O Jantar

depois de 12353 anos, aqui estou eu pra atualizar essa belezinha com uma cena bem quente pra vcs 🔥🔥😏


Eram quase nove da noite, e em meia hora Sasuke estaria aqui em casa outra vez. Nosso acordo de passarmos um tempo juntos em meu apartamento após o horário de trabalho estava indo muito bem, e isso, de certa forma, ajudou a limpar as suspeitas que o pessoal da empresa estava começando a ter sobre mim.

Ele sempre chegava por volta das nove e meia, às vezes às dez. Nossa rotina era basicamente a mesma todas as noites: assistir filmes de terror, pedir algo no delivery e transar até ficarmos completamente exaustos. Essa última, com certeza, era a melhor parte dessa amizade colorida. Depois disso tudo, ele sempre ia embora. Nunca dormia, independente da hora que fosse.

Ainda não havia contado a ele como me sentia. Tinha medo que pensasse que eu estava apenas brincando, ou que levasse a sério e parasse de se encontrar comigo. Mas sabia que provavelmente estava apenas sendo uma frouxa. Teve dias em que pensava se valia a pena arriscar o que já possuíamos por algo que nem tinha certeza. Era apenas uma ficante e uma amiga, e poderia acabar jogando tudo no ralo caso me declarasse.

É provável que Sasuke esteja comigo justamente por achar que não sinto nada demais por ele.

Suspirei fundo, olhando para o próximo ingrediente que iria colocar na minha cesta de compras. Sabia que ele não estava acostumado a ter um relacionamento sério, talvez por isso prefira ter algo mais casual em vez de uma namorada. Sasuke raramente falava de seu passado ou assuntos mais pessoais. E pelo o que soube por Ino, que trabalha na empresa há mais tempo que eu, o CEO nunca fora visto com alguma mulher, muito menos teve algum tipo de envolvimento romântico divulgado publicamente.

No fundo, eu queria saber o que a gente significava para ele, mas apesar disso, não tinha pressa para descobrir. Gostava das coisas como estavam e, embora tenha acabado nutrindo sentimentos por aquele homem, não iria morrer se algum dia ele decidisse encerrar esses encontros. Não queria cobrar um posicionamento dele, minha ideia era aproveitar ao máximo nosso tempo juntos. Ao menos Sasuke era uma ótima companhia e transava muito bem.

Sim, melhor levar as coisas na calma, naturalmente. Sem surtos, Sakura.

Coloquei a bandeja de frango na cesta e logo me dirigi ao caixa. Havia decidido cozinhar pela primeira vez, estava cansada de pedir delivery e comer um monte de besteira. Sasuke nunca havia provado minha comida, mas tinha esperanças de que gostasse. E se não gostar, azar o dele.

Paguei pelas compras e peguei as sacolas, que estavam ligeiramente pesadas, em minhas mãos. Havia comprado um monte de coisa. Acho que exagerei nos ingredientes. Caminhei pelas ruas calmas do bairro rumo ao meu prédio. Minha sorte era que o mercadinho não ficava tão longe assim, só mais alguns minutos e eu logo chegaria em casa.

— Sakura! — Uma voz masculina surgiu atrás de mim, e me virei para encará-lo. Era Sasori.

— Ah, oi, Sasori! — cumprimentei-o com um sorriso.

— Quer ajuda para levar as sacolas? — Ele se ofereceu gentilmente, estendendo seus braços.

Agradeci e dei algumas sacolas em suas mãos, mas Sasori fez questão de carregar todas. Senti minhas mãos se aliviarem no mesmo instante, estavam começando a ficarem vermelhas. Sasori era um rapaz muito educado e atencioso, mesmo sendo um pouco mais novo do que eu. Sempre o via ajudando seu pai adotivo com um sorriso no rosto, e isso, juntamente com sua beleza, fazia dele um garoto bastante popular entre as clientes que frequentavam o trailer do Iruka.

— O que está fazendo por aqui? — perguntei enquanto caminhávamos lado a lado pela rua.

— Ah, vim buscar alguns ingredientes para meu pai.

