Richard! - apelou o Lord Everton.

O Richard apareceu.

- Queres ser tu a ter o prazer de puxar a alavanca e de matar estas criaturas que nos atormentam a anos?

Ele olhou-nos e foi para perto da alavanca.

- Claro...

Ele pegou na alavanca e ficou uns tempos a olhar-nos. Vi o Richard e olhei-o com lágrimas nos olhos. Desta vez, lágrimas verdadeiras. Ele olhou para baixo.

- Não consigo.

O Lord Everton olhou o surpreendido.

- COMO NÃO CONSEGUES? FOSTE TREINADO PARA ISTO! ÉS UM VILÃO, NÃO UMA FORMIGA!

- Não consigo, pai.

- Imbecil.

O Lord Everton mandou o Richard ao chão e puxou a alavanca fazendo com que nos desprendêssemos.

- NÃO!!!!! – gritou o Richard.

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