2- Bohemian Rhapsody. Pt ll

"Tarde demais, chegou minha hora
Sinto arrepios em minha espinha
Meu corpo dói o tempo todo
Adeus a todos
Eu tenho que ir
Tenho que deixar todos vocês para trás
E encarar a verdade
Mamãe!(Não importa pra onde o vento sopre)
Eu não quero morrer
Às vezes eu queria nunca ter nascido!"


Esperar nunca foi o meu forte, quando eu quero, eu vou e consigo por si só. O problema maior é que são andróides, sei que uma hora ou outra vou acabar surtando, tenho maldita fobia deles, agora que estou sob os efeitos da adrenalina nem me dou conta disso por enquanto.

- Não surta, não surta, não surta!- Era meu mantra enquanto a cavalaria não chegasse.

Espero que Kya esteja bem ou melhor do que eu, a falta de ar já começou. Droga! . Tenho que me acalmar senão vou acabar desmaiando, só Deus sabe o medo que eu tenho dessas coisas. Achei mais um esconderijo dos discos de choque, foi uma ideia minhas para a segurança do local.

- Sei que tem alguns por aqui!-Volto a seguir para o próximo local para obter mais deles.

Quando tento virar em um dos corredores sou interceptada pelos malditos Androides, só sei que joguei no chão os discos já ativados e sai correndo. Nem prestei atenção que essas coisas estavam atirando em mim, não ficaria para saber.

- Meu Deus amado, me ajuda a sair dessa merda.-Quando achei uma sala aberta me enfiei nela, como se fosse minha tábua da salvação.

Minutos depois que fechei ela fui procurar algumas coisa que poderia ser usada como arma, nem sei se aqui tem um kit que poderia me salvar agora.

- Tomara que tenha, por Deus! Tem que ter.-Quando acho um suporte embutido na parede, dou uns pulinhos pois sei que isso vai me ajudar.

Antes que pudesse tirá-lo e usar, sou atingida com um golpe forte em minha cabeça. Não tinha ouvido a porta ser aberta ou teria tentado defender-me, porém cai de cara literalmente no chão, sentido o gosto do sangue, que não sei de onde veio e as vozes estavam ficando cada mais longes.

- O que diabos pensa, que estava fazendo Grumpy?- Alguém gritou zangado.

- E só uma maldita humana, que pelo visto nos chamou para morte!-Ouço os sons de socos fortes ou será de ossos sendo quebrados?

Meus sentidos foram me deixando, meu corpo foi ficando pesado e ao mesmo tempo houve uma leveza que estranhei e antes que tudo se apagasse de vez.

- Não se preocupe, irei cuidar de você!

Vinte minutos depois já estávamos todos prontos, chamei para ir comigo para a Star. Que foram River, Heavy, Genius e Grumpy. Todos já estava com suas devidas roupas só esperando ordem de Flint, espero que tudo dê certo e não haja feridos entre nós. Pois sei que no Cargueiro já tem muitas vítimas e temos que salvar alguns tripulantes sobreviventes, não sei o que vamos encontrar por lá e talvez coisa boa não seja.

- Estão todos prontos?- Perguntou nosso capitão.

- Sim, Flint!-Respondemos .

Então fomos para nossos lugares na pequena nave, assim que todos estávamos sentados e usando os cintos. A nave foi inventada e traçamos o caminho para Vogue Lance, que seria de 3 a 4 minutos, ainda assim sentia um pequeno desconforto com essa missão.

Estava disperso em meus pensamentos e os outros verificavam algumas coisas nos monitores, até ouvir a voz de River. Ele por natureza e calma, porém sua voz saiu um pouco estressada e cheia de raiva.

- Mais que desgraça foi essa ?-Olhei para o mesmo que estava com seus olhos arregalados ao ver o vídeo.

- O que está acontecendo, River?-Perguntou Flint.

- Consegui entrar no sistema deles, fui ver as imagens de vigilância.-Puxou um pouco de ar e soltou. - Vários corpos mutilados, os malditos mataram todos ali ou ainda pode ter alguém vivo ali.

Meu estômago chega a revirar quando as imagens são transmitidas para o resto da tripulação, esses malditos só querem tirar os outros modelos Markus dos depósitos e destruir tudo à sua volta.

