Capítulo 5
- Você é louca garota?! - Victor pergunta furioso.
- Claro que não. - Sorrio cínica.
Victor me fulmina com o olhar, enquanto Anne e Nick nos encaram ainda incrédulos com minha atitude.
- Precisa escolher melhor suas amizades Nick. - Victor diz.
- Eu... eu... - Nick gagueja.
- Não acredito. - Levo a mão ao peito me fazendo de inocente. - Você por acaso tem namorada? Ou namorado?
- Você é uma megera! - Victor aponta o dedo para mim. - Nunca encontrei uma mulher tão irritante como você!
Jogo a cabeça para trás e gargalho alto, mas tento me controlar ao olhar em volta e perceber as pessoas olhando para nós.
- Já me chamaram de coisa pior. - Pisco para ele. - Não me importo com seu elogio carinhoso querido.
Victor está tão vermelho de raiva, parece que vai pular no meu pescoço a qualquer momento.
- Eu... você... - Ele pragueja.
Não queria vir nesse encontro, por achar que seria um tédio, mas agora que estou aqui estou me divertindo muito as custas desse idiota.
- Eu te deixo sem palavras? - Pergunto. - Que gracinha. - Aperto sua bochecha.
Victor arregala os olhos e logo em seguida pega minha mão e tira do seu rosto.
- Pare de provocar Lya. - Anne me repreende.
- Por quê? - Sorrio abertamente. - Estou me divertindo muito. Você não está Victor?
- Não fale comigo. - Ele resmunga.
- Você sabe que está parecendo uma criança birrenta? - Retruco.
- Não pedi sua opinião. - Victor diz irritado.
- Além de birrento é mal educado. - Estalo a língua. - Que coisa mais feia mocinho.
Sempre fui bocuda e sei bem como deixar alguém irritado. Victor é o típico homem que quer tudo do seu jeito, e quando percebe que as coisas não estão saindo como o planejado, desconta suas frustrações nos outros.
Ele não me afeta com sua grosseria. E vê-lo tão irritado está me deixando muito, mais muito feliz.
- Vou embora. - Ele se levanta rápido. - Não tenho que ficar aguentando essa bruxa.
- Que mal humor querido. - Gargalho alto. - Precisa relaxar um pouco.
Victor está tão bravo que já está perdendo a compostura.
- Eu não sou seu querido. - Ele resmunga.
- Devo chamar de quê? - Retruco. - Docinho? Benzinho? Ogrinho?
- Você... - Ele fecha os olhos e suspira alto.
- Já até nós beijamos. - Cruzo os braços. - Estamos namorando certo?
- Você seria a última mulher no mundo em que pensaria em namorar. - Ele fala.
Levo a mão ao peito e finjo espanto.
- Desse jeito você me magoa. - Faço beicinho. - Que namorado mais grosso que eu fui arrumar.
- Você só pode ser louca. - Ele ri incrédulo.
Me levanto e fico frente à frente com ele.
- Estou louca. - Digo séria. - Louca por você docinho.
- Você é muito cara de pau. - Ele passa a mão pelo rosto.
- Não fala assim amor. - Fungo alto. - Me apaixonei no mesmo instante em que coloquei meu olhos sobre você.
Continuo o provocando, enquanto Anne e Nick apenas nos observam calados.
Victor apenas me dá as costas e começa a caminhar em direção a saída do restaurante.
- Espera por mim querido. - Pego minha bolsa sobre a mesa.
- Você é impossível Lya. - Nick diz rindo.
- Eu sei. - Pisco para ele. - Vejo vocês outra hora.
- Lya... - Anne se levanta.
- Está bem. - A corto. - Não vou provoca-lo.
Mando beijos para os dois e corro em direção a saída do restaurante, na esperança de ainda encontrar Victor.
Ao sair do restaurante, começo olhar em volta tentando acha-lo. Não demora muito e o encontro ao lado de um carro preto.
- Docinho! - Grito alto enquanto aceno com a mão.
Corro em direção ao seu carro o mais rápido possível, antes que ele fuja.
- Está tentando fugir de mim? - Pergunto ofegante.
