Capítulo 46

Sina Deinert

Papéis, papéis e mais papéis, estou a ponto de enlouquecer.

Estou desde de manhã na casa 2, irei colocar a casa de Noah como casa 1… enfim, Arthur passou lá e me buscou junto com Mariane, desde então estou aqui.

Passei esse tempo analisando todos, devo admitir que estão todos mais do que treinados, e Mike me deu uma noção melhor da posição de cada um. Confiei nele para isso, mas não deixei de analisar com meus próprios olhos.

De tudo, os cargos estavam definidos, não irei fazer algo muito grande aqui, até porque meu ponto maior será a Itália, mas um crime lá outro cá não faz mal a ninguém. Mas isso são coisas que irei aos poucos, agora preciso pensar nas armas e munições, preciso deixar um carregamento pronto, as armas que estão aqui pertence ao bonito lá.

Já estava de noite e eu finalmente liberei todos, Arthur me levou para casa e quem estava no banco de trás era Mariane.

Devo admitir que o dia de hoje foi um pouco complicado para a morena atrás, Arthur pode até dizer que não gosta, mas quando quer sabe fazer alguém se morder de ciúmes.

Entre uma conversa e outra ele deixava escapar um sorriso pra mim, uma mão aqui, outra ali, até uma mecha do meu cabelo ele tirou da frente do meu rosto. Hollywood está perdendo esse ator.

Mari até disfarçava, mas era engraçado suas limpadas de garganta ou algumas vezes que ela vinha me tirar uma dúvida para acabar com um momento...

Para finalizar nossa linda noite, eu simplesmente dormi no banco do passageiro, quer dizer, não dormi, estou acordada, mas é só para o bonito me levar até o quarto no colo.

Eu não brinco em serviço.

O carro parou e eu ouvi as portas se abrindo. Como era esperado escutei minha porta abrir, mas a voz de Mari veio logo em seguida...

— O que vai fazer? — disse baixo.

— Pegar ela no colo e levar até o quarto. — tive que me segurar para não rir.

— Acorda ela.

— A menina está cansada, passou o dia pra lá e pra cá. — disse Arthur e eu senti sua mão na minha perna.

— Chama o Urrea. — sua mão se afastou e meu coração disparou. — Esses dois se gostam. — ok, eu quase saltei do banco para fazer ela ficar quieta.

— Não fala besteira Mari, agora me deixa levar ela. — não ouvi mais nada, apenas senti suas mãos firmes me pegando e me levando para dentro de casa.

Escutei a porta abrindo e ele entrando em casa, mas alguns passos depois senti ele parar.

— Onde vai? — engoli seco ao reconhecer a voz de Noah. — E por que ela está assim?

— Até onde eu sei, não é meu chefe. — eita que eu dormiria sem essa.

— E até onde eu sei, está na minha casa. — sua voz saiu fria. — Me dê ela. — sem nem questionar, eu apenas senti a mudança de braços e queria socar a cara de Arthur.

— Quero falar com você Arthur. — escutei Mari e logo Noah estava subindo os degraus das escadas.

Uma porta foi aberta e segundos depois meu corpo foi deixado na cama, Deus, eu realmente estava cansada. Meu tênis foi tirado e totalmente exausta eu me virei na cama sentindo ele me cobrir.

Sem beijos, sem boa noite, eu apenas ouvi a porta se fechar e ali mesmo eu fiquei.

...

— E você quer que eu faça o quê? — digo irritada com Noah.

Era só o que me faltava, ter que lidar com tudo que envolva sistema de computação nesta casa.

Já estávamos em outro dia, e pra variar esse moreno acordou com a macaca hoje. Nenhum dos hackers está em casa, sei lá o que arrumaram que resolveram sumir, e sobra pra quem? Para a abençoada aqui.

Noah inventa arte e depois vem me dar dor de cabeça. Se ele soubesse que nesse momento eu estava roubando dinheiro do pai dele provavelmente iria me matar… eu sei, sou maluca.