— Tô te atrapalhando? Se estiver ocupado pode deixar que eu levo, Sasori. — Encarei-o, a última coisa que eu queria era atrapalhar seu trabalho no trailer.

— Não! Não tem problema, Sakura. — Ele sorriu. — Que tal passar lá mais tarde?

— Ah... eu adoraria, mas vou receber visita hoje. — Devolvi o sorriso, um pouco sem jeito. — Vou fazer o jantar.

Continuamos caminhando a passos lentos, Sasori parecia não ter nenhuma pressa, muito menos se incomodar com o peso das compras.

— Você deve ser uma ótima cozinheira — comentou.

Eu ri.

— Não queria me gabar, mas até que cozinho bem, viu! Tive que aprender a me virar depois que passei a morar sozinha.

— E faz muito tempo?

Fiquei pensando por um momento, incerta da resposta.

— Não lembro bem, mas já tem alguns anos.

Andamos por mais alguns minutos, até que finalmente havíamos chegado na portaria do prédio. Sasori parou bem à minha frente, sorrindo.

— Quer que eu te ajude a levar até o elevador? — perguntou.

— Não precisa, que isso! Você já me ajudou muito. — Sorri, sem graça. Estava prestes a pegar as sacolas de volta, mas ele não as entregou. Encare-o com uma expressão confusa.

— Sakura... queria te perguntar uma coisa — começou a dizer, e percebi que seu rosto estava corando aos poucos. — Eu... queria perguntar se você gostaria de...

Não consegui saber o que Sasori queria dizer, pois foi interrompido logo em seguida por alguém que bruscamente puxou as sacolas de suas mãos. Olhei para aquele homem, achando que seria um louco ou um ladrão querendo roubar minhas compras. Porém, meu queixo quase caiu de surpresa quando vi que era Sasuke. Ele havia chegado mais cedo do que eu imaginava.

— Que isso, cara?! — Sasori ficou furioso com a ação repentina do moreno.

Sasuke o ignorou por completo, e então virou-se para mim, que ainda estava sem reação. Que merda ele está fazendo?

— Vamos, Sakura. — O moreno juntou as compras em uma mão só e, com a outra, agarrou meu pulso e me puxou em direção à entrada da portaria. Me desculpei pelo ocorrido enquanto era praticamente arrastada até o portão.

— Desculpe, Sasori, depois a gente conversa, ok? — falei para o ruivo, que agora estava parado na calçada completamente confuso.

Sasuke segurou em meu braço até chegarmos no elevador, quando finalmente me soltou.

— O que deu em você? Eu hein! — bufei, indignada com aquilo. — Poderia pelo menos ter dado um oi!

Apertei o botão do meu andar, e Sasuke permaneceu em silêncio, com cara de poucos amigos.

— Ficou com ciúmes, por acaso? — indaguei, olhando-o de canto. Queria ver qual seria sua resposta. Ele travou o maxilar.

— Nós nem temos nada sério, por que teria ciúmes? — respondeu, ainda com uma expressão fria.

Balancei a cabeça, concordando com ele. Sasuke tinha razão, nós não tínhamos nada romanticamente. Por que eu ainda perguntava essas coisas? Devo estar querendo muito me iludir, só pode!

O resto do percurso foi feito em silêncio. No fundo, ainda estava um pouco chateada pela resposta dele. Assim que entramos no apartamento, Sasuke colocou as sacolas de compras no balcão da cozinha, que fazia divisa com a sala.

— Pra que isso tudo? — perguntou, encarando as compras.

— Vou fazer a janta hoje. — Lavei as mãos e peguei meu avental vermelho, amarrando-o na cintura. Sasuke me observava, intrigado, enquanto eu prendia meus cabelos em um rabo-de-cavalo.

— Quem diria que você sabe cozinhar. — me provocou enquanto tirava sua gravata e afrouxava o colarinho da camisa social que vestia.

Taquei um pano de prato em sua direção.

— Claro que sei, acha que vivo como? De delivery?! — exclamei, ligeiramente irritada. — Aposto que você não sabe nem fritar um ovo.

