ESCOMBROS

- Oh! Meu Deus! - grita Martin tomado por uma dor horrível - o que diabos aconteceu?

Odores fortes e uma escuridão tomam conta do local. Um cheiro repugnante de podridão exala e queima as narinas. Possivelmente algum animal morto. Outro odor que se faz presente é o de sangue fresco. Provavelmente Martin se feriu nas madeiras pontiagudas e quebradas, mas essa possibilidade fica impossível de ser constatada, pois o breu que se estende por cada canto, dificulta a visualização de qualquer coisa.

- Não consigo me mexer de jeito algum - Ele está preso pelos escombros. Algo extremamente pesado está sobre sua coluna e o empurrando para baixo.

Gritos e pedidos de socorro não adiantarão, já que não há ninguém próximo.
Martin não consegue mexer se quer um músculo, apenas suas mãos. A sensação se torna mais angustiante sem a sua visão, sem saber onde está e como sair dali. A morte parece certa, porém algo cintila em meio a escuridão. Ele sente uma pequena faísca de esperança penetrar seu coração sofrido. Uma luz amarela ilumina os arredores dando alguma noção de espaço e algumas idéias de como se safar da situação.

- O que é isso? - pergunta ele curioso em relação a luz.
- Sou eu de novo, garotinho - uma voz assustadora o responde - dessa vez não vai escapar. Vai dormir comigo.

E então a luz misteriosa se revela como o brilho dos dentes amarelados de uma criatura assustadora e com aparência cadavérica. Ela se aproxima rastejando até Martin e ele, preso, não consegue fazer outra coisa a não ser encher seus olhos de agonia enquanto assiste aquele ser se aproximar lentamente dele.

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