Acontecimento Inesperado
- Você! - exclamaram juntos.
Ele se lembra?
Ela não esqueceu?
- O que você está fazendo aqui? - perguntaram juntos.
- Eu trabalho aqui!
- Eu moro aqui!
- Trabalha?
- Mora?
Então no mesmo instante perceberam porque seus nomes eram tão familiares
- Sasuke...
- Sakura...
Não podiam acreditar. Esse tempo todo estavam tão perto um do outro. Lembraram-se da ligação, dos recados. Sakura lembrou-se de Naruto e recriminou-se por não ter reconhecido o amigo loiro do desconhecido. Sasuke pensou no cheiro suave que seu apartamento tinha desde que ela começara a trabalhar ali e que o agradava sem que ele lembrasse o porquê.
Sasuke aproximou-se ainda mais dela e Sakura não se afastou. Ambos estavam imersos nas lembranças daquela noite. Sakura sentia a boca seca e instintivamente lambeu o lábio inferior e Sasuke cedeu ao desejo.
Os lábios deles se uniram em um beijo delicado a princípio que se tornava cada vez mais apaixonado. O coração de ambos estavam acelerados. Sasuke abraçava a cintura dela e Sakura apoiava as mãos delicadas nos ombros largos. Sasuke aprofundou o beijo e a pressionou contra si.
Nesse momento, o celular de Sasuke começou a tocar e ele se afastou para atender irritado pela interrupção.
- Alô? - disse sem tirar os olhos de Sakura
- Uchiha-san. - Sasuke ouviu a voz de Rin chamá-lo - Gaara-san...
- Kuso! - Sasuke praguejou ao lembrar-se do porquê tinha voltado em casa. - Já estou chegando - disse antes de desligar. Sasuke pegou os documentos em cima da mesa e pediu para Sakura: - Me espere até eu voltar.
Então saiu apressado. Chegou à empresa em tempo recorde impressionado por não ter sofrido nenhum acidente pois sua mente estava tomada por lembranças.
Assim que entrou perguntou:
- Onde está Gaara?
- Eu liguei para avisá-lo sobre isso. Gaara-san ligou avisando que se atrasaria.
Sasuke suspirou. O que mais faltava acontecer nesse dia?
Entrou na sua sala e começou a revisar os pontos que precisava. Porém, apesar do tempo extra que conseguira, Sasuke não conseguia se concentrar em nada. Não conseguia tirar Sakura da cabeça. Como poderia imaginar que a empregada era ela?
Kami-sama! A empregada grávida! Sasuke ficou em choque pela possibilidade que tomou sua mente. Ele podia ser pai da criança que Sakura esperava!
Quinze minutos depois, Rin tirou Sasuke do torpor em que se encontrava ao avisar que Gaara chegara para a reunião. Sasuke o cumprimentou e mandou chamar os demais participantes. Naruto estava com um ar disperso - provavelmente pensando na gravidez de Hinata. Kakashi olhava para Naruto preocupado. Kizashi estava focado como sempre em seus cálculos. Gaara parecia bem relaxado.
Sasuke conhecera Gaara no Sabaku quando havia ido à Suna em março. Esperava se encontrar com Rasa no Sabaku, mas naquela segunda o patriarca no Sabaku anunciara que estava deixando a presidência da empresa para o filho caçula recém-casado.
A mudança repentina de comando deixara Sasuke preocupado e, por isso, as negociações demoraram mais do que o previsto, pois o Uchiha queria ter certeza de que Gaara seria um bom administrador antes de fecharem um acordo.
- Gomen pela demora - Gaara se desculpou quando todos se acomodaram na sala de reuniões. - Minha esposa veio comigo e... acabei me atrasando.
Apesar da confusão de seus pensamentos, Naruto não pode evitar sorrir malicioso.
- Esticando a lua-de-mel ao máximo?
- Naruto! - Kakashi o repreendeu e Sasuke revirou os olhos.
