Prólogo
"Na escuridão eu vi um anjo
Contendo o dilúvio até que o céu caiu
Eu vejo o futuro coberto de rosas
Ondas de ouro enquanto a porta se fecha"
Sirens da Fleurie
Theo
Cinco anos atrás, Rio de Janeiro.
Maldito lugar quente! Parece que desci ao inferno em grande escala, apesar de ser bonito e tals. Não iria ficar tanto tempo aqui, mais meu primo como o bom filha de uma cachorra que e. Me fez mudar de ideia depois de quase duas horas me atazanando, nas palavras dele o carnaval valeria todo o sacrifício e espero que valha mesmo.
— Levanta aí seu puto. –Diz entrando em meu escritório temporário na suíte do Copacabana Palace.
— Vai a merda, ainda não terminei esse contrato! –Rosno estressado.
Queria muito descansar minha mente, foram muitas coisas que aconteceram em pouco mais de um mês e meio. Meu termino e a passagem da posse da presidente para minha pessoa, pensar que perde cinco anos da minha vida em um relacionamento estressante.
— Para de ficar aí sonhando e termina logo essa merda! –Reclama indo para o frigobar.
Folgado como essa mala sem alça não existe, além de ser meu primo bastardo e mal-humorado, e o único que não bato na cara e se fosse o outro já estaria sem os dentes.
— Se cala a boca eu termino. –Digo digitando rápido e respondendo às perguntas de minha secretaria.
Foram quase uma hora para terminar e ter uma folga, o que não fazia para passar um tempo com esse boçal. Ok, ele não é boçal, e só um pouco desgraçado.
— Me diz ai priminho. -Diz se sentando ao meu lado no sofá. — Doeu quando meteu o pé naquela vaca louca –Diz debochando.
— Na verdade foi alivio que senti. –Digo ligando a televisão e procurando algum jogo.
— Fez bem em meter o pé nela. –Diz. — Ela estava tão fora de si quando terminou, que foi atrás da cobra da sua mãe. –Isso chama minha atenção e quase derrubo o controle.
— Não estou acreditando que ela foi trás da Jade. –Digo me segurando para não ligar e xingar aquela maldita. — Porra, ela achar que eu tenho quinze anos ainda? –Falo e me erguendo indo ao frigobar pegar uma cerveja e não me importo quase seja.
— Merda, então você não sabia? –Carlos passa a mão livre nos cabelos. — Foi mal mano, mas a Jade veio me encher o saco a uma hora atrás. –E volta a beber o resto da cerveja.
Ficamos algumas horas bebendo e xingando minha progenitora, a mulher que fodeu minha vida muitas vezes, quando ainda não podia me manter e ela não tinha piedade de me humilhar. Então ela que fique longe de mim assim como eu mantenho distância da sua laia, somente a tia Donna que eu considero minha mãe. Carlos sai daqui direto para seu quarto ao lado, mas o imbecil acabou entrando em outra suíte e quase foi castrado pela moça que ali estava dormindo.
— Cuzão burro. –Digo para o nada dentado em minha cama.
Queria ter alguém só para me, mas isso não vai acontecer nunca já estou com trinta anos e a única coisa que eu consegui foi minha carreira. Queria uma família que nunca tive completa, mas que somente duas pessoas poderão me dar durante minha vida, maldita seja a Jade que não soube me criar!
****
Três Dias mais tarde
O maluco do Carlos me mandou ir a um bloco, mas o desgraçado não me disse qual! Estou em um barzinho, minha salvação e que sei falar o português, pois se não estaria na merda até as tampas. Para minha descrença vejo o infeliz vindo com duas mulheres, são até que bonitas, mas não me chamaram a atenção em nada.
— Olha que achei a moça. –Diz o vadio de carteirinha.
— Se você soube explicar melhor, não teria acontecido nada disso. –Digo zangado. — Me perdoe as moças, sou Theo. –Me apresento elas e ambas se apresentam como Cleide e Josi.
Acabamos seguindo a pé para ao tal bloco, quando cegamos la eu queria correr na direção contraria ao pequeno purgatória a minha frente. Caralho e por isso que eu odeio aglomeração, nem na época da faculdade eu ia com frequência as festas e era quase sempre quando havia uma transa já agendada no local.
Vamos la de uma chance se não gostar e só dá no pé, entramos e sei que aqui se não presta atenção perde a carteira. Bem que não trouxe uma e sim só o meu cartão que o deixei bem guardado, ter morado a alguns anos aqui foi no mínimo interessante. Dancei e até que me diverti no purgatório na terra, já estava acabando quando vi uma cabeleira farta passando com pressa.
O que está acontecendo com ela? Pensei ter visto um anjo de cabelos castanhos ondulados, ela parecia um pouco aflita e logo uma outra mulher falou algo com ela, o sorriso mais lindo que eu já vi. Ali soube que havia achado a minha futura esposa, guardei cada detalhe de seu rosto e irei até o fim em acha-la!
2 anos mais tarde.
Seattle, Nova York
Eu falei que conseguiria ter essa mulher para me, demorou um ano até ter ela em meus braços e não posso agradecer pelo o Will ter conseguindo mexer seus pausinhos. Devo muito a esse maldito que é meu secretário particular, mas ultimamente vem em ajudando com a empresa já que tivemos alguns desvios.
— Theo sua mulher ligou. –Diz entrado na sala. — Falou que viria direto para cá e acho melhor tu esconder bem esses papeis! –Diz vendo a pasta dela em cima da minha mesa.
— Ah, que merda! –Vou até a mesa pego os documentos e os guardo em um cofre atrás de meu quadro favorito. — Pronto ela jamais ira saber! –Digo e ele ri.
— Espero mesmo que não ou estará fodido! –Will fala debochando de me.
— Sei muito bem disso. –Digo.
Ela jamais poderá saber que eu a persegui durante um ano, muito menos de ter manipulado algumas pessoas para conseguiu que ela viesse direto para minha filial e de resto eu fui para cima. Ela foi e é minha, ninguém ira tira-la de me. Conversei mais um pouco com ele e antes de sair minha mulher já estava na porta para entrar, linda em seu vestido cinza soltinho em seu corpo.
— Amor, que saudade. –Digo quase atropelando Will na minha frente.
— Cuidado aí sua mula. –Resmunga Will saindo e fechando a porta.
— Amor, não precisava fazer isso com ele. –Diz puxando minha gravata com força.
— Depois me desculpo com a mala! –Digo roubando um beijo dela.
Em pensar que dentro de um mês estremos oficialmente casados, não sou louco de deixa-la mais tempo solta por aí e ela jamais vai se ver longe de me.
— Uau. –Diz e ajeita os cachos. — Vamos logo a essa maldita loja de decoração antes que eu desista! –Fala ajeita minha gravata.
— Vamos! –Digo pegando em sua mão.
E tudo por nós! Era tudo que eu pensava naquele momento feliz, junto da minha mulher.
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