Cαթí́Եմlօ 25 + Bօ̂ղմs
"Eu vou gritar como um pássaro livre
Agora que eu voo, acerto as notas altas
Eu tenho voz, tenho voz, me escute rugir a noite
Você gritou pra que eu me calasse
Mas eu revidei cantando mais alto."
Desde quando Luna e Laura nasceram eu pude perceber, a grande diferença entre as duas, na personalidade, por que na aparência, elas são idênticas.
Engraçado que, a cara é de uma e o focinho é da outra. Confesso que isso me deu uma baita dor de cabeça, por que eu não conseguia lembrar, quem era quem inicialmente. Tive que por aqueles bodyrs com os nomes, mas isso não acontecia sempre, imagina se Giovanna iria deixar as nossas filhas usaram só esses tipos de roupas para que eu possa identifica-las? Não, né?
Então então, eu tinha que me virar!
Já Giovanna, ela sempre conseguiu as reconhecerem de longe, talvez seja os instintos maternais, não é? Enfim!
A medida que elas foram crescendo, essa diferença de personalidade, só fez ficar bem mais nítida, pois todos puderam notar que a Luna sempre foi mais reservada, ela nunca foi uma menina transparente e a maioria das vezes, não gostava interagir.
Ela gostava de apreciar o silêncio! E isso é interessante, acho que eu tenho esse lado também, só que, apenas de vês em quando, afinal eu sou bem mais extrovertido, até bem mais que
o meu irmão, o Luca, como vocês já devem saber.
Eu até brincava, dizia que ela parecia com ele, nessa questão de ser bem mais séria, e Laura parecia comigo, por conta dessas brincadeiras, por que ela é bem engraçada mesmo.
Entretanto, as duas tem as suas qualidades e os seus defeitos.
Por isso eu sempre afirmo, que Luna é bem diferente da Laura, que sempre foi uma pessoa espontânea, e muito transparente, talvez muito tagarela? Sim, talvez, mas amorosa, já a Luna, eu notava que ela tinha, ainda tem muita dificuldade em expressar seus sentimentos.
Quando elas tinham uns 4 ou 5 anos, eu e Giovanna, nós sempre tínhamos uma certa dificuldade de entender a Luna, a maioria das vezes, nós não conseguíamos saber o que ela estava sentindo. Devido a essa dificuldade de se expressar.
Isso me deixava muito preocupado!
Quando elas começaram a estudar, eu notava que havia alguma coisa de errado com ela, e eu me culpo perante a isso, até os dias de hoje. Por que, eu deveria ter corrido atrás, eu deveria ter insistido mais vezes para que ela fosse se cuida psicologicamente, eu deveria ter marcado em cima, esse era o meu papel, eu falhei com ela.
Talvez isso sejá compreensível, com o fato que ela acabara de dizer, que faz parte de uma organização secreta de assassinos sanguinários.
Ainda sentado na minha cadeira de escritório, na frente da minha filha, da minha Luna, tento ainda processar o que ela acaba de me revelar. Eu não consigo esconder o choque, o espanto, e a decepção extrema que está nítida nos meus olhos, a incredulidade que está estampada na minha face.
— Depois da morte da Jéssica, eu senti tanta raiva, que uma revolta cesceu dentro de mim, o sentimento de frustração e imponência me fez ter a pior ideia de entrar no exército.
Fico calado, escutando cada palavra que ela diz, por mais dolosas que elas sejam.
— Hoje eu sei, que lá nunca foi lugar para mim, lá era muito pior do que o colégio e a faculdade, quando eu sofri os bullyings.
— Não foi por falta de aviso...
— Verdade..o senhor foi o que mais me avisou. Lá no exército eu quase sofri abuso coletivo, mas o Dante me ajudou...
— Quem é esse Dante?
— Ex capitão, e ex agente secreto..ele me fez prometer lealdade, pelo fato de ter me salvado, mas..ele queria que eu participasse dessa organização, e foi assim que eu me tornei uma assassina profissional.
