22- Possibility

"Então me avise quando você 
ouvir meu coração parar
Você é o único que conhece
Me avise quando ouvir meu silêncio
Há uma possibilidade de eu não saber" 
Possibility da Lykke Li

Três dias mais tarde, a consulta.

Ai, está sendo uma delícia esses três dias com o meu Mavinho! Hoje iremos fazer mais uma consulta sei que ainda e cedo, porém a medica disse que seria necessário mais essa para me passar mais vitaminas. E enquanto isso estou eu aqui esperando ser chamada, Mavo parece bem alegre e o infeliz sorrindo faz muitas ao meu ver se derreterem em sua presença.

— Não sei como você aguenta esperar. –Diz meu esposo segurando minha mão.

— Aguentando esperando o que? –Pergunto.

— Para ele ou ela esteja logo conosco. –E fofo ele assim ansioso.

— Bom, pode ser que eles nasçam antes. –Digo. — Lembra que eu usei por muito tempo a A.V.A, acho que o bebe vai vir por volta do período da decima sétima à vigésima primeira semana. –Digo ele me encara.

— Mávro, poderia traduzir o que disse? –Diz fazendo carinho na minha mão.

Decima sétima à vigésima primeira semana equivale ao quinto mês de gravidez. –Digo a ele.

— Agora eu compreendi, mais isso não irá lhe prejudicar? –Diz apreensivo.

— Não, na verdade eu não testei em mim dessa forma. –Falei. — Poderia sentir o desconforto ampliado na gravidez de cinco meses, mas quando foi minha tia ela não me disse se passava muito mal. –Pequeno erro na hora da pesquisa e pensando bem ela parecia muito bem.

— Espero que você não sofra nada, me deixaria angustiado. –Me abraçou de lado e nesse momento fomos chamados.

— Nada vai acontecer, agora vamos ver como eles estão nos exames extras que ela passou. –Digo me erguendo, assim como ele.

Entramos no consultório da doutora e ela logo pergunta como eu estava me sentindo, falei que ainda não senti os enjoos e que o apetite havia aumentado, e claro o sono vinha dando as caras. Ela anotava tudo e depois me fez uma série de perguntas, como se eu tivesse alguma doença ou tomei algum medicamento. Foi aí que eu falei sobre AVA e ela me disse que os bebês estavam em peso que não condizia com dois meses e meio.

— Por que você diz isso? –Mavo fala.

— Bom, no caso dela a barriga não aparece muito e os pequenos já estão em um peso de um bebê de quase cinco meses. –Quando ela falou isso quase desmaiei ali.

— Deixa ver se eu entendi. –Minha voz sai meio estranha. — São eles? Com assim são dois bebês? –Pergunto meio esbaforida.

— Sim, são gêmeos idênticos da mesma placenta. –Oh, merda.

— No caso eles estão bem, se desenvolvendo assim? Ou isso prejudica os três? –Mavo está preocupado e eu surtando por que seria dois.

Era para ser só um agora e depois de uns dois anos pensaríamos em ter mais um, agora teremos dois de uma vez! Ou pode ser duas meninas como eu, não. Quero meninos ou seriam meninas? Acho que estou em choque, por que não sei bem o que os dois estão conversando.

— No caso vou pedir que uma enfermeira fique com ela. –Diz a doutora.

— Vai ser melhor assim, já que ficarei por volta de quinze dias fora e alguém para ficar a seu lado seria bom. –Mavo parece bem preocupado, além de estar feliz.

— Tem certeza que esta aproximadamente de cinco meses? –Digo.

Ambos olham para me, ainda não estou acreditando nisso e muita loucura saber que posso ter meus bebês entre três ou quatro meses normais.

— Sim, por que tamanho deles batem direitinho com os bebes de cinco meses e agora precisamos observa como seu corpo vai reagir a essas mudanças tão rápidas que podem acontecer agora. –Diz eufórica e sem bem por que.

