Capítulo 20
2 meses mais tarde
A minha vida em 2 meses realmente deu um giro de mudança. Eu e Chad finalmente voamos para a Irlanda, Dublin para ser mais exata e estamos apaixonados. Chad ficou completamente apaixonado pela sua cidade natal e com razão. No começo ele tinha uma certa esperança de ir atrás de sua família biológica, mas ficou inseguro e desistiu dizendo que era besteira.
Ficamos uma semana em Dublin e depois fomos para Londres para fazer minha inscrição pessoalmente e ver onde iríamos morar exatamente e é um apartamento lindo!
Eu e Chad recebemos nossas heranças e decidimos juntá-las para fazer o que queríamos. Investimos no apartamento, é claro. Eu por minha vez tinha conseguido um emprego em uma cafeteria. Já Chad em um petshop. Não foi muito fácil para ele já que não tinha muita experiência com animal, mas depois pegou o jeito.
As coisas não foram muito fáceis para mim também já que a maioria das pessoas me conheciam. Uma pessoa chegou a querer jogar café quente na minha cara por ser filha do ex presidente filho da puta, apenas relevei e a mandei ir para o inferno. Mas tem sido um pouco mais fácil lidar com esse ódio em cima de mim.
Faltam exatas 2 semanas para o natal e não tínhamos muitas coisas para poder enfeitar o apartamento. Então como ficaríamos de folga até o ano novo, decidimos ir para Dublin passar o natal já que ouvimos falar muito sobre o quão bom é.
Pagavamos pouco em um hotel, então era fácil.
Nesse exato momento estávamos andando perdidos sobre a rua gelada procurando por um bar típico que Chad queria muito conhecer.
— Chad, eu estou dizendo que devemos subir essa rua, não aquela. – digo impaciente.
— Mas no site dizia claramente essa rua. – ele apontou.
— Mas no GPS esse lugar simplesmente não existe nessa rua ai, fica nessa. – digo. Ainda contragosto ele foi pelo que disse. — Não vamos discutir, se tiver errado nós voltamos e procuramos.
— Eu não estou dizendo nada. – ele resmunga e lhe roubo um beijo lhe arrancando um meio sorriso. — Quero fingir de chateado, não estraga a atuação. – soltei uma risada.
— Idiota! – lhe dei uma ombrada quase lhe fazendo cair. Por fim enxerguei o letreiro com o nome do tal bar. — Ora, ora o que temos aqui? – perguntei enquanto ele lia o letreiro.
— Tudo bem, você tinha razão. – suspirou. — O que devo te pagar?
— Um chocolate quente pois eu estou morrendo de frio. – digo me agarrando ao seu braço. — Com bolinhos e muitos beijos.
— Combinado. – fizemos nosso típico hi-fi de acordos e entramos no local. Para minha surpresa era um lugar aconchegante. Haviam mesas por todo o local, desenhos enquadrados em um pequeno balcão. Nos aproximamos do balcão e uma moça jovem vem nos atender. De primeira ela se espanta com Chad.
Eu disse que Chad virou o cara mais desejado da América e do mundo? Pois bem! Apenas por ser o segurança que roubou o coração da filha do agora ex presidente ficou famoso. Criaram até fã clube para ele nas redes sociais, outras pedem fotos e outras apenas ficam lhe secando.
— Vou querer uma cerveja e um chocolate quente. – ele diz e a moça continua embasbacada lhe olhando.
— M-Mais alguma coisa? – questionou gaguejando.
Chad e seu efeito, como posso seguir com isso?
— Bolinhos, certo? – ele me olha e afirmo. — Bolinhos.
— Certo. – ela diz. — É só aguardar. – Chad afirma e caminhamos para uma mesa e nos sentamos. Ele olha todo o redor.
— Aqui é bonito, melhor do que eu pensava. – ele diz e depois me olha. — Que cara é essa?
— Não viu o jeito que ela te olhou não? Na maior cara de pau. – ele riu. — Chad, é sério. Eu não sei mais o que fazer com você.
— Me beijar? – questionou sorrindo.
— Não, vou começar a postar na internet que você tem defeitos. – digo convicta e ele revira os olhos. — Duvida? Quero ver o que elas vão achar quando eu disser que o tamanho do seu–
— Amalia! – me cortou me repreendendo. — Não começa com essa história de querer me expor. – a garota se aproxima colocando nossos pedidos sobre a mesa.
— Aproveitem bem. – ela diz gentil mas ainda focando em Chad e se retira.
— Eu estou falando Chad, eu estou cansada. – digo bebendo meu chocolate quente.