Como ela pôde, se envolver com esse tipo de gente? Eles são assassinos de aluguel, pessoas que não tem nenhum escrúpulo. Que matam por dinheiro, ela não precisa disso, ela sempre teve tudo, eu sempre dei tudo a ela.
E mesmo sabendo o que ela já passou, com aos bullyings, em sua infância, ainda sim, eu não consigo entender, o por que dela ter optado em seguir por esse caminho, juro por Deus que eu só quero entender, mas..não dá! Isso não entra na minha cabeça, de maneira alguma.
— Meu Deus! Eu ainda não quero acreditar, que isso é verdade, minha filha! — digo com a voz embargada, devido a vontade de chorar.
Então, eu me levanto da cadeira, e me fasto dela, começo a andar de um lado para o outro, feito um leão enjaulado.
— Pai..— ouço sua voz doce, e um pouco rouca, por que ela também quer chorar.
Com isso, a úncia coisa que eu só consigo imaginar, é que eu realmente falhei como pai, eu não soube ser um pai compreensível e atencioso com ela o suficiente. Talvez tudo isso seja culpa minha.
Paro de andar e a vejo agora em pé, próxima a mim, levo as mãos no rosto e começo a chorar, eu choro para ver se consigo eliminar toda essa dor que está acabando comigo. Em seguida, eu tiro as mãos que estavam cobrindo o rosto e olho pra ela.
Luna abaixa a cabeça e leva uma mão na boca, tentando abafar o seu choro.
Já eu, passo as minhas mãos no rosto, tentando enxugar minhas lágrimas e olho para ela novamente. Porém, as mesmas não querem me abandonar, pois meus olhos se enchem de novo.
— Diz que é mentira, minha filha..diz que isso é só uma brincadeira — peço deixando as lágrimas banharem a minha face.
Luna não diz nada, ela simplesmente continua de cabeça baixa, chorando, pois eu posso ouvir seus soluços. Eu confesso que não estou tão impactado com isso, pelo simples fato de já está desconfiado a muito tempo.
Mas, ouvir da sua própria boca, me fez sentir uma dor no peito muito maior. Estou desapontado e frustrado, por que eu deveria ter insistido, para que ela se cuidasse, eu não deveria ter deixado ela ir para o exército, se eu não tivesse deixado, ela não teria ido para esse caminho, meu Deus!
— Como pôde se tornar esse tipo de gente, Luna? Como pôde fazer esse tipo de coisa com nossa família? Comigo? — digo com a voz trêmula.
— Eu errei, eu sei pai — Luna diz ainda chorando — mas..eu só queria tirar de mim toda essa dor, toda essa fúria, que o bullying me causou, eu só queria arrumar uma maneira de punir as pessoas..
— VOCÊ POR ACASO TEM NOÇÃO DO QUE FEZ DA SUA VIDA? — esbravejo perdendo o controle.
— Sei a gravidade da situação..
— Você perdeu a honra, quando trouxe a morte até minha casa, Luna — digo extremamente decepcionado.
— Eu te desapontei, eu sei, e sei que não tenho direito algum de te pedir isso, mas me perdoa pai — pede em suplica, com um semblante muito triste.
Eu sempre fui um pai muito contido, pois era muito raro gritar com ela ou com a irmã, bem diferente do Luca, que sempre foi pavio curto, igual a Luísa também. Mas..agora, sabendo o que ela fez, eu sinto algo dentro de mim, que está me fazendo perder esse total controle, eu sinto fortemente uma vontade de da uma surra nela.
Por que, ser uma assassina, é ser o exemplo de decepção para a família. Eu queria muito descarregar minha raiva nela, mas no que vai adiantar? Eu bater, xingar, me descabelar, e ela simplesmente não sair dessa vida?
Não vai adiantar absolutamente nada, por que a merda já está feita, o caos já foi espalhado.
Eu só preciso arrumar uma maneira de faze-la sair dessa vida e abrir o jogo para todos, para podermos ir atrás de justiça, contra essas pessoas.
Querendo ou não, Luna vai ter que dizer tudo sobre eles.
