Calvin estava ofegante e tremendo. Dorian entrou na frente de Elle, mancando, fazendo uma barreira para protegê-la, quando Calvin parou de andar e se virou para ela.
Mas ela não estava com medo, e sim preocupada. Assim como todos na sala, até Vince, qie estava desmaiado no sofá esperando pelo carro do médico, abriu os olhos com dificuldade.
Quem quer estivesse explodindo ali na frente deles, esse alguém não era o Calvin.

- Você...não estava falando sério, não é?.- Eleanor perguntou com a voz falhando.

Calvin não respondeu de imediato, mas ele parou e olhou para ela. Algo estava naqueles olhos, mas o que deixou Eleanor com medo, foi não identificar o que era.

- Eu sinto muito El.- Ele disse de novo, aquela frase que a fez estremecer.- Mas vou abandonar vocês agora.

Ele engoliu seco.

- Ei cara, calma...- Dorian disse.-...Nós vamos dar um jeito.

- Nós, não.- Calvin disse.- Não quero vocês metidos nisso. Isso é problema meu! Foi por minha culpa!

- Ah, cala a boca.- Eles ouviram Vince dizer enquanto gemia.

Calvin lançou um olhar ameaçador para o amigo.

- O que você vai fazer?.- Eleanor perguntou.

- Vou entrar lá e pegar a Tash. Deus...- Ele voltou a tremer.- Droga! Droga! Vocês tem que pegar o avião e irem embora logo!.- Ele disse segurando o ombro dela.

Eleanor sorriu.

- Acha mesmo, que vamos deixar você voltar lá sozinho? Você esqueceu mesmo quem somos, ou perdeu o juizo de vez?

Calvin se aproximou mais de Dorian e dela, como se fosse contar um segredo.

- Vince precisa de ajuda. Não é brincadeira, El. Vocês tem que tirar ele daqui.- Ele pareceu mais preocupado que nunca.

- Vince vai ficar bem, eu já dei um jeito nisso.- Ela segurou os ombros dele.- Deixe a gente te ajudar.

Calvin balançou a cabeça negando.

- Por favor...por favor...- Ele pediu. Antes de se afastar, pegar sua mochila e sair da casa.

- Mas que merda!.- Eleanor disse indignada.- Merda!

Dorian mancou até vince, se sntando no chão do lado dele.

Ruby não falou, nem se moveu. Apenas observando do canto.

- Aqui está muito frio.- Vince disse tremendo. Por deus, ele estava péssimo.

Dorian levou a mão a testa suja do amigo.

- Febre?.- Eleanor perguntou. Dorian concordou.

Ela se aproximou do irmão, se ajoelhando perto dele.

- Ei, grandão.- Ela segurou o rosto dele.- Vamos cuidar de você, tudo bem?

- Não deixem ele sozinho.- Vince disse com dificuldade. Eleanor juntou as sobrancelhas.

- Eu nunca vi ele daquele jeito.- Ela disse.- Nunca vi o Calvin com raiva.

- Vai por mim, querida....ele não estava com raiva ainda.- Aquilo arrepiou ela. Ele gemeu de dor.- Não deixem ele sozinho...

Então ele apagou, pela segunda vez.

Uma bozinha veio da rua.

- É o doutor.- Ela se levantou.- Vou abrir para levarem ele.

- Eu ajudo...- Dorian disse tentando se levantar, mas Elle o interrompeu.

- Não, não precisa.- Ela foi até a porta.- É melhor não forçar seu joelho.

Ela saiu da casa. Dorian olhou triste para Ruby.

- Não contou pra eles?.- Ruby disse finalmente.

- Que eu não vou voltar a andar normal de novo? Não.- Ele se permitiu sorrir. Ruby o ajudou a levantar e o beijou na testa.

- Você vai ficar bem.

- Se ela for, vá com ela.- Dorian disse.

- Claro.- Ela concordou.

Eleanor voltou para dentro com dois enfermeiros, que carregaram Vince para fora.

- Ele vai ficar bem.- Dorian confortou Elle.

Ela sorriu dolorosa.

- Não vou deixar ele sozinho.- Elle disse.- Vou me entregar, entroca da Tash.- Ela falou cruzando os braços.

- Sabe que eu iria por você, não é?.- Dorian disse.

- Claro.- Ela sorriu.- Mas não vou fazer isso com você, bonitão.

Dorian deu sorriso amarelo.

- Ruby vai com você.- Ele disse. Eleanor olhou para a garota.

- Obrigada.- Ela olhou para Ruby.

Ruby acenou e saiu.

- Estou te esperando no carro.

- Ela vai ficar bem?.- Eleanor perguntou para Dorian.

- Ela é uma Allen, sem duvidas. Mas pode voltar a ser uma Manson de vez em quando. A pergunta correta é, William Blake vai ficar bem?

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Tash estava algemada, quando abriu os olhos cansada, com um frio que lhe doía os ossos.
Ela abriu bem os olhos quando viu onde estava, e o desespero bateu.

Um frigorifico.
O filha da puta tinha a colocado num frigorifico.

Ela tentou se soltar, mas mal conseguia se mexer.
Estava congelando.

Uma forte dor na região das costelas.

  - Socorro!.- Quase não saiu. O resto de voz que ela tinha.

Iria morrer ali, sozinha e congelada.

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Continua...