— É só invadir Maria, você não leva nem dois minutos. — revirei os olhos.

— Não estou aqui pra isso, veja isso com seus funcionários depois. — digo rodando na cadeira, mas ele parou e me girou novamente parando de frente para ele.

— Qual o seu problema afinal? — disse me encarando.

— Vários Jacob! — digo impaciente. — Estou com problemas demais com a minha vida e não preciso dos problemas da sua para terminar de enlouquecer. — tirei suas mãos da cadeira e o afastei. — Agora vai, tenho que terminar minhas coisas.

Voltei a olhar a tela do computador e não demorou até eu ouvir aquela porta bater com força. Esquentadinho!

Estava terminando um desvio de dinheiro da conta do Marco, vulgo o pai de Noah, o motivo? Bem, tive um pesadelo em que ele jogava na minha cara que eu era incompetente, fiquei com raiva e resolvi roubar ele. Eu devo ter problemas, eu sei, acordei mais pra lá do que pra cá hoje.

Mas eu planejei isso muito bem, nem que eles queiram irão me achar, e se me achar, Noah que se vire. Não é a primeira vez que roubo ele, mas devo admitir que sua segurança é boa.

Passei o resto da tarde ali, os meninos já estavam de volta em casa e sobrou para os coitados ouvirem do chefe.

Fiquei passeando pela casa de noite, até que a Maria bonita resolve surgir.

— Maria. — Mari parou na minha frente. — Eu gosto do Arthur. — fechei os olhos e balancei a cabeça rapidamente confusa com o que acabei de ouvir.

— Tudo bem... — digo tentando passar, mas ela entra na minha frente. — Mariane, está tarde.

— Vocês dois estão tendo algo? — cruzei os braços. — Porque me avisa, assim eu desencano. — soltei uma risada.

— Arthur trabalha comigo, de onde tirou isso? — me fiz de sonsa.

— Ah qual é? Estão de grude. — ri novamente. — Credo, eu não sou assim. — disse falando consigo mesma.

— Relaxa Mari, não tenho nada com ele. — me olhou.

— Gosta do Urrea, não é? — sorriu de canto e eu neguei. — Pode me falar, notei que ficou com ciúmes quando eu estava com ele, mas eu sou assim. — jogou os cabelos para trás.

— Sou sua chefe, então vou deixar algo claro. — arrumei minha postura. — Não sinto absolutamente nada por aquele ser ambulante chamado Noah, deu para entender? Não quero mais esse tipo de pergunta. — ela assentiu e meu olhar desviou para a escada onde Noah estava parado.

O moreno não disse nada, apenas terminou de descer e seguiu para a cozinha.

Que ótimo!

Escutei a porta principal abrir e por ela passou Arthur.

— Sina! — veio na minha direção. — Sobre as armas. — olhei a hora no celular e vi que faltava 1 minuto para meia noite.

— Outra hora a gente conversa, pode ser? — digo cansada. — Preciso ir para o meu quarto. — sem esperar ele dizer nada, apenas segui meu rumo.

Fechei aquela porta e olhei a hora novamente.

Meia noite em ponto.

Caminhei até minha cama e tirei minhas roupas me enfiando debaixo da coberta.

Meu peito já começava a doer e eu queria a todo custo apenas pegar no sono, mas uma batida na porta me fez segurar a onda de choro.

— Sina? — escutei a voz de Arthur e logo minha porta abriu, merda, pensei ter trancado. — Noah acabou de me avisar que amanhã irá discutir um começo para a ida até a Itália, por favor, não se atrase. — apenas balancei a cabeça confirmando e ouvi a porta se fechar.

Minha vista já estava embaçada e eu me encolhi na cama tapando a boca para não chorar alto.

Noah que me perdoe, mas não irei nessa reunião.
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Que dor!

Uma pergunta aleatória:Vocês torcem para algum time?Se sim,qual?

Nós vemos no próximo capítulo☆

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