Cαթí́Եմlօ 2

"Encontro-me de volta no mesmo lugar
Eu pensei que tinha deixado
Ouvi quando disse
Há uma fonte de energia e é certo dentro de mim
Mas onde e quando a chave é
Onde e quando é a chave."

Por mais que eu tente puxar o ar para os meus pulmões, eu não consigo, pois está muito difícil, devido ao susto que acabo de levar, com a triste notícia que Azyra acabara de dizer.

— Por Alláh Azyra, como uma desgraça dessas pôde acontecer? — boto as mãos na cabeça, em sinal de preocupação e desespero.

Lágrimas começam a banhar minha face, assim como a de Azyra, que ainda está em prantos.

— Eles saíram, seus pais foram resolver alguma coisa após a ida de Amistazy e seus pais, agora na volta, parece que um carro bateu no deles e...eu não sei direito..

— Meu Deus! Vou chamar o Zayn, vai ligando para os homens do meu baba para descobrir alguma notícia. Yallah! — digo nervoso, sigo correndo para a escada e subo os degraus.

— Tá certo, irei agora mesmo, Oh céus, Bismillah! — ouço dizer chorando, enquanto ainda estou a subir os degraus.

Bismillah significa "Deus ajude". E eu espero que Alláh nos ajude mesmo, por que eu não consigo nem por um momento aceitar a possibilidade de perder meus pais.

— Zayn, Zayn! — o chamo de forma inesperada antes de chegar na porta do seu quarto e logo o vejo sair do mesmo com uma cara de confuso.

— Rápido, precisamos ir para o hospital.

— O que? Como assim ir para o hospital? — diz preocupado e vem em minha direção.

— Vamos, Yallah! — digo nervoso e o puxo pelo braço para que me acompanhe.

— Da para explicar ?

— No caminho eu explico.

Seguimos para a escada e com alguns passos descemos a mesma, ao chegar na sala, ainda vemos Azyra nervosa, Zayn pergunta o que aconteceu e ela diz tudo que havia me dito e também diz que os seguranças a informou que nossos pais estão no hospital Beirute, um dos melhores do nosso país.

Com isso, nos vamos para a garagem e logo um dos seguranças já estão ao nosso aguardo, entramos no carro e vimos Azyra bater no vidro. Abaixo o mesmo e ela se aproxima.

— Meninos, me deem noticias.

— Haq! — digo a encarando. (certo)

Ela segue para dentro e logo Zayn diz para o segurança ir o mais rápido possível para o hospital Beirute.

***

Ao chegarmos lá, nós seguimos para a recepção e demos todos os nossos documentos, a recepcionista nos informa que nosso baba e nossa 'Umi estão em um procedimento delicado, olho para o meu irmão e o vejo com a expressão visivelmente abalada.

— Obrigada! — digo tentando conter minhas lágrimas.

Logo vejo meu irmão se afastar de forma desolada, ele segue para a uma das pilastra do outro lado da sala. Em seguida, ele se encosta na mesma e fecha os olhos com força, tentando conter o choro.

— De nada, podem aguardar na outra sala da recepção, irei agora mesmo informar ao médico que vocês já estão aguardando por notícias.

— Haq! Obrigada! — digo limpando minhas lágrimas.

Sigo até meu irmão e o abraço forte, ele encosta a cabeça em meu ombro e logo percebo que ele chora, chora como nunca havia chorado em toda sua vida. São nosso pais, são nossa família que agora está correndo risco de vida.

— Não podemosperde-los, Kalil! — Zayn diz com a voz embargada, devido o choro.

— Não vamos irmão, não vamos! — digo afagando suas costas.

Ainda abraçados, sinto Zayn dá um suspiro, em seguida, ele se afasta e limpa suas lágrimas. Toco em seu ombro e o conduzo até a outra sala de recepção, para aguardamos notícias.

***

Horas depois...