— Você sabe que só você me importa não é? – segurou minha mão em cima da mesa. — Eu sou casado com você, eu amo você, e é com você que eu quero estar sempre. Não elas. – sorrio.
— Eu acho que estou me apaixonando novamente por você. – digo e ele se estica sobre a mesa para me beijar. — Chad, cinco anos é muito tempo.
— Não começa. – ele diz após tomar sua cerveja. — Em cinco anos vamos estar estabilizados e ai sim eu posso te dar um casamento de princesa que você tanto merece e ai sim podemos pensar nos nossos bebezinhos perfeitinhos. – bufei. Ele tinha razão.
— Tudo bem, eu posso esperar.
— Sabe que para mim já estamos casados não é mesmo? E não deixa de ser mentira, fomos abençoados ainda pelo Elvis.
— Graças a mim né? Porque por você teríamos passado o dia todo naquelas montanhas. – ele revira os olhos e beberico meu café. A porta de entrada se abre e um tributo de pessoas entra. Como Chad está de costas para a porta, só eu tenho tal visão.
Parecia uma família, e estavam bem familiarizados com o local. Foi quando um rapaz beijou a atendente que tudo fez sentido.
— A bonitinha tem namorado. – resmunguei para mim mesma enquanto enfiava outro bolinho na boca.
— Casada. – Chad diz e lhe encaro.
— O que?
— Ela é casada. Vi a aliança na mão dela. – ele diz tranquilo enquanto bebe sua cerveja.
— Sei. – digo com pouco interesse. Voltei a olhar a família atrás de Chad e vi um bebezinho lindo no colo de uma das mulheres. Percebi que eles me pareciam familiares. — De onde os conheço? – questionei.
— Quem? – Chad pergunta.
— Nada não, devo estar louca. – volto a tomar minha bebida. Foi quando olhei para o cara, supostamente marido da atendente que meus olhos se arregalaram e eu praticamente cuspi meu chocolate quente.
Eu realmente só poderia estar louca.
O homem estava apoiado no balcão enquanto batucava qualquer coisa no balcão, ele percebeu que eu o encarava e apenas me deu um aceno de cabeça.
— Puta merda! – exclamei incrédula tentando soar baixo mas parece que todos ali ouviram pois me encararam.
— O que foi? – Chad me olha. Olho para ele e para o homem no balcão.
— Chad, acho que... acho que encontramos sua família biológica. – digo. Ele fränze o cenho e vira para trás.
A mulher mais velha entre todos da um grito surpreso e as outras mais novas estreitam os olhos. O homem do balcão também está em choque. Chad se levanta e fica frente a frente com o homem enquanto um analisa o outro.
— Você é algum clone meu? – Chad pergunta e reviro os olhos. A senhora chocada da frente se aproxima com lágrimas por todo o rosto ganhando a atenção de Chad. Ela o segura pelos ombros – ou braços já que ela era baixinha – e o olha de cima a baixo.
— E-e-eu estou sonhando? – ela questiona trêmula e emocionada. — Meu filho, é você? – Chad a olha.
— M-Mãe? – ele pergunta e ela o envolve em um abraço enquanto chora. Todo o resto está calado e observando a cena também emocionados.
— Como esperei por esse dia! – ela diz se afastando para olhá-lo. — Você realmente sabe quem eu sou?
— Não exatamente. – ele responde sem graça. — A senhora é minha mãe?
— Sou meu querido, sou eu. – ela diz mais emocionada. E puxa o outro homem para seu lado. — Esse é o Keegan, seu irmão gêmeo.
Puta merda! Tem dois Chad's no mundo!
Os dois se encaram por mais um momento e depois se abraçam. Eu até poderia chorar com o momento, mas agora eu estou mais chocada pelo fato de existir dois Chad's no mundo.
— Essa é a Kiara, sua irmã mais velha. – a senhora aponta para a mulher com o bebê no colo. — E essa Mirella, sua irmã mais nova. – apontou para outra mais novinha. As duas o abraçaram. — Kiara é mãe da pequena Lucy e do Kennedy. – diz apontando para um garoto de aparamentemente uns 9 anos.
Demorou um século até que estivessem todos devidamente apresentados. Foi então que as coisas começaram a ser esclarecidas.
— A verdade sobre você, é que eu não tinha mais condições de criar mais filhos. – a senhora que agora sei que se chama Anne diz envergonhada. — Kiara não foi planejada, e nem vocês dois. – dividiu o olhar entre Chad e Keegan. — Eu pensei que era só um, mas eram dois. Eu só tinha vocês, sozinha e não tinha como cuidar de todos. Foi ai que tive que tomar a decisão mais horrível da minha vida. – chorou. — Abrir mão de um de vocês dois. – suspirou. — Foi horrível, eu não queria me desfazer assim de um filho meu mas queria que ao menos um pudesse ter a chance de ter uma boa vida. Depois que conheci Sebastian, meu marido atualmente e consegui me restaurar eu corri para buscar você mas você não estava mais lá. Procurei por todo lugar e não lhe achei. Mas sempre te tive em meu coração.
