Cαթí́Եմlօ 20
"Não com palavras e não com silêncio
Eu realmente acreditei em você
O silêncio lentamente cobrou seu preço
E ainda me sufoca."
Ao ouvir a ameaça do Dante, sinto o meu coração bater descompassado, e uma magoa muito forte me invadir com tudo. Como ele tem coragem de me ameaçar dessa maneira? E ainda por cima, dentro da minha própria casa.
— Dante, você não tem o direito de me ameaçar, você estar dentro da minha casa — esbravejo alto e o olho firme, o enfrentando.
Ele se assusta com a minha reação, fica com esses olhos negros dele sobressaltados, mas logo abaixa a cabeça e da um suspiro frustrado.
— Me desculpe, eu..eu só estou chateado, okay? Poxa Luna, você sabe que não podemos recuar.
— Podemos sim..— retruco brava.
— Não podemos não..você sabe que todas as nossas missões, são de extrema importância.
Ele diz me olhando com um olhar de súplica, como se estivesse pedindo em silêncio para que eu não o deixasse na mão. Mas, eu não consigo, não posso matar o meu namorado e o meu cunhado.
Isso já é demais..é demais para mim!
O pior de tudo, é que, estou sentindo que quem pagou ele para fazer isso, foi o tio do Zay e do Kal, esse tal de Azyz. Sobre tudo, quero tirar essa bendita dúvida, que acabara de preencher minha mente.
— Me diga uma coisa, quem é esse novo cliente? — pergunto curiosa, com a expressão seria.
No mesmo instante, Dante ergue uma sombrancelha e um pouco surpreso com a minha pergunta.
— Você vai fazer o combinado? — retruca com outra pergunta.
O fuzilo com os olhos, se olhar matasse ele já estaria morto agora, pois eu estou com muita raiva.
— Quem é esse novo cliente, Dante? — pergunto novamente irritada já.
— Porra Luna, deixa de ser teimosa..
Dante está nervoso, ele começa a andar de um lado para o outro.
— Deixa de ser teimoso você..eu já abaixei minha cabeça demais para a OS, eu já carrego mortes demais nas costas por causa de vocês — brado nervosa e ele faz uma cara de comoção.
Mas dessa vez, eu não exitarei em falar, pois eu já tô cansada de tudo isso.
— Mortes essas, de pessoas corruptas, e não me venha reclamar não, por que você é boa no que faz, você gosta de matar...
— No incio eu até achei que gostava, por conta da raiva que eu guardava, em relação aos bullyings que eu sofria e o que aconteceu no exército. Mas eu descobri que nunca gostei, eu me sentia obrigada a fazer isso.
— Obrigada? Você tem certeza?
— Tenho toda a certeza do mundo. Mas me diga outra coisa..se nós só matamos corruptos, por que está me forçando a matar duas pessoas que não estão encaixadas na porra desse padrão? Hã? — indago desconfiada.
Ele olha para o lado e fecha os olhos com força, como se procurasse por palavras.
— Eu já falei o por que, é muito dinheiro que está envolvido..
Essa resposta dele não me convence nem um pouco, ah! Acabo de ter um estalo de memória, se for o que eu tô pensando, ele vai pagar muito caro.
Mas isso não vem ao caso agora, ele está me fazendo ficar com um pé atrás, eu nunca me senti insegura com essa parceria, mas tô vendo que agora eu tenho motivos de sobra para isso.
Então, eu vou investigar tudo sobre a OS, vou quebrar o protocolo principal. Só que antes, eu preciso saber se o tio dos meninos tem haver com isso..
— É o tio deles, não é? É o Azyz..ele te pagou para fazer isso, quando ele te ofereceu? — pergunto de braços cruzados e logo vejo Dante revirar os olhos.
— Não te interessa, não se você ainda se recusa a fazer o que está sendo pedido, então..eu não vejo o por que de te revelar a identidade do meu cliente, e quanto ele me ofereceu.