Eu e meu irmão, estamos sentados no sofá, da sala de espera do hospital, ele
esta ao meu lado, segurando um copo de café. Olho para o meu relógio de pulso e vejo que nele marca 22:00 da noite. Nossa, as horas passaram-se muito rápido!

Olho para meu irmão que dá mais um gole no copo e em seguida se levanta, joga o mesmo na lixeira e volta para o seu lugar. Quando de repente, as porta da parte interna do hospital né aberta, nos dando a visão do médico vindo em nossa direção.

— Parentes dos senhores Jazyz e Dália Abdalá..

Ele diz ao parar no meio da sala e nós dois nos levantamos na mesma hora.

— Oi, somos nós doutor, como eles estão ? — pergunto nervoso, temendo pela resposta.

— Bom, eles acabaram de passar por uma cirurgia delicada, pois os ferimentos foram muito graves, porém a senhora Dália está estável, encontra-se agora descansando sob efeitos de medicamentos.

— E o nosso baba? — pergunta Zayn.

O médico fica um pouco tenso e eu temo pela vida do nosso pai, mesmo que eu e ele não estejamos nos dando bem, eu sinto muito por ele está tendo que passar por isso. Apesar de todas as nossas brigas, ele é o meu pai, oras!

— É..ele..ele está com o quadro clínico um pouco mais complicado! — diz Dr. Amuk receoso — foi uma cirurgia de risco, estamos aguardando como ele irá reagir após a operação.

Meu irmão Zayn, ao escutar tudo de forma atenta, leva as duas mãos no rosto e chora. Dr. Amuk nos diz que daqui a alguns minutos, ele pode acordar, com isso, ele diz para nós aguardaremos demais informações, e que quando ele for para o quarto que poderíamos ir vê-lo, tomando todos os devidos cuidados com a higienização.

Agradecemos a atenção e paciência dele de nos explicar tudo direitinho e o vemos entrar novamente na sala, passando pela grande porta interna.

— Se perde-los, eu não vou aguentar Kalil.

— Vamos ter fé irmão, vamos ter fé em Alláh, ele vai proteger e abençoar nossos pais.

Ele assente e senta-se novamente no sofá, ficamos aguardando a esperada notícia, mas dentro desse período, o meu celular começou a tocar, pego o mesmo do bolso da minha calça social e vejo que é Azyra, atendo e digo a ela tudo que o Dr. Amuk havia dito, ela diz que tudo vai dá certo.

Em seguida, ainda na chamada, eu pergunto se ela foi informada sobre o ocorrido, que causou o acidente dos meus pais. Ela diz que os seguranças informaram que um carro preto blindado apareceu em alta velocidade e com isso, o motorista dos meus pais, tentou desviar a direção, mas foi tarde.

Infelizmente o motorista morreu no local, e eu sinto muito por isso, afinal se ele estivesse vivo, ele com certeza poderia nos passar informações corretas. Após toda essa conversa com minha madrasta, eu digo que vou desligar e assim faço, vou até o meu irmão e sento ao lado dele.

Com isso, ficamos conversando sobre o acidente, digo a ele o que Azyra me contou e ele lamentou muito a perda do nosso motorista, apesar de não termos muita intimidade com ele.

Mas de repente, o Dr. Amuk mais uma vez aparece e vem em nossa direção, com uma expressão um pouco mais relaxada.

— Oi rapazes, o baba de vocês está no quarto, podem ir vê-lo, mas asseguro que não podem demorar muito, pois ele não está acordado, e sim sedado.

— Oh certo! Obrigada mais uma vez Dr. Amuk! — digo empolgado, sentindo uma pontinha de alívio.

Meu irmão também agradece a ele e o mesmo sorrir de forma simpática.

— Por nada, imagina! Me acompanhem por gentileza.

