Capítulo 24


Capítulo 24

Kim

Sentado em frente a porta do quarto da Huma, eu dedilhava em meu violão. Já tinha rabiscado a letra de uma música dos meus sentimentos por ela há alguns dias, mas sentia que faltava alguma coisa. Ou talvez porque não tivesse mesmo um final concreto para nossa história. 

Oamor que eu sentia era verdadeiro, eu já sabia. No entanto, o relacionamento é algocontínuo até o ponto que se rompe de forma natural ou por um evento. Balancei a cabeça para espantar os pensamentos intrometidos e ruins que insistiam em povoar minha mente. Preferia pensar que somente a velhicefosse o nosso caso em nos separar.

O silêncio pairou do outro lado da porta, em seguida escuteisua voz, um tossido, meu nome e sua resposta a minha pergunta. Então, comecei a tocar e cantar:

어느 날 산만해진 그녀가 지나가는 걸 봤어

시선도 돌리지 않은 넌

그리고 그것은 바 테이블에서

당신은 내가 찾는 것을 거부했다

나를 홀린이 여자는 누구인가?

날 알고 싶지 않았고 그냥 경멸 했어

인생이 가르쳐 준 모든 전술을 사용 했어

하지만 당신을 위해 일한 것은 없습니다

나를 매혹시킨이 여자는 누구인가?

나와 함께 나가고 싶지 않았어

그리고 당신의 전화 번호도 내게주지 않았어요

너야 ê ê ê, ê ê ê

너만 원해 너만 ê ê ê

내 변덕이 아니야

너를 위해 또 다른 내가

나는 내가 모르는 모든 일을했다 ...

그리고 내가 이길 기회가 아니야

그리고이 여자에게 난 사랑에 빠졌어

너야 ê ê ê, ê ê ê

너만 원해 너만 ê ê ê*

— Kim, onde eu aperto para ter tradução simultânea?

Dei risada e pensei em responder o que veio a minha cabeça.

— Na hora que estiver pronta, eu te mostro onde apertar. 

— Deixa de ser besta, rapaz!

Continuei tocando, as vezes cantando e outras apenas dedilhando.

Após um tempo ela começou a tossir e não parava.

— Huma, você está aqui no chão?

Ela não respondeu e o som ficou mais longe. Levantei e fiquei atento. Pelo visto ela ficou no chão este tempo todo e eu nem me toquei que poderia fazer mal.

Bati na porta.

— Huma, está tudo bem?

Após alguns segundos, que me pareceu uma eternidade, ela respondeu:

— Não Kim, não está nada bem, desde fevereiro quando apareceu o primeiro caso de covid no Brasil.

— Jeongmal gomabseubnida**, se você quer me assustar fale logo.

— Desculpe, foi só uma crise de tosse, estou bem.

— Trouxe uma água e um chá. Quer mais alguma coisa?

— Como você não faz milagres, a água está de bom tamanho.

A porta abriu e ela apareceu no meu campo de visão. Rosto abatido, cabelo desarrumado e expressão de cansaço. Fechou a porta com a mesma rapidez que abriu.

— Kim! Afaste-se, por favor.

Puxei o carrinho de refeição para frente da porta onde incluía, além da água e o chá, algumas frutas. Assim que me afastei o meu celular tocou e era minha sogrinha.

— Kim! — atendi.

Os dias foram passando e a Huma apresentava sinais de melhora e menos desconfortos. A senhora Amália continuava a me ligar diariamente, até mesmo várias vezes no mesmo dia. Passou-me várias receitas que era do gosto da filha. Outro dia, ela fez questão que eu buscasse na sua casa uma tigela de um tal cuscuz de frango. Insistiu que era um prato típico da cidade e que a filha gostava apenas do que ela fazia.

Fui.

Entrei no condomínio e um dos funcionários da portaria me guiou até a localização da casa, mesmo eu dizendo não ser preciso porque havia colocado o endereço no GPS do carro.

Ela me esperava em frente à casa.

— Ah, que prazer em conhecer você, meu filho — falou-me sorridente.

— O prazer é todo meu, Amália. — Eu já sabia que ela odiava ser chamada de senhora.

— Gostaria muito de chamá-lo para entrar tomar um café e conversamos um pouco, mas minha filha não me perdoaria.

— É verdade, ela ficaria chateada comigo também. E o que menos quero neste momento é sua filha brava, pelo bem dela e meu. — Sorri.

— E eu não conheço a filha que tenho? — Deu mais um passo a minha direção, diminuindo um pouco o espaço entre nós. — Mas posso te pedir uma coisinha? — perguntou.

— Claro.

— Abaixe a máscara e tire os óculos, para que eu possa ver seu rosto?

Fiquei sem saber o que fazer. Passei a mão na nuca intimidado pelo pedido. Mas o que fazer quando a mãe da mulher que você ama quer olhar para você frente a frente, sem a proteção da máscara e os óculos de sol? Negar? Claro que não podia fazer isso. Olhei de um lado a outro e bem devagar abaixei a máscara e puxei os óculos para a cabeça.

— Ai, como você é lindo, muito mais que nos vídeos. Queria poder te dar um abraço e tirar uma foto. — Balançou as mãos freneticamente e voltou para dentro da casa me deixando ali parado. Pensei que fosse buscar o tal cuscuz, mas não. Voltou com o celular. — Foto, eu posso tirar. Fique aí assim.

Virou de costas para mim e começou a dar-me instrução para me enquadrar na foto. Abaixou a sua máscara e não sei quantos clicks foram batidos porque, como a filha, mandou que eu fizesse várias poses e sorrisos. E foi em um destes pedidos que um senhor apareceu perguntando o que acontecia.