— Pai, diz alguma coisa..pode me bater, me xingar, faz tudo que eu mereço agora, só faz alguma coisa — Luna pede com a voz embargada e um pouco desesperada.
Eu quero enxergar que quem está diante de mim, é uma assassina, que tira vidas de pessoas tanto inocentes quanto de corruptos e milicianos, mas eu olho para ela e só consigo ver, uma menina quebrada por dentro, que dês de muito cedo, teve que aprender a se defender dos abusos mentais, e dos insultos contra si, que afetou com gravidade seu psicológico.
Eu só consigo enxergar, o que sobrou dela..meu Deus! O que fizeram com a minha menina? O quão minha Luna foi quebrada?
— Meu Deus do céu, Luna..o que você fez da sua vida, minha filha? Você não poderia procurar alguma ajuda? A sua prima, Maya..ela é psicologa, quantas vezes eu e a sua mãe tentamos fazer com que você fosse se cuidar com ela, hein? Quantas vezes Luna?
— Eu sei, foram muitas, eu estraguei tudo pai..eu sou uma vergonha para nossa família.
Ouvir suas palavras, fez com que meu coração batesse descompassado, ela está com remorso, eu sinto isso. Mas, eu sinto que também falhei com ela, como havia dito anteriormente.
— Não, não filha, eu falhei com você, meu Deus! Eu falhei com você — digo desesperado e tento me apoiar na mesa, pois sinto minhas pernas fraquejarem.
Com isso, Luna vem até mim com pressa e me ampara, olho para ela, ainda chorando, e toco em seu rosto, ela fecha os olhos sentindo meu toque e meu carinho por alguns instantes, mas logo volta a abrir os olhos e me encara fixamente.
— Pai, olha para mim, não pense, nem por um segundo, que o senhor falhou comigo, por que o senhor, segurou a minha mão quando eu mais precisei, mesmo eu tentando afasta-lo.
— Como não falhei com você? Olha só para você minha filha, olha para o que você se tornou, eu...
— Pai..para..— tento dizer, mas ela me corta e segura meu rosto com as duas mãos.
Luna me faz olhar no fundo dos seus olhos verdes cintilantes, assim como os da mãe.
— Presta atenção, o senhor é o único que inspira o bem que ainda há em mim — diz me surpreendendo — se lá no fundo, eu ainda consigo ter um pouco de sentimento, é por sua causa e pela nossa família.
— Eu falhei sim, eu falhei como pai — digo chorando e abaixo a cabeça.
Mas, não fico assim por muito tempo, pois Luna erme meu rosto mais uma vez, me fazendo olhar em seus olhos de novo.
— O senhor não falhou, o senhor me criou, e me ensinou tudo que eu sei, me ensinou que eu não posso aceitar ser fraca, mesmo que os inimigos sejam bem mais fortes. Eu sinto orgulho de ser sua filha, mas sinto muito por ter te desapontado — diz cada palavra com convicção e firmeza.
— Ah filha, eu sinto tanto, por você ter passado por todo esse tormento.
— Ei, não sinta, o senhor me ensinou a ser forte, esqueceu?
Nesse momento, foi como se a minha mente se desviasse da realidade, e me transporta-se para um momento que me fez sentir na pele o que ela sofreu.
***
Era uma manhã chuvosa, de uma segunda feira, Luna e Laura haviam ido para seu primeiro dia de aula na escolinha nova, Sheyla, nossa empregada, havia levado elas e eu fiquei trabalhando no escritório, enquanto Giovanna foi para o restaurante, trabalhar com Naty e Lu.
Mas quando as horas se passaram, eu dei um tempinho do trabalho e segui até a sala, quando de repente, eu vejo Sheyla entrando com as minhas gêmeas, elas estão tão lindas com a farda amarela da escola.
— Papai! — Laura diz com um sorriso largo, porém posso notar que as duas não estão muito animadas.
— Oi meus amores, como foram no primeiro dia de aula? — pergunto com um sorriso afetuoso e abro os braços para que elas venham me dá um abraço de urso.