Seguimos ele de forma imediata. O Dr. Amuk caminha na frente, enquanto eu e meu irmão caminhamos atrás dele, eu estou muito ansioso para ver meu baba e minha 'umi, e pela feição do Zayn, tenho plena certeza de que ele não está diferente.

Ficamos caminhando pelo corredor que parecia não ter fim, a cada passo podemos ver pessoas, tanto pacientes quando enfermeiros (as). Até que de repente, o Dr para em frente a uma porta, nós paremos atrás e ele abre a mesma, revelando para nossa visão, o leito dos nosso pais.

— Bom, fiquem a vontade, só peço que não demorem, eles precisam descansar.

— Certo Dr. Amuk, mais uma vez muito obrigada, só vamos falar com eles e irmos — diz Zayn tentando parecer calmo.

O Dr. Amuk assente e se retira, nos deixando a sós com os nossos pais, olho para um lado e vejo o baba, ele está cheio de aparelhos conectado no peito e usa um respirador na boca, afim de facilitar a respiração, ou seja o caso dele é bem mais grave do que imaginávamos, ele precisa respirar com ajuda de aparelhos.

Olho para o outro lado e vejo 'umi, ela está sem esses aparelhos, mas está desacordada. Enquanto deixo meu irmão parado, olhando para o nosso pai, sigo até nossa mãe e paro ao lado do seu leito.

— O que fizeram com a senhora 'umi! — digo com a voz embargada e mordo meu lábio inferior, na tentativa de reprimir as lágrimas.

Toco em uma das suas mãos e a levo até meus lábios, depositando um beijo demorado. Em seguida, eu aliso seus cabelos e vejo Zayn se aproximar. Eu o deixo falar com ela e vou até o leito do meu pai, sigo até ele e paro ao seu lado.

Ele está deitado, com vários aparelhos em sua volta.

Toco em sua mão e logo a sinto fria, os meus olhos se enchem mais uma vez de lágrimas, seguro sua mão e sinto meu peito doer, por ter tido poucos momentos de felicidade com ele. Por que sempre brigamos, quase nunca tivemos um bom momento de uma conversa divertida, ou até mesmo um momento de carinho, sempre era discussões em cima de discussões.

E bom..o motivo vocês sabem qual é, mas como vou viver com essa culpa, por que a verdade é essa, eu sinto agora culpa, por sempre da razão as minhas aventuras.

De repente, sinto um leve aperto na minha mão, olho para a mesma sentindo o misto de emoção e alívio, ao notar que ele está despertando.

— Hum! — o baba geme despertando.

— Baba?

Ele abre os olhos e leva a mão até o respirador, ele tira e eu seguro a sua mão para que ele nao arranque os aparelhos do seu peito.

— Ka..Kalil..— ele diz com dificuldade.

— Calma baba, não se esforce, vamos chamar o médico — digo com pressa.

Neste momento, eu sinto uma mistura de alívio e preocupação, então eu de forma imediata, tento me afastar mas ele segura meu braço com firmeza me impedindo. Olho para meu irmão e ele olha-me preocupado.

— Za..Zayn.. — nosso pai diz com dificuldade.

— Oi baba, o senhor precisa descansar — diz meu irmão preocupado.

— Meus filhos, meus Habibis! — ele diz com a voz embargada.

— Estamos aqui Baba.. — digo com os olhos marejados.

— Escutem com bastante atenção, eu.. eu não tenho muito tempo..

— Baba.. — digo ainda mais preocupado.

— Quero que vocês, vão para casa, ao chegar lá — ele da um suspiro forte tentando respirar — abram aquele cofre, aquele que está atrás do quadro seus avós.

— Do que está falando Baba? — diz Zayn nervoso.

— Quero que peguei masary o suficiente para fazer uma viagem, quero que os dois vão para o Brasil.

— Mas..mas..— Zayn tenta dizer.

— Zayn, pre..presta atenção..