Gaara não respondeu. Sua fisionomia impassível não se alterou mesmo com as lembranças libidinosas que o invadiram com o comentário impertinente de Naruto. Tinha se atrasado porque a esposa entrara no banheiro logo que ele havia começado a tomar banho com a desculpa de que não ficaria sozinha no hotel e sairia com ele para ir ao shopping.
Se Matsuri já era uma tentação estando vestida, imagina nua e molhada? Foi impossível resistir e o banho que demoraria cinco minutos demorou muito mais.
- Vamos começar? - Sasuke questionou quando o silêncio se estendeu demais.
Sasuke imaginava o que podia estar se passando na cabeça do ruivo, por isso achou melhor iniciarem a reunião antes que Naruto percebesse e soltasse outro comentário inapropriado. Iniciou a reunião e então passou a palavra para Kizashi que começou a falar sobre situação financeira da empresa e os lucros que ambas empresas poderiam obter.
De repente, um toque de celular interrompeu a fala de Kizashi. Gaara desculpou-se e colocou o celular no silencioso. Porém o aparelho não parava de vibrar tirando-lhe a concentração.
- Com licença - disse levantando-se e atendendo o celular. - Espero que seja algo muito urgente ou pode ir dando adeus ao seu emprego. Estou no meio de uma reunião e sabe que odeio ser interrompido - disse furioso enquanto fechava a porta.
- G-gomen, Gaara-sama. M-mas é ur-urgente. Matsuri-sama foi sequestrada.
Gaara sentiu seu coração parar de bater por um instante.
- Explique-se! - ordenou apertando o celular com força.
- Assim que deixei o senhor na Uchiha Enterprise, Matsuri-sama pediu para que eu a levasse ao shopping. Eu estacionei e os seguranças abriram a porta para ela como sempre. Eles se caminharam em direção ao shopping enquanto eu procurava uma vaga para estacionar por ali. Então um movimento chamou minha atenção. Três homens renderam os seguranças e uma mulher imobilizou Matsuri-sama. Estacionei de qualquer jeito e saí correndo, mas já era tarde. Eles saíram tão rapidamente quanto apareceram.
- Venha me buscar! - Gaara ordenou desligando a ligação.
Não podia acreditar nisso. Sua esposa sequestrada. Quem faria algo assim? Perguntou-se sentindo o desespero invadi-lo. Lembrou-se da mulher doce ao qual havia sido prometido desde que ela nascera. Lembrou-se das palavras dela no dia do casamento:
"Eu sei que nosso casamento foi apenas por conveniência... algo decidido por nossos pais. Mesmo assim, eu me apaixonei por você e farei de tudo para que um dia você me ame tanto quanto eu o amo!"
A ira o invadiu. Mataria quem ousou tocar nela.
- Gaara, está tudo bem? - Naruto perguntou saindo da sala de reuniões.
Gaara lembrou-se do motivo pelo qual foram a Konoha.
- Preciso fazer uma ligação.
Naruto assentiu e voltou para a sala de reunião meio hesitante. Sentia que algo sério acontecera com o ruivo, mas respeitou o desejo dele.
Gaara discou o número conhecido e logo uma voz feminina atendeu:
- Petrolífera no Sabaku. Bom dia.
- Obasan, sou eu. Preciso que venha imediatamente a Konoha. Enviarei o jato agora.
- O que houve, Gaara-kun?
- Matsuri foi sequestrada. Não vou conseguir me concentrar nos negócios por enquanto. Preciso que tome conta das negociações. Como diretora financeira da Petrolífera, você é mais indicada para me substituir.
Sua tia era uma mulher extraordinária e, diferente do pai que não valorizava a irmã caçula, Gaara sabia que entre Rasa e Kankuro, ela era a mais indicada para estar ao seu lado nesse momento.
- É claro, Gaara-kun. Partirei assim que possível.
- Arigato, obaasan. Ja ne.
- Gaara-kun, não se preocupe. Vai dar tudo certo. Eles não estão atrás de Matsuri, mas sim da esposa do herdeiro dos no Sabaku. O alvo é você. Não se esqueça disso.
