Capítulo 11: Um caminho incerto
Alessandro: Então...- analisando o mapa. -... se existe um tesouro no Egito, não custa nada irmos lá.
Nicolas: Se esqueceu de que lá é quente?
Isla: Ele esta certo.
Alessandro: Como vocês são frescos, aproveita e pega um bronzeado.
Nicolas: Engraçadinho.
Isla: Com o desaparecimento da princesa da Noruega, você também pode saquear o reino.
Alessandro: O que sabe sobre?
Isla: Alguns acreditam que a fiel guarda costas da princesa a entregou em troca de algumas moedas.- contou. - De fato foi comprovado, o corpo dela foi encontrado em decomposição, irreconhecível não muito longe do reino canadense. Porém...
Nicolas: Continue.
Isla: O príncipe não acredita na teoria da princesa ter sido traída por ela.
Alessandro: Disse que o corpo foi encontrado, tem como provar?
Isla: O que comprova é o brasão real dado pela rainha a ela.
Alessandro: Mesmo sem a herdeira, não significa que é vulnerável aquele lugar.
Isla: De fato, mas você ja entrou em lugares piores , isso seria brincadeira de criança.
Um fraco sorriso deu.
Isla: Soube que teve uma nova tripulante, você aceitou outro par de olhos bonitos?
Alessandro: Ela faleceu.
Nicolas o olhou levemente.
Alessandro: Foi baleada nas costas durante o tumulto no Brasil.
Isla: Que falta de sorte.
Alessandro: Sim, de qualquer forma, foi bom reve-la novamente. Permita-me te pagar com uma bebida.
Isla: Obrigada. Tem um bom lugar que vende vinho, irei só me trocar.
Alessandro apenas concordou.
Nicolas: Por quê?
Alessandro: Não pode existir nenhuma ligação entre ela e nós, para que não se volte contra a nossa tripulação. Isso seria um escândalo.
Nicolas se silenciou pensativo sobre o corpo da mulher. Pensamentos vieram que, mais tarde irá debater com seu capitão.
•••
Ao despedir de sua amiga, Alessandro estava retornando para o navio, e lá aguardava a moça com os olhos sérios.
Alessandro: O que foi?- parando.
Carolina: Existe um modo de entrar no reino sem que o navio seja exposto.
Alessandro: Pela forma que esta dizendo eu certamente irei reprovar.
Carolina: Seja sábio, capitão, preciso continuar sozinha.
Nicolas: Faz idéia do que te aguarda?
Carolina: Sei das histórias, sei que corro perigo ao aparecer mas o príncipe é o único que pôde me ajudar.
Nicolas: Como sabe?
Carolina: Raramente vinha para cá, mas descobri alguns informantes, não foi difícil achar um e fazê-lo falar.
Alessandro: E o que te faz acreditar que ele esta certo?
Carolina: Não tenho outra escolha a não ser acreditar.
Nicolas: Vá com ela , capitão.
Ambos olharam para o homem surpresos. Com tanta intromissão não esperavam outro comentário.
Nicolas: Eu estive pensando a respeito, se tinha como a verdadeira guarda costas falecer.
Alessandro: Duvidou de que Carolina era uma impostora?
Nicolas: Sim, deveria ter deduzido isso também.
Alessandro: Cheguei a me questionar, porém, porque a falsa guarda costas retornaria ao reino se seria desmascarada?
Nicolas a olhou aguardando uma resposta e o mesmo fez o capitão.
Carolina: Eu era mais uma sombra da herdeira, usava uma máscara, os únicos que sabem do meu rosto é o príncipe. Mas, não os julgo, faria o mesmo questionamento sobre mim.
Alessandro: Não sabemos se quem fez esse mal sabe do seu rosto.
Nicolas: Por isso deve ir com ela, se algo acontecer poderá ajudá-la.
Carolina: Nunca ficou do meu lado, o que aconteceu?
Nicolas: Nada.
Alessandro: Quando poderemos sair?
Carolina: O próximo agricultor sairá hoje a noite.
Alessandro: Esteja com o navio em três dias na ilha.
Apenas concordou e se dividiram.
Carolina: Por que ele esta ajudando?
Alessandro: O que tem em mente?
Carolina: Dinheiro?
Alessandro: Seria uma boa dedução, mas ele sabe dos riscos que você esta correndo, acha estupidez retornar.
Carolina: Ele não se importa com o que acontece comigo. Sério, se ficassemos ilhados um acabaria com o outro.
Alessandro: Por isso não os deixei no barco em alto mar.
Carolina: Você o conhece melhor do que eu, estou curiosa sobre tal comportamento. Ele me mataria se tivesse a oportunidade, nunca fui respeitada por Nicolas.
Alessandro: Até salvar a minha vida. Poderia ter deixado a gente naquele lugar, poderia ter deixado ele me matar, poderia ter morrido mas mesmo assim me salvou.
Carolina: (Entendo.)- pensou olhando pra frente. -(É verdade que se Felipe não estivesse lá, eu não teria sobrevivido. Mais um pouco e eu teria morrido sem poder salvar o reino e vingar a princesa...)- apertando seu punho direito. Alessandro percebeu mas nada disse.
Alessandro: Pegaremos carona, não vamos chamar atenção.
Carolina: Tudo bem.
•••
Trocando de vestes eles vão até um senhor de 60 anos. Seu nome era Sebastião. Cabelos grisalhos, corcundo, gordo e um pouco desconfiado. Não porquê suspeitava deles mas suspeitava de todo mundo. Era um velho meio rabugento.
Sebastião: O que vocês querem?
Alessandro: Eu e minha esposa precisamos chegar na Noruega, fomos assaltados e não temos condições para retornar.
Sebastião: Isso não é problema meu.
Alessandro:( Quanta ignorância.)
Carolina: Podemos ajudá-lo durante a caminhada, senhor, uma forma de pagar a carona.
Sebastião: Você nunca deve ter pego pesos, madame, suas mãos são delicadas, pouco trabalho deve ter feito. Talvez nem saiba o que é um esfregão.
Carolina: Eu limpei um navio inteiro... do que ele sabe...?- sussurrou se sentindo ofendida.
Alessandro: Não se ofenda.
Sebastião: O que estão cochichando?
Alessandro: Precisamos chegar lá.
Sebastião: E porque, senhor perfeito?
Alessandro:(Foi um elogio ou um insulto?)- refletiu.
Carolina: Estamos esperando um filho.
Alessandro se surpreendeu e a olhou.
Carolina: Eu ia te contar com mais calma.
Alessandro: Esta grávida?- entrando no papel. A abraçou gentilmente e com um sorriso no rosto. - Que notícia maravilhosa meu amor, nosso primeiro bebê!- a olhando, deu um leve beijo em sua testa.
1 agricultor: Não vai deixar esses dois sozinhos, vai Sebastião?
Sebastião: Não amola.
2 agricultor: Quando sua esposa precisou de ajuda eu te ajudei com a gravidez.
Sebastião: Eu sei. Sou exigente mas não sou tão insensível, muito bem, podem embarcar mas você vai trabalhar senhor perfeito.- indo até a sua carruagem.
Carolina: Não acredito que deu certo.- se afastando dele.
Alessandro: Mantenha o papel, não será uma missão fácil e nem uma caminhada, é comum terem bandidos por esses lugares.
Apenas concordou.
Continua...
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