Nosso pai começa a tossir, nos fazendo ficar bastante assustados, os aparelhos começam a apitar e eu peço com desespero ao Zayn, para que ele vá chamar o médico, e assim ele faz.

Enquanto meu irmão vai atrás do médico, eu seguro as mãos do nosso pai que aperta a minha com força. Suas expressão é de dor, meu peito esta sangrando, estou perdendo meus Baba. Eu tento por o respirador em seu nariz novamente, mas ele me impede.

— Kalil, ao chegar no Brasil, quero que vá para o Rio..Rio de Janeiro, e..

— Baba por Allah, não faça mais esforço — peço temeroso.

— E quero que encontrem a empresa, Tec Mancini, quando achá-la, procure por Liam..Liam Mancini ou Luca Mancini..

— Mais por que? Quem são esse rijais baba?

Rijal significa homem, mas como eu disse no plural, é Rijais, no caso isso seria "homens".

— Ele vai..ah! — ele tenta falar, mas está com muita dificuldade. Por que está com dor.

— Baba por Allah!

— Ele vai te ajudar no que for preciso.. — diz com a voz baixa, porém ela tramite dor. Por que é nítido seu esforço para falar.

Nesse momento sinto meu coração bater na garganta, minha mãos estão trêmulas, até que vejo o Dr. Amuk com Zayn ao lado, ele começa a examinar meu pai, junto com mais alguns enfermeiros, que só agora notei que estão ao redor.

— Zayn..— digo nervoso chorando e ele me abraça vendo a equipe médica tentando estabilizar o quadro de saúde do nosso pai.

— Calma Kalil, calma! — diz meu irmão chorando, me amparando em seus braços.

Ele está indo, está morrendo, pois seus olhos estão fechados agora.

— Os batimentos cardíacos dele está diminuindo, Yallah, precisamos reanimá-lo — Dr. Amuk muito nervoso.

Com isso uma enfermeira pega o desfibrilador cardíaco, ela o liga e entrega ao Dr.

— 1..2..3, afasta! — ele encosta o aparelho no peito do meu pai.

Imediatamente, o corpo do meu pai senti o choque e da um impulso para frente, mas mesmo assim, ele não abre os olhos.

— De novo, 1..2..3, afasta!

Mais uma vez, seu corpo reage ao choque, mas seus sinais vitais não voltou ao normal. Com isso, o aparelho dos batimentos cardíacos apita, ainda nos braços do meu irmão, eu olho para o mesmo e vejo a tela com uma linha.

— NÃO..NÃO! BABA! — grito nos braços de Zayn, que chora de forma descontrolada.

— Ele se foi irmão..ele se foi — diz com a voz embargada, ele está desolado.

Choro, choro como nunca chorei em toda a minha vida, sinto meu coração ser despedaçado ao ver o corpo do meu pai sem vida.

Perante a esse momento desesperador eu e meu irmão, tivemos que sair da sala, voltamos para a recepção e logo aconteceu o que prevíamos, o doutor nos deu a pior das notícias, que nosso pai havia falecido, pois ele não pôde suportar os ferimentos do acidente.

Porém, graças a Allah, nossa mãe está bem e fora de perigo, isso deixou eu e meu irmão um pouco mais calmos, mas a dor da perda do nosso pai, está muito forte.

Eu me sinto tão mal, sinto muito mal em saber que eu só o fiz ter desgosto por mim, e agora ele não vai mais estar aqui para que eu possa concerta tudo. Agora já é tarde!

Após alguns minutos, eu e meu irmão nos recuperamos do impacto da triste notícia, então avisamos a família, nós falamos com as outras duas esposas do nosso baba, como já era de se esperar, elas ficaram muito tristes, potencialmente Feyrus, a segunda esposa dele. Ela tem quase a mesma idade da nossa mãe, 'umi tem 50 anos e ela tem 49. Azya, a mãe nova, ficou chorando também, mas não me pareceu tão desolada quanto Feyruz.