Sorriu, com aquele sorriso de amolecer o coração de qualquer uma. E o meu não era exceção.

— Sei fazer muito mais que isso.

— Ah é? Pois duvido! — retruquei, até parece que um cara como ele iria perder tempo na cozinha! Tirei os ingredientes que estavam na sacola, iria começar a preparar o curry logo ou acabaríamos jantando muito tarde.

Sasuke ainda me encarava, parado do outro lado do balcão enquanto eu cortava o frango em pedaços.

— Faremos o seguinte. — Ele se debruçou sobre o balcão antes de continuar. — Você faz a janta hoje e, da próxima vez, eu serei o cozinheiro. Quem fizer o melhor curry, ganha.

Revirei os olhos, com um sorriso soberbo em meu rosto. Sasuke nunca seria capaz de me ganhar na cozinha.

— E qual é o prêmio? — De repente, fiquei interessada na proposta.

Pensou um pouco antes de responder.

— Pode fazer o que quiser comigo — respondeu, dando de ombros.

— Sasuke, eu já faço isso. Com bastante frequência, aliás — falei, sem pensar. Ele riu da minha cara, me deixando sem graça. — Enfim, se eu ganhar, quero que você me responda a uma pergunta com total sinceridade.

O vi erguer uma sobrancelha.

— Só isso? Tudo bem.

— Sim, mas tem que ser sincero! Não pode mentir.

Sasuke levantou uma mão, fazendo um juramento.

— Serei sincero, prometo.

Apesar do seu juramento, eu desconfiava que ele não iria realmente dizer a verdade assim que fizesse minha pergunta, no entanto, decidi acreditar em sua palavra. Coloquei o frango no tempero e comecei a fazer o arroz, após ter todos os ingredientes cortados e preparados

— E o que você vai querer se ganhar? — perguntei ao moreno, que ainda me assistia cozinhar do balcão.

Ficou em silêncio por um momento, provavelmente pensando no que eu, uma simples proletária, poderia oferecer a ele que já tem tudo. Após um tempo, Sasuke deu a volta pelo balcão e veio em direção à cozinha, onde eu estava. Comecei a sentir um frio na barriga à medida que se aproximava, com sua expressão indecifrável. Era difícil deduzir o que ele estava pensando na maioria do tempo.

Seus braços fortes me abraçaram por trás, e eu larguei a panela de arroz, com medo de fazer alguma besteira com as minhas mãos que tremiam de nervosismo com seu toque repentino.

— Quero que você cozinhe para mim todos os dias, exceto nos finais de semana. — Sua voz era como um sussurro rouco e hipnotizante. Se me pedisse para miar igual a um gato ali mesmo, faria sem reclamar.

Pelos céus, olha o que você está pensando, Sakura!

— P-por que isso? Achei que você tinha um cozinheiro particular em casa, ou algo do tipo. — Lutei ao máximo para que minha voz não falhasse de ansiedade pelo seu pedido inusitado. Ele nem sabia como era o gosto da minha comida! Como pode me pedir uma coisa dessas assim, de repente?

— Tinha, mas acabei enjoando de comida requintada. Muitas vezes tenho vontade de comer algo caseiro, feito por alguém que eu conheça — Senti sua respiração aquecer a pele do meu pescoço enquanto falava, me dando arrepios. — Minha mãe detesta cozinhar, então agora eu mesmo faço quando tenho tempo. Mas você sabe... é difícil ter um tempo livre.

— Então você pede comida todos os dias? — Não podia acreditar que justo ele estava se alimentando mal. Do jeito que o conhecia, tinha certeza de que não estava comendo coisas saudáveis. Então como ele tem o corpo tão perfeito? Deve ser genética, só pode! Que mundo injusto!

— Sim, praticamente. — Sasuke levantou o rosto para me encarar, ainda com os braços em volta de mim.

— Mas como sabe que você não vai enjoar da minha comida também?

Sorriu de canto e inspirou fundo logo em seguida.

— Porque o cheiro está maravilhoso. — Sua resposta fez meu rosto corar.