— Eu fui adotado com 3 anos. – ele começou. — Um casal americano, me levaram para o Texas e cresci lá. Eles sempre deixaram claro que eu era adotado mas que me amavam e que se algum dia eu decidisse procurar vocês eu podia. Mas eu tinha medo de ser desprezado, e meus pais já me davam muito amor. Não achei que tinha necessidade. – deu de ombros.
— Eles te fizeram feliz? – Annie questionou.
— Muito! – ele sorriu. — Eles me criaram muito bem.
— Isso é o que me importa. – ela diz aliviada. — Não sei ao menos nem como está se chamando hoje.
— Chad, Chad Humphrey. – ele diz.
— Chad, um lindo nome. – ela diz sorrindo. — Fale de você para nós. – ela pediu. — Quero saber mais de você.
— Bom, eu sou formado em fotografia, e – me olhou. — sou casado com ela. – sorriu e segurou minha mão. — Essa é Amalia, minha esposa e mulher da minha vida. – pela primeira vez em anos eu estou corada e não sei como reagir.
— Vocês fazem um casal tão lindo! – a irmã mais velha diz.
— Eu te conheço de algum lugar. – a mais nova diz. — Você é alguma atriz? – soltei uma risada irônica.
— Não sou ninguém muito relevante. É um prazer conhecer vocês.
— É um prazer também conhecê-la minha querida. – a senhora sorriu segurando minha mão. Eu retribui o sorriso. — Mas e seus pais querido? Onde estão? – Chad solta um suspiro.
— Eles morreram a dois anos. – a boca da mãe se abre em surpresa. — Não quero entrar em detalhes agora, mas eles foram ótimos pais.
— Tenho certeza que sim. – segurou o rosto dele com as mãos. — Eu sou extremamente grata por eles terem lhe criado e dado tanto amor e hoje você esse homem educado que eu estou vendo. – sorriu e olhou para seu outro filho. — Keegan é casado com a Lana. – a atendente que agora sei que se chama Lana se agarrou ao braço do marido. — Eles são recém casados na verdade, e são donos dessa loja. – ela sorriu orgulhosa. — Mas e vocês? – nos olhou. — São casados a muito tempo?
— Apenas a alguns meses. – Chad diz.
— E não é 100% oficial sabe? Já que ele prefere adiar as coisas. – digo por impulso e ele revira os olhos. A mãe nos olha sem entender. — Eu e Chad nos casamos em Las Vegas, sabem aqueles típicos casamentos? Pois bem. Só não oficializamos.
— Porque estamos esperando nos estabilizarmos direito. – ele explica. — E logo Amalia vai começar a faculdade. Nós chegamos a muito pouco tempo a Inglaterra.
— Oh, vocês são recém chegados? – a mãe questiona e afirmamos. — Então não têm onde passar o natal? – negamos e ela sorriu. — Pois bem! Passem conosoco, será um prazer recebê-los em uma data tão importante.
— Eu não sei, não queremos incomodar. – Chad diz e sua mãe volta a segurar suas mãos.
— Querido, ter sua presença não é nenhum incomodo. – sorriu. — Saiam de onde quer que estejam ficando e venham para casa. Temos quartos o suficiente para receber o meu quarto filho e sua esposa. – segurou minhas mãos também.
Chad e eu nos encaramos.
— Tudo bem. – respondemos ao mesmo tempo e todos comemoraram.
Keegan nos levou até nosso hotel para pegarmos nossas coisa. Ele e Chad eram realmente idênticos mas eram bem diferentes na personalidade. Keengan era um pouco mais retraído, falava bem pouco e tinha uma expressão mais séria. Talvez seja porque tudo foi bem de repente, ou talvez ele ainda esteja tentando se adaptar.
Pegamos nossas coisas e voltamos rapidamente para o carro. Eu não poderia acreditar e nem mesmo Chad. Demorou um bocado para chegarmos até a residência da família de Chad mas quando chegamos me encantei. Era uma casa bem maior do que eu imaginava e havia um bonito jardim coberto por neve. Pegamos nossas mochilas e adentramos a casa. Anne veio nos receber de braços abertos e um grande sorriso.