Victor me ignora e tenta entrar no carro mas seguro seu braço.
- Querido você me dá uma carona? - Pergunto.
- Não. - Ele diz apenas.
- Vai deixar sua namorada sozinha na rua? - Faço uma careta.
- Você não é minha namorada. - Ele pragueja. - Nem se eu estivesse louco namoraria você.
Finjo estar chorando, enquanto as pessoas na rua começam a olhar em nossa direção.
- Cale a boca. - Ele diz baixinho.
Começo chorar ainda mais alto, o deixando todo constrangido.
- O que eu fiz para merecer isso? - Victor leva as mãos ao rosto e suspira alto.
- Eu pensei que você me amava. - Digo do nada. - Mas queria apenas me usar.
- Lya...
- Você não merece meu amor! - Grito alto. - Apenas brincou com meus sentimentos! Me usou e agora quer me descartar por causa de uma loira peituda!
Olho de relance em volta, e percebo as pessoas cochichando entre si.
- É tudo brincadeira. - Victor tenta se explicar para uma senhora que lhe deu um olhar assassino.
- Brincadeira? - Grito. - Então tudo o que vivemos não passou de brincadeira para você?
- Eu vou te matar. - Ele diz entre dentes.
Passo a mão por minha barriga e falo:
- Agora terei que cuidar do meu bebê sozinha.
- Já chega. - Ele me fulmina com o olhar.
Victor pega minha mão e me puxa em direção a porta do passageiro do carro. Abre a porta e praticamente me joga no banco. Ele fecha a porta com tanta força, que não tenho certeza que ela abrirá novamente.
Não demora muito Victor está sentado ao meu lado. Ele segura o volante com tanta força, que parece que vai arranca-lo a qualquer momento.
Enxugo as lágrimas do meu rosto e coloco o cinto de segurança, e espero em silêncio ele começar a dirigir.
Como não sou besta, não vou abusar da minha sorte. Não seria uma boa idéia provoca-lo nesse momento. Pela sua expressão ele seria capaz de me matar se eu abrir a boca novamente.
Victor liga o carro e começa a dirigir em silêncio, e nem ao menos olha para os lados.
- Onde você está indo? - Pergunto.
Ele continua em silêncio e ignora a minha pergunta.
Victor não perguntou o endereço do meu apartamento, e também está dirigindo em direção oposta da onde eu moro.
- Não vai falar nada? - Pergunto novamente.
Ele continua me ignorando, enquanto dirige pelas ruas movimentadas de Nova York.
- Já sei. - Falo. - Vai me matar e sumir com meu corpo?
- Não seria uma má idéia. - Ele olha para mim rapidamente e volta atenção ao tráfego.
Ele volta a ficar em silêncio, o que está me deixando frustrada. Encosto minha cabeça no vidro do carro e fecho meus olhos. A minha única alternativa é esperar para ver o que vai acontecer, já que ele não está disposto a me dizer nada.
🌻
Abro os olhos assustada, e me deparo com Victor tirando o meu cinto de segurança. Provavelmente acabei adormecendo, já que não me lembro de quando foi que ele parou de dirigir.
Nossos rostos estão muito próximos um do outro, e essa aproximação está me deixando desconfortável.
De perto ele é ainda mais lindo, mas decido ignorar a sensação estranha que tomou conta do meu corpo, e meu coração acelerado.
- Onde estou? - Pergunto ao descer do carro.
- Na minha casa. - Ele diz apenas.
- O que estou fazendo na sua casa? - O encaro curiosa.
Victor sorri malicioso e se aproxima de mim. Coloca meu cabelo atrás da orelha e se abaixa para dizer algo no meu ouvido.
- Já que estamos namorando, acho que seria uma boa ideia passarmos a noite juntos. - Ele cochicha. - Você não acha docinho?
- O quê?! - Arregalo os olhos enquanto grito boquiaberta.
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Bom dia meninas
Tudo bem com vocês?
Como passou o fim de semana?
Lya estava dando uma de boazona, mas pelo jeito vai acabar arregando 😂
Até quarta feira com o próximo capítulo. ❤
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