19. Happy Birthday, Evan!
- Já te disseram alguma vez que seu café é o melhor de todos? - Emily e Evan estavam sentados a mesa, haviam acabado de acordar e se deliciavam com waffles e geleia de morango, os favoritos de Emily e que Evan havia feito questão de comprar especialmente para ela.
- Sim, sempre - ele vangloriou-se - Um dia eu te ensino meu segredo.
- Depois eu é que sou a convencida - ela sorriu enquanto levava a xícara até a boca - Posso te perguntar uma coisa?
- Claro! - ele assentiu - Pergunte o que quiser.
- Naquele dia em que vim falar com você e acabamos nos desentendendo, não te dei a chance de explicar - ela media as palavras - O que Katie fazia aqui?
- Sabia que uma hora ou outra você me perguntaria isso - ele baixou a xícara de volta ao pires - Ela veio me pedir ajuda!
- Ajuda para quê? - Emily estava aflita com a revelação - E porque iria pedir ajuda logo pra você?
- Emily, os pais dela estão se separando - o semblante de Evan era obscuro.
- E daí? Era tudo que ela queria. Vivia dizendo que não aguentava mais tanta briga - ela não compreendia o que Evan tinha haver com aquela história.
- O motivo das brigas e da separação é que o pai dela bebe e se torna violento - as lembranças pareciam dançar na mente dele, assombrando seus pensamentos - Ele a agrediu, Em. O motivo dela ter vindo até aqui, foi por que queria que eu falasse com Olivia para que ela pudesse ficar um tempo por lá, só até as coisas se acalmarem.
Emily estava a ponto de abrir em prantos, como de costume, diante de uma situação triste - Coitada, ela deveria ter vindo falar comigo, tenho certeza de que minha mãe não se importaria se ela ficasse um tempo conosco.
- Ela estava com receio de pedir isso a você - ele fez um pausa para beber seu café - Bem e para Olívia também. Por causa da gente.
- É, talvez seja melhor que ela fique com Olivia - Emily constatou que era por isso que as duas estavam sempre juntas na escola - Por falar em Olivia, tenho que ir falar com ela e me desculpar.
- Eu te levo, assim que você tirar essa roupa e tomar um banho comigo - ele ousou no convite, mas não estava aguentando todo aquele tempo sem tocá-la - Então, você vêm?
Emily tirou sua camiseta e correu em direção ao banheiro - Vem me pegar!
Depois do banho e de alguns carinhos extras, Evan a levou para casa. Eram onze da manhã e ela permanecia jogada em sua cama, desde que chegara do apartamento de Evan, pensando na melhor forma de pedir desculpas à Olivia. Evan prometeu que não diria nada sobre a noite anterior, para que ela própria decidisse o que falar.
Levantou-se, vestiu um moletom e desceu as escadas, torcendo para conseguir sair sem ser notada, mas assim que passou pela sala, em direção a porta, sua mãe surgiu no corredor que dava para a cozinha - Onde você pensa que vai, Emily?
- Mãe, preciso falar com a Olivia - seu olhar era suplicante - Nós não nos falamos a um tempo e eu preciso resolver.
- Isso não tem nada a ver com o irmão dela. Não é? - Elizabeth questionou a filha.
- Não, eu juro! - estava sendo sincera, de certa forma. Estava preocupada em perder a amiga, agora que sabia quem era Andrew de verdade, não havia mais nada entre elas - Preciso pedir desculpas por tê-la tratado mal na escola.
- E quando vou conhecer o famoso Andrew?
Toda a noite anterior passou como um filme pela cabeça de Emily - Nunca. Não estamos mais juntos, mãe!
- O que ouve? - questionou Elizabeth.
- Nada de mais. Posso ir, ou não? - ela não queria falar nada sobre aquele garoto, nunca mais.
- Está bem, mas volte antes do almoço, seu pai vem para conversarmos - a mãe soltou a bomba - Precisamos tentar nos entender.
- Como assim? Vocês vão voltar? - Emily arregalou os olhos - É isso, mãe?