— Sejam muito bem vindos! – ela diz animada. — Essa casa agora também é de vocês, por favor se sintam em casa. Venham, vou mostrar o quarto de vocês. – nos puxou pelas mãos subindo as escadas.
A casa era bem mais bonita e aconchegante do lado de dentro. A decoração era bonita. Atravessamos um grande corredor e ela abre a porta de um quarto. Entramos e ele era lindo e confortável.
— Se não gostarem desse quarto posso mudar para vocês. – Anne diz.
— Esse está ótimo. – respondi e ela sorriu.
— O que acham de um vinho? – ela perguntou.
— Por mim tudo bem. – Chad diz. — Logo descemos.
— Tudo bem. Fiquem a vontade. – ela diz se retirando do quarto. Eu e Chad nos encaramos e lhe envolvi pelo pescoço.
— Feliz? – questionei.
— Surpreso. Eu não esperava por isso.
— E você acha que eu esperava? Eu quase tive um infarto quando vi outro Chad no mesmo lugar. – ele riu.
— Quem é mais bonito? Eu ou ele? – revirei os olhos.
— Ah pare de cena. Você sabe que eu vou escolher ele. – brinquei recebendo um olhar sério.
— Sabe que ele é casado não sabe?
— Sei, e eu também sou. Com o homem mais lindo do meu mundo! – colo meus lábios nos seus. — Só existe você. – ele sorriu me beijou de volta, me puxou para a cama e se sentou me fazendo sentar em seu colo.
— Esse é o primeiro natal que eu vou passar em dois anos. – respondeu em um suspiro. — E vai ser com a minha família biológica, que louco não?
— E eu vou passar o natal pela primeira vez em sete anos com uma família e sóbrea. – ele me olha.
— Sabe que estou orgulhoso de você, não sabe?
— Sei, eu vejo isso em seus olhos. – lhe abraço. — Pelo menos você não está mais sozinho.
— Não sei, acha que eles vão querer me ter por perto? – soltei uma risada e segurei seu rosto com minhas mãos.
— Chad, você viu como sua mãe te olha? Viu como ela se sente sobre você? Eu aposto que por ela, ela te amarra no pé dessa cama e nunca mais te deixa sair. Ela passou 27 anos longe de um dos filhos dela, achou que nunca mais iria vê-lo e de repente você aparece na vida dela. Ela está feliz, você está de volta.
— Você tem razão. – suspirou. — Eu ainda não cai na realidade. Isso é tão surreal.
— Eu me sinto como você. Eu estou feliz.
— Vamos descer?
— Vamos. – nos levantamos e saímos do quarto descendo para o andar de baixo. Encontramos todos na cozinha colocando a mesa. Assim que nos vêem sorriram.
— Venham, sentem. – Anne diz apontando para que nos sentasemos nas cadeiras e o fizemos. — Sebastian vai demorar para chegar, está em um engarrafamento por conta da neve. – ela diz servindo os pratos. — Ele trabalha com telefonia. – explicou. — Me fale mais sobre sua família Amalia. – pediu.
— Não tenho muito o que falar. – dei de ombros pegando o prato que ela me estendia. — Eu não tenho uma relação com meu pai e minha mãe morreu a algum tempo. Eu tenho irmãs de coração que moram na suíça, e um segundo pai que esta de rolo com uma tia. É complicado descrever a relação deles. Mas enfim, sou sozinha. Quer dizer, eu tenho Chad. – sorri para ele.
— Vocês não estão mais sozinhos. – ela diz nos olhando. — Essa família é de vocês dois de agora em diante. Quer dizer, se vocês quiserem manter contato. Não quero lhes obrigar a nada. – diz e Chad sorri.
— Eu não quero perder o contato com ninguém. – Chad respondeu.
A bebezinha, Lucy falava algo que ninguém entendia em sua cadeira de bebê causando quase uma morte de amores em mim.
— Quanto tempo ela tem? – questionei a Kiara.
— Nove meses. – sorriu para o bebê. — Ela ainda é muito jovem. Meu noivo está no exército. – suspirou. — É tão complicado, meu coração fica apertado toda vez que ele fica longe. Espero que ele consiga vir para o natal e conheça vocês. – sorriu.
— Meu pai é um super herói. – Kennedy conta e sorrio.
— Você tem uma sorte imensa Kennedy. – digo e ele sorri.
— Eu realmente não vejo a hora de ter mais netos. – Anne diz sorrindo. — Antes eu colocava mais expectativa em Keegan e Lana mas agora tenho vocês dois. – nos sorriu.
— Cinco anos mãe! – os gêmeos respondem ao mesmo tempo e depois se encaram.
Não, não, não!
— Cinco anos? – questionei. — Até você?