Gaara fechou os olhos. Como sempre sua tia sabia o que dizer para acalmá-lo. O desespero e a ira ainda preenchiam seu coração. Mas sentia seus pensamentos mais claros nesse momento. Gaara desligou a ligação com a tia e ligou para o piloto do jato ordenando que fosse buscá-la imediatamente. Então voltou para a sala de reuniões e anunciou:
- Sinto muito, mas não será possível continuar a reunião hoje. Gostaria de marcá-la para amanhã. Minha tia está vindo para me substituir.
- Algum problema? - Kakashi perguntou preocupado.
- Hai. Minha esposa foi sequestrada.
O choque tomou conta de todos.
- Não se preocupe com a reunião, Gaara. Vá atrás da sua esposa. - Naruto disse levantando-se e colocando uma mão no ombro do ruivo. - Nem precisava se preocupar em trazer sua tia.
- Os negócios não podem parar - Gaara disse repetindo o que seu pai sempre dizia. - Já enviei o jato para buscar obasan.
- Tudo bem. Podemos remarcar para amanhã à tarde. - Sasuke sugeriu e todos concordaram.
- Qualquer coisa que precisar estamos à disposição para ajudá-lo - Naruto ofereceu e todos assentiram.
- Arigato - Gaara agradeceu antes de sair.
Lembranças invadiam sua mente. Lembrou-se de como ficou sabendo que teria que casar com ela.
Gaara tinha cinco anos quando ficou claro para seu avô que sua tia mesmo com depressão não aceitaria nenhum casamento arranjado por ele e isso o irritou bastante, pois o acordo com os Johyo dependiam de um laço matrimonial. Então Rasa sugerira que em vez da irmã se casar com o caçula dos Johyo, Gaara se casasse com a herdeira do primogênito: Matsuri.
No início, os pais de Matsuri não ficaram muito satisfeitos, pois Gaara não era o primogênito. Mas ambos concordaram que uma diferença de cinco anos era preferível a uma diferença de sete anos. Então o acordo foi firmado e selado.
Porém Gaara não soube desse acordo até seus treze anos quando sua tia começara a trabalhar na Petrolífera. Ela ficara revoltada ao encontrar o contrato de casamento e tentara convencer Rasa a mudar de ideia. Havia sido em vão. Então insistira para o irmão aproximar as duas crianças, pois pelo menos assim poderiam se tornar amigos e quem sabe se apaixonar.
No fim, Rasa tinha aceitado a sugestão da irmã e entrara em contato com o velho Johyo que aprovara a ideia.
Assim no aniversário de oito anos de Matsuri, Gaara e os irmãos foram convidados e apresentados a ela. Ela era uma garota muito tímida e assustadiça e seu semblante demonstrava claramente que ela queria estar em qualquer lugar menos ali. Gaara pensara em falar com ela, mas hesitara.
Quando ela saíra correndo, seus irmãos a criticaram por seu comportamento, mas Gaara percebera a tristeza no olhar dela e a procurara. Ele a encontrara no jardim sozinha chorando. Ele a observara em silêncio achando que ela não tinha percebido sua presença até que ela comentou:
- Gomen. Foi grosseria ter saído assim.
Ele hesitara. Então dissera:
- Não tem problema. Por que está chorando?
- Meus pais... meus pais morreram... na minha frente...
Gaara aproximara-se dela.
- Quando foi isso?
- Já tem mais de um ano, mas... mas eu não consigo esquecer... quando eu fecho os olhos eu lembro de tudo... tínhamos ido ao zoológico quando dois assaltantes apareceram... otosan resistiu e eles atiraram nele... okaasan entrou no meio e eles atiraram nela também... um deles apontou a arma para mim, mas o outro o impediu... eu preferia ter morrido... foi minha culpa! Se eu não tivesse insistido para ir no zoológico...
- Minha mãe morreu para que eu pudesse nascer - Gaara contara e ela o olhara surpresa. - Yashamaru-ojisan disse que a culpa da morte dela é minha. Por isso, ele tentou me matar várias vezes quando eu era criança.
- Isso... isso é terrível! - Matsuri exclamara chocada. - Ele ainda tenta te matar?!