Ela e uma das poucas medicas que sabem sobre a A.V.A, e como ela pode ser usada para benéfico de toda a população Cyborg. Passamos mais uma hora conversando e planejando como seria, teria uma enfermeira para me observa e fazer companhia para me. Mavo prestou atenção nas vitaminas que eu irei tomar, elas eram mais concentradas que as normais e devido a isso teria uma reação melhor em meu organismo e nos bebês.

Saímos de la direto para o nosso cantinho, tomei um banho junto com o meu marido e depois comi algo, mas ainda estava aérea com a notícia e só queria que o meu Mavinho parasse logo com essas viagens. Assim ele poderia ficar mais tempo ao eu lado, as horas que passaria no laboratório seriam mais curtas e passaria mais tempo com eles.

— Pensando em que Mávro? –Pergunta me puxando para o seu corpo.

Depois que comemos voltamos para o quarto, deitamos e iriamos dormir um pouco antes de dar a notícia aos nossos familiares e tenho certeza que vão amar.

— Sei se vou dar conta de dois bebês. –Digo com o rosto no seu peito.

— Você quer dizer nós? Por que eu irei te ajudar com os pequenos, jamais deixaria você fazer tudo sozinha. –Diz fazendo carinho em meus cabelos.

— Acho bom mesmo! –Falei antes de bocejar.

— Pode deixar. –Ri. — Ire cuidar dos três e agora Mávro durma um pouco, mas tarde te acordo. –Diz todo carinho.

— Estou mesmo precisando. –Falei e esfrego meu rosto em seu peito.

Fechei os olhos apreciado o carinho em meus cabelos, até o sono vir e com ele um pesadelo estranho que tive com o Mavo. Não sei bem a hora que acordei, só sei que já estava escuro e o meu querido esposo não estava na cama. Me levantei quase caindo no chão para ir ao banheiro, mas por sorte não cai e depois de usar o banheiro voltou para me deitar. Pouco tempo depois meu Mavinho voltou e se aconchegou em me, e voltei a dormir como uma pedra.

Uma semana e quatro dias depois

Deixei um pouco de lado o laboratório durante a estadia do Mavinho e cuidei dos meus bebês, além do pai deles. Fomos algumas vezes visitar meus filhos e os de Mavo, era até no mínimo engraçado ver todos reunidos e só as mulheres conversando pelos cotovelos. Ainda estou me adaptando ao fato de estar grávida de dois bebes, porém já consigo senti-los, ou seja, o crescimento deles está sendo fora do comum e isso de certa forma atraiu a atenção do conselho Cyborg novamente para nós.

Em segredo estou usando a AVA em Zorus para ter certeza que vai dar tudo certo nos testes, da última vez que falei com o mesmo ele me garantiu que nada ainda havia mudado. Hoje ele irá vir aqui, preciso tirar algumas amostras de sangue e fazer os testes na Charlie também. Mas sinto que os dois não me contaram tudo, ou seja, estão me escondendo alguma coisa, mas o que?

Nosso jantar será na casa de Deviant e irei levar um prato doce, enquanto Mavo inventou de fazer uma torta salgada. Foi um caos na cozinha, porém o safado conseguiu fazer a torta e para fazer a mesma sujou tudo até o teto tinha massa. Depois do jantar ele irá para sua última viagem, o conselho havia cancelado a outra que seria uns quinze dias e antecipou a que demoraria mais.

— Mavo, você já está pronto? –Pergunto voltando para o quarto e ele segura uma caixinha onde se encontra uma pulseira.

— O que e isso? –Pergunta me encarando.

— Como você achou isso? –Merda, esse era o presente que darei para ele depois do jantar.

— Estava no closet acabei derrubando uma coisa, aí veio isso junto. –Diz me entregando com uma cara nada boa.

— Era par ser um presente para você, mas como sempre você dá um jeito de achar. –Resmungo entregando de volta para o mesmo.

— Desculpe, estava procurando uma blusa minha e deu nisso. –Diz abrindo e me encara novamente. — Uma pulseira? –Diz levantando a pulseira translúcida cheia de pontinho pretos.

— Me lembro que você adorou essa aqui. –Falei ao levantar o pulso direito e mostrar a bela pulseira de desenho brancos.

