Capítulo 19
- Oi querido. - Sorrio abertamente quando Victor abre a porta.
Invado seu apartamento com um pulo, e grudo em sua orelha com força o fazendo se curvar para baixo.
- Está louca Lya? - Ele tenta se soltar.
- Cale a boca. - Digo.
Caminho pelo apartamento segurando a orelha dele até entrar na sala.
- Está doendo Lya. - Ele reclama.
- Que ótimo. - Sorrio cínica. - Era exatamente isso que queria fazer você sentir.
- Por favor solte. - Ele pede.
O empurro no sofá onde Nick está sentado, em seguida ele leva a mão a orelha massageando-a.
- Você está bem Lya? - Nick pergunta.
- Você cale a boca. - Aponto o dedo para ele. - Quem te deu permissão para dar o número do meu telefone para esse idiota?
Nick fica em silêncio enquanto me observa tenso.
- Não vai falar nada? - Pergunto.
- Você me mandou calar a boca. - Ele diz tenso.
Minha vontade é de rir da sua cara de espanto, mas continuo séria. Só que por destro estou gargalhando.
- E você? - Aponto para Victor. - Quem pensa que é para atrapalhar meu encontro?
- Seu namorado. - Ele provoca.
Dou um passo em sua direção, ele levanta os braços em sinal de rendição.
- Minha vontade é de te matar Victor. - Passo a mão por meu rosto.
Depois que meu encontro acabou, liguei para Anne e perguntei se ela havia dito algo para Victor, a sorte dela é que foi pura coincidência, ou estaria muito ferrada.
Pedi para ela o endereço do idiota, e aqui estou eu passando mais um pouco de raiva.
Por sorte Victor não acabou com meu encontro por completo. Depois de tudo ainda me diverti com Frank.
Uma pena que Frank e eu não sentimos nenhuma atração um pelo outro. Ele é um homem incrível, que merece uma mulher também incrível.
- Minha orelha está doendo. - Victor reclama.
- Agradeça que foi só sua orelha. - Retruco. - Tem outros lugares melhor de faze-lo sentir dor.
Olho para o meio das suas pernas, ele arregala os olhos e leva as mãos ao documentos.
Nick faz o mesmo que Victor e diz:
- Eu não fiz nada de errado.
- Com você me viro depois. - O encaro brava.
- Victor me obrigou. - Choraminga.
- Covarde. - Victor o acusa.
- Cale a boca os dois. - Os fuzilo com o olhar.
Eles se calam no mesmo instante, e Victor continua passando a mão pela orelha avermelhada.
- Acho bom me dar uma ótima explicação pelo que fez hoje. - Falo para Victor.
- Nem eu mesmo sei porque agi daquele jeito. - Murmura.
Se ele não sabe muito menos eu. Agiu como um homem das cavernas, e como se fosse meu dono.
- Será a primeira e última vez que você fará isso. - Digo. - Não pense em fazer isso novamente, ou não respondo por mim.
Depois que o ocorrido passou, me dei conta que Victor poderia ter visto minha tatuagem com seu nome, já que minha bunda estava de fora.
Por sorte ele não viu nada, ou eu estaria em uma enrascada enorme.
Apesar de ter ficado brava por sua atitude, uma parte de mim ficou feliz. Talvez ele tenha ficado com ciúmes, que não suportou eu com outro homem. Ou talvez é só egoísmos e orgulho ferido, e nada mais.
Sei que Victor jamais será capaz de amar novamente, mas algo em mim deseja que isso aconteça, e que a pessoa que irá fazê-lo mudar sou eu. Bobagem da minha parte eu sei, estou sonhando com algo que nunca irá acontecer.
Ainda não sei ao certo qual o meu sentimentos por ele. Talvez Frank tenha razão, e eu esteja apaixonada por ele.
Em meio a tantos homens bons, tive que me envolver logo com um completo cafajeste. O tipo de homem que abomino e quero distância.
Seria muita estupidez da minha parte me apaixonar por um homem assim. Mas infelizmente ninguém manda no coração. E aqui estou eu perdida em mim mesma, sem respostas para minhas muitas perguntas.
- Já que está aqui. - Nick diz. - Como foi o encontro?
- Foi bom. - Sorrio feliz. - Apesar de ter um idiota que tentou acabar com minha noite não conseguiu.