— B-bom... então... — gaguejei, totalmente sem jeito. — Se você ganhar, faço suas refeições pelo tempo que quiser, mas digo já que você não vai conseguir vencer!

— Veremos. — Beijou minha bochecha antes de continuar: — Vou tomar um banho rápido, ok?

Antes de me soltar, fez um breve carinho em minha cabeça e saiu da cozinha em seguida, em direção ao banheiro.

— É bom que seja rápido mesmo ou vai ter que aumentar meu salário para a conta de energia e água! — gritei da cozinha. Ele sempre tomava banho antes de ir embora, e agora queria tomar quando chega? Aí já é demais!

Quinze minutos depois, o jantar já estava pronto. Fiquei sentada na banqueta do balcão mexendo no celular enquanto esperava o bonito sair do banho. Rolei pelo 'Instagram' com certo desinteresse, dando risada vez ou outra de algum vídeo bobo que aparecia. Uma notificação de mensagem surgiu na tela.

"Sakura, você está em casa com ele?", Ino perguntou.

"Sim, por que?", Digitei de volta.

"Nada não", ela respondeu. E então parou de mandar mensagem.

Fiquei tentando entender o que ela poderia estar querendo, mas então, no mesmo instante, Sasuke apareceu na porta do banheiro apenas com uma toalha de banho enrolada na cintura.

— Sakura, ainda tem roupas minhas aqui? — perguntou, com o corpo parcialmente para fora. Ele só poderia estar querendo me provocar, não é possível!

Evitei encará-lo, voltando minha atenção para o celular.

— Tem sim, no meu quarto na segunda gaveta da cômoda. — Havia separado uma gaveta só para as coisas dele, já que vivia trazendo mudas de roupas limpas e deixando-as aqui. Dizia que era apenas para caso precisasse tomar banho, o que acabou fazendo todas às vezes que vinha para cá.

Bom, não tinha como culpá-lo por isso, afinal, eu também não gostaria de ir embora toda suada e grudenta.

O moreno saiu do quarto vestindo uma bermuda e com uma camiseta em mãos. Veio andando até mim enquanto vestia a camiseta do jeito mais lento possível enquanto me encarava.

— Por acaso você tá tentando me seduzir? — falei.

— Tentando não, já faço isso naturalmente. — Soltou uma piscadela.

— Exibido. — Me levantei da banqueta, dando as costas para ele. Não queria que me visse envergonhada. Sasuke tinha razão, ele já me seduzia só por existir.

Nos servimos com o meu maravilhoso curry e arroz branco. Modéstia à parte, o cheiro estava divino. Seria impossível que me superasse, minha vitória era certa.

Sentamos na pequena mesa de jantar que tinha no canto da minha sala. Fiquei observando-o enquanto levava a primeira colherada à boca. Estava ansiosa, queria logo saber qual seria seu veredito.

— E então? — perguntei. — Não sou boa na cozinha?

Ele balançou a cabeça positivamente enquanto comia.

— Eu... nem sei o que dizer — respondeu, comendo mais um pouco.

— Como assim? — Fiquei confusa. — Está bom ou não?

Seus lábios se ergueram em um leve sorriso. Enquanto terminava de mastigar, Sasuke fechou os olhos e recostou-se na cadeira antes de responder.

— Está incrível, Sakura. Obrigado.

Congelei ali mesmo, sem reação. Uma sensação de felicidade e satisfação cresceu em meu peito. Nunca havia ficado tão feliz com o elogio de alguém, muito menos me agradeceram por uma simples refeição. Suas falas haviam me pegado de surpresa, e eu só consegui abrir um largo sorriso, estava radiante de alegria.

Ele apenas me encarava enquanto eu tagarelava, animada, sobre como havia aprendido a fazer o melhor curry do mundo, uma receita da minha mãe. Comecei a comer também e, após um tempo e umas doses de saquê, Sasuke e eu – principalmente ele – estávamos completamente empanturrados.

— Bom, já que eu fiz o jantar, você agora está encarregado de lavar a louça. — Peguei os pratos da mesa, levando-os até a pia.

— Só um minuto, preciso descansar um pouco. — Se jogou no sofá. — Faz tempo que eu não como tanto assim.