— Tudo bem, eu vou descobrir sozinha...se eu descobri que é ele, pode ter certeza que vou alertar os meninos. E se for preciso, eu vou protege-los — digo firme e decidida.
Pelo Zay, eu faço tudo. Mas o que me fez bufa emburrada, foi ver Dante me olhar com ironia, como se não tivesse acreditando no que eu estou dizendo.
— Você não seria capaz de enfrentar a OS sozinha — diz com um maldito sorriso discreto no canto da boca.
Isso me fez o olhar com desdém.
— Quer pagar para ver? Eu vou matar um por um, que se aproximar deles, Dante..
Ao ouvir as minhas palavras, sua expressão se torna de indignado, com isso, ele dá alguns passos vacilantes na minha direção, sobre tudo, eu me mantenho parada, no mesmo lugar.
— Luna, você tem noção do que esta fazendo? Tudo isso por causa de um romancezinho passageiro..você está cega..— diz ainda indignado, como se eu estivesse fazendo a pior coisa do mundo.
Com isso, eu o olho com muita raiva.
— Dobra a sua língua para falar do meu relacionamento, o que eu e o Zay temos, nunca foi um romancezinho passageiro, e eu não estou cega, eu estou apaixonada, é diferente..ele é o homem do qual eu descobri o que é o amor..
Minhas palavras do fizeram sua expressão continuar nada agradável.
— Ora essa, mais que tolice, você se apaixonou, por que é uma mulher irresponsável..— brada furioso.
Em outros tempos, eu até recuava, mas agora, eu sinto que não devo fazer isso.
— CALA ESSA BOCA..VOCÊ NÃO SABE O QUE SIGNIFICA AMAR, OU SE APAIXONAR...— grito furiosa, perdendo total controle de mim mesma.
No mesmo instante, ele me lança um olhar decepcionado, porém um pouco perdido.
— E você não sabe nada da minha vida, para dizer que eu nunca me apaixonei — ele brada raivoso.
— Então, por que não para de se meter nos meus sentimentos pelo Zayn? — pergunto brava o encarando firme.
— Por que...caralho Luna, mais que diabos você está fazendo? Você está quebrando o protocolo, será que você não vê?
Ele tenta desconversar, mas sei que ele está um pouco desconfortável com o rumo da nossa conversa, acho que aconteceu alguma coisa errada na vida amorosa dele, no passado.
— Dante..olha para mim, me diz..você já amou alguém? — pergunto um pouco exitante.
Mais vamos lá, não é possível que ele nunca tenha amado alguém na vida.
— Isso não é assunto que te desrespeite, oras..— diz nervoso e vai até a porta, já querendo ir embora, ao passar por mim.
— Me diz..seja sincero..— pergunto antes que ele abrisse a porta.
Ele fica parado de costas, por alguns instantes, como se estivesse pensando se deveria ou não responder a minha pergunta. Então, de repente, Dante se vira em minha direção e me olha um pouco triste.
Se essa tristeza é verdadeira, eu não sei, o que sei, é que ele me parece um pouco abalado.
— Já..ela foi uma recruta, tivemos um filho, eu achei que iria forma uma família, e finalmente iria ficar em paz — ele diz um pouco incomodado.
Nossa, o jeito que ele fala, é como se estivesse ainda vivendo essa dor.
— O que aconteceu com eles?
— Morreram, Luna..eles morreram.
Nesse momento, a minha fixa caiu, agora entendi o motivo dele dizer que é tolice eu me apaixonar pelo Zay, ele não acredita mais no amor, se é que essa história é verdadeira.
— Meu Deus, Dante! Você nunca me contou isso..
— Por que isso é assunto meu e de mais ninguém. Agora o que eu quero saber, é se você vai mesmo me deixar na mão...
