24 - Helium


"E se você soltar eu flutuarei ao redor do sol
Eu sou forte porque você me preenche
Mas quando o medo vem e lentamente caio no chão"
Helium da Sia

Não acordei me sentindo bem, acabei quase passando o dia inteiro no quarto de hóspedes de Deviant e o mal-estar não passava. Ele por sua vez chamou o médico para me examinar ou passar algo que em ajudasse. Só pensava no pesadelo que tive a alguns dias atrás, perde ele seria como cair no concreto. Não prestei atenção em nada, queria voltar para minha casa e ficar enrolada em uma roupa dele. Sair só se for necessária minha presença no laboratório, mas nem para ir la estou com ânimo e me vem à mente que deveria ir conversa com Zorus.

— Merda acabei esquecendo, -Resmungo.

O médico e tanto Deviant junto a esposa já estavam fora do quarto, vesti um vestido cinza escuro que era um de meus favoritos e Deviant ou melhor dizendo Vani que pegou para me em casa. Estava em uma roupa de dormir, ou seja, uma calça grande e uma camisetão. Ao sair do quarto já arrumada segui para a cozinha, mas ouvi algo meio estranho da conversa de ambos e quando me viram pararam de falar.

— Bom dia. –Digo.

— Bom dia. –Disseram os dois juntos.

— Você já vai ou ira tomara o café da manhã? –Pergunta Vani.

— Vou precisa do café da manhã e logo em seguida irei na casa do Zorus. –Digo entrando na cozinha e me sentando na banqueta.

Ajudo ela a pegar as coisas do café, assim com a mesa posta comecei a comer u pouco da comida e pelo menos Vani me acompanhou, já que Deviant teve uma chamada vinda do conselho. O que achei estranho de se acontecer e espero encontrar Zorus em casa, já que deve ser umas onze ou quase meio dia. Ao terminar a refeição Vani me convidou para o jantar, por que provavelmente irei almoçar na casa do meu filho e sai logo depois que terminei.

Segui para o prédio dele que fica próximo ao conselho, entrei e me identifiquei na entrada. Não demorei muito a chegar no andar dele, fiquei sabendo que ele antes de ser esterilizado teve um filho e o mesmo atacou a Charlie por ela ser humana. Me limitei em não o conhece-lo por enquanto, minha mente estava meio dispersa desde que acordei. Quando estiver em casa irei verificar a pulseira do Mavo, ela e muito mais do que aparenta ser. Ainda bem que havia dado a ele ontem assim poderei saber como ele estar, paro em frente a porta e toco o painel.

— Espero que ele esteja em casa junto da Charlie. –Murmurei baixo antes da porta se abri.

Na minha frente uma Charlie sono lenta me atende, ela quando vê quase cai para trás.

— Bom dia! –Digo.

— Bom dia, o que faz aqui a essa hora? –Pergunta ajeitando o cabelo e ela me dando passagem para entrar.

— Vim conversa com os dois. –Digo entrando. — Se não me engano Zorus pediu para vi aqui. –Digo.

— Merda, acabei esquecendo. –Diz. — Poderia se sentar um pouco, vou para o quarto trocar de roupa. –Diz fechando a porta e seguindo par o quarto.

Zorus devia ter ido bem cedo para o prédio do conselho, terei que espera para falar com o mesmo e por enquanto precisarei conversa com a Charlie para descobrir alguma coisa. Pouco mais de vinte minutos ela voltou vestida em uma calça e uma blusa simples.

— Bom Zorus saiu bem cedo. –Fala se sentado no outro sofá. — Só vai chegar na hora do almoço, mas você pode esperar. –Diz.

— Eu vou mesmo esperar por ele, já que os dois me devem uma conversa e estão muito cheios de segredinhos. –Brinco.

— Dreza não e isso. –Diz meio vermelha. — Só estamos meio confusos sabe. –Disse.

— Confusos com o que, na verdade? –Pergunto.

— Como são os sintomas que estou tento, sabe. –Falou meio tensa.

— Hum, quais são os sintomas? -Pergunto.

Já tinha em mente quais eram os sintomas, mas queria ouvir de seus lábios para ter a confirmação de tudo. Estava esperando por isso e sei que eles merecem ter um bebê, não só um mais muitos outros! Se der certo com ele irá dar certo com os outros Cyborgs.

— Ok, estou dormindo mais que o normal. –Diz olhando as mãos. — O apetite aumentou, desejos estranhos, sensibilidade em algumas partes do corpo. –Charlie ficou vermelha que nem um pimentão.

— Entendi, mas não teve alguma fadiga ou teve vontade de fazer xixi a cada cinco minutos? –Pergunto.

— Ah sim, foram poucas as vezes que tive fadiga e as idas ao banheiro são quase sempre. –Com isso já tenho certeza que ela está gravida,

Ela e bem sortudo por não ter enjoos, eu por um lado também sou, acabei não tendo enjoos no começo e nem agora.