Dei uma breve risada enquanto guardava o que havia sobrado do jantar em alguns potinhos. No fundo, estava sentindo uma pontada de orgulho de mim mesma por tê-lo feito comer tão bem. Ao menos ele realmente gostou da minha comida, e isso era completamente satisfatório. Há quanto tempo eu não cozinhava para outra pessoa além de mim? Não fazia nem ideia.

Juntei-me a ele no sofá, também havia comido pra caramba e merecia um belo descanso. Ficamos assistindo vídeos bobos no 'YouTube', e eu já estava a ponto de dormir quando Sasuke levantou-se de repente, indo em direção à cozinha. Esfreguei os olhos, tentando espantar o sono. Ouvi o som da água da torneira se abrindo e sentei-me na ponta do sofá, olhando em sua direção.

Ele estava lavando a louça.

— Essa é realmente uma visão rara — brinquei. — Quem diria que um dia eu veria o CEO da minha empresa lavando louça na minha casa. Achei até que você nunca tivesse lavado um prato na vida.

Sasuke riu ao me encarar de volta.

— Também sou uma pessoa normal, sabia? Lavo minha própria louça, não gosto de ficar dependendo de empregados.

— Então precisamos registrar esse momento ou vou achar que tudo isso é um sonho. — Levantei-me rapidamente, pegando meu celular em mãos.

— O que está fazendo? — perguntou assim que me viu apontando a câmera para ele.

Click.

Tô tirando algumas fotos de recordação.

— Sakura, apaga isso — reclamou enquanto ensaboava os pratos.

Click. Mais uma para a minha coleção.

— Relaxa, não vou mostrar pra ninguém. — Sorri, me divertindo com aquilo.

— Você está pronta pra sofrer as consequências? — Seus olhos soltaram uma faísca ao me encarar.

Soltei uma risada, mudando a câmera para filmar.

— Você não pode fazer nada, está meio ocupado aí. — Apontei para a pia com minha mão livre.

Ele riu do meu deboche, enxaguando os últimos talheres.

— Sakura, está brincando com fogo... — me advertiu, e eu dei de ombros.

— Só pra avisar, estou filmando esse momento precioso.

Sasuke parou o que estava fazendo no mesmo instante e veio correndo a toda velocidade atrás de mim. Dei um gritinho de susto e corri em volta do sofá, tentando escapar dele. Rodeamos o sofá algumas vezes enquanto eu gritava para que ele parasse.

— Sasuke, eu apago! Juro! — implorei ao mesmo tempo em que ria, ainda correndo ao redor do sofá. Estava sendo uma brincadeira divertida, mas tinha certeza de que ele iria se vingar de alguma forma.

— Não adianta fugir, eu vou te pegar! — Sasuke sorria, como um predador prestes a encurralar sua presa.

E foi o que ele fez.

Em vez de rodear o sofá, Sasuke pulou por cima com extrema agilidade, não me dando nenhuma chance. Tentei fugir para o corredor, mas o moreno foi mais rápido ao me pegar no colo.

— Não! Sasuke, por favor! — choraminguei, derrotada. Carregou-me até a cama, me jogando sobre ela. Pegou o celular que ainda estava em minha mão e o deixou de lado.

Olhei em seu rosto, confusa. Ué? Achei que iria mandar eu apagar tudo.

Observei-o enquanto deixava somente a lâmpada do banheiro acesa, o resto do ambiente era iluminado apenas por esse pequeno facho de luz.

Meus olhos se encontraram com os seus negros profundos, e eu estremeci diante do semblante sério. Mordi o lábio inferior, ansiosa para saber o que ele faria em seguida.

Ele tirou a camiseta, revelando seu peitoral definido. O moreno subiu na cama, ficando bem acima de mim. Agarrou meus dois pulsos e prendeu-os contra o colchão antes de inclinar-se próximo ao meu rosto.

— Eu disse que teria consequências — murmurou, com uma voz sedutora.

Estava começando a ficar excitada e, ao mesmo tempo, envergonhada por estar naquela posição, completamente submetida à ele.

