new years day
•pov jake•
Estou desde o natal acordado formulando um pedido de casamento. Não sei se Amy espera que eu a peça agora ou depois. Estou muito confuso, conversei com Charles, mas ele só piorou a minha situação.
"UM ANEL DE DIAMANTE GRANDE", gritou no meu ouvido.
- Eu não tenho dinheiro pra um grande.
Meu telefone vibrou.
- Só um segundo, Boyle.
Chequei as notificações, quase deixei o celular cair.
- VOCÊ ME MANDOU CINCO MIL DÓLARES?
"Desculpa Jake, só não mando mais porque tenho que economizar com Nikolaj".
- Eu vou te devolver agora.
Ele protestou, mas eu o ignorei e com poucos toques no celular, devolvi todo o dinheiro.
- Vou comprar um pequeno mesmo, Amy não é muito materialista.
"Mas eu sou! Quer dizer, não sou materialista, mas me importo com o tamanho da pedra de vocês".
Eu ri.
"Isso não foi malicioso".
- Não, mas sabe, "pedra".
Ele riu comigo.
"Preciso ir. Meu peru está pronto e estou ansioso pra enfiar as mãos nele".
Segurei o riso.
- Enfiar as mãos onde?
"No meu peru."
Chorei de rir.
- Bom peru, e Charles, obrigado por tudo.
"Me agradeça trazendo Jakes pro mundo".
Desliguei o telefone na mesma hora. Sai de carro. Rodei o centro da cidade, passei por umas três joalherias, mas todas pareciam caras. Decidi voltar um quarteirão e ir na última que avistei. Comprei um anel de ouro branco com um diamante no centro. Não é muito grande, mas serve, tem que servir.
Escondi a sacola no porta-luvas e subi na casa de Amy. Ela nem notou a minha presença, estava apressada correndo de um lugar para outro na cozinha.
- Ames.
- Oi - ela nem me olhou. - Estou cozinhando uma lasanha.
Fiz uma careta, eu não recomendaria a comida da minha futura noiva para o meu pior inimigo. Ela é péssima na cozinha, já substituiu bicarbonato por sal, porque "os dois são brancos". Dessa vez, o cheiro estava normal, por isso não falei nada.
- Como foi sua manhã? - ela me olhou após colocar a lasanha no fogão.
"Uma bagunça", quis falar.
- Boa e a sua?
- Agitada. Não sei porque ofereci cozinhar.
- Porque você quer impressionar o Capitão.
- O quê? Óbvio que não, eu não tentaria depois daquele fiasco.
Eu a encaro, ela solta o ar que estava prendendo.
- Vamos jogar a sua argamassa fora e comprar algo.
♤♡◇♧
Amy alisava o seu vestido. Ela estava deslumbrante, usava um vestido rosa estilo sereia, seu cabelo estava enrolado e sua maquiagem estava leve. Eu vestia uma blusa social branca e calça jeans preta. Eu a olhei, ela assentiu, bati na porta. Holt atendeu com um sorriso no rosto, brincadeira, mas ele parecia animado ou triste, talvez bravo? Impossível ler esse cara.
- Pai!
Eu o abracei e entreguei um espumante de 5$. Amy o cumprimentou e entregou a torta holandesa em suas mãos, não encontramos nada salgado, então trouxemos o doce.
- Entrem.
Nós entramos, o nosso esquadrão todo já tinha chegado. Estavam todos amontoados nos sofás, distantes do restante de convidados.
- Olá 99 e agregados. - fiz questão de incluir as famílias de Charles e Terry.
- E aí.
Gina estava sentada no colo da sua esposa, ela me olhava com desprezo.
- Branco? - disse apontando para a minha blusa.
- É.
- Que sem graça!
Ela vestia um conjunto blusa e saia vermelhos. Rosa usava um macaquinho vermelho.
- E vocês? O natal já passou, por que ainda estão de vermelho?
- Vermelho atrai a paixão, o amor. Amy entende, ela está de rosa.
