Capítulo 49
Sina Deinert
Dessa vez acordei com um peso em minha cintura. Abri meus olhos e no mesmo instante me arrependi pela forte dor de cabeça que me atingiu em cheio.
Gemi baixo pelo incômodo e quando me dei conta, quem estava agarrado em mim era Noah, e ainda pior, completamente nu.
Minha boca abriu e um desespero bateu quando também me vi completamente nua, como diabos eu vim parar aqui?
Tirei a mão de Noah e ele parecia estar em um sono bem pesado. Ao me sentar na cama senti um leve incômodo na minha intimidade e gelei ali mesmo.
A gente transou?
Virei minha cabeça vendo Noah e meu ar até faltou quando vi seu pau exposto. Deveria estar muito bêbada mesmo, isso entrou em mim?
Balancei minha cabeça e me levantei olhando em volta.
Obrigado pelo apoio!
Andei pelo quarto à procura de algo, mas a verdade é que o que eu queria achar não estava ali. Encarei a porta do banheiro e corri até lá.
Me aproximei do seu lixo na esperança de encontrar, mas ali também não havia nada...
— Puta que pariu. — digo baixo ao notar que não havia camisinha usada. — Você não é tão burra… — levei a mão na cabeça pela dor que insistia.
Voltei para o quarto e andei de um lado para o outro preocupada.
Eu ainda estava nua, mas eu precisava pensar no que fazer, porque eu aposto com todas as minhas fichas, que se Noah acordasse primeiro, iria colocar a culpa na bebida…
Soltei um suspiro e me aproximei de Noah.
— Hey. — balancei seu corpo mas ele estava completamente apagado. — Ótimo. — digo aliviada e peguei a cueca que estava no chão. — Isso foi um tremendo de um erro Maria. — resmunguei passando a cueca na sua perna. — Qual o seu problema com a bebida que não consegue se lembrar no dia seguinte? — subi com cuidado e evitei olhar seu pau… que belo pau meus amigos…
Fiz uma careta com meus pensamentos e o levantei com cuidado para passar a cueca. Que homem pesado meu Deus!
Noah se virou na cama e eu me levantei no mesmo instante encarando ele.
Ainda não me acostumei com o fato desse cara ser gostoso desse jeito, até dormindo o desgraçado fica bonito, onde já se viu?
Ouvi um ronco sair de sua boca e soltei uma risada baixa. Puxei as cobertas cobrindo ele e depositei um beijo em seus cabelos.
— Acho bom você não se lembrar de nada. — me afastei e peguei meu roupão que estava no chão.
Coloquei ele rapidamente e senti meu celular no bolso dele. Tirei ele do bolso para ver as horas e quis chorar. 7:24h.
Saí do quarto e voltei em silêncio até o meu.
...
Procurei uma roupa qualquer e voltei a me jogar na cama...
A partir de hoje não coloco mais um pingo de álcool na boca!
...
Girei na cama e acordei no susto após quase ir ao chão. Voltei a gemer me enfiando debaixo das cobertas e procurei meu celular para ver a hora.
Quase duas da tarde!
Fiquei encarando aquele teto apenas tentando entender, como diabos eu consegui transar bêbada? Ok, já fiz isso algumas vezes, mas ao menos eu achava a camisinha usada no dia seguinte… Deus, eu nem ao menos me lembro de ver o Noah ontem.
Fechei os olhos com força e alisei minha testa. Esquece isso Maria, foi um tremendo erro que você só tem que fingir que não aconteceu.
Joguei as cobertas para o lado e me levantei da cama. Foi questão de dar dois passos em direção ao banheiro que tudo escureceu por alguns segundos.
Cai de joelhos no chão e mordi o lábio contendo um grito de dor. Droga de barriga vazia.
Me sentei no chão levando uma mão na cabeça e disquei o número de Arthur. Três chamadas e ele logo me atendeu.
— Onde você está? — pergunto sentindo minha voz fraca.
— Na casa 2,você está bem? — fechei os olhos e soltei um suspiro.
— Cadê a Mariane? — tentei manter meus olhos abertos.