— Dante, eu sinto muito, muito mesmo pelo que aconteceu com a sua família, sinto também por você ter se tornado essa pessoa, devido a essa circunstância horrível mas...
Ele me interrompe, dando um sorriso nasal, mas não é um sorriso de achar graça, mais sim, de ironia.
— Eu ainda não estou acreditando nisso...— diz decepcionado.
— Mas não dá, não dá de verdade..eu amo o Zay, amo ele como nunca amei homem algum, e gosto muito do Kal, ele é uma pessoa incrível, não posso fazer essa atrocidade com eles..e além do mais, o Kal gosta da Laura, tem noção de como isso pode afetar minha irmã?
— Luna, a vida é uma série de escolhas, e essas escolhas, superam as circunstâncias...— diz friamente, como se não tivesse nenhum sentimento.
Como pode uma coisa dessas? Como ele pode agir dessa maneira? Sendo que a dois segundos atrás, ele estava demonstrando pelo menos um pouco de sentimento pelo passado doloroso.
— Não Dante, essas escolhas acabam com todos que estão em volta, essa é a verdade.
— Você não vai mesmo fazer o que tem que ser feito, não é?
— Esta decidido, se você quer comprar essa briga, eu sinto muito, mas não vou deixar que matem o Zay e o Kal.
— Tudo bem...vamos fazer o seguinte..
— Se for o que estou pensando...— digo o cortando e ele revira os olhos.
— Calma.. me escuta..
— Diga..
— Se você me prometer, que vai deixar esse cara, e vai mergulhar inteiramente no seu trabalho. Eu prometo cancelar o contrato com o cliente e deixá-los em paz. Eu faço algum acordo com esse cara, e depois vamos ver no que isso vai dá, okay?
— Há...era só o que me faltava, eu não vou deixa-lo..— digo sentindo uma dor no peito.
Eu não posso deixa-lo, não agora que estamos nos dando bem, nos amando e vivendo momentos lindos.
—Bom, então..você pode ir hoje mesmo se despedir deles..
E nesse momento, sinto uma angústia, uma frustração sem tamanho, talvez, só talvez, ele pode até estar certo, mas que está me fazendo sentir-me mal, ele está, viu?
— Eu o amo, Dante..— digo com a voz embargada. Pois, já sinto meus olhos arderem.
— Percebi, mas se o ama, deixe-o..que eu dou um jeito de não deixar que os outros agentes façam o seu trabalho.
— Se esse cliente pagar outro?
— Eu dou um jeito, eu prometo, mas preciso saber, se temos um acordo.
— Eu posso pensar?
— Você tem até amanhã para me dá uma resposta — diz me olhando de um jeito frio, e me dá as costas, abrindo a porta e saindo pela mesma.
Com isso, eu sinto o meu coração se despedaçar, essa decisão me atingiu em cheio, não estou preparada para terminar algo que construir em tão pouco tempo, mas que me fez muito bem.
E como consequência dessa decisão que o Dante acabou de me abrigar a ter, eu me jogo no canto da sala, no chão, me encolhendo e abraçando as minhas pernas.
***
As horas passaram-se e eu continuo sentada no chão, largada de qualquer jeito, no canto da minha sala, com o os olhos ardendo de tanto chorar e o peito doendo por ainda estar sofrendo com o fato de ter que terminar com o cara mais fofo, carinhoso e incrível, que eu já conheci.
De repente, sou despertada dos meus desvaneios, quando ouço o meu celular tocar. Como ele está sob a mesa de centro, eu levanto e vou até ela. Pego o celular, e vejo que tem várias mensagens do Zay, como eu não havia o respondido, ele começou a ligar, o celular toca novamente, e eu posso ver a foto de nós dois na tela.
Eu estou abraçada ao Zay, ele está sorrindo para a câmera, enquanto eu estou beijando a sua bochecha. Adorei tanto essa foto, que a coloquei como chamada, toda vez que ele me ligasse.