Me sento em uma poltrona em frente aos dois, e cruzo as pernas.
- Frank foi um cavalheiro. - Olho para minhas unhas e sorrio abertamente. - Ele beija muito bem.
Finjo estar com calor e começo a me abanar enquanto sorrio com malícia.
- Você beijou ele? - Victor se levanta rápido.
- Sim. - Dou de ombros. - O melhor beijo em toda minha vida.
A maior mentira também. Com certeza Victor até hoje foi quem mais me afetou em todos os sentidos. Frank foi incrível, mas nosso beijo não teve química alguma.
- Vou matar aquele desgraçado. - Começa a andar de um lado para o outro.
- Posso saber o por quê? - Pergunto curiosa.
- Ele não tem o direito de te beijar. - Diz entredentes.
- E por que não? - Retruco. - Sou livre para beijar quem eu quiser.
Se um olhar matasse eu estaria morta nesse exato momento.
- Está com ciúmes Victor? - Nick o provoca.
Tenho quase certeza que meu amigo perguntou do encontro para irrita-lo, como não sou boba, estou aproveitando o momento para fazer o mesmo.
- Cale a boca Nick. - Ele o repreende.
- Victor com ciúmes de alguém? - Gargalho alto. - Isso é impossível de acontecer.
Provavelmente ele vê Frank como um obstáculo, já que ele estaria atrapalhando seus planos de me conquistar.
- Vão se encontrar novamente? - Nick pergunta.
- Claro. - Digo. - Esse foi o primeiro de muitos encontros.
É óbvio que não vou dizer que nossos próximos encontros serão como bons amigos.
- Você não vai. - Victor fala.
- Eu vou. - Retruco. - E se eu quiser ainda durmo com ele no nosso segundo encontro.
- Nem por cima do meu cadáver! - Praticamente grita.
- É óbvio que não será sobre seu cadáver. - O provoco. - Será sobre algo bem mais confortável, tipo a minha cama ou a dele, tanto faz.
Vejo que Nick arregala os olhos ao me ouvir dizer essas bobeiras. Ele sabe que não sou tão moderna assim, por isso sua cara de espanto. É tão bobo que ainda não percebeu que estou apenas provocando Victor.
- Eu falei sobre a pegada dele? - Pergunto sorrindo diabólica. - Meu...
- Fique quieta. - Victor me corta.
- Mas...
- Realmente não tenho interesse de saber sobre a pegada dele. - Nick me corta também.
- Tudo bem então. - Dou de ombros. - Falarei sobre isso com a Anne.
Me levanto da poltrona, ajeito meu vestido e caminho para perto do Victor.
- Já falei e vou falar de novo. - Digo. - Não se atreva a fazer o que fez essa noite, porque da próxima não serei tão boazinha, e não deixarei tão barato. - Passo o dedo pela sua orelha ainda avermelhada. - Não pense que tem algum direito sobre mim só porque me beijou algumas vezes porque você não tem.
- Lya...
- Preciso ir embora. - O corto.
Me afasto e começo a andar em direção a porta de saída. Meu telefone toca, então o pego para atendê-lo.
- Oi Frank. - Atendo a ligação.
- Você esqueceu sua carteira no meu carro. - Ele diz. - Quer que eu leve até você?
- Não precisa. - Digo. - Me passe seu endereço que eu vou até você.
Antes de cada um seguir seu caminho, conversamos um tempo no seu carro. Deixei minha carteira sobre o banco, e acabei esquecendo de pega-la novamente.
- Vou desligar e passar o endereço por mensagem. - Ele diz.
- Tudo bem. - Falo. - Até daqui a pouco.
Finalizo a ligação, e abro a porta do apartamento.
- Boa noite rapazes. - Pisco para eles.
Antes que eu consiga sair, Victor surge do nada ao meu lado e segura minha mão com firmeza.
- Você não vai a lugar algum. - Murmura irritado.
Dito isso ele me puxa para perto de si, me levanta nos braços e toma meus lábios em um beijo lento e possessivo.
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Bom dia meninas
Tudo bem com vocês?
Desejo a todas um bom final de semana com as bênçãos de Deus ❤🙌
Até segunda feira com o próximo capítulo. ❤
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