37. Despedida cruel
Ao acordar no dia seguinte ao velório e enterro de sua querida dia Natalie, Emily sabia que precisava conversar com os pais. Por as cartas na mesa e decidir se faria dessa mudança uma briga interminável, ou apenas aceitaria a condição imposta por eles e daria adeus a Evan, pelo menos por um tempo, afinal Los Angeles não era do outro lado do mundo e talvez depois que tudo se ajeita-se, Evan fosse ao seu encontro e eles finalmente pudessem viver suas vidas sem nenhum empecilho.
Eram nove e meia da manhã, Emily então livrou-se de suas cobertas, escovou os dentes, despiu seu pijama e lançou mão de uma camiseta preta e um short jeans largo.
Desceu para o café, sem muita pressa e nenhum ânimo para conversa.
Era sábado e sua mãe já havia saído para comprar verduras e legumes frescos para o almoço, como era costumeiro. Seu pai assistia a um programa esportivo, bebericando café, sentado em sua poltrona na sala de estar.
Cumprimentou o pai e foi até a cozinha preparar algo para comer, o mesmo a seguiu - Filha! Sobre o que aconteceu ontem entre você e sua mãe, tente entender...
- Eu sei, pai - ela servia-se de café - É para o meu bem! Não vou mais discutir. Quando iremos?
Bruce estava extremamente surpreso com a atitude tão ponderada de Emily - Quem é você e o que fez com minha filha? - brincou ele.
- Sem piadas, pai - seu semblante era calmo, mas por dentro aquilo lhe consumia - Isso não quer dizer que concordo com a tirania de vocês, só estou cansada de brigas.
O homem então a envolveu em seus braços, orgulhoso do jeito sensato da menina ver as coisas.
- Tudo bem, meu amor - disse ele afastando-se dela - Respondendo sua pergunta, iremos assim que eu conseguir ajeitar as coisas por aqui.
- Mas onde vamos morar? - a garota indagou - E como fica meus estudos?
- No início ficaremos com sua avó, em Malibu. A casa é grande e será apenas por alguns meses, até encontrarmos uma casa de acordo com nossos padrões, em Los Angeles - Bruce sorriu - Quanto a suas aulas, por já estarmos no final do ano letivo, você poderá terminar o semestre em casa e no ano que vem, escolheremos uma boa escola que te dê um excelente apoio para que escolha a melhor faculdade.
Emily media suas palavras com muita calma, enquanto o pai Bruce a analisava curiosamente.
- Pai, eu tenho um pedido a fazer, quero que me escute, por favor! -
Bruce obedeceu, ouvindo a filha atentamente - Quero me despedir de Evan, explicar tudo a ele antes de irmos.
- Sua mãe não vai gostar disso, Emily!
- Por isso estou pedindo a você, pai - ela sorriu forçadamente - Sei que não entendem, mas ele é importante para mim, eu o amo, mesmo que achem que ele não serve para mim, Evan faz tudo que eu sinto ser ampliado.
Após ouvir o depoimento emocionado e sincero da filha, Bruce concordou - Tudo bem, querida! Você pode vê-lo pela última vez antes de partirmos. Acho que fui muito duro e grosseiro com o rapaz quando você o trouxe aqui e essa é uma forma de me redimir, mas vamos manter isso apenas entre nós dois. Ok?
Emily pulou nos braços de seu pai, agradecendo por ser seu cúmplice e suspirou lembrando as palavras que ouvira de Evan ao telefone "Você precisa provar a eles que é madura".
Era dessa forma que iria lidar com as coisas dali para a frente.
Após o almoço, Emily pediu ao pai que lhe desse cobertura, para que pudesse ir ao encontro de Evan. O homem então a tirou de casa, com a desculpa de irem tomar sorvete e conversarem. Ele a levou até a casa de Evan, dando-lhe a tarde para que se despedissem, após isso o pai a buscaria para voltarem juntos.
Ao bater a porta, Olivia atendeu, um tanto surpresa - Em?
As duas meninas se abraçaram, Emily entrou e então contou- lhe toda a situação que estava vivendo.
Evan havia saído para correr e Emily torcia para que ele logo regressasse, teria pouco tempo junto a ele e precisava aproveitar ao máximo.
As chaves giraram a fechadura da porta e Emily se ergueu mais do que depressa daquele sofá que antes mobiliava o charmoso apartamento de Evan. Ele chegara.
Os olhos dos apaixonados se cruzaram e a menina correu para os braços do rapaz.
- Emily, o que faz aqui? - a serenidade e o riso de contentamento, deu lugar ao semblante pasmo e ar preocupado dele - Você fugiu?
A moça chacoalhou a cabeça em sinal negativo - Meu pai me trouxe!
Evan franziu o cenho - Seu pai?
- Eu fiz o que você disse - ela afastou-se do menino e desabou novamente nas almofadas do sofá - Vim apenas me despedir.