Continuo exitante em atender, mas de repente, eu resolvo parar com isso e atendendo, pondo o celular no ouvido em seguida.
— Oi..Zay..— digo com a voz falha.
— Oi meu anjo, como você está? — a voz dele surge e eu sinto os meus olhos encherem de lágrimas.
— Estou bem e você? — digo limpando-as, pois as gotas insistem em cair agora, de forma repentina.
— Estou bem, mas só um pouquinho preocupado com você..— Zay diz com a voz preocupada, porém ela continua rouca e gostosa de se ouvir.
— Preocupado? — pergunto curiosa.
— Sim, olha meu anjo, eu não quero parecer um namorado ciumento, mas você sumiu! Por que não respondeu as minhas mensagens?
Nesse momento, sinto o ar me faltar, meu Deus, dai-me forças!
— Ah..não foi nada, está tudo bem, eu só..só estava cuidando de alguns assuntos de trabalho.
— Entendi, então tudo bem, mas você ainda está ocupada?
— Não, já resolvi..
— Então, a nossa noite de jantar, ainda está de pé?
— Sim, está sim..
— Que bom, minha linda..a que horas eu posso te buscar? — pergunta com carinho.
Eu deixo um sorriso de lábios fechados se abrir, enxugo mais uma vez as minhas lágrimas e olho no relógio.
— Umas 18:00..está bom ? — digo vendo que ainda é 16:00 da tarde.
— Sim, sem problemas..
— Okay, até já..
— Até já, eu te amo..
Eu fico exitante em responde-lo, pois as palavras de Dante não sai da minha cabeça.
— Minha Luna? Você ainda está aí?
— Oh sim, desculpa.. é..eu também te amo.. beijos! — respondo um pouco nervosa e ouço ele dizer "Beijos", então desligo a chamada.
Agora eu pergunto a vocês, e agora? O que eu devo fazer? Por que eu estou completamente perdida, sem rumo.
Queria poder conversar com alguém, pedir uma opinião, mas não posso, pois ninguém sabe que eu faço de verdade.
Quer saber? Eu vou parar de pensar nisso um pouco, quero que eu e o Zay, possamos aproveitar bastante essa noite. Então, eu largo o celular no sofá, sigo até o quarto e tomo um banho. Em seguida, eu vou até o meu closet, com a toalha enrolada no meu corpo e pego um vestido preto, ele é de algodão, ele é um pouco decotado e vai até a altura dos joelhos.
Faço uma make leve, penteio meus cabelos e deixo soltos, em seguida, eu calço minha sandália de salto fino e pego a minha bolsa. Antes de sair, eu me olho no espelho, me olho e gosto do resultado.
Não sei por que, mas desde quando eu comecei a sair com o Zayn, eu tenho me arrumado um pouco mais, tenho usado sandálias de saltos mais vezes. Eu acho que eu passei a sentir que deveria me arrumar um pouco mais, para o homem que sinto amor e carinho.
Assim que desço para sala, ouço meu celular tocar, vou até o mesmo, pego e vejo que é o Zayn informando que já está me aguardando na garagem. Saio de casa e desço até lá, ao chegar, eu já posso ver Léo, meu segurança, mais dois carros da escolta e o carro do Zay.
Ao parar na frente do meu segurança, eu aviso que vamos jantar em um restaurante. Em seguida, vou até o carro do meu namorado e paro na frente da porta de passageiro.
— Oi, lindo! — digo sorrindo, Zay abaixa o vidro para que eu o veja melhor.
— Oi, meu anjo!.. entra — responde com um sorriso perfeito e destrava a porta do carro para mim.
Abro e entro, me acomodo, coloco o cinto de segurança, olho para o Zay e o vejo me olhando com um olhar de apaixonado. Ele é tão fofo! Esse olhar dele faz meu coração bater forte.
— Você está linda demais..sabia? — me elogia, me olhando dos pés a cabeça.