— Até onde eu sei está aí com vocês. — respondi um "ok" e desliguei a chamada.
Disquei o número de Mari que no segundo toque me atendeu.
— Fala chefinha.— fiz uma careta pela sua voz alta.
— Preciso que venha no meu quarto, rápido. — digo e não escuto mais nada, apenas o barulho alto das escadas.
Minha porta do quarto se abriu e eu a vi passar por ela.
— Maria! — gritou e eu levei o dedo na boca pedindo silêncio.
— Minha cabeça está doendo, não grita. — digo baixo e ela passa a mão na minha cintura me ajudando a voltar para a cama.
— O que aconteceu? Precisa de algo? — olhei ela que parecia preocupada.
— Fiquei sem comer ontem e bebi também. — passei a mão no rosto. — Será que pode me trazer algo? Não vou conseguir sair desse quarto.
— Ah, ok, ok. — disse rapidamente e andou até a porta. — Vou chamar o Arthur, ok?
— Faz o que quiser, só não demora. — digo me deitando na cama e sinto minha barriga roncar.
...
Fiquei ali por uns minutos, até ouvir minha porta abrir novamente. Virei minha cabeça vendo Mari com uma bandeja na mão e me arrumei na cama.
— Come devagar. — assenti arrumando a bandeja em meu colo.
Fiquei comendo tranquilamente enquanto ela ficou do meu lado mexendo no celular. Meu corpo parecia agradecer por essa refeição e eu já me sentia melhor.
Estava terminando meu prato quando minha porta voltou a abrir. Nem olhei porque sei que o único ser humano que entra sem bater é o Arthur.
— Você está bem? — vi ele se sentar no canto da cama.
— Você precisa parar de entrar no meu quarto sem bater. — digo pegando meu suco e dando um pequeno gole. — Já pensou se eu estou pelada?
— Você se importaria? — encarei ele irritada e Mariane se levantou de uma vez batendo nele.
— Vou te matar Arthur. — gritou e eu ri revirando os olhos.
— É brincadeira meu Deus. — disse ele parando os tapas. — Vou passar a bater na porta. — disse alisando os braços.
— É bom mesmo. — Mari e eu dissemos juntas.
Deixei a bandeja de lado e voltei a me levantar. Agora sim meu corpo parecia mais firme.
— O que aconteceu? — perguntou Arthur e eu fiz um coque no cabelo.
— Nada, só passei o dia sem comer ontem, consumi álcool e dormi assim, acordei agora e a tontura bateu. — levei meus braços para cima e fiquei na ponta dos pés me espreguiçando. — Ah! — suspirei aliviada. — Me sinto bem melhor. — sorri e parei no mesmo instante ao ver que os dois me encaravam. — O quê?
— Está bem mesmo? — perguntou Arthur cruzando os braços. — Nós sabíamos que dia era ontem, por isso deixamos você tranquila. — suspirei me sentando na cama.
— Eu só não quero tocar no assunto. — digo encarando o chão na minha frente.
— Sabe o que seria ótimo? — disse Mari animada me fazendo olhar ela. — Se a gente fosse no shopping gastar. — soltei uma risada fraca.
— Não estou no clima para sair Mari. — alisei minha nuca.
— Vai Maria, ficar em casa faz mal, hoje é domingo, vamos curtir um pouco. — me pegou pela mão e me colocou de pé.
— Não sei se o Noah vai fazer algo hoje. — digo para disfarçar, nem sei se o ser já acordou…
— Ele vai entender, ontem foi complicado e hoje você precisa respirar um ar puro. — suspirei sem paciência e encarei Arthur que apenas encolheu os ombros.
Não queria sair, mas qualquer coisa seria melhor do que ficar aqui dentro e trombar com o moreno.
— Vou me arrumar. — passei ao seu lado e a ouvi comemorar.
Soltei uma risada e escutei apenas a porta do quarto batendo.
Talvez eu precise disso mesmo, sair um pouco vai me fazer bem, faz tempo que não faço isso.
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Como diz o ditado,se eu não me lembro,não aconteceu!
Nós vemos no próximo capítulo☆
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