Epílogo ♡
🌻Dez meses depois🌻
- Bom dia amor. - Frank beija meu rosto.
- Bom dia.
Ele puxa uma cadeira para mim, e eu me sento em seguida.
- Dormiu bem? - Frank questiona.
- Sim, graças a você. - Esboço um sorriso.
Frank me serve um copo com suco, e se senta ao meu lado.
- O que deseja comer? - Ele pergunta.
- Vai acabar me deixando mal acostumada desse jeito.
- Vivo para te servir. - Frank sorri de canto.
- Não exagere. - Falo dando um gole em meu suco de maracujá.
Frank está de férias, e como enfim aprendeu a cozinhar está me entupindo de comida todos os dias.
Eu que não sou boba aproveito a oportunidade de ser servida todos os dias, porque quando ele começar a trabalhar acabará minha folga.
Óbvio que não deixo ele fazer tudo sozinho, não sou uma esposa que fica esperando tudo na mão, mas Frank prefere que eu cuide da nossa filha, enquanto ele nos alimenta.
Por enquanto não quero colocar uma pessoa desconhecida dentro da nossa casa para tomar conta dos serviços domésticos e alimentação, por isso eu tomo conta de tudo com a ajuda do meu marido.
Cuidar de um apartamento, de duas crianças e meu marido é cansativo, mas eu dou conta do serviço.
Mesmo que eu não peça Frank me ajuda mesmo quando está trabalhando. E por mais que eu diga para ele descançar ele não me escuta e continua me ajudando.
Fico agradecida por sua ajuda, mas também fico com pena dele porque eu sei que seu trabalho também é cansativo, mas ele continua insistindo em me ajudar.
Apesar de não querer empregada, acabarei contratando uma para que ele não me ajude com os serviços quando chegar do trabalho.
Passo a maior parte do tempo cuidado da Maila, e por isso os serviços domésticos ficam em segundo plano. Tem dias que Frank chega em casa, e eu não fiz quase nada, então ele acaba me ajudando.
Frank tem uma vida financeira bem confortável, mas eu gosto de evitar gastos desnecessários porque apenas ele está trabalhando fora.
Eu não faço ideia de quando voltarei a trabalhar novamente, porque não sei se conseguirei deixar minha pequena Maila e Henry aos cuidados de outra pessoa.
- No que está pensando? - Frank pergunta.
- Acho que irei contratar uma empregada.
- Sério? - Ele questiona.
- Sim. - Confirmo com a cabeça. - Logo logo você começará a trabalhar novamente, e eu quero que descanse quando chegar em casa.
- Eu consigo...
- Eu sei que consegue amor. - O corto. - Mas isso não quer dizer que não seja cansativo para você. Agradeço por estar sempre disposto a me ajudar, mas precisa pensar em você também.
Me sinto culpada por vê-lo chegar casando do serviço e ainda me ajudar em casa. Por mais que eu diga que farei tudo sozinha, Frank é teimoso e sempre me ajuda.
- Então vamos contratar uma empregada. - Ele fala. - É bom que você descança também.
- Ok. - Digo apenas.
- Verei com a Kathe se ela tem alguém de confiança para nos indicar.
Aceno com a cabeça e me levanto em seguida, e Frank faz o mesmo.
- Você não acha que está tudo muito silencioso? - Pergunto para ele.
- Agora que falou sobre isso, parece suspeito.
Começamos a caminhar lado a lado em direção ao quarto da Maila, e assim que nos aproximamos Frank abre à porta.
Adentramos o quarto sem fazer barulho, e ficamos observando de longe Henry conversando com a irmã.
- Não acredito que soltou um pum no meu rosto Maila. - Henry gargalha alto.
- Acho que ela puxou a mãe nesse aspecto. - Frank cochicha em meu ouvido.
- Cale a boca. - Finjo estar brava.
Quando eu penso que Frank se esqueceu do trágico dia que soltei um pum quando ele ia me beijar, ele acaba me lembrando disso novamente. Eu nem me importo, na verdade acabo é rindo da minha própria desgraça.
- Você fez cocô? - Henry conversa com Maila. - Será que eu consigo te trocar?
- Isso vai ser trágico. - Frank cochicha novamente. - Tem certeza que não vai impedi-lo?
- Vamos ver como ele vai se sair.
Henry tira a roupinha da irmã, e quando enfim abre a fralda ele pergunta incrédulo:
- Como tudo isso saiu de dentro de você Maila? Que nojo!