Mas a única que corre até meus braços é Laura, Luna continua ali, parada nos observando. Nesta época, elas tinha uns 6 ou 7 anos de idade. Laura chega até mim, e eu olho para Luna, sem entender o motivo dela não querer vim me abraçar.
Ela é um pouco diferente, usa óculos de grau, por que a oftalmologista disse que ela precisa usar até um certo tempo, devido a uma complicação em sua visão, ela tinha isso desde quando nasceu. Laura não teve nada, por isso ela não precisou usar.
— Luna? Vem cá filha, vem da um abraço no papai..— a chamo, para dar o mesmo carinho que sempre divido para as duas.
Mas ela não vem, simplesmente sai correndo com sua mochila nas costas e sobe as escadas indo certamente para o seu quarto.
Com isso, eu já me sinto preocupado, pois essa atitude dela, foi muito estranha. Então eu olho para Laura confuso e a vejo com um olhar triste.
— Filha, conta para o Papai como foi na escolinha..
—Ah pai, foi bom..só não foi tão legal por que uns meninos feios xingaram a Luna — Laura diz mexendo nos botões da minha camisa social azul.
— Xingaram? E vocês foram falar com a diretora? Por que não me ligaram?
— Luna não quis, preferiu ficar trancada no banheiro.
— Certo, vou lá falar com sua irmã, vai tomar um banho e trocar de roupa.
Ela assente e sobe as escadas correndo. Fico parado pensando no que minha menina sofreu. Então, em seguida, eu sigo até o quarto de Luna e a vejo deitada na cama, assistindo desenho.
— Filha? Posso entrar?
— Pode..
Caminho até ela e sento ao seu lado, acarinho seu rosto e coloco uma mexe dos seus cabelos atrás da sua orelha.
— Quer conta para o papai, o que aconteceu na escola?
Ele se deitou no meu colo a eu comecei a fazer cafune em sua cabeça, depois Luna quebrou o silêncio e contou tudo.
— Filha, quero que saiba, que seu pai está aquí, tá bom?
— Tá bom!
Na manhã seguinte, eu levei as duas na escola e conversei com a diretora. Mas, Luna não aguentou ficar lá, eles pararam de insulta-la por uns dias depois começaram tudo de novo. E eu? Bom..eu tive que trocar ela de escola, Laura quis sair também, por que se sentia mal pela irmã.
***
Volto a realidade, quando sinto Luna pega na minha mão e por no seu peito bem em cima do seu coração. Então, eu ergo o olhar para ela e a vejo ainda com os olhos cheios de lágrimas, eles também estão um pouco vermelhos, por conta do choro incessante.
— Pai, eu posso ter me tornado a pessoa mais errada do mundo, mas eu te amo e daria minha vida por você. Na verdade, eu daria a minha vida pela nossa família inteira — diz me olhando fixamente, para que eu veja sua sinceridade.
Tudo bem, pode parecer loucura, mas eu posso ver e sentir, que ela não está mentindo, talvez seja por que eu sou seu pai, mas eu estou conseguindo ver que bem lá no fundo, ela esta sendo sincera e que ainda há esperança para ela.
— Eu sei filha. Eu sei..também te amo muito, mas ainda não consigo digerir isso. Uma assassina Luna? — digo com as sombrancelhas juntas, e ela torce os lábios, com expressão triste.
— É, eu sei que isso é uma decepção para o senhor, mas eu juro por Deus, que não vou mais fazer essas coisas — diz extremamente decidida.
Enxugo minhas lágrimas e tento afastar essa tristeza que está pairando sob as nossas cabeças, odeio esse tipo de sentimento. Então, eu deixo um sorriso torto se formar em meus lábios olho para minha menina.
— Garota, se você jura por Deus, mas mesmo assim voltar a fazer tipo de coisas eu vou...
— Pai, confia em mim, por favor, eu não vou mais fazer essas coisas, eu te prometo — Luna diz firme, não me deixando completar a frase.
Tento fazer um semblante mais suave, para que ela se sinta melhor.
— Sei..por que se fizer, vou te dá uma surra de gato morto que você nunca mais vai esquecer — brinco tentando ser sério, mas ela começa a rir.