- Iie. Otosan descobriu e matou ele na minha frente quando eu tinha seis anos depois que ojisan me empurrou da escada.
- Eu sinto muito - dissera enxugando as lágrimas.
- Tudo bem. Eu aprendi assim que a gente não pode confiar em ninguém.
Ela franzira a testa.
- Mas deve ser triste viver desconfiando de todos. Apesar de tudo, há pessoas boas.
Gaara a olhara incrédulo.
- Como pode dizer isso?
- Você é bom. Veio me consolar.
- Não vim te consolar!
- Por que veio então? - perguntara curiosa.
- Não sei - respondera confuso.
Ela sorrira.
- Tudo bem. Arigato, Gaara-kun.
- Por que está me agradecendo?
- Por me fazer companhia e me fazer rir. Acho que vai ser bom casar com você.
- Do que você está falando?
- Nós vamos nos casar. Está decidido desde que nasci. Você não sabia?
Gaara a olhara chocado e balançou a cabeça. Ela mordera o lábio inferior.
- Parece que estraguei a surpresa.
A lembrança foi interrompida pelo toque de seu celular.
- Alô?
- Gaara. Como você está?
- Oi, Temari.
- Obasan me contou o que aconteceu. Onde está hospedado? Quero ajudar. Kankuro está vindo também para ajudar.
- Não vejo como vocês podem ajudar.
- Não nos menospreze, Gaara - Temari disse chateada. - Meu namorado é um hacker com experiência em encontrar coisas. Vou falar com ele. Agora me passe seu endereço.
Ele passou o endereço do hotel enquanto entrava no carro.
- Ok. Não se preocupe, Gaara. Vamos encontrá-la.
Moveria céus e terra para que isso acontecesse, mas em que condições a encontraria?
Assim que Gaara saiu desesperado, Sasuke levantou-se pronto para sair também. Precisava perguntar a Sakura sobre o bebê. Mas sua intenção foi interrompida por Naruto.
- O que você quer, Naruto? - perguntou estressado.
- O endereço de Hinata.
- Pra quê? Hiashi vai expulsa-lo da fazenda.
- Não me importo. Voltarei quando vezes sejam necessárias.
Sasuke olhou para Naruto com surpresa.
- Não é longe. A Fazenda Hyuga fica próximo ao Distrito Girassol - Sasuke disse enquanto escrevia num papel. Não confiava na memória do loiro - É um distrito de Konoha a 50 km ao norte.
- Arigato, Teme.
- Temos reunião amanhã à tarde.
- Como você disse é perto. Não perderei a reunião.
- Ótimo - disse vendo o loiro sair apressado.
Será que esse baka realmente gostava de Hinata?, pensou enquanto preparava-se para sair novamente, mas dessa vez foi interrompido por Kizashi que queria discutir alguns assuntos financeiros. Quando Sasuke finalmente conseguiu sair da empresa já era quase meio-dia.
Porém a irritação de Sasuke se foi ao lembrar-se da comida deliciosa que Sakura fazia. Seria ótimo almoçar em casa, pensou enquanto dirigia até seu apartamento. Convidaria ela para almoçar com ele enquanto conversavam. Tinham muito o que falar.
Novamente pensou na possibilidade de ser o pai do filho que ela esperava. Lembrava-se de Hinata dizer que ela estava com dois meses de gestação quando foi contratada. Sasuke tinha conhecido Sakura no Hot Dreams tinha sete de janeiro e Hinata chegara dia dez ou onze de março.
Sasuke estacionou o carro na garagem e chamou o elevador pensativo. Ele tirara a virgindade dela. Lembrava-se muito bem desse detalhe. Na verdade, lembrava-se de tudo o que acontecera naquele quarto com detalhes.
É claro que ela poderia ter transado com outro depois dele, afinal bastara um beijo para que eles terminassem na cama. Porém essa era uma ideia que não lhe agradava. Preferia pensar que ele havia sido o único a provar as delícias de seu corpo.