Por conseguinte, nossa mãe acordou, ficou muito mal com a notícia, ela teve que ingerir mais medicamentos para poder descansar, pois isso afetou muito o seu emocional, ela chorou desesperadamente.

Agora, estamos sentados, aguardando a liberação do corpo do nosso pai, eu e meu irmão estamos calados, só que o que está martelando na minha cabeça, foi as últimas palavras dele.

Sentado, com os cotovelos sob meu joelho, e com minhas mãos no queixo, fico com um olhar perdido.

Por que ele iria mandar eu e meu irmão para o país que ele jamais quis que fossemos? Pois, ele mesmo havia dito que as mulheres de lá são muito vulgares, que os brasileiros são pessoas muito modernas.

— O que está pensando Kalil? — pergunta Zayn me fitando de lado.

— No que baba me disse — indago pensativo.

— O que ele disse?

— Que nós temos que pegar um documento no seu cofre, aquele do escritório, e que é para irmos ao Brasil, não entendi direito, mas ele disse que devemos procurar uma empresa. A Tec Mancini, e que temos que procurar por Luca e Liam Mancini.

— Que? Quem são eles? —diz confuso.

— Não sei irmão, mas é isso que vamos descobrir — digo confiante.

— E quanto a empresa da nossa família? O que vamos fazer? — ele questiona preocupado.

— Não sei, será que nosso tio Azyz, já sabe o que aconteceu? — digo desconfiado.

Azyz é o irmão mais novo do nosso pai, apesar dele ser da família, eu e ele nunca nos demos bem, isso fazia com que brigassemos sempre. O que mais me irrita, era o fato de Azyz sempre querer tomar a frente de tudo, referente a empresa de Tecnologia dos Abdalás.

E por isso, aos meus olhos, meu tio se tornou um homem muito ganancioso, nada me tira da cabeça que ele sempre quis a presidência, cargo do nosso baba, mas Zayn sempre tenta o enchergar de forma diferente, ele diz que não devemos julgar as pessoas, até que se prove o contrário, só que o único problema é que eu sempre confiei nos meus instintos. E para Azyz, ele alerta perigo.

— Acho que sim, temos que conversar com ele, referente aos negócios do nosso baba — diz Zayn com um olhar perdido.

— Sabe que ele vai querer a presidência, não sabe?

— Não sei irmão, talvez ele tenha direito.

— E acha isso bom? Sabe o que ele vai fazer? Ele tem planos para aquela empresa, império que o nosso pai construiu sozinho, ele se quer moveu uma areia do deserto para ajudar, não me diga que vai apoia-lo Zayn!

— Calma, sabe que não faria isso, eu estou ao seu lado, sabe muito bem disso, mas eu só disse que ele tem direito, pelo fato dele ser nosso parente.

— Sim, eu sei, mas nós somos os herdeiros legalmente.

Após nossa conversa preocupante, na questão da empresa, fomos para casa, lá, fomos recebidos com amparo e carinho, em seguida, eu aproveitei que todos estavam voltados ao Zayn e fui de forma imediata para o escritório do baba.

Ao chegar, olho em volta e sinto uma dor no peito, tudo nesse quarto grita Jazyz Abdalá, e a falta dele me invade, mas então me lembro do seu último pedido, com isso, sigo até o quadro dos meus avós, que encontra-se atrás da mesa de negócios dele, eu me aproximo e tiro o mesmo da parede.

Digo o código de acesso, abro e logo tenho a visão de muitos masarys, pego tudo e coloco em cima da mesa, que está atrás de mim, mas algo me chama atenção, em baixo do dinheiro, há um envelope branco, o pego o olhando de forma curiosa, abro e logo vejo que é um documento, abro e posso ver que está escrito na nossa língua, mas uma cópia está traduzido em português.