- Ainda não, é só uma conversa. Você mesma disse que nós deveríamos parar de criar desculpas - Elizabeth tentava não dar tanta importância ao fato - Você vê algum problema nisso?
- Não - Emily deu as costas para mãe, indo em direção a saída, abrindo a porta, mas antes de sair concluiu - Só não quero a volta daquelas brigas infernais.
Logo que chegou, em frente à casa de Olivia, avistou Annabel cuidando das flores no jardim - Olá, senhora Blake - cumprimentou ela - Olivia está?
- Olá, Em - o sorriso dela era encantador - está no quarto, pode ir até lá.
- Obrigada! - passou pela sala e avistou o quarto de Evan, sorriu sozinha. Bateu a porta de Olivia - Entra mãe!
- Não é sua mãe - Emily entrou devagar - Sou eu!
- Pensei que não visitasse falsas mentirosas como eu - a ironia nas palavras de Olivia demostravam o quanto ela ainda estava magoada com a amiga - O que quer?
- Eu sei que você tem o direito de estar chateada comigo e de não me querer aqui, mas eu tinha que te pedir desculpas. - Emily fez uma pausa, deixou Olivia decidir se queria ou não continuar ouvindo - Bom, se você prefere que eu vá embora...
Olivia organizava alguns livros sobre a prateleira, de costas para a outra - Não, espere! - Olivia virou-se, andando até sua cama e indicando a outra garota que senta-se - O que te fez mudar de opinião?
- Andrew! - Emily sentou-se e baixou a cabeça desapontada - Noite passada fomos em uma festa na casa de Melissa. Todos estavam fumando maconha, bebendo e isso inclui ele.
- Tá, mas você sabia que Melissa usava essas coisas. Não? Podia bem saber que ele também - olivia tentava entender qual o real motivo para Emily estar tão chocada, era evidente que não ligava pra o uso de drogas dos amigos, porque ligaria para isso no namorado?
- Ele tentou me agarrar, Liv! - Emily segurava o choro, mas as lágrimas teimavam em cair - Ele estava chapado, mas mesmo assim, foi horrível!
- Desgraçado! - Olivia exclamou, segurando a mão da amiga - Como você conseguiu sair de lá?
- Liguei para o seu irmão - Emily parecia falar sobre um super herói - Passei a noite com ele. Nós voltamos, Liv!
- Por essa eu já esperava - abriu um enorme sorriso - Estou tão feliz por vocês!
- Você me perdoa? - Emily precisava da amiga mais do que nunca - Nunca devia ter dúvidas de você.
- Perdôo - Olivia a abraçou de forma doce - Mas faça um favor para si mesma, deixe de ser tão impulsiva, as vezes nem tudo que parece é - ela se referia a Evan.
- Eu sei disso, seu irmão me explicou o que ouve com Katie - baixou o olhar envergonhada - Como ela está?
- Ao que parece, Evan não contou tudo que aconteceu nos últimos dias - Olivia sentia necessidade em falar - Porque se tivesse você não estaria perguntando sobre ela.
- O que ouve dessa vez, Liv? - estava aflita para saber o que Evan havia omitido.
- Ela veio para cá, no início do mês passado, tudo estava correndo bem até então. Na quinta, minha mãe havia saído e eu chamei Evan para jantar aqui - Olivia puxava os detalhes na memória - Então, depois do jantar, Evan aproveitou para pegar algumas coisas que havia esquecido no quarto, Katie o seguiu e fez um showzinho.
- Como assim? - Emily já estava ficando impaciente com tanta enrolação.
- Ela o seguiu até o quarto, disse que precisava dele, que só ele era capaz de entendê-la, enfim, falou que você já estava em outra e ele também deveria seguir em frente. Tentou beijá-lo, mas quando ele disse que não podia fazer aquilo, ela quebrou um porta retrato com uma foto de vocês que estava sobre a mesinha de cabeceira. Provavelmente deve ter sido isso que ele havia ido pegar.
Emily lembrou-se do que Evan lhe disse. O porta retratos era de Olivia, ela deve ter lhe dado depois que Katie quebrara o outro - Então eu pedi que ela fosse embora. Não podia tê-la aqui, depois de tudo.
