• Capitulo 53 •
Deveriam fazer uns 15 minutos que estava ali, apenas encarando a privada a qual ainda nem dei descarga.
Não queria acreditar nisso, mas quando me dei conta já estava alisando meu ventre tentando processar tudo isso.
— Estou grávida? — sussurro querendo conter a onda de choro que queria vir.
Encostei minha cabeça na parede e fechei os olhos respirando fundo, até que me lembrei de algo!
Foi como se eu tivesse levado um tapa na cara, meus olhos voltaram a abrir e eu joguei meu corpo de uma vez para frente.
Deus, esse filho é do Josh!
Não, não, não… não posso estar grávida, não dele, que merda!
Me levantei apertando a descarga e saí do banheiro às pressas. Me sentei na cama pegando o celular e disquei o número de Mari.
Ela demorou a atender, e isso só me deixou mais aflita.
— Alo? — sua voz rouca saiu pelo outro lado e eu notei que ela havia acabado de acordar.
— Preciso de ajuda. — me levantei nervosa e andei impaciente pelo quarto.
— O que aconteceu?! — ela gritou e logo escutei alguém resmungar atrás.
— Estava dormindo com alguém? — insinuo com um sorriso ignorando meu nervosismo a pouco.
— Você já sabe quem é. — rimos. — O que aconteceu?
— Preciso que venha aqui, papo sério, alerta vermelho. — brinco segurando o riso. — Não fala com ninguém, apenas venha.
— Vou te matar por me acordar cedo em um domingo, é melhor ser código vermelho mesmo. — sussurrou e eu ouvi uma porta abrir. — Já chego aí.
Desliguei a ligação e joguei o celular na cama. O que eu vou fazer se isso der positivo?
Balancei minha cabeça e fui até o meu closet pegar uma roupa.
Segui até o banheiro e deixei a água gelada cair sobre mim. Minhas mãos estavam tremendo e eu não conseguia sequer raciocinar.
O que ele vai pensar? Eu sabia esse tempo todo que havíamos transado, mas agi como se nada tivesse acontecido. Agora eu posso realmente estar grávida de um cara que não fala comigo direito há quase 1 mês…
Isso vai atrasar tudo, se ficam sabendo não terá como ir a Itália. Não vão deixar uma grávida colocar a cara a tapa correndo o risco de tomar um tiro, eu nem sequer posso passar por uma situação tensa...
Merda, o que eu estou pensando? É uma vida que vai depender de mim, que terei que cuidar pelo resto da minha vida. Caralho, sou nova demais pra ser mãe!
Encostei minha testa na parede e alisei minha nuca. Vou ter que agilizar meus planos, se isso for verdade irá ser muito bem vindo, mas eu realmente preciso tomar aquilo o quanto antes...
Vejam só? Se a irresponsável não está falando por mim agora.
Suspirei fechando os olhos.
Eu não consigo pensar, meu corpo está tomado por uma adrenalina totalmente intensa. Eu nem tive a oportunidade de conversar sobre isso com a minha mãe, agora estou aqui, totalmente apavorada sem saber o que fazer.
Nove meses, nove meses carregando alguém é muito tempo, enjoos diários, desejos bizarros... ok, isso já estava acontecendo, mas agora vai tudo ficar dez vezes pior.
Mas, se eu não estiver grávida… o que eu tenho? Era só o que me faltava descobrir uma doença agora, se bem que fazem anos que não faço um check-up no médico… vai ver eu estou morrendo e nem sei.
Preciso parar de ser paranoica desse jeito, vou acabar enlouquecendo.
Uma batida na porta do quarto me fez assustar e eu quase escorreguei no chão do banheiro.
— Gabrielly?! — escutei a voz de Mariane e desliguei o chuveiro.
— Calma! — gritei pegando a toalha.
Me sequei rapidamente e coloquei o vestido que havia pegado. Para completar meu desespero, eu quase caí no chão colocando a calcinha. Puta merda!
Sai correndo do banheiro e abri a porta do quarto afobada. Peguei na mão dela e a puxei de uma vez.
— Aí doida, o que foi? — tranquei a porta e puxei ela até o banheiro fechando a porta dele também.
— Seguinte, estão acontecendo coisas, estou prestes a enlouquecer porque acho que ferrou. — digo nervosa e ela me olha.