Começo a ler o documento original e logo percebo que meu pai fez uma sociedade com essa empresa Tec Mancini, a trinta anos atrás, nele há as assinaturas dele, do tal Luca e do Liam Mancini.

Leio mais alguns parágrafos e percebo que esse documento é referente aos bens, que é a parte dessa sociedade. Ou seja, a outra parte dos nossos bens, encontra-se lá nessa empresa, e para ter isso, eu e meu irmão precisamos procurar por esses homens.

***

Um ano depois...

Brasil - Rio de janeiro..

Quando chegamos aqui no Brasil, eu pude perceber que tudo aqui bem diferente, desde as vestimentas até a forma das pessoas agirem e falarem.

Claro que não foi nada fácil, ter que aprender tudo rápido, apesar de eu e meu irmão termos estudado a língua brasileira, nós não conseguimos entender algumas coisas que eles diziam e dizem até hoje.

Tipo, algumas expressões.

No dia da nossa despedida, eu e meu irmão, ficamos o máximo de tempos com a nossa 'umi, por falar nela, graças a Allah, ela ficou no hospital por pouco tempo, mas ao saber da nossa viagem, ela não reagiu muito bem, ficou preocupada.

Desde então, eu e meu irmãos, sempre tentamos convencê-la a vim para cá, ficar conosco, mas a mesma se recusa, ela não quer deixar a mansão. Também se sente em dívida com a família Kamahan, por que Zayn iria casar-se com Amistazy, mas após a morte do baba, o mesmo jogou tudo para cima e disse que não iria casar-se de forma alguma, fazendo com que o Sheik Zarify se sentisse magoado.

A única coisa boa desse assunto, é que esse sheik nunca mais entrou em contato, já faz um ano que não nos falamos.

Durante todos esse tempo, eu e Zayn, dirigimos a empresa de forma online e a distância, e como previsto, nosso tio quer muito o cargo. Só que o único problema é que Zayn ainda não tomou coragem de ir na tal empresa, que o nosso falecido baba nos indicou.

Agora, neste momento, estamos na sala do nosso apartamento, que havíamos comprado, a alguns meses atrás, pois antes nós ficavamos em hosteis. Eu me encontro em pé, e Zayn está sentado na poltrona, de frente para a grande janela de vidro.

Ele ainda está com um olhar pedido, desde quando perdemos nosso pai, ele não é o mesmo.

— Zayn, você vai adiar mais uma vez isso? — pergunto preocupado.

— Eu não tenho cabeça ainda para resolver essa questão Kalil, não ainda.

— É mesmo? E quando terá? Quando o contrato não valer mais de nada? Anda, Yallah!

— Toda vez que você começa com isso, eu lembro do baba, e isso me machuca, sinto falta dele, Kalil!

— Te entendo irmão, eu também sinto muita falta dele. Mas isso é algo que precisamos resolver, esse documento é importante, são dos nossos bens que estamos falando, nosso futuro.

— Eu sei, mas sabe que não temos problema quanto a isso!

— Quem garante? Você confia no nosso tio Azyz? Por que eu não..não sabemos se ele vai fazer de tudo para se apossar das coisas do nosso baba..

— Kalil, por Allah, não levante falso a uma pessoa..

— Zayn, acorda! Presta atenção, se isso acontecer, estamos numa fria e para piorar, vamos ter que procurar um emprego.

— Por que não confia em nosso tio Azyz? — pergunta preocupado.

Queria muito que Zayn pensasse como eu, mas ele só segue seus emoções, ao invés das razões.

— Isso é uma pergunta que eu vou deixar que adquira a resposta, através dos seus próprios olhos, cada um sabe o que vê, Zayn!

— Custa dizer o motivo? Por Allah!

— Custa, agora vamos para essa tal Tec Mancini, ou não?

❍❍❍❖ - ❖❍❍❍

Oi amores, o que acharam desse capítulo? Como será que os irmãos vão atrás dos Mancinis?  Beijos no ❤️!

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