- Estou chocada com a falta de auto estima dessa garota - Emily sentia-se feliz por saber que Evan não tinha interesse nenhum em Katie - Ela foi para onde?
- Não sei e nem quero saber - Olivia foi direta - Só quero que fique longe da gente.
— Bom, só vim me desculpar, tenho que ir agora. Meu pai vem para o almoço.
- Imagino que você não esteja muito contente com isso - Olivia sabia do medo que a amiga sentia que tudo voltasse a ser como era antes - Se precisar de algo, estou aqui.
- Obrigada, Liv - deu-lhe um abraço caloroso - Não sei como pude desconfiar de você.
- Esqueça isso - disse Olivia, sorrindo - É bom ter você de volta.
Emily voltou para casa e foi direto ao quarto, deitou-se e ouviu música até a chegada de seu pai.
Tudo parecia correr bem durante o almoço, até que Elizabeth resolveu expressar sua felicidade por sua filha ter se afastado de Evan - Esse garoto é um problema, ainda bem que essa história de vocês teve logo um fim.
- Você precisa focar nos seus estudos - Bruce acrescentou - Namoros são apenas distrações, inúteis na sua idade.
- Preciso ir para meu quarto, tenho dever de casa - era evidente o quanto Emily ficara irritada com o papo dos pais - Com licença!
Subiu as escadas de volta a seu refúgio. Deitou na cama e ligou o televisor, passava um filme qualquer e ela só conseguia pensar em Evan, resolveu mandar uma mensagem:
"Estou com tanta saudade que meu coração parece estar se despedaçando"
A resposta foi quase que imediata. Teve a impressão de que ele a estava esperando, tamanha a rapidez.
"Também estou, pequena Em. Vá até sua janela e olhe para a lua, estou olhando para ela e pensando em você"
Ela sorria sem notar, tamanha felicidade que sentia ao ler o que o garoto lhe enviara.
"Queria você aqui, para olharmos ela juntos. Vou dormir, mas por favor, sonhe comigo!"
Mal podia se conter, deitou-se e logo recebeu outra.
"Boa noite, sonhe comigo que sonho com você."
Sonhou mesmo.
Estava em um lugar florido, o ar quente do verão batia em seu rosto e ela corria de mãos dadas com Evan. De repente tudo ficou escuro, as flores murcharam e ela se viu a beira daquele mesmo precipício. Estava prestes a se jogar, quando uma mão a puxava, pedia que não fizesse aquilo, que precisava dela, o mesmo pesadelo que a tempos não tinha, mas dessa vez o homem não ficou nas sombras, olhou diretamente para ela e por fim pode ver o rosto que sonhara todo esse tempo. Era Evan.
Tudo coloriu-se novamente e o pesadelo se tornava, gradativamente, um sonho lindo e feliz.
Dias depois da confusão com Andrew e o pedido de desculpas, Emily e Olivia estavam mais unidas do que nunca e apesar de ter sempre que inventar alguma desculpa para a mãe, Emily sempre arranjava uma forma de estar com Evan.
Faltavam dois dias para o aniversário dele. Emily esperava surpreendê-lo com uma festa e para isso contava com a criatividade e animação de Olivia.
As duas decidiram que a festa teria de ser no apartamento de Evan, assim ficaria longe da casa de Emily e elas poderiam inventar uma desculpa qualquer para passarem a noite juntas sem que ninguém desconfiasse que era para um aniversário surpresa, do namorado secreto de Emily.
Precisavam também arranjar uma desculpa para irem ao local, enquanto Evan estivesse no trabalho, assim poderiam arrumar tudo, sem que ele desconfiasse de nada.
Normalmente, ele chegava as sete do trabalho, então elas pediram para que todos os convidados chegassem meia hora antes. Precisavam garantir que nada desse errado.
Na sexta-feira, o dia da festa, elas passaram no apartamento pela manhã e Emily esqueceu seu celular, propositalmente. Quando chegaram a escola, pediu as chaves à Evan, com a desculpa de que iria até lá, depois da escola, para buscar o aparelho. Deu certo e ele não parecia ter desconfiado de nada.