— Ah, então e isso. –Diz tentando achar como abre.

— Assim Mavo. –Peguei de sua mão e colo em seu pulso esticando a mesma.

— Uau, ela não deveria ser toda branca os desenhos? –Pergunta tocando o pulso.

A dele eu coloquei um cinza chumbo bem escuro, junto de dourado e preto. Os desenhos são os mesmo que ele tem nas costas, só que em uma pulseira bem bonita, além de ter um rastreador nela.

— Eu fiz a sua diferente, mas ainda e muito bonita. –Digo.

Ele me puxa para um beijo delicioso, pena que o maldito ar acaba ele me abraça, acho muito fofo já que o mesmo e alto.

— Obrigada pela lembrança, Mávro. –Diz e se afasta um pouco para me olhar.

— Disponha Mavinho, agora me diz por que ainda não está com a blusa mesmo? –Observei o peitoral cinza descendo para o abdômen cheio de gominho e quase não ouvi ele.

— Eu já tinha dito, que estava procurando. –Me diz erguendo no meu queixo e erguendo. — Meus olhos são aqui, Mávro. -Diz sorrindo.

— Foi força do habito. –Digo. — Porem E meio difícil não olha. –Digo.

E o mesmo ri e volta de novo para o closet, mas dessa vez eu irei ajudar par sair logo ou não sairíamos hoje de casa. Achei uma blusa linda dele e quando eu fui em sua direção para entregar, ele olhou com uma cara estranha e logo disse.

— Onde estava essa blusa? -Pergunto.

— Estava na terceira gaveta ao lado das botas. -Digo. — Por que? –Parece que o Mavinho estar zangado.

— Eu olhei e não estava la, mas que porra. –Diz. — Mas obrigada por acha-la Mávro. –Diz e eu entrego a blusa para ele.

Já prontos saímos para ir ao jantar, não demorou muito para chegar na casa de Deviant e quem nos recebe, e a Vanice com sua barriguinha já aparecendo.

— Entrem. –Diz. — Deviant já deve estar voltando. -Falou ao fechar a porta.

Seguimos para a sala de estar, porem falei que precisava deixar as comidas na cozinha e ela foi comigo, deixamos Mavo na sala e assim que entramos na cozinha perto para ela.

— Como estar o bebê, Vani? –Pergunto entregando a travessas com as comidas.

— Estamos bem, apesar do susto que tive ao terceiro mês. –Passa a mão no ventre e depois diz. — E como está sentindo com esses dois bebês? –Fala.

— Olha estou me sentindo muito bem, apesar do peso extra que tenho agora. –Falei.

— Não vejo a hora do meu benzinho nascer e eu poder ver seu rostinho. –Diz toda fofa.

— Aí, em me fale isso. –Digo.

Ficamos ali conversando um pouco e fui ajudando ela com o preparo das coisas, nem vimos que quase todos já haviam chegado para o jantar e só faltava o Krell como sempre era um dos últimos a chegar. O começo do jantar foi tranquilo conversamos e depois que terminamos estava todos na sala, Mavo precisava ir para o que o mesmo disse seria sua última viajem e depois ficaria em casa cuidando de me e das crianças.

Fui com ele até o hangar das naves, não queria ficar longe dele por nada e a angustia que eu estava sentindo não fazia sentindo algum para me. Dizemos adeus um para o outro e dei um abraço apertado nele, meu Mavinho me beijo e foi para mais uma missão. Voltei para a casa do Deviant para conversa mais um pouco com Vani, iria dormi ali hoje e na manhã seguinte iria ver como estava o andamento da vacina para o tratamento.

Mas também para examinar tanto Zorus, quando sua esposa por que o meu querido filho me deixou com uma pulga atrás da orelha e com esses pensamentos que chego na casa deles, Deviant me recebe avisando que o quarto de hóspedes já está pronto. Me avisa que Vani passou mal e acabou indo dormir mais cedo, com isso também me retirei e fui dormir.

Mas se soubesse o que me aguardaria no dia seguinte, preferiria estar ainda em um pesadelo do que vivendo ele.

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