— E-eu vou apagar, prometo... só estava brincando... — Senti meu rosto esquentar.

Negou com a cabeça.

— Agora é tarde, Sakura. Vou cobrar o meu preço pelas fotos. — Seus olhos percorreram pelo meu rosto, focando em meus lábios. — O que foi? Por que está com vergonha? — Ergueu uma sobrancelha, sorrindo logo em seguida. — Espero que eu seja o único a ver essa sua expressão.

Podia sentir sua respiração mesclando com a minha, só o fato de ter percebido que eu estava mais envergonhada do que deveria me deixou mais ruborizada ainda.

Ignorei sua pergunta.

— C-claro, q-quem mais me veria assim?! — Desviei meu rosto, cortando nosso contato visual. — Eu também espero ser a única... — Minha voz falhou de tão baixa que saiu. Não consegui completar a frase.

Sasuke não me respondeu, ao invés disso, senti seus lábios beijarem meu pescoço. Ele levou meus pulsos acima da minha cabeça e os agarrou com apenas uma mão enquanto a outra explorava meu corpo por baixo da blusa que usava. Arfei, sentindo o corpo amolecer diante seu toque. Sua mão livre percorreu pela minha cintura, meu ventre, e subiu até meu sutiã. Apertou meu seio com força enquanto ainda depositava beijos pelo meu pescoço. Esperava não ter que lembrá-lo de não deixar marca, mas do jeito que estava, era capaz de acabar não dizendo uma palavra. Soltei um gemido fraco, sentindo seu membro rígido contra meu quadril.

Esse homem iria me deixar louca.

Me soltou, se afastando por um momento. Desabotoou meu short e o retirou sem delicadeza nenhuma, jogando-o em algum canto do quarto. Fiz o mesmo com minha blusa, ficando apenas com minha lingerie. As marcas de chupão que havia deixado pelo meu corpo foram expostas. Uma vez que o havia proibido de marcar o pescoço, ele encontrou outras alternativas que não ficassem tão à mostra. Eram duas na barriga, três no interior da coxa, uma bem próxima aos meus seios e outra na minha nádega que eu mal conseguia enxergar direito.

Sasuke tinha um sorriso ladino no rosto enquanto encarava as marcas, e eu desconfiava seriamente de que ele possuía algum tipo de fetiche com coisas assim. E obviamente, não conseguia negar quando pedia para me marcar só mais uma vez.

O moreno saiu da cama e puxou minhas pernas para a beirada. Ajoelhou-se no chão e logo senti seus dedos afastarem minha calcinha. Naquela altura, a peça inferior já estava toda encharcada.

— Já está toda molhada? Eu mal comecei — disse, com malícia.

— Isso é culpa sua... — Minha voz se tornou manhosa sem que eu percebesse. Estava a ponto de perder a cabeça se ele não começasse logo.

Sasuke pareceu satisfeito com minha resposta. Sem perder mais tempo, sua língua foi de encontro ao meu clitóris, e eu soltei um gemido baixo. Sasuke começou a trabalhar com seus dedos junto com a língua, intensificando os movimentos. Parou para tirar minha calcinha que o atrapalhava e, por um reflexo, quis fechar as pernas, mas ele segurou minhas coxas com firmeza, mantendo-as o mais abertas possível.

Eu ficava cada vez mais molhada à medida que me chupava. Cada vez mais excitada, cada vez mais perto do clímax. Segurei seus cabelos com força, não me importava mais se meus gemidos eram baixos ou não, simplesmente externalizava o quanto aquilo era maravilhoso! E quando enfiou seus dedos em mim, tocando no meu ponto mais sensível, pendi a cabeça para trás e arqueei o corpo, gozando no mesmo instante.

Minhas pernas ficaram trêmulas, e ele sabia que eu havia atingido o ápice. Lambeu seus dedos melados ao mesmo tempo em que admirava com luxúria a expressão em meus rosto. Sasuke se pôs de pé e pegou uma camisinha dentro da mesa de cabeceira. Tirou o resto de suas roupas e a colocou enquanto eu o observava morrendo de vontade de senti-lo dentro de mim o mais rápido possível. Só os seus dedos não seriam o suficiente.