Sasuke suspirou enquanto as portas do elevador se abria na cobertura. Não devia permitir que nenhuma emoção nublasse sua mente. Era Sasuke Uchiha, único herdeiro do império Uchiha. Não podia deixar que ingênuos olhos verdes o convencesse. Teria que pedir um exame de DNA.
- Sakura! - chamou quando abriu a porta do apartamento.
No entanto, apenas o silêncio o respondeu. Procurou-a em todos os cômodos e não havia sinal dela. Sakura fugira dele. Sasuke fez uma careta. Por que sentia algo estranho no peito por ela não ter ficado esperando-o? Estava acostumado a estar sozinho...
Apesar disso, sentou-se no sofá meio desiludido. Não voltaria para a empresa hoje. Ligou para Rin pedindo-lhe que cancelasse todas as reuniões dessa tarde e da manhã seguinte e lhe mandasse os documentos de Sakura. Precisava saber tudo sobre a provável mãe do seu filho.
Algumas horas antes...
Sakura ouviu a porta da sala bater e então libertou-se do torpor em que se encontrava. Tocou os próprios lábios. Não podia acreditar! Ele a beijara! Ele encontrara o pai do seu bebê! Seu chefe a beijara. Ele era seu chefe! Seu chefe era o pai do seu bebê!
Sakura arregalou os olhos. Oh, Kami! O que seria dela e do bebê? Sasuke acreditaria que era o pai do bebê? Ele a acusaria de estar ali por interesse? Ele iria querer o bebê? Ele iria pedir para tirar a criança? Ele iria despedi-la?
Tantas perguntas sem respostas invadiram a mente de Sakura que ela não sabia o que fazer. Correu até a cozinha e pegou sua bolsa então foi embora. Ficar ali onde ele a beijara apaixonadamente não a ajudaria em nada. Precisava pensar. Desabafar.
Quando chegou na porta do prédio pensou em ir até a floricultura, mas achou melhor não. Ali não era lugar para desabafar. Por isso pegou um coletivo e foi para casa.
Durante o trajeto pensou em ligar para Hinata. Tinha falado com a morena no sábado. Sabia que ela iria fazer exames e talvez já tivesse resultado. Mas não tinha coragem de contar para a Hyuuga, por telefone, que Sasuke era o pai do seu bebê.
Chegou em casa e pegou o celular para avisar Ino que não estava na cobertura e chamá-la para almoçar em casa. Porém ao desbloquear o aparelho, viu que Ino lhe mandara uma mensagem avisando que Sai tinha lhe chamado para almoçar. Sakura suspirou e respondeu dizendo que aproveitasse o momento.
Sakura sentou-se no sofá. Poderia ligar para Itachi vir lhe fazer companhia. Itachi tinha seu próprio apartamento ali mesmo no bairro, pois já se acostumaram a viver sozinho. Afinal ele havia saído do orfanato primeiro que Sakura já que era oito anos mais velho que ela.
Sakura sabia que se pedisse ele largaria o que estava fazendo parta fazer companhia a ela. O emprego dele era bem flexível, então não haveria problema. Mas ele iria querer saber o que acontecera e Sakura não tinha certeza se queria contar para ele até saber o que Sasuke pretendia.
Por isso ficou sozinha. Deitou-se no sofá lembrando-se de tudo o que estava relacionado a Sasuke. Quando ficou com fome, levantou-se pelo bebê e fez algo para si. Voltou para o sofá e ficou assistindo o que passava na TV. Algumas vezes pensou em voltar para a cobertura ou ligar. Mas era covarde demais.
Sakura só percebeu que tinha adormecido quando Ino chegou batendo a porta. A rosada levantou assustada até reconhecer a amiga.
- O que está fazendo aqui? - Ino perguntara surpresa, pois Sakura sempre chegava mais tarde.
- Eu me dei um dia de folga - Sakura disse levantando-se e espreguiçando-se.
Ino a olhou surpresa, mas Sakura fingiu que não viu e caminhou até seu quarto planejando tomar um banho para criar coragem.
Mas Ino era Ino. Seguiu Sakura até o quarto perguntando:
- Como assim? Por quê?
- Encontrei o pai do meu bebê - disse sem encarar a amiga.