Só da para escutar os risos da Maila enquanto Henry conversa com ela, ao mesmo tempo que começa a fazer ânsia de vômito.
- É melhor você intervir, ou Henry fará uma bagunça enorme.
- Henry? - Chamo por ele.
- Que susto. - Ele dá um pulo.
Frank e eu nos aproximamos dos dois rapidamente, então eu falo:
- Seu pai vai limpar a Maila.
- Eu vou? - Frank me olha preocupado.
- Sim. - Confirmo com a cabeça.
- Me salve Henry. - Frank pede baixinho.
- Me desculpe pai. - Henry se afasta. - Achei que poderia lidar com isso, mas eu não posso.
Henry faz uma careta ao olhar para a fralda da irmã, e mais do que depressa se afasta ainda mais de nós.
- Tem certeza que eu tenho que fazer isso? - Frank pergunta.
- Quando eu não tiver por perto você terá que fazer isso, então é melhor aprender a limpar sua filha de uma vez.
Todas as vezes que Frank tentou limpar a filha começava a fazer ânsia de vômito, então eu acabava cuidando das fraldas sujas.
Ele nunca limpou ela nem uma vez sequer, mas já está na hora de começar a fazer isso.
- Amor...
- Ande logo Frank. - O corto.
Ele se aproxima da Maila enquanto tapa o nariz, então chego para mais perto para guiá-lo.
- O que eu devo fazer? - Ele pergunta.
- Vai precisar dar um banho nela, porque a cagada foi muita. - Seguro o riso.
- Vou ter que colocar a mão nisso? - Ele aponta para o bumbum sujo da filha.
- Tire o excesso com lenço umedecido.
Frank começa a fazer ânsia de vômito enquanto começa a limpar Maila, enquanto ela ri do seu pai molenga.
- Acho que vou vomitar.
- Vai não amor, você é forte. - O encorajo.
- Acho que vou morrer.
- Não seja dramático Frank. - Começo a rir. - Eu lido com isso todos os dias e ainda não morri.
Frank está vermelho de tanto fazer ânsia de vômito, então ele se afasta um pouco para se acalmar.
Ele está tão desorientado, que provavelmente acabou se esquecendo que estava limpando a filha, e então passa as mãos pelo rosto, e nem ao menos percebeu que estavam meia sujas.
Ele começa olhar em volta enquanto enrruga o nariz diversas vezes, como se estivesse procurando por algo.
- Não está sentindo um cheiro estranho? - Ele pergunta.
- Talvez seja o cocô da Maila que esfregou em seu próprio rosto. - Gargalho alto.
Frank começa a correr em direção à porta que liga ao nosso quarto, enquanto fico rindo sozinha.
- Acho que seu pai vai precisar de um banho também. - Falo com Maila.
Ela resmunga enquanto balança as pernas e os bracinhos, e eu nem me importo se minha pequena está cagada ou não, para mim é a coisa mais linda e preciosa do mundo.
Hoje ela completa seis meses, e graças a Deus está saudável e crescendo bem. Maila foi o melhor presente que eu pude receber em minha vida, e a cada dia que passa a amo ainda mais.
Tenho sorte por ter amigos e uma família linda, e que faz os meus dias mais felizes. Maila surgiu em um momento ruim da minha vida, mas ela foi capaz de me trazer a vida novamente, e eu não me vejo sem a minha garotinha linda.
Como Maila, Henry também foi uma grata surpresa, e hoje eu me sinto tão feliz por ter a chance de cuidar de ambos.
Henry não me chama de mãe. Acho que ele ainda não se sente confortável para fazer isso. Eu lhe dei liberdade para decidir se me verá como mãe algum dia, ou apenas sua tia como ele me chama.
Frank me deu muita dor de cabeça no passado, mas agora eu vejo que valeu a pena lhe dar mais uma chance mesmo eu sabendo que ele não a merecia.
Frank é um marido maravilhoso e um pai incrível, e a cada dia que se passa eu o amo ainda mais e tenho certeza absoluta que meu amor é retribuído completamente.
Eu não duvido dos seus sentimentos por mim, como confio plenamente no homem que escolhi para amar e estar ao meu lado até o fim.
Clark nos visita toda semana para ver o sobrinho, e há alguma dias nos apresentou a sua namorada que também trabalha no mesmo hospital que ele. Ela pareceu ser uma boa pessoa, por isso desejo que eles sejam tão felizes quando eu e Frank.