— Acontece que acabamos de nos casar, não acho que precisamos ter um bebê agora. – ele se explica. — Lana está de acordo. – ela afirma.
— Está vendo? Por que não pode ser mais compreensiva? – Chad me questiona.
— Eu só quero ter meus bebezinhos perfeitinhos. – argumentei. — Você está ficando velho. Na verdade vocês dois estão. – inclui Keegan que me encarou. — Mas ok, não tenho nada a dizer a vocês dois. Agora tenho dois contra mim, que destino incrível.
— Eu não estou contra você. – Chad diz.
— Tanto faz. – eles riram. Encarei Mirella, a que mais me identifiquei. — E você Mirella, faz o que da vida?
— Até agora só estudo, mas tenho um blog onde falo sobre moda e tudo mais. – ela sorri orgulhosa.
— Faça isso mesmo, não se case. – ela riu.
— Afinal, como se casaram? – ela pergunta depois de levar a comida até a boca.
— Eu me ajoelhei no meio das ruas de Las Vegas e lhe pedi ele em casamento. – todos me encaram. — Ele é claro, aceitou.
— Você quem pediu? – Lana pergunta pela primeira vez em choque.
— Sim, se dependesse dele teriamos passado o dia todo vendo montanhas.
— Não iríamos não! – ele rebateu. — Iriamos onde você queria.
— Chad, você fica empolgado com qualquer coisinha. Nós provavelmente iriamos ficar lá o dia todo. – ele revira os olhos. — Depois do pedido, no mesmo dia casamos com Elvis Presley nos abençoando.
— Que incrível! – as três mulheres mais novas exclamaram.
— Se um dia eu resolver me casar, eu irei casar em Las Vegas. – Mirella diz convicta.
— Seria o meu sonho? – Kiara diz me fazendo rir.
— Chad, já foi assistir um jogo de Rugby? – foi Keegan quem perguntou.
— Nunca fui em um jogo na minha vida. – ele confessa espantando o irmão.
— Então nós vamos quando a temporada de jogos aqui começar. – ele diz e Chad confirma.
Dona Anne olhava tudo emocionada. Acredito que esse sempre fora o sonho dela. Ter todos os seus filhos ao seu lado na mesa do jantar.
O restante do jantar passou assim, entre histórias, conversas aleatórias e risadas. Era um ambiente que eu não estava acostumada, mas ainda assim me senti extremamente feliz. Depois do jantar eu e Lana ficamos para lavar as louças enquanto os outros iam assistir algo na TV.
— Isso é realmente surreal. – Lana diz lavando os pratos. — Nunca pensei que iriam encontrá-lo. Nunca vi minha sogra tão animada como ela está.
— É compreensível. Foram 27 anos. – digo enxugando os pratos.
— Vocês dois fazem um bom casal. – ela sorri para mim. — Quando vi Chad na loja eu realmente fiquei assustada. Eu sabia que eles eram gêmeos mas não sabia que eram tão idênticos.
— E eu quem nem mesmo sabia que ele tinha um gêmeo? – rimos.
— Keegan pode parecer um pouco frio, ou indiferente mas não confunda. Ele é um bom homem, ele só é um pouco fechado pois amadureceu muito cedo. – ela suspirou. — Ele tem 27 anos mas é como se tivesse 40. – terminou a louça e me olhou. — Antes do marido de Anne chegar na vida deles, eles passaram por muitas coisas. Ele teve que ser o homem da casa enquanto a mãe trabalhava. Teve que cuidar da irmã mais nova, trabalhar quando apenas deveria brincar, foi difícil. Mas ele é um bom homem.
— Eu acredito nisso. E não se preocupe, é a família de Chad. – ela sorriu e assim voltamos para a sala. Ela se sentou ao lado de Keegan que lhe recebeu com um sorriso e eu ao lado de Chad. Enlacei meu braço no dele.
Algo na tv aconteceu e todos riram. Até mesmo Chad. Eu olhei em volta e era realmente um momento que nunca tive e Chad estava me proporcionando aquilo. Beijei seu rosto e ele me olhou.
— Eu te amo. – susurrei. Ele sorriu.
— Também te amo. – susurrou de volta e voltei a me encostar em seu braço.
Eu finalmente estava tendo um momento em família, com o homem que eu amo!
Não foi fácil chegar até aqui, passamos por poucas e boas e parte delas foram juntos. Tivemos nossos momentos de dor, momentos de fraquezas, mas não desistimos.
Somos a âncora um do outro. Somos Parceiros. Uma parceria suspeita, mas verdadeira.
Fim.
***
Só uns coração para me representar agora 💜💜💜
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