- NANI???? - Ino gritou abafando o som da porta que era aberta.
- Encontrei o pai do meu bebê - repetiu.
- Onde? Como? Quando? Quem?
- Hoje. No meu trabalho. Você nunca vai acreditar quem é.
- Um amigo do seu patrão? - perguntou chocada.
- Meu patrão - disse corando.
- COMO ASSIM SEU PATRÃO????
- Lembra que a Hinata disse que o primo dela tinha o cabelo e os olhos pretos? - Ino assentiu incrédula. - Ele esqueceu uns documentos em casa hoje e nós nos vimos pela primeira vez.
- E aí?
- Ele lembra de mim.
- Ele engravidou você. Claro que ele lembra.
- Nós tínhamos bebido muito. Não achei que ele se lembrasse.
- E você contou que ele vai ser pai?
- Iie.
- Mas Sakura...
- E se ele achar que eu sou uma vadia, aproveitadora, interesseira?
- Ele não vai achar isso.
- Como não? Lembra onde nos conhecemos? Além disso, ele só precisou me dar um beijo para eu cair na cama com ele. E se a secretária dele não tivesse ligado para ele, não sei o que teria acontecido hoje.
- Como assim? - perguntou confusa.
- A gente se beijou de novo.
Ino a olhou chocada. Abriu a boca algumas vezes, antes de conseguir dizer:
- Uau! Esse homem realmente mexe com você, Sakura!
Sakura assentiu e suspirou. Ino nem imaginava o quanto.
Alguns minutos depois...
Sasuke acordou assustado quando ouviu a campainha tocar. Tinha dormido no sofá, percebeu ao levantar-se e sentir o pescoço dolorido. Mais uma vez a campainha voltou a soar irritando-o.
Naruto já retornara?, perguntou-se enquanto tropeçava até a porta ainda meio grogue de sono. O porteiro não interfonara, então só podia ser ele. Sabia que Sakura não apareceria uma hora dessas. Mas hoje não estava com paciência para lidar com Naruto. Chutaria o loiro para fora do prédio ali mesmo da porta, pensou irritado.
Abriu a porta pronto para xingar o visitante incômodo, porém, antes que pudesse ver quem era o intruso, Sasuke sentiu uma dor terrível no rosto.
Ele recebera um soco?
Antes que pudesse reagir, a pessoa continuou a agredi-lo e começou a xingá-lo.
- Isso é pelo que fez à Sakura! Como pode seduzir e engravidar minha imotosan? Safado! Pervertido!
Quando finalmente conseguiu reagir, Sasuke deu um murro no seu oponente e uma rasteira. O homem caiu no chão. Preparava-se para dar outro soco nele quando Sasuke viu o seu rosto e o choque o paralisou.
Não podia ser. Não podia acreditar. Esfregou os olhos sem crer no que via. Porém a imagem não se desfez e a dor dos golpes era real demais para que acreditasse que fosse um sonho. Mas não podia ser possível!
- Itachi?
.*.*.*.*.*.
NOTAS FINAIS
Yo minna!
O capítulo ficou enorme! Gomen!
Primeiro eu queria dizer que o capitulo anterior era dedicado a ~Dannoninho e ~florkonoha que acertaram que a Hinata ficaria grávida. Mas eu sou péssima com dedicatórias e, como eu estava postando com pressa porque ia sair, acabei esquecendo. Gomen.
Esse capítulo é dedicado mais uma vez a ~Dannoniho e também a ~Mihkah-23 que acertaram que o Sasuke saberia que ela é a funcionária grávida.
Gostaria de agradecer especialmente a minha amiga ~AmmieHarthzler que sempre lê meus esboços e me dá conselhos e sempre lê meus planos para minhas histórias (felizmente ela não se importa com spoilers). Quase morri do coração quando meu WhatsApp não fez backup das nossas conversas e tinha ideias para o futuro que eu só tinha contado para ela lá e não tinha escrito em nenhum outro lugar (Felizmente consegui recuperar tudo :P )
Espero que tenham gostado do capítulo!
Kissus!
Ja ne!
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