— Humm, muito obrigada! E você também está lindo demais.
Zay sorri, satisfeito com o meu elogio e me puxa para um beijo, mas não é só um beijo simples, é um beijo firme e intenso, igual aos que ele sempre faz questão de me dá.
Esse árabe me deixa louca, por que só com essa pegada, esse cheiro gostoso e esse beijo intenso, sinto que estou prestes a me derreter em seus braços.
Além disso, ele está perfeito, usa uma camisa social rosa salmão e uma calça jeans azul-marinho, nos pés, ele está usando um sapatênis branco. Lindo demais!
Zay solta meus lábios e encosta os seus no meu ouvido, me fazendo sentir sua respiração quente bater contra o mesmo.
— Quero você, todinha para mim mais tarde — sussurra em meu ouvido, me causando um arrepio forte.
Em seguida, Zay desce seus lábios para o meu pescoço, cheira o mesmo e morde.
— Mais eu já sou toda sua..— digo toda derretida e levo uma das minhas mãos até seu pescoço, em seguida a subo até seus cabelos, afundando meus dedos nos fios sedosos.
— Por Allah! É mesmo? Então me dá mais beijos..— ele diz sorrindo e eu sorrio com sua brincadeira.
Sinto sua mão na minha coxa e me arrepio todinha, agora eu que tomo seus lábios em um beijo quente, cheio de sentimentos e desejos novamente, até o ar faltar em nossos pulmões.
Por conseguinte, Zayn põe o carro em movimento e seguimos o trajeto até o restaurante.
***
Ao chegarmos, ele estaciona e desce do carro, faz questão de abrir a porta para mim e me dá a mão para descer, todo cavalheiro. Adoro esse jeitinho dele de me agradar.
Nós entramos no restaurante, e logo sentamos em uma mesa, o hostess vem até a nossa mesa e nos dá o cardápio. Escolhemos nossos pratos, eu escolhi macarrão campestre e ele carne com batatas assadas, como acompanhamento, nos escolhemos um vinho.
Comemos, bebemos, conversamos bastante sobre tudo, ele também me contou algumas coisas dos costumes lá do Líbano, achei engraçado que ele odeia usar aquele Igal que os árabes usam, na verdade ele e o Kal não gostam.
— Bom, vamos para casa? — pergunta todo faceiro, esse homem é um safado mesmo.
— Vamos..— digo sorrindo, já imaginando o motivo da sua pressa para ir para casa.
Saímos do restaurante e seguimos para casa dele, com as minhas escoltas. Zay dirigi calmamente, vez ou outra, ele me olha com carinho e põe a mão na minha coxa, e para provocar-lo, eu suspendo um pouco o meu vestido, para suas mãos tocar a minha pele.
— Luna, Luna..está me provocando?
— Eu? Imagina!! — digo sorrindo.
Ele vira o rosto para me dá um beijo rápido, mas antes que seus lábios pudesse tocar os meus, sinto o meu celular tocar. Olho na tela e tento atender, mas não deu tempo, pois o vidro frontal do carro do Zayn e atingido com um tiro, bem na direção dele.
Por impulso, o puxo para cima de mim, na tentativa de protege-lo.
— Zay, fica abaixado..— mando o fazendo abaixar no banco.
Ele fica abaixado e eu tiro a minha arma da bolsa.
— Por Allah! O que está acontecendo, Luna?? — Zay diz preocupado.
Ouço tiros, muitos tiros, eu olho para trás e vejo os meus seguranças trocando tiro com alguns homens do outro lado da rua.
— Depois te explico, só fica abaixado, não levanta até eu mandar, okay?
— Okay!
Faço mensão em sair do carro, mas vejo o Zay levantar a cabeça e me segurar pelo braço, ele está nervoso e extremamente preocupado.
— Onde você vai?
— Conter essa situação..
— Luna..não...— diz com medo e olho para ele firme, passando segurança.