Por mais fechada que ela seja, ela nunca consegue deixar de sorrir, com alguma piada que eu faço.
— Aí pai, só o senhor, para me fazer rir, em um momento como esse — diz sorrindo e me abraça.
Nós ficamos abraçados por longos minutos, sentindo o carinho um do outro, mas nos afastamos, quando vejo a porta do escritório ser aberta, em seguida, Giovanna entra, ela está com a expressão muito preocupada, e com isso, nos transmitiu um olhar indecifrável.
— Vocês estão bem? Eu escutei vocês discutindo..
— Não estamos discutindo, mãe..mas peço que a senhora sente no sofá, eu preciso contar uma coisa muito importante.
Em virtude do que Luna disse, minha esposa entra de uma vez no escritório e senta-se no sofá, Luna caminha até ela e se agacha entre suas pernas, toca em suas mãos e entrelaça seus dedos nos dela. Então, começa a contar tudo a mãe, não precisou muito tempo, para Giovanna entrar em desespero e começar a chorar, sento ao lado dela e aprecio, pela primeira vez, em anos, Luna finalmente abrir seu coração.
Sinto que isso deixou minha esposa muito impactada, mas também vejo o alívio nos olhos de Luna. Após alguns minutos de consolo, Luna consegue acalmar a mãe.
— A senhora me odeia, não é mãe? — pergunta cabisbaixa.
— Como posso odiar alguém que amei desde quando veio ao mundo?
— Obrigada, por tudo!
— Nos te amamos filha, você sempre vai ser a nossa Luna — Giovanna diz chorando e a puxa para um abraço.
As duas ficam abraçadas por um longo período, sentindo o amor entre mãe e filha. E eu já estou como? Que nem uma manteiga derretida, mais que porra! Pareço um bebê chorão.
Em seguida, eu me afasto das duas e deixo-as conversando, o pego meu celular e mando mensagem para aqueles que me ajuda quando mais preciso. Peço para que venham até aqui. Em seguida, olho para meus dois tesouros, minha mulher e a minha filha.
— Filha, você precisa contar tudo que sabe sobre essa organização, eu e seus tios precisamos saber tudo sobre eles.
Luna suspira profundamente e assente.
— Okay, contarei tudo que precisar, só não contei antes, por que temia pela vida de vocês.
— Bom, já mandei mensagem para Luca e Gustavo, eles vão saber o que fazer, daqui para frente. Com isso, você já deve saber que vai precisar de um advogado, querendo ou não, você teve participação nessa organização.
— Verdade, eu não vou fugir das minhas responsabilidades, pode ficar tranquilo. Se o tio Gustavo e Gael tiverem até me prender, eu não vou fugir.
— Aí meu Deus! Eu não quero minha filha na cadeia Liam — Giovanna diz agora desesperada.
— Mãe, não fica assim, vai ficar tudo bem, tá? — diz confortando a mãe.
— Quem mais sabia disso Luna?
— Só Laura..
— Eu não acredito que a desmiolada da sua irmã já sabia disso e não nos contou.
— Calma pai, não tem muito tempo que ela descobriu tudo, ela descobriu tudo hoje.
— Ah entendi! Então hoje é o o dia da descoberta..
— E de tirar o peso das minhas costas.
— De certo que sim..
Rapidamente, um estalo ecoar em minha cabeça, e me faz pensar, será que o arebaba já sabe o que Luna faz? Afinal, eles eram namorados
— Luna, o Zayn sabe de tudo?
— Ainda não, nem ele e nem o Kalil, eu não tive coragem de contar, mas eu vou contar. Só preciso me preparar para perder o Zay para sempre — diz receosa e deixa uma lágrima escapar.
E pela primeira vez, pude perceber o quão Luna ama esse rapaz. Ela o ama de verdade.
— Por mais que eu tenha meu ciúmes de pai, eu sei que ele é um bom rapaz, e se te ama de verdade, vai ficar do seu lado — digo firme.
— Seu pai tem razão, filha — diz Giovana e Luna assente um pouco cabisbaixa.