O olhar tristonho do rapaz era de algum modo reconfortante para Emily. Fazia com que ela tivesse ainda mais certeza do amor dele.
- Venha, Em! - Evan conduziu-a até seu quarto, deixando Olivia no outro cômodo, podendo assim conversarem em particular, de modo mais aconchegante.
A porta fora trancada e Emily finalmente pode chorar - Não sei se consigo fazer isso!
O garoto comovido a trouxe para perto de seu peito, envolvendo-a em um aconchegante abraço - Eu sei o quanto isso é difícil, não quero deixá-la, ir tanto quando você não quer partir. Mas tem que ser assim.
- Nós nunca mais vamos poder nos ver? Eu vou ter que...
- Shh... - ele pôs seu dedo indicador sobre os lábios da garota - Você lembra do que eu disse quando fui te ver no hospital? - ela apenas deu de ombros - prometi a você que mesmo que demorasse anos, que vivessemos coisas completamente diferentes em nossas vidas, um dia ficariamos juntos.
- Não quero ter de esperar, Evan - ela fez beicinho - Não quero viver mais nenhum dia sem você!
Evan sorriu, segurando entre seus dedos, o colar com o qual presenteara a menina na noite do aniversário de Olivia - Enquanto isso estiver em seu pescoço, eu estarei em seu coração e junto de ti onde quer que estejamos.
- Jura que independente do que aconteça, vamos nos falar todos os dia?
Evan lhe lançou um sorriso cúmplice - Claro, minha menina! E assim que eu puder, prometo que vou te ver.
Emily deu de ombros, sentando-se sobre a cama do garoto, em seguida voltando a olhar para ele - Você faz muitas promessas, Evan Blake!
O rapaz repousou ao lado da garota e segurou-lhe a mão, deu um beijo sobre ela - Que tal prometer algo para mim também?
Ela o fitou com olhar duvidoso - E o que seria?
- Que vai parar de chorar, deixar nossos problemas de logística de lado e fazer esse tempo juntos valer a pena! - Evan deu-lhe um sorriso de canto de boca - O que acha?
Emily secou as lágrimas que ainda rolavam por seu rosto - Não há nenhuma chance de você topar uma fuga?
Evan riu alto. Estava tentando não demonstrar o quanto tudo aquilo estava lhe afetando também. Deveria ser forte por Emily. Jogou seu corpo sobre ela na cama e a beijou delicadamente.
Emily retribuiu o beijo e começou a desabotoar a camisa branca e em seguida abriu o zíper da calça verde oliva que o rapaz vestia.
- Sério? - ele afastou um pouco seu corpo do dela, arqueou uma sobrancelha e esboçou um sorriso sacana - Sexo é sua resposta pra tudo?
- Tem razão - disse ela em tom de brincadeira, movendo-se para longe dele e deixando a manga de sua blusa cair propositalmente, mostrando sua lingerie rendada - Vamos assistir um filme, quem sabe assar um bolo?
Evan rapidamente a puxou de volta para baixo de si, prendendo seus pulsos acima de sua cabeça, a mantendo imóvel - Não provoque, menina!
Emily mordeu os lábios e fez cara de desentendida - Quem aqui está provocando?
Ele, por sua vez, dedilhou a coxa da moça, puxando sua calcinha por debaixo da saia - Ops... Acho que você perdeu alguma coisa! - disse-lhe erguendo a peça de roupa da garota, para em seguida deixá-la cair ao chão do quarto.
-Não preciso mais dela - Emily sentou-se sobre a cama, tirando sua blusa - Acho que não preciso de roupas nesse quarto.
Evan suspirou, segurando a cintura de Emily com firmeza e acariciando seu rosto com o polegar - Você tem ideia do que eu vou fazer com você, cara de anjo?
- Posso parecer um anjo por fora, mas minha mente é perversa, já imaginou centenas de coisas diferentes - ela riu maliciosamente.
O garoto levantou-se, caminhou até o lado oposto do quarto, abriu uma das gavetas de seu armário e retirou uma bela gravata azul marinho, que por vezes Emily o vira usar para trabalhar.
Voltou-se para a menina, com aquele olhar penetrante e um lindo meio sorriso que fazia o coração dela bater acelerado.
- Vai estragar a gravata! - disse ela, ao ver o que o rapaz pretendia fazer com o acessório.
- Eu compro uma nova! - Evan ergueu as mãos de Emily acima de sua cabeça, como fizera anteriormente, mas dessa vez usou a gravata para mantê-la presa - Foi isso que você imaginou?
- Não. Isso é muito melhor! - agora a mercê do garoto, Emily se entregava completamente aquela sensação maravilhosa de prazer.
Com a respiração ofegante e descompassada, Evan aproximou seus lábios do ouvido da menina e sussurrou - Vou te fazer nunca mais esquecer esse momento.
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