Passaram a tarde enfeitando o lugar com balões pretos e brancos. Compraram alguns salgados e um bolo que, Evan não poderia nem desconfiar, mas havia sido ofertado por Paul.
Além da festa, Emily havia preparado uma surpresa mais íntima, essa nem Olivia tinha acesso, era só para os dois desfrutarem quando estivessem sozinhos.
Os convidados chegaram por volta das seis e meia, conforme solicitados. Eram apenas alguns amigos de infância de Evan, Olivia achou que ele fosse gostar de revê-los e alguns parentes que Emily ainda não conhecia, mas fez questão de convidar.
Desligaram as luzes e ficaram a espera de Evan. Ele abriu a porta e tamanha foi a sua incredulidade ao ouvir todos gritarem em coro:
- SURPRESA!!!
A expressão no rosto de Evan era de pura gratidão, o dia todo pensara que ninguém havia lembrado de seu aniversário. Devia ter desconfiado que Emily não ligara para ele nenhum vez, quando normalmente o faz umas cinco vezes ao dia.
- Cara, isso é demais! - foi só o que ele disse e não precisava mais nada, todo mundo podia ver em seus olhos o quanto estava emocionado.
- Foi tudo idéia da Emily - Olivia deixou os créditos para a amiga.
- É, mas a Liv que botou em prática - retribuiu - Eu não sabia nem por onde começar.
- Você tem uma namorada apaixonada, irmão - disse Ryan Donovan, um velho amigo de Evan - E uma irmã incrível!
Olivia corou com o elogio do garoto. Ela o estava observando a tempo.
- Valeu, brother - Evan notou o constrangimento da irmã e pareceu incomodado - Gostei que todos vocês puderam vir.
Enquanto o aniversariante cumprimentava os demais convidados, Olivia não tirava os olhos de Ryan. Mesmo não confiando no amigo, perto da irmã, Evan resolveu desencanar - Mana, tem umas cervejas na geladeira, você pode pegá-las para a gente?
- Ahm, tudo bem! - Olivia não entendia porque o irmão havia lhe pedido cerveja. Ele detestava beber antes de comer, mas mesmo assim atendeu seu pedido.
Assim que a menina deixou a sala, Ryan a seguiu. Evan apenas observou sem nada dizer, tentando controlar-se para não se meter na vida dá irmã.
Emily só observava orgulhosa do namorado, enquanto alguém do outro lado da sala gritou "Vai lá Ryan, já conhece o cunhado!" e todos caíram na gargalhada.
Alguns minutos depois, todos haviam esquecido das cervejas, principalmente Olivia e Ryan que pareciam ter se entendido muito bem. Conversavam e riam, como se já se conhecessem a muito tempo.
De longe, Evan avaliava tudo, um tanto quanto intrigado. Ryan não merecia sua irmã e ele não o queria por perto de nenhuma das mulheres de sua vida.
A festa havia sido incrível e apesar de ser nítido o seu ciúme, Evan deixou que Ryan levasse Olivia para casa, pedindo-lhe cautela, para que Annabel e principalmente Elizabeth, não desconfiassem de que suas filhas não estavam juntas.
Depois que todos foram embora, a casa ficou extremamente silenciosa. Evan serviu-se de whisky como de costume e sentou-se ao lado de Emily no sofá - Obrigado por tudo isso - ele disse abraçando-a - Nunca tive uma festa surpresa!
- Você merece, meu amor - ela deu-lhe um beijo com doçura - Aliás, tem mais uma surpresa, mas essa é só minha!
- O que você aprontou, hem mocinha? - ele arqueou uma sobrancelhas em dúvida, enquanto ela o vendava com um lenço - Estou ficando curioso.
- Vem - o puxou pela mão - deixa eu te guiar.
Entraram no quarto de Evan, onde as paredes estavam cobertas de cartazes com frases que ela mesma havia feito. Sobre a cama uma cesta com alguns dos filmes e livros favoritos de Evan que escolheu para presenteá-lo, champanhe e pétalas de rosas sobre tudo.
- Fique aqui só mais um pouquinho - ela o guiou até a poltrona do quarto, enquanto se trocava - Pronto, pode olhar.