— Ah, eu queria dizer uma coisa, o Zay e o Kal estão correndo perigo, essa organização, foi contrata por alguém que quer vê-los mortos, eu recebi esse trabalho, e foi aí que minha ficha caiu que não poderia mais fazer essas coisas. Não teria coragem.
— Meu Deus Luna, eu imagino, você não faria isso com pessoas que tem sentimento.
— Sim, eu só não entendo, por que eles eram os alvos, se a OS só matam corruptos e milicianos..por isso que eu estou desconfiada do tio do Zayn e do Kal, ele pode ter contrato o Dante para matar os dois. Só que quando pus Dante contra parede, ele não disse absolutamente nada — ela diz com um olhar perdido.
Na verdade, ela está totalmente perdida e alheia a tudo que essa organização faz de verdade.
— Bom, eu devo afirmar, que você está extremamente enganada sobre essa OS e esse Dante, filha. Você foi manipulada miseravelmente por eles.
— Como assim pai? — ela diz confusa.
Eu vou até a minha mesa e pego uma pasta preta, a entrego e a vejo abrir abro. Em seguida, ela começa a ler de forma atenta e logo vejo seus olhos verdes como esmeraldas, assim como os da mãe, se sobressaltam, pela sua expressão, ela não sabia com quem de fato havia de metido.
Pois ali, naquele papel, está escrito, que a OS não matam apenas pessoas corruptas e melicianos, os assassinos matam quem quiseram contratar seus serviços. Ou seja, Luna matou pessoas inocentes e não sabia. Meu Deus do céu, minha filha tem sangue nas mãos.
— Eu não acredito que o Dante e a OS me enganaram desse jeito, como eu fui burra, meu Deus! Como eu fui burra..— Luna diz com raiva e coloca as mãos na cabeça.
Começa a andar de um lado para o outro.
— Calma filha, você foi inocente eles te manipularam...
— Por isso ele estava com medo que eu saísse da organização, e me fez terminar com o Zayn, quando eu falei que não iria matá-lo — diz ainda andando pela sala, e passa as mãos nos cabelos, os jogando para trás.
— Por que eles estavam com medo de você descobrir tudo — digo já entendo tudo.
— Pior de tudo, é que, a essa altura, Dante já deve está sabendo que não vou mais participar dos esquemas deles, eu comprei uma briga gigante com eles, com certeza eles vem atrás de mim. Eu tenho medo dos meninos morrerem pai..— Luna diz com os olhos cheios de lágrimas novamente.
Dou um suspiro e vou até ela, a puxo para um abraço e sento seu corpo trêmulo.
— Olha só Luna, eu não vou deixar que essa organização e esse tio deles os peguem ouviu? E não vou deixar que peguem você também, por que a sua vida e a deles, importam para mim — digo com carinho e ouço ela da um sorriso nasal, acariciando as minhas costas.
— Eu sei meu amor, obrigada por tudo! — diz ao se afastar.
Em sequência, Luna conta tudo sobre a organização, diz sobre a forma que eles atuam e onde estão localizados, até que de repente, meu irmão Luca e Gustavo entram no escritório, os dois cumprimentam todos nós e se sentam, em seguida, Giovanna da um beijo na Luna, e deixa nos quatro sozinhos.
Luna da um longo suspiro e começa a abrir o jogo, a cara de incredulidade de Gustavo e Luca não teve preço, se não fosse um momento tão difícil, eu daria muita risada da cara de pateta dos dois.
— Bom, eu devo dizer que você foi uma irresponsável, Luna — Diz Gustavo nervoso.
— Santo Deus, Luna! Se não fosse minha sobrinha, e uma pessoa que amo muito, eu juro que já teria estourado seus miolos — Luca diz me fazendo arregalar os olhos.
— Quer parar de meter medo na garota, o seu bastardo? — digo bravo.
— Que medo, o que! Olha para essa menina Liam, acha que ela tem medo de alguém?
— Não acredito que vocês vão discutir o que a garota está sentindo, na frente dela — Gustavo diz revirando os olhos e Luna começa a rir.