— Vire de bruços — ordenou, e obedeci sem questionar.

Sasuke ajeitou meu corpo na cama e ajeitou-se por cima de mim. Segurou um de meus braços em minhas costas e eu gemi, surpresa, sentindo seu membro entrar por completo até o fundo. Não estava sendo nem um pouco delicado enquanto me penetrava com vontade. De fato, ser delicado na cama era algo que Sasuke desconhecia, mas já estava acostumada com a sua falta de gentileza. Para ser sincera, não podia negar que gostava de uma transa mais intensa. Ser dominada era a única coisa que ansiava naquele momento.

Sua mão bateu com força em minha nádega, me fazendo gemer mais alto que o normal. Mordi o travesseiro para abafar um pouco o som, minhas mãos cravaram no colchão e Sasuke puxou meu cabelo para trás, fazendo meu corpo se erguer ligeiramente. Mordeu minha orelha antes de me provocar.

— Quer que eu pare? — sussurrou em meu ouvido.

— N-não! — respondi, ofegante.

— Não o que? Diga. — Meu pulso foi apertado com mais força, e ele saiu de dentro de mim. Sasuke queria que eu implorasse.

— Não pare... Sasuke, por favor... — Minha voz era mais dengosa do que eu esperava.

O moreno jogou meus cabelos para o lado e começou a beijar minha nuca, descendo pela minha espinha.

— Você é maravilhosa. — falou, à medida que continuava depositando vários beijos em minhas costas. Ele soltou meu braço e abriu o fecho do meu sutiã. A única peça que havia restado em meu corpo.

Sasuke deitou-se ao meu lado, com as costas na cama. Abriu um sorriso lascivo e fez um gesto com as mãos, me chamando para montar nele. Tão logo me livrei do sutiã, eu já me encontrava em cima dele, rebolando meus quadris. Sasuke fincou seus dedos na pele da minha coxa enquanto soltava alguns gemidos roucos, que faziam com que eu me movesse com mais vigor. Minhas mãos agarraram a cabeceira da cama e, a partir desse momento, senti-o apertar minhas nádegas e assumir o controle, investindo com vontade.

— Sa-sasuke! — gemi seu nome, fechando os olhos e sentindo aquele prazer crescente subir pelo meu corpo.

Sem nenhum aviso, me tomou em seus braços e nós giramos na cama, mudando a posição. Agora, era ele quem estava por cima. Finquei minhas unhas em suas costas enquanto me fodia com desejo. Sasuke grunhiu de prazer, como um animal selvagem. Enterrou seu rosto na curva do meu pescoço e eu o ouvi murmurar meu nome, tão baixo que era quase inaudível. Logo depois, seu rosto desceu mais um pouco e ele mordeu um de meus mamilos, lambendo-o em seguida. Arranhei-o com mais força, era incrível como aquele homem sabia dosar tão bem a dor que o prazer que me dava, Sasuke nunca havia me machucado e, nessa parte, ele era cuidadoso.

Entrelacei minhas pernas ao redor de seu quadril, colando mais ainda nossos corpos tomados pelo suor. Nossos olhares se encontraram, seu rosto estava tão perto que sua franja molhada encostava em minhas bochechas. Nossas respirações pesadas se fundiram em uma e, naquele momento, eu podia jurar que ele conseguia ver o fundo da minha alma e tudo o que sentia em meu peito.

Sasuke me beijou. Era um beijo intenso, necessitado. Aumentou a intensidade das suas estocadas enquanto me beijava e, em pouco tempo, alcancei o ápice mais uma vez. Não demorou muito para que interrompesse o beijo e enterrasse o rosto na curva de meu pescoço. Soltou um gemido rouco, gozando logo em seguida.

O moreno, visivelmente cansado, saiu de cima e se jogou na cama ao meu lado. Ficamos um tempo em silêncio enquanto recuperávamos o ar. Tomei a liberdade de deitar sobre seu peito, e ele começou a acariciar meus cabelos. Fechei os olhos, ouvindo as batidas aceleradas do seu coração e sentindo seu peito subir e descer pesadamente.

