CLX
Como eu, eu te escrevi.
Como Ana Müller,
eu quis te fragmentar,
perder cada mínima
partícula do teu corpo
e não mais me sentir morto.
Como Humberto Gessinger,
eu quis ser sincero,
mas não espero de você
nada além de ausência
e a constante evidência
de que quero te esquecer.
Como Renato Russo,
eu quis te dizer
temos todo tempo do mundo,
mas eu não quero dividir
minhas horas contigo
e tampouco
um milésimo de segundo.
Como Cazuza,
eu quis me jogar aos teus pés,
mas ao invés de me ajudar
a levantar,
você me pisou e
o que um dia eu senti
você desprezou.
Como Liniker,
eu fiquei mordido,
por não mais te considerar
abrigo.
Como Pedro Salomão,
eu quis te fazer cafuné,
mexer em coisas não tão
simples quanto
teu cabelo ondulado, mas
eu era cidade pequena, litorânea
você era/é tsunami.
Triste coletânea.
Mas
Como Anavitória,
eu te considerava trevo,
mas sorte mesmo
é a tempo perceber
que tudo que eu te dei
você não fez valer.
Como Tiago Iorc,
eu te achava a coisa mais linda,
mas meu dia especial
foi sair e não querer voltar
pro que você dizia ser amor
mas amor não tem validade
não acaba no carnaval.
Como 1Kilo,
pra mim você era sensação
mas era sentimento também
porém, era é passado
Amém.
Como Gabrielle Aplin,
eu também achava que
lar é onde coração se grava em pedra,
mas você não era lar
e muito menos casa
por isso, eu bati asa.
Como Cícero,
eu quis te convidar pra entrar,
oferecer açúcar ou adoçante,
mas você sempre odiou café
e tinha o meu convite
como ideia maçante.
Como Passenger,
eu te deixei ir,
mas percebi
em todos os segundos
que foi melhor assim.
Eu te perdi, eu sei
mas me achei
e essa é a última vez
que te dedico um poema
com doses de insensatez.
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