— Aí Jesus, será que dá para os três pararem de brigar ? — Luna pede sorrindo.
— NÃO! — nós três diz ao mesmo tempo e ele rir mais ainda.
Por conseguinte, depois da discussão idiota de nós três, Luna conta sobre esse tal Dante para o meu irmão e para meu cunhado, só que ouvir esse nome, minha vontade é de ir atrás dele e matá-lo com as minhas próprias mãos.
Mas com certeza, esse dia vai chegar, eu vou matá-lo, vou matá-lo pelo que ele fez com a minha filha, e pelo que ele a transformou.
Saio dos meus devaneios quando ouço Luna dizer..
— Vocês não estão bravos comigo? — pergunta vendo Luca pegar um copo de whisky, ele da para Gustavo, para ela e um para mim.
— Tecnicamente estamos..mas Luna, família é muito mais do que um laço sanguíneo, você lembra do nosso lema? — Luca diz pegando a garrafa e pondo o líquido nos nossos copos.
— Família é tudo! — ela diz com um sorriso no canto dos lábio.
— Isso, família é tudo — Gustavo diz erguendo o copo de whiskey.
***
O restante do dia, foi bem estranho, talvez pelo fato que Luna acabara de nos revelar, mas acho que vamos dar conta, o que não vamos deixar é que essa quadrilha de merda se aproxime dela, da nossa família e dos irmãos árabes. Por mais que eu tenha ciúmes da mente pervertida que aqueles infelizes tenham, sob as minhas filhas, eu não quero que nada aconteça com eles.
Luna ficou prestando depoimento ao Gustavo e Gael, que chegou pelo fim da tarde com as trigêmeas e Gabriela. E claro que Gael surtou, só faltou voar no pescoço da Luna, ele esbravejou com ela, mas no final das contas, disse que a ama e que isso é o que mais importa.
Graças aos céus, Luna concordou em fazer um tratamento psicológico com Maya, Miguel chorou muito, porém, não deixou de demonstra todo seus apoio. Ele preferiu não aparecer, ela conversou tudo por telefone, por que ele estava em Platão no hospital.
Também, as tias de Luna, Natália e Luísa apareceram, disseram que vão fazer até o impossível para ajudar. Temi que elas virassem as costas, mas não..todos se mostraram presentes para ajudar. Em seguida, todos foram embora, menos Luna, que ficou com a gente a pedido meu e da Giovanna.
Agora, estamos sentados no sofá da sala, Laura já havia chegado e está deitada no colo da Luna, e com as pernas apoiadas no colo de Giovanna.
— Bom, já que Luna contou tudo, eu posso da uma opinião? — diz Laura pensativa.
— Desde que não seja asneira! — respondo sentado na minha poltrona Tailandesa do outro lado da sala.
— Vocês não acham que o Zayn e o Kalil estão correndo perigo lá, naquele apartamento sozinhos? — Laura diz sujestivamente.
— Óbvio que não, contratei dois seguranças para protegê-los — Luna responde fazendo cafune nela.
Olho para Giovanna receosamente, por que se ela está surgerindo o que eu estou pensando, ela pode tirar o cavalinho dela da chuva.
— Tá, mas se o tio deles mandar essa organização até lá, acha que aqueles dois seguranças vão dar conta Luna? — ela ergue a cabeça na direção da irmã, que me olha dando de ombros.
— O que quer dizer com isso, Laura ? — diz Giovanna segurando o sorriso, ela sabe exatamente o que ela quer dizer, sinto isso.
— Quero dizer que, seria mais seguro eles ficarem aqui..
Puta merda! Nesse momento, começo a rir do que Laura acabara de dizer, mas estou rindo de nervoso.
— Você só pode está brincando comigo, ótima piada! — digo ainda rindo.
— É sério pai! — Luna diz pensativa..
— Não? Não é brincadeira? — digo deixando meu sorriso morrer...
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Oi amores, o que acharam desse capítulo? Liam e toda a família Mancini são uns amores, não é? Mas como será que o Zayn vai reagir?
Beijos no ❤️✨
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