— Calma, eu sei me cuidar, você quem tem que se proteger, então fica aí e não sai até eu voltar..
Ele me olha receoso, seus olhos passam medo, acho que ele tá com medo de me perder, só que ele nem imagina que eu que estou com medo de perde-lo.
Droga! O Dante me deu até amanhã para pensar na proposta dele, mas estou vendo que os outros agentes não perderam tempo em vim atrás do Zay. Dante tem razão, se eu ficar com ele, ele pode morrer.
Com isso, eu saio do carro eu fico atrás do mesmo para me proteger, vejo um dos meus "colegas" de trabalho, pronto para atirar, então, sem exitar, eu miro na direção dele e atiro com um tiro calculado em um raio de alguns metros de distância.
Eu sou uma das melhores atiradoras da organização, eu sei que posso dar conta de tudo isso até sem os meus seguranças. Os tiros não param, eu olho para dentro do carro de vez em quando, só para ver se o Zay está bem.
Até que de repente, o Léo, meu segurança, consegue atirar no último cara, que estava escondido, atrás de um dos carros, do outro lado da rua.
Faço sinal para aos seguranças irem lá e ver se deu tudo certo e logo eles vão, olham e fazem sinal para mim, avisando que já tá tudo limpo.
Depois de toda essa agonia, eu e o Zay conseguimos ir para casa dele, como já é um pouco tarde da noite, não vejo nem sinal do Kalil, Zay ainda está com medo, e teve que tomar um calmante pra poder dormir. Mas antes dele tentar descansar, conversamos um pouco, tentei dizer a ele o motivo desse ataque, mas não tive coragem.
Acho que ele só iria ficar ainda mais nervoso. Com isso, eu deitei ao seu lado e chorei em silêncio, por que sei exatamente o que terei que fazer para protegê-lo.
***
Dia seguinte...
Eu acordei cedo, sai da casa do Zay sem que ele já estivesse acordado, fui para minha casa e chorei mais um pouco, pois eu sei que não vou poder mais manter esse segredo por muito tempo, depois desse atentado, eu sei que o meu pai e meus tios vão querer entender tudo.
Depois te muito tempo, eu consegui comer alguma coisa, pois eu estava chorando no banho, Laura me ligou tentando entender o que aconteceu, e disse que estava com o Kalil, tentei até fazer uma piadinha, mas não estava nem com ânimo.
O Zay me ligou em seguida, e eu senti que precisava me afasta, então, com muita dor no meu coração, comecei a falar com ele friamente. Prefiro que ele me odei, do que seja morto.
Algumas horas de passaram e eu recebi a ligação do meu pai, ele queria saber o que houve, por que a equipe de segurança já avisou a ele. Tentei enrolar um pouco, dizendo que não sabia, mas que depois iria conversar com ele, com mais calma.
O pior de tudo, foi receber a ligação do Dante, xinguei ele de tudo que era nome, por que ele me disse que nada iria acontecer com o Zay, então ele disse que não sabia que os agentes já sabem do contrato encomendado.
Afinal, o tenho certeza que essa morte encomendada dos meninos, tem um valor muito alto.
Por fim, com o coração despedaçado, me organizei para ir até a casa do homem que sinto amor, porém, sei que esse amor, está prestes a se acabar.
Me arrumo e vou até a casa dele, já são 13:00 da tarde, ao chegar lá, toco a campainha e seguro as minhas lágrimas. De repente, Zay abre a porta, ele está lindo, usando uma calça moletom preta e está sem camisa, descalço.
— Zayn, preciso conversar com você..
Digo nervosa e passo pela porta, fico de costas para ele tentando me acalmar e criar coragem de fazer o que estou sendo obrigada. Até que de repente, me viro e olho para ele.
— O que houve, meu anjo? — diz me encarando com um olhar preocupado, e para em minha frente.
