• Capitulo 31 •

"Aprenda a usar algo ao seu favor, querem algo com você? Pois bem, diga algo que seja maior do que isso. — minha mãe dizia olhando em meus olhos.

Talvez não tenha sido uma boa ideia jogar essa bomba assim, acho que deixei a adrenalina me dominar e não me toquei que todos aqui poderiam estar armados.

Meu tempo é curto demais, não sei se o Josh realmente vai nessa festa amanhã, mas não quero arriscar sua morte. Foi um babaca comigo? Foi, mas é como dizem, uma mão lava a outra.

Com todas aquelas armas apontadas para mim, o tal Arthur retirou as duas que estavam em minhas mãos e eu fechei os olhos soltando um suspiro.

— Quer dizer que a boneca não morreu? — Arthur dizia debochado limpando o sangue de sua testa.

— Não meu querido, isso é um holograma. — digo revirando os olhos.

— O quanto me custaria sua cabeça, em? — se aproximou deixando a arma apontada em minha cabeça. — É só puxar isso.

— Não vai valer nada. — digo olhando em seus olhos. — Acredite em mim, tem mais a ganhar comigo viva do que morta. — ele riu.

— Do que sabemos, é a única viva, matar você é ganhar aquilo de mão beijada. — dei risada e afastei a pistola da minha testa.

— Se toca. — digo cruzando os braços. — Primeiro, assim que a notícia chegasse aos ouvidos de Henrique, ele mataria vocês. — apontei para todos ali que se olharam e abaixaram as armas.

— Ele não sabe de você? — assenti e ele riu. — E como está viva?

— Isso não vem ao caso. — digo me aproximando. — Mas irei tomar aquilo de volta, nem que leve a vida toda. — digo firme. — Então eu te asseguro que você ganhará mais comigo viva do que morta.

— Muito bem. — me analisou. — Consegue arranjar um milhão? — dei risada.

— Meu querido, consigo te arranjar três. — ele arregalou os olhos e todos ali começaram os cochichos. — É só me dar o número da sua conta, caso não tenha, eu mesma entrego o dinheiro.

— Devo confiar em você? — soltei uma risada debochada.

— Eu devo confiar em você? — retruco sua pergunta e ele abre um pequeno sorriso.

Estiquei minha mão pedindo um acordo e ele ficou encarando ela. Após olhar em volta, seu olhar voltou para minha mão e ele apertou firme me fazendo sorrir.

— Mas preciso que me ajudem antes. — digo soltando minha mão.

— A festa? — assenti. — O que quer de lá?

— Provavelmente vão pegar algo que me pertence, então, só irei tomar de volta. — sorri. — Consegue me dar a certeza de que o Beauchamp estará lá?

— Ele vai. — encarei o magrelo que veio ao lado. — Muitas pessoas importantes vão estar lá, ouvimos a conversa de que ele iria.

Agora não sei o que passa na cabeça daquele ser. Achei que ele iria por estar noivo, será que mesmo ouvindo aquilo ele seguiu? Porque resolveu vir atrás de mim no dia?

Se meu coração fosse totalmente de pedra eu deixava ele se ferrar!

Agora, como eu faço isso?

— Sabem o local? — pergunto e ele assente. — Temos menos de 24h para estudar um local. — digo andando.

— Se seu objetivo é armar uma zona, não precisa estudar. — encarei Arthur.

— Vai ter gente armada. — levei a unha do polegar na boca.

Foda é que não sei o que planejam e não sei como vão agir, não tenho nem ideia de como começar a pensar nisso.

Eu poderia simplesmente sair daqui e ir avisar todos sobre a armadilha, mas qual seria a graça? E se Josh realmente ouviu aquilo, e resolveu ir… algo deve ter, eu espero que tenha!

Me sentei em uma mesa e Arthur veio comigo. Seu amigo — que agora eu sabia o nome, e era Mike — me disse que é ótimo em arrombar portas, cheguei a cogitar que isso seria realmente bom.

Descobri que aqui é zona de gangue, dos Black Wolf, e que inclusive os dois faziam parte de uma, os Serpent. Porém se alocaram no sul e eles resolveram ficar, isso é ainda melhor. Arthur me disse que conhece bastante gente que pode ajudar, mas que vão cobrar um preço alto por ser o Beauchamp. Como sempre, eu disse que dinheiro não era problema.

Com nosso plano em estudo, o que eu espero levar com tudo isso é a notícia de que a herdeira está viva. Sim, serei louca a esse ponto e esse é só o início de tudo.

Arthur me assegurou que não teria fotos no local, já que era uma armadilha não podia ter testemunhas, o que é ainda melhor para mim, ainda bem que trouxe o vestido.

Passamos a noite assim e Arthur foi em busca de pessoas para ajudar no plano. Não é nada muito demorado, eu espero chegar lá e Josh não ter levado um tiro.