— Má, o que está fazendo? — Olhou para mim que sorria a distância com dois dedos esticados, o indicador e o do meio, em forma de V.

A expressão de indignação do senhor, deixou-me mais constrangido e sem jeito que na hora do pedido dela.

— Boa tarde, senhor... Vim buscar a comida para a Huma. Sou, Kim Kool.

— Humberto. — Levantou a mão.

— Sua esposa quis tirar uma foto...

— Bem, venha aqui, vamos tirar juntos?

— Pare com isso, Amália, está constrangendo o rapaz!

— Deixa de ser bobo, Beto, ele é nosso futuro genro. — Puxou-o pelo braço. O senhor Humberto se virou e com muito pouca vontade fez o que ela pediu, quer dizer, mandou.

Naquele instante, percebi de onde vinha este lado da Huma. Voltei a colocar a máscara anunciando que a sessão de fotos tinha terminado.

— Eu te mando as melhores no seu "sap" — ela me disse e entrou na casa novamente. Ao retornar, trazia uma bolsa térmica com uma travessa, abri um pouco para ver. Percebi que estava quente e com um cheiro muito gostoso.

— Já vou então. A Huma vai gostar, muito obrigado.

— Vá com Deus, meu filho. Espero que em breve possamos nos reunir e almoçar ou jantarmos juntos. Obrigada por estar cuidando de nossa filha.

Inclinei a cabeça em despedida. E o senhor desta vez sorriu e balançou a mão para mim, acho que foi um bom sinal.

Entrei no carro e dei partida. Ao chegar na portaria um bando de meninas estavam aglomeradas na guarita de saída. Já imaginei o que significava. Parei e esperei que abrisse a cancela sem que eu precisasse usar o cartão de entrada.

Nada. Esperei. Dei um toque na buzina. Um som saiu de dentro da cabine, porém foi impossível escutar. As meninas já estavam muito mais próximas do carro e algumas batiam na janela.

O rapaz uniformizado que me levou até a residência apareceu do lado do carro e pediu para que eu abaixasse o vidro.

Assim que abri, entreguei o cartão, os celulares começaram a ser direcionado a mim com pedidos de autógrafos em cadernos. Fechei novamente o vidro e fiquei esperando, nervoso, enquanto o rapaz com toda calma deste mundo liberasse minha passagem.

Respirei aliviado quando entrei na avenida e ganhei velocidade.

— Como souberam que eu estava dentro do condomínio? — perguntei-me — Será? Minha sogra havia espalhado? Não podia ser... mas como?

Entrei no apartamento, encontrei a Huma sentada no sofá da sala lendo um livro.

— Muito bem, quer dizer que o senhor foi-se encontrar com minha mãe sem me dizer nada.

— Surpresa!! — Levantei a bolsa térmica.

— Espero que seja o que estou pensando para valer a pena a sua exposição.

— Como assim? Sua mãe não divulgou as fotos na rede social?

— E você imaginou que, dona Amália, influenciadora digital iria deixar apenas para ela a foto do cantor coreano, famoso, lindo e simpático somente no celular dela?

— Sim.

— Inocente. — Levantou o celular e virou em minha direção. — Precisa conhecer melhor a mãe que eu tenho. Veja com seus lindos olhos "puxadinhos".

E era verdade. Em destaque a frente estava ela, eu ao fundo sorria e mostrava com os dedos, um pequeno coração.

Nasalo joen!***

Agora o meu produtor e empresário iria vir com tudo para cima cimade mim, porque neguei fazer uma live, alguns vídeos para o canal, tudo por dizer indisposto e mentir que estava doente.


* eoneu nal sanmanhaejin geunyeoga jinaganeun geol bwass-eosiseondo dolliji anh-eun neongeuligo geugeos-eun ba teibeul-eseodangsin-eun naega chajneun geos-eul geobuhaessdanaleul hollin-i yeojaneun nugu-inga?nal algo sipji anh-assgo geunyang gyeongmyeol haess-eoinsaeng-i galeuchyeo jun modeun jeonsul-eul sayong haess-eohajiman dangsin-eul wihae ilhan geos-eun eobs-seubnidanaleul maehogsikin-i yeojaneun nugu-inga?nawa hamkke nagago sipji anh-ass-eogeuligo dangsin-ui jeonhwa beonhodo naegejuji anh-ass-eoyo neoya ê ê ê, é ê ê êneoman wonhae neoman ê ê ê nae byeondeog-i aniyaneoleul wihae tto daleun naegananeun naega moleuneun modeun il-eulhaessda ...geuligo naega igil gihoega aniyageuligoi yeoja-ege nan salang-e ppajyeoss-eo neoya ê ê ê, é ê ê êneoman wonhae neoman ê ê ê

**Muito obrigado

***Ferrou

*****

Olá meus amores, como vocês estão? Espero que se cuidando. Máscara sempre!!

E sobre o capítulo, gostaram?

Quem tem uma sogra assim? KKK

A minha graças a Deus é uma mãe na minha vida. Amo de coração. Discreta e de um coração enorme. E a saudade está imensa pelo distanciamento em função dessa pandemia. Ainda bem que a tecnologia nos ajuda a matar a saudade.

Conte para mim se gostaram da música do Kim para Huma.

Eu achei perfeita!

No capítulo 26 ele promete cantar em português. 

Deixe seu comentário e aperte essa estrela para iluminar essa autora que lhes escreve.

Beijos e até semana que vem.

Lena

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top