Emily descobriu os olhos de Evan, que ficou imóvel ao ver toda a superprodução que a namorada havia preparado para surpreendê-lo. Olhou para ela e notou que estava vestida apenas com uma de suas camisas, a mesma que usara na noite que transaram pela primeira vez.
- Queria vestir algo mais sexy, mas minha mãe suspeitaria se eu comprasse algo do tipo, então lembrei que você disse que eu ficava bonita com essa camisa... - ela tentava justificar aquilo que para ela era infantil demais.
- Você não existe - era a primeira vez que ela via Evan emocionado com algo, a ponto de seus olhos ficarem marejados - E minha camisa, em você, é mais sexy do que qualquer renda ou fita de cetim.
Ele a tomou em seus braços, beijou-a lentamente e em seguida começou a desembrulhar os presentes da cesta. A cada pacote aberto, ele tinha mais certeza de que Emily sabia tudo sobre ele. Escolhera coisas que ele a muito queria e que se alguma vez havia comentado com ela, nem ao menos lembrava - Como você sabia de tudo isso, pequena Em?
- Gosto de ouvir você falando sobre o que gosta de ver, de ler, enfim, juntei tudo em um presente só - ela sorriu, satisfeita em ter acertado nos presentes - Você gostou mesmo?
- Está brincando? - ele a abraçou - Eu adorei tudo!
Evan serviu-lhes duas taças com champanhe e alcançou uma dela à Emily. Olhavam-se com todo o amor que lhes cabia e com a certeza de que nasceram uma para o outro.
Eu te amo! - ele falou sorrindo e apoiando as taças sobre o criado mudo, foi até o outro lado do quarto, abriu a janela e voltou para junto dela - Quero te jogar nessa cama e te amar olhando as estrelas.
Emily esticou o braço, envolvendo o pescoço de Evan e o puxando para si. Ele acompanhou o movimento da menina e sorriu antes de beijá-la - Isso foi um sim?
- Sim. A resposta para tudo que envolva eu, você e essa cama, é sim - ela mordeu o canto do lábio e lhe devolveu o sorriso.
- Você é um problema, sabia? - ele afastou-se e a encarou com uma sobrancelha erguida.
- Não sou não! - ela exclamou, fazendo beicinho.
Evan desfez sua falsa cara seria e só consegui rir da menina.
Ela despiu-se da camiseta e deitou-se em meio as pétalas de rosas vermelhas, enquanto os olhos do garoto a examinavam cuidadosamente.
- Se eu sou um problema, vem aqui me solucionar.
Evan a arrastou para debaixo de si e antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, ele sussurrou em seu ouvido - Eu sinto que estou perdendo completamente a minha sanidade metal.
- Você não vai virar um desses caras psicóticos. Não é? - o sarcasmo nas palavras dela se pareciam muito com o que Evan usava quase que a todo instante. Eles estavam jogando e só quem conhecia as regras eram eles, tal qual podiam mudá-las a qualquer momento.
- Você me deixa maluco, mas não ao ponto da psicopatia - ele sorriu maliciosamente.
- E você está me deixando muito quente colado desse jeito em mim.
Ela estava gostando de provocá-lo e mais ainda de sentir a excitação dele. Sempre esteve insegura diante de Evan, lutou tanto contra si própria pra ter coragem, deixar as coisas acontecerem, esquecer o fato de Katie tê-lo tido primeiro e agora sentia-se uma boba por ter ficado tanto tempo criando fantasmas que não eram reais.
- Estava esperando você dizer isso! - as mãos de Evan tocavam o corpo da menina, que vibrava no ritmo que ele ditava - Porque eu nunca senti um desejo tão intenso por alguém.
A medida que a vontade de tê-la o consumia, fazendo o sangue ferver em suas veias, ele perdia o que lhe restava do autocontrole. Suas mãos despiam o que Emily ainda vestia e os dois simplesmente desistiram de jogar, nenhum dos dois podia aguentar mais, era game over, eles haviam perdido, ou ganhado, isso não importava mais e Emily só pode, em meio a gemidos, sussurrar "Feliz aniversário, meu amor!"
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