— Fala porra! — me agitou pelos ombros.
— Acho que estou grávida. — digo de uma vez e Mari arregalou os olhos ficando mais branca que um papel. — Mari… — ela caiu sentada na tampa do vaso e começou a se abanar.
— Calma, minha pressão baixou. — respirou fundo. — Eu ouvi bem? — me olhou. — G-grávida? — assenti fazendo uma careta preocupada. — Gabrielly meu Deus. — cobriu o rosto.
— Olha, eu já estou nervosa demais, ok? Você não pode ficar também. — digo andando pelo banheiro.
— Como suspeitou? — se levantou e eu olhei ela.
— Já faz uma semana que venho tendo os sintomas, minha menstruação também atrasou. — passei a mão no rosto. — O que eu vou fazer? — digo com a voz chorosa.
— Calma, eu vou na farmácia, me espera aqui. — como se eu tivesse para onde ir.
— Traga quatro. — ela riu fraco e assentiu saindo do banheiro.
Minha barriga roncou logo em seguida e eu mordi o lábio inferior. Só espero não botar tudo isso pra fora também.
Sai do quarto e segui até a cozinha.
Abri aquela geladeira e olhei todas as opções possíveis vendo se algo me trazia vontade de comer. Peguei dois ovos e a manteiga fechando em seguida.
Peguei uma frigideira e fritei os ovos. Procurei o pão de forma nos armários e assim que achei deixei sobre o balcão.
Cortei um abacate e fiz pequenas fatias deixando separado em um prato. Peguei tomate, alface, maionese e fiz um belo de um lanche gordo botando tudo o que me dava vontade.
Mordi aquilo com dificuldade pois havia ficado muito grande e fechei os olhos saboreando tudo. Ok, isso ficou muito bom.
Comi dois daqueles e ainda botei uma lata de refrigerante para dentro.
Por favor, não saia daí.
Dei duas batidas na minha barriga e segui até a pia lavando minhas coisas.
— Está melhor? — me assustei deixando o prato cair no chão fazendo um tremendo barulho após se espatifar em mil pedaços. — Por Deus Gabrielly! — encarei Josh com o coração ainda disparado.
— Me assustou. — digo levando a mão no peito e olhei para o chão.
— Não se mexe! — gritou quando eu ia pular os vidros.
— Sim senhor. — fiquei parada vendo ele seguir até a área de limpeza.
Josh voltou segundos depois com uma vassoura e uma pá. Os vidros foram recolhidos e eu passei com cuidado para o outro lado.
— Obrigada. — digo guardando o resto das coisas na geladeira. Não sabia que ia ser tão estranho voltar a falar com ele assim, diretamente. — E sobre a sua pergunta, estou bem sim, era fome.
— Hm. — murmurou me fazendo olhar ele.
Josh me olhava, mas não era para o meu rosto, e sim para o meu corpo. Não continha o mesmo olhar de antes, que fosse perdido ou de desejo, era como se me analisasse... Aí merda!
— Eu vou indo. — digo saindo da cozinha e ele não fala nada.
Passei correndo e assim que ia subir as escadas, a porta principal abriu me fazendo parar. Mariane passou com uma sacola em mãos e eu chamei desesperada para subir.
A mesma nem discutiu, passou correndo e eu fui logo atrás.
Abri a porta do quarto e bati com força logo pegando a sacola de sua mão.
Mari foi comigo até o banheiro e me ajudou a abrir os testes. Eu estava nervosa demais e minhas mãos pareciam cada vez mais trêmulas.
— Vai, apenas mije neles. — soltei uma risada nervosa pela fala de Mari e me sentei no vaso.
Meu nervosismo estava tão grande que nem mijar eu conseguia. Engraçado, nas últimas semanas eu parecia um chafariz, agora que preciso não sai essa merda.
...
— Ok, agora é só esperar. — disse ela colocando o timer no celular.
Os quatro testes estavam na pia e a gente encarava todos esperando um sinal.
...
Faltando 1 minuto para acabar o tempo, eu peguei um e fiquei encarando…
↝ O resultado aparece no final do gif, só esperar...
Vejo vocês em breve. Votem e comentem 🤍
XOXO - Miih
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