— Por favor, não fala assim..— digo triste com os olhos ardendo e cheios de lágrimas.
Zay dá alguns passos vacilantes em minha direção.
— Por que não? Você é meu anjo, um anjo que me faz sempre ir ao céu, com seus beijos e...
— Por favor, para...— o corto..
— O que está acontecendo Luna? Por que está se afastando de mim?
— Por que, eu preciso te dizer que acabou..
— O que?
— É, é isso mesmo que você ouviu, acabou Zayn, peço que não me procure mais.
— Por que está falando isso Luna? O que aconteceu para fazer você mudar assim, de uma hora para outra? Até ontem nos estamos bem, nós..
— Eu preciso ir.. — o corto com o coração despedaçado.
Mas ele não aceita assim tão fácil, Zay se aproxima mais uma vez e segura em meus braços, delicadamente, seu olhar era triste, seus olhos já estão cheios de lágrimas.
— Yallah! Me diz..
— Não posso..
— Luna, olha para mim.. — tenta segurar meu rosto mas eu o impeço.
— Me deixa em paz Zayn..
— NÃO! — esbraveja com os olhos sobressaltados — você não vai sair daqui até me dizer o que está acontecendo..
— Por favor..não insista..
— Não Luna, olha para mim — segura meus braços com firmeza, porém, sem me machucar — diz olhando nos meus olhos, que você não quer mais nada comigo, diz que não sente mais nada por mim..por que até ontem você parecia me amar..
— Zayn, para...
— Diz, por que se você me disser com todas as letras, que não me ama mais, eu juro que saio da sua vida de uma vez por todas.
Ao escutar suas palavras, sinto um nó na garganta e uma dor forte no peito.
— Eu..
Sem ter tempo de protestar, sinto os lábios de Zayn tomando os meus, em um beijo firme e intenso, com isso, solto gemidos, ele engole todos esses gemidos com a maior satisfação, pois o jeito que ele suga mais lábios, só mostra o quão ele não quer me perder, eu posso sentir sua aflição.
Mas, eu não posso me arriscar, não posso vê-lo ser morto, eu sinto tanto por ter que fazer isso com ele, sinto muito mesmo, mas Dante está certo, é perigoso demais, ficarmos juntos.
— Desculpa eu não posso...— digo ao me afastar dos seus braços.
— Então é isso? Acabou? — Zayn pergunta com a voz triste.
Droga! Minha vontade agora, é de jogar toda essa merda que está acontecendo para cima e pular em seus braços. Mas não posso vê-lo ser morto. Preciso ter tempo suficiente para descobrir se o tio dele está envolvido com o Dante e a OS.
– É..— revelo sentindo meu peito doer.
Ele sorrir de nervoso e deixa uma lágrima escapar dos seus olhos, morde o lábio inferior e da um suspiro.
— Você está com outra pessoa? Você estava me traindo? — ele pergunta hesitante, e apreensivo com a minha resposta.
Meu Deus, não acredito no que vou fazer, que ele um dia me perdoe.
— Sim e..eu estava te traindo...— gaguejo, mentindo.
Ao escutar minha confirmação, Zayn abaixa a cabeça e da um suspiro forte, volta a me encarar fixamente.
— Mentira, eu não acredito..— indaga firme, como se soubesse que estou mentindo.
Pior de tudo, é que não sei como estou conseguindo mentir desse jeito para ele, mas a forma de afasta-lo de mim é essa.
— Se não acredita, problema é seu..— digo tentando ser o mais rude possível.
— Okay, quer saber Luna? Me esqueça..
Deixo lágrimas escaparem e saio da sua casa, fechando a porta atrás de mim.
❍❍❍❖ - ❖❍❍❍
Oi lindas, e aí? O que acharam desse capítulo? Tô com o coração partido pela Luna e o Zayn! 💔😢
Não esqueçam de dar a estrelinha e seu comentário, beijocas! 😘
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