Eu olhei para Amy, não pensei que soubesse os significados das cores e tivesse se vestido de acordo, mas o rubor nas suas bochechas confirmou a fala de Gina.
- O que tem rosa? - Terry perguntou.
- Também atrai o amor, só que de forma mais serena. Eu brinco que é amor de casado, menos o nosso. Lá em casa nunca tem um dia frio, só...
Rosa deu um selinho em Gina, calando-a.
- Viu? - a ruiva disse risonha.
Amy sentou na poltrona. Fui conduzido por Charles até a sala de jantar.
- Como vai ser? - perguntei.
- Tive uma ideia ótima. Vi vídeos de países latinos no ano novo, há explosão de fogos na meia-noite. Assim que começar, você se ajoelha.
- Eles emitem barulho?
- Comprei os silenciosos, só luzes.
Eu assenti.
- Muito obrigado, eu te amo melhor amigo.
Seus olhos lacrimejaram.
- Eu também te amo, Jake.
Nós nos abraçamos chorando.
- Que decepção, eu não sou a pessoa mais gay daqui. - diz Gina.
Não sei por quanto tempo ela está ali, tento não surtar.
- Relaxa, não vou falar nada.
Suspirei aliviado.
- Obrigado.
Ela encara a mesa e sorri.
- O que foi?
- Estava imaginando Rosa jogada na mesa, ela seria um ótimo prato principal.
- Sai daqui antes que eu chame o pai.
Ela riu e foi até a sala.
- Nós devíamos ir também, o jantar será servido em breve.
Não prestei atenção no que acontecia, perdi piadas e oportunidades de fazê-las. Eu e Charles conversávamos os detalhes pelo whatsapp, quando ele saiu com Nikolaj para armar os fogos de artifício, finalmente larguei o celular.
- Tá tudo bem? - Amy perguntou.
- Claro.
Ela fingiu ter acreditado. Gina contou os detalhes de sua lua de mel, Rosa a interrompia nas horas íntimas e mudava o assunto. Holt nos chamou para comer, ele e Kevin alternaram a noite inteira entre os dois grupos: os amigos de Holt e os amigos de Kevin. Cheddar parecia mais decidido, ele ficou conosco até ser chamado para comer.
Sentamos a mesa, Boyle me mostrou um joinha com o dedão, sorri. Nos deliciamos com a comida, comi tanto que parecia que iria explodir.
- Dez minutos para meia-noite.
- Vamos para o quintal. - Boyle sugeriu, como estava quente, decidimos ir.
Amy reparou nos fogos de artifício.
- São do Boyle - expliquei. - Ele queria algo especial pro Nikolaj.
- Eles são...?
- Sim, sem som.
Ela sorriu. Encaramos as estrelas, Amy citava as galáxias pra mim, eu inventava uma música para memorizá-las. Boyle me fez um sinal, faltam três minutos. Respirei fundo, ela me olhou.
- Amy, eu sei que a nossa história é incomum. Tivemos um término horrível, mas voltamos mais fortes, confiamos mais um no outro e sinto que te amo mais. Estamos há nove meses juntos, em algum lugar do mundo uma criança nasceu - ela riu. - Eu soube o que queria desde quando corrigiu aquela palavra cruzada... - seu rosto iluminou-se, ela entendeu o que estava acontecendo. - Eu te amo muito.
Pausei, estava sem fôlego, falava muito rápido, tropeçava nas palavras. Mas, Amy não parecia perceber ou não ligava. Holt anunciou que faltava um minuto.
- O que eu estou querendo dizer é... - ajoelhei e segurei a caixinha, abri-a com o maior cuidado. Os nossos amigos começaram a gritar. - Casa comigo?
- Sim! Claro que sim.
Coloquei o anel em seu dedo, levantei e a beijei. Só percebi que os fogos explodiam quando olhei para o céu. Azul, verde, vermelho, branco e uma mistura de todas essas cores iluminava o céu. Amy deitou no meu ombro.
- Feliz ano novo, Jake.
Autora: oi mores, só avisando que o próximo é o último♥️
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