— Vou precisar de outro banho — disse, depois de alguns minutos.

Comecei a rir.

— Agora você realmente vai ter que considerar o meu aumento — brinquei.

— Vou pensar no seu caso. — Ele se levantou, e o segui com os olhos até o ver entrar no banheiro. Ouvi o barulho do chuveiro ligando.

— Como assim pensar? — falei mais alto para que pudesse me ouvir. — Espera!

Levantei-me da cama às pressas, parando na porta do banheiro. Sasuke já estava dentro do box com a água caindo sobre sua cabeça.

— Podemos tomar banho juntos então? Só pra economizar água, sabe — sugeri, chamando sua atenção para mim. Nós não costumávamos dividir o banho, então não sabia se aceitaria meu pedido. Porém, tinha que dar um jeito de cortar um pouco dos gastos, ainda mais se ele fosse passar a tomar banho duas vezes na mesma noite.

Sasuke fez um gesto com a mão para que eu entrasse no box. Sorri, vitoriosa. Sentia que de alguma forma, aquilo era um passo a mais em nossa relação.

Após o banho, vesti um pijama leve para dormir e enrolei a toalha em minha cabeça. Caminhei até a sala com meu celular em mãos. Já era quase meia-noite. Sasuke estava se arrumando para ir embora quando meu celular notificou uma nova mensagem. Olhei para a tela, era um áudio de um número desconhecido.

Franzi o cenho, mas meu maior erro foi dar play naquela mensagem com o volume do aparelho no máximo.

"Oi, Sakura, sou eu, Kiba. Queria saber se você quer ir no Karaokê com a gente amanhã? Desculpe o horário, aguardo sua resposta!"

Fiquei sem reação, e percebi que Sasuke havia parado o que estava fazendo para me encarar. Como raios Kiba tinha meu número? Desliguei a tela rapidamente e deixei o celular na bancada. Estava me sentindo nervosa até demais. E se Sasuke pensasse que estou saindo com outro às escondidas?

— Você vai? — perguntou, depois de terminar de pegar suas coisas.

Não sabia o que responder, mas sabia que provavelmente não iria.

— Acho que não — respondi, com desinteresse. Tirei a toalha dos cabelos e fingi que estava ocupada demais pendurando-a sobre uma cadeira.

— Hm. — Foi tudo o que disse sobre o assunto. — Estou indo agora.

O acompanhei até a porta, com um sorriso fraco no rosto.

— Ah, espera aí! — Corri até a cozinha, pegando os potes de curry que haviam sobrado da janta e colocando-os em uma sacola. Voltei onde ele estava, entregando a sacola em suas mãos. — Pode levar.

— Tem certeza? — perguntou, meio receoso.

— Claro! Posso fazer mais se quiser. É você quem tá precisando de um pouco de comida de verdade.

Ele segurou a sacola e abriu um pequeno sorriso, quase imperceptível.

— Obrigado, Sakura. — Sasuke segurou meu rosto com uma mão, mas em vez de me beijar nos lábios, como sempre fazia ao se despedir, beijou minha testa.

Será que ficou chateado com o áudio? Minha mente ansiosa não parava de cogitar essa possibilidade.

E, sem dizer mais nada, ele saiu pela porta, me deixando sozinha e solitária mais uma vez. Suspirei ruidosamente, pensando em tudo o que havia acontecido naquela noite. Sasuke estava, de certa maneira, agindo de forma mais estranha do que o normal. E isso me deixou curiosa.

Joguei-me na minha cama e, subitamente, um vago pensamento veio à minha cabeça. Um sorriso faceiro surgiu em meus lábios.

Era possível que estivesse entendendo tudo errado, mas talvez o gostoso do meu CEO não fosse tão indiferente em relação a mim quanto eu imaginava.

Espero que tenham gostado! Já faz um tempinho q eu não escrevo hot 🤡 kkkk Beijinhoss e até o próximo! Obrigada pela leitura, não esqueçam de votar/comentar ❤️

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