— Então vou precisar fazer mais uns exames em você, além de ver se tudo estar certo com Zorus. -Digo

Charlie e eu decidimos conversa durante o preparo do almoço, por que dentro de poucas horas Zorus voltaria para almoçar. Fizemos algo fácil e rápido para comermos, alguns vegetais cozidos e bem temperados, purê e algumas folhas cozidas. Se não me engano elas têm gosto de carne bovina, fizemos um suco de laranja e já estávamos pondo a mesa quando a porta se abriu, e um Zorus abatido entrou.

— Olá querido. –Digo e ele faltou cair para atrás.

— Zorus você está bem? –Charlie vai até ele o abraçando.

— Estou sim querida, mão pensei que você estivesse no laboratório? –Disse.

— Não, só vou voltar daqui uma semana e se o Kirky me encher o saco só volto quando tiver os bebês. –Digo.

—Ainda não acredito que serão dois. –Diz Charlie.

— Nem eu. –Zorus diz agora um pouco menos tenso.

— Vamos almoçar e logo depois conversa. –Digo e ambos concordam.

Comemos tranquilos falando algumas coisas, Zorus sempre perguntando sobre como o medicamento para o tratamento está seguindo. Falei o que eu sabia que já estava em fase de testes em pessoas, precisa somente de poucos voluntários. Estava muito bom o almoço e acabei repetindo, não só eu como também a Charlie. Quando acabamos nossa refeição seguimos para o escritório dele, entramos e nos acomodamos nas cadeiras.

— Você já falou com ela, não foi? –Perguntou assim que sentamos.

— Desculpa eu estava muito curiosa. –Disse Charlie.

— Tudo bem, mas o que você acha mãe? –Ainda não sei lidar com ele me chamando de mãe.

— Pelo pouco que ela me falou, tenho certeza que deu certo. –Falo. — Ainda tem o equipamento aqui dentro ne? –Falei.

— Sim, deixei ele ajeitado no quarto de hóspedes como você disse. –Seus olhos estavam apreensivos e meio que com medo.

— Então vamos logo tira essa dúvida, por que ainda quero dormir um pouco antes de voltar para a casa do Deviant. –Digo me levantando e seguindo para a porta. — Vamos gente! –Chamo de novo.

Saímos o três e fomos para o quarto, assim que pus meus pês fui ligando a máquina que iria fazer a leitura do corpo de Charlie. Como a máquina de ultrassom que eles têm não iria servir, fiz uma que pudesse fazer muito mais. Ela e um modelo mais moderno do que já tinha feito, pedi que ela se deite e ligo a mesma.

— Ok, vamos ver como ele ou eles estão. –Digo e Zorus arregala os olhos.

Após ela ter se deitado pego a tela maleável e coloco em sua pele, bem no pé da barriga ligando-o e o monitor sobe bem em cima dela. Meu filho fica ao seu lado ansioso para confirma suas suspeitas, estou agradecendo a Deus por ter conseguido mais essa vitória.

— Só um minuto. –Falei.

Ajeitei a imagem que apareceu em minha frente, um cinza escuro bem forte e dois pontinhos brancos que vibram. Quase choro por ver que meu menino vai ser pai de novo, os dois fetos parecem bem saldáveis e pelo tamanho estão por volta de uma ou duas semanas.

— Mãe? –Zorus me chama.

— Só um minuto querido. –Digo eufórica. — Olha. –Falo apontando a imagem. — Estão vendo esses dois pontinhos brilhantes? –Digo.

— Sim. –Os dois disseram juntos.

— Pois esses dois pontinhos, são seus bebês! –Falo ajustando para que pudéssemos ouvir o batimento deles.

— Então deu certo. –Zorus diz em um sussurro segurando a mão de sua amada.

— Nós teremos dois bebês, Zorus. –Charlie chora um pouco.

Fiquei ali vendo os dois tão felizes, não que antes não eram, mas vê-los tão unidos e isso me faz pensar no Mavo. Estou louca para ligara para o mesmo, sei que só poderei ligar por volta das oito da noite quando e seu intervalo. Depois que passei mais algumas vitaminas para a mesma, o conselho não está sabendo desse pequeno teste que fiz e se souber sei que não vão gostar nem um pouco. Nem sei como cheguei em casa e não tropecei em nada pelo caminho, assim que estou dentro de casa sinto falta dele.

O cheiro que ele tem estar no ar, preciso passar pouco tempo aqui dentro ou surtarei com sua falta e em pouco tempo eles estarão aqui comigo. Tanto nossos bebês como ele, sonho com os três brincando nessa sala e sinto meus olhos umedecerem. Vou para o meu quarto preciso dormir um pouco e logo depois ir para a casa do Deviant. Só queria que ele estivesse aqui comigo, mas nunca pensei que a noite acabaria em um desastre e em um coração quebrado.

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