Não demora muito e estamos atracando na Vogue Lance, quando entramos matamos dois ou três modelos e seguimos em frente dividido em equipes. Que foram : Flint e River, Heavy e Genius e por último eu e Grumpy. Seguimos por um corredor e os outros foram entrando por outros, a nave era grande e devíamos prestar atenção por onde passávamos.

- Não sei porque merda eu vim? Deveria ter ficado e dado lugar a outro.-Bem a cara dele dizer isso.

- Grumpy, você deveria saber. Já que vínhamos aqui para ajudar quem precisa. Não é porque os humanos foderam conosco que iremos fazer pior.- Nossa atenção é chamada por um pequeno vulto correndo para um dos corredores.

Saímos a seu encontro, tomando cuidado para que se batermos de frente com alguns dos andróides, não sairemos tão em desvantagem. A coisa corria rápido para algum lugar, quando parou e entrou afoito em uma das cabines.

- Aquilo pra mim e um humano, se está fugindo vai aprontar algo!- Saiu em disparada ao local, o maldito e rápido. Antes que parasse ele, o mesmo havia dado uma coronhada na pessoa.

- O que diabos pensa, que estava fazendo Grumpy?-Gritou já sem paciência com as babaquices do mesmo.

- E só uma maldita humana, que pelo visto nos chamou para morte!-Não me segurei e dei tantos socos em seu rosto que pode ouvir o som dos ossos quebrando.

- Não se preocupe, irei cuidar de você!-A viro pois estava caída de bruço, seus rosto tinha uma marca vermelha de onde havia acertado o chão.


- Você está mais do que fodido, filho de puta.-Sentia meus sangue ferve em minhas veias, desgraçado!

- Droga! Que merda ele fez -Passo meus dedos onde foi dado o golpe e os mesmo saem molhado de sangue, pego ela em meus braços. Preciso falar com Flint e achar um local onde possa ver se essa pancada não foi grave. Tranco a sala e saiu a procura enquanto vou falando com ele.

Flint?

O que ouvi Mavo?

Achamos um dos sobreviventes, porém Grumpy o atingiu na cabeça.

Mas que merda! Leve o ferido para ala médica que fica uns dois corredores a sua direita, quando sair dessa saleta.

Ok, deixarei Grumpy aqui e a levarei.

Encerro a transmissão e sigo para ala hospitalar da nave, depois de passar uns dois corredores. Entro e sou recebido por um androide, vestido como um médico e se não fosse por seus olhos de pupilas estranhas diria que era um humano.

- Em que posso ajudar?

- Preciso que verifique o machucado em sua cabeça-Digo a colocando em uma maca branca, assim que a ponho deitada o androide liga alguma coisa que começa a escanear o corpo dela.

- Paciente teve uma leve concussão cerebral, pode haver algumas sequelas como : alterar temporariamente algumas funções do seu corpo, como a memória, a concentração e o equilíbrio. A concussão também pode causar náuseas, dores de cabeça, hipersensibilidade à luz e cansaço excessivo.

- Compreendo, ela deve ficar em repouso correto?

- Sim, senhor. Será necessário repouso e uma boa alimentação. Algo mais que posso ajudar?

- Não.-O mesmo vai até uma das paredes abrindo uma porta e entra nela.

Fico ali olhando o pequeno corpo a descansar, era raro as vezes que vi uma pessoa de sua cor na Terra. O marrom dourado de sua pele e lindo, não sei bem ao certo porque. Mas deve ser porque vivi preso minha vida toda, não tive muito acesso a história da Terra e hoje a única coisa que quero realmente esquecer o que passei.

Volto minha atenção a maca onde ela se encontra, tem um tipo de líquido que cobre seu corpo. Seu rosto e a única área que não está submersa, a cor dessa coisa acabou de mudar e que merda está acontecendo ?

- Mas que porra é essa?-Toco a coisa e ela está sólida, porém volta a ficar líquida em seguida.

- Interessante, mais o que essa coisa faz?-Ouvi a porta sendo destrava e sem pensar duas vezes apontei minha arma para quem seja.

- Caralho!?

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