CRIME

Os pulsos de Juliet estavam presos à uma cadeira de aço. O sangue descia lentamente por seu nariz, secava antes que pudesse chegar aos lábios onde o batom vermelho borrado mostrava tudo que havia passado:

— Isso é crime! Não vai ficar assim sua vaca neurótica. — rosnou tentando levantar-se da cadeira que era chumbada no chão.

A mulher se virou para a garota com um sorriso diabólico e colocou delicadamente o indicador direito sobre seus lábios:

— O que é crime? Interferir ofensivamente na vida de outros? — A mulher tinha um olhar distante sobre tudo a sua volta, apressiava o barulho do vento contra sua roupa apenas. — Que sejam presos todos então, nós indiretamente causamos mudanças nas vidas de pessoas que mal conhecemos apenas por respirar. Quantas pessoas você acha já morreram por sua causa?

— Não foi proposital! — Juliet se defendeu não acreditando que estava caindo no truque da outra.

— Homicídio culposo então. — A mulher de ombros olhando nos olhos da Juliet. — Você foi uma das quase oito bilhões de pessoas responsáveis pela morte do meu gato. O que você merece?

— Por favor, deixe-me ir. — tentou se libertar, esforço em vão.

— Resposta errada. Você merece morrer! — deslizou uma faca de ponta afiada por entre as costelas garota até o coração dela. — Assassina.

Ela nunca reparou que não estava punindo a outra, a verdade é que estava saciando seus desejos.

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