(Dia seguinte)

17h em ponto e eu logo olhei o beco. Uma mão me chamou e eu atravessei a rua correndo entrando discretamente nele.

— Todas aí. — Arthur disse abrindo a bolsa e eu olhei ela repleta de armas falsas.

— Tem certeza de que vão conseguir trocar? — ele riu fechando a bolsa. — Olha aqui, eu não estou afim de levar um tiro hoje.

— Confie em mim Gabrielly, ninguém nem vai ver. — estreitei os olhos. — Não se esqueça, a festa começa às 20h, iremos agora arrumar tudo e Mike virá te buscar. — assenti.

— Qualquer coisa me avisa. — ele colocou a mala no carro e fechou.

— Sim chefe. — piscou e eu ri revirando os olhos.

Ontem no meio de tantas conversas de planos, ele chegou a comentar que queria fazer parte da zona toda quando eu fosse tomar o território, devo admitir que ele me deu bons conselhos.

Posso estar sendo muito louca com isso, mas com aquele pouco que conversamos senti que poderia confiar, se eu quebrar a cara paciência, espero não morrer com meu erro.

Me toquei de que tinha que me arrumar e corri até o lugar onde estava hospedada.

Subi aquelas escadas correndo já que o elevador estava parado na puta que pariu e notei a diferença ao não me cansar, é, os treinamentos valeram a pena.

Fechei a porta e corri até minha mochila. Retirei o vestido de dentro e deixei esticado na cama.

Tomei meu banho rapidamente e fui tentar dar um jeito no cabelo. Passei um creme escovando com os dedos e depois apertei um pouco mais com a toalha.

Olhei minha mesinha e ainda não acredito que gastei dinheiro com essa baboseira de maquiagem.

Um brilho nas pálpebras, um delineado que custei a acertar, um rímel na medida certa, um acerto na sobrancelha, uma base bem passada e um batom vermelho que me deixou extremamente sexy. É, os anos lhe fizeram bem Gabrielly.

Olhei a hora e coloquei o vestido que caiu como uma luva. Ou aquele cara é bom em chute, ou ele realmente reparou muito no meu corpo.

Coloquei os saltos, ajeitei o decote e me olhei no espelho.

— Porra. — digo rindo. — Linda demais para salvar um babaca. — resmungo e pego meu coldre.

Levantei o vestido e ajeitei na minha coxa, coloquei a pistola ali e me olhei novamente. Ok, sem marcas.

Peguei meu celular, um pacote de batata chips e saí correndo em direção ao bar. Como eu não cai com esses saltos? É um mistério também.

Atravessei a rua que já estava escura e adentrei o bar.

— Pelo amor de Deus, me vê um whisky. — digo para o moço do bar que riu indo pegar.

Mike ainda ia demorar e eu estava nervosa demais para esperar sem fazer nada. Abri meu pacote de batata e comi lentamente rezando para essa hora passar logo.

Cinco minutos faltando e eu nem passei da metade de uma garrafa, parei porque Marcos — o dono do bar — me disse que eu não ia conseguir atirar bêbada, eu quis rir na cara dele, mas fazer o quê?

A porta do local abriu e eu vi Mike com um terno, não vou negar, queria rir muito pois estava engraçado.

— Nossa, mas você está um pedaço de mal caminho. — disse vindo na minha direção e me deu uma pequena bolsa.

— Não faz eu te bater. — abri e vi que dentro tinha uma máscara de gato. — Isso? — levantei confusa.

— Nossa entrada com estilo. — abri a boca confusa mas não disse nada. — Agora vamos, sua carruagem lhe aguarda. — dei risada e ele me estendeu o braço.

Seja o que Deus quiser.

Respirei fundo e seguimos para a porta. Ao passar para o lado de fora olhei em volta e fiquei confusa...

— Cadê o carro? — pergunto olhando ele.

— Aqui princesa. — apontou para o lado e eu pisquei várias vezes para ver se eu não estava sonhando.

— Uma Kombi? — ele se aproximou e abriu a porta de correr.

— O nome dela é Judite, está um pouco acabada, mas ela ainda funciona. — esticou a mão para eu entrar.

— Onde eu me meti? — resmungo entrando. — Se chegarmos lá será um milagre. — digo e ele entrou se sentando ao meu lado.

— Bora Jhon, hoje tem uma inauguração. — bateu no vidro e o carro saiu.

É rir para não chorar.

↝ E vamos de lacre... Eu acho KKKKK.

Essa é a máscara da gata...

Esse é o nosso querido... Arthur (um puta de um gosto, nem guindaste minha filha...)

E é assim que eu quero que vcs imaginem o Mike...

Novamente, não tenho a intenção de ofender nada e nem ninguém. Isso é apenas uma história para total entretenimento. Não levem brincadeiras a sério e se estiverem desconfortáveis com algo, podem me chamar no pv :)

Vejo vocês em breve. Votem e comentem 🤍

XOXO - Miih

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