Não posso dizer o mesmo da Lauren, que a cada dia que se passa parece ter ainda mais medo de relacionamentos. Ela continua sozinha, e pelo jeito não está disposta a namorar e muito menos se casar e ter uma família.
Se ela está feliz com as escolhas que faz irei apoiá-la, mas eu realmente queria ver minha amiga ter uma família, e que abandonasse sua vida tão solitária.
Adele continua presa, e pelo que parece continuará trancafiada por muitos anos ainda. Clark foi visitá-la na prisão há algum tempo, mas pelo que ele disse sua mãe não se arrependeu de nada do que fez no passado, e nada mais juntos do que apodrecer na prisão.
Meus amigos e minha família estão todos bem e saudáveis, e eu só tenho que agradecer a Deus por ser tão abençoada.
Tenho tudo o que sempre desejei. Sou feliz como esposa, como mãe, como amiga e irmã, e tudo isso é graças as boas pessoas que Deus colocou em minha vida.
🌻
- Amor?
- Hum? - Resmungo.
- Me promete uma coisa? - Frank questiona.
- Preciso saber do que se trata antes de dar a minha resposta.
- Me prometa que nunca mais vai me pedir para trocar a fralda da Maila. - Frank faz uma careta.
- Não posso prometer isso. - Seguro o riso.
- Por que não? - Ele pergunta.
- Porque você precisa estar preparado para quando eu não estiver por perto, como para me ajudar com nossos próximos filhos.
Minha vontade é de rir da sua cara de desgosto, mas me controlo para que Frank não se chateie.
Quando saiu do banheiro estava com o rosto extremamente vermelho de tanto esfregar para limpá-lo. Quando o vi parecendo um pimentão não aguentei e comecei a rir, enquanto ele ficava emburrado.
- Acho melhor não termos mais filhos, dois já são o suficiente. - Frank fala.
- Eu quero pelos menos mais cinco, então pode se acostumando, pois ainda vai ver muito bumbum sujo.
- Cinco? - Ele arregala os olhos.
- Estou brincando amor. - O tranquilizo. - Apenas mais um.
- Ótimo. - Ele suspira aliviado.
Me levanto da cama, e começo a caminhar em direção à porta, então Frank pergunta:
- Onde vai?
- Vou dar um olhadinha nas crianças.
- Quer que eu vá no seu lugar? - Ele pergunta.
- Não precisa. - Sorrio largo.
Saio do meu quarto e caminho em direção ao do Henry, e assim que me aproximo da porta a abro.
Me aproximo dele lentamente para não acordá-lo, mas quando estou o cobrindo Henry abre os olhos.
- Volte a dormir. - Lhe dou um beijo na testa.
Quando me viro para me distanciar, Henry segura minha mão e fala:
- Obrigado por ser tão boa comigo, e por me amar como se eu fosse seu filho.
- Você é meu filho. - Me sento na beirada da cama.
- Eu te amo mãe. - Ele diz meio sonolento.
- Eu também te amo.
Lhe dou mais um beijo na testa e me levanto emocionada por ele ter acabado de me chamar de mãe, e então começo a caminhar em direção à porta.
Assim que saio do seu quarto caminho até o da Maila, e quando me aproximo do seu berço também lhe dou um beijo na testa.
- Mamãe te ama pequena.
Ela abre seus grandes olhos castanhos e me encara por alguns segundos, mas logo em seguida volta a dormir novamente.
Ajeito seu cobertor sobre seu corpinho, e então volto para meu quarto.
- Estão dormindo tranquilamente? - Frank pergunta.
- Sim. - Digo me deitando ao seu lado.
- Agora que já olhou nossas crianças, que tal cuidar do seu bebezão? - Frank beija meu pescoço.
- Não acredito que se chamou de bebezão. - Começo a rir.
Frank se aproxima de mim, coloco uma mexa do meu cabelo atrás da orelha enquanto me olha com ternura.
- Eu te amo Camily. - Ele fala.
- Eu também te amo Frank.
Ele beija minha bochecha, e quando se distância um pouco pergunta com um sorriso malicioso nos lábios:
- Pronta para cuidar do seu bebezão?
- Isso é tão brega. - Faço uma careta.
Frank beija meu pescoço, em seguida minha bochecha e por fim meus lábios. Envolvo meus braços em volta do seu pescoço e o puxo para mais perto, enquanto retribuo o beijo.
- De novo não Maila! - Frank reclama quando a filha começa a chorar de repente.
🌻Fim🌻
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