Capítulo 12


Era por volta das dez e meia da manhã quando o jatinho enviado por Beckett pousou em Washington. Eu e Chad entramos no carro que nos esperava e nos dirigimos até a Casa Branca. Tudo estava bem estranho na cidade, começando por não ter muitas pessoas nas ruas. Perguntei ao motorista que nos guiava o que estava acontecendo e a única resposta dada por ele era que eu saberia quando chegasse.

Alguns minutos mais tarde chegamos na casa, apreensiva eu desci do carro e entrei as pressas dando de cara com uma confusão dos homens do meu pai andando de um lado para o outro. Troquei um olhar com Chad que também não entendeu nada.

Enquanto este se afastou para tentar entender algo, eu me dirigi para a sala principal de reuniões encontrando meu pai, Stephany, Backett e as gêmeas.

— O que está acontecendo? – questionei fechando a porta logo atrás de mim.

— Um atentado. – Beckett respondeu. — Explodiram duas lojas. – arregalei meus olhos.

— Alguém morreu?

— Não, as explosões ocorreram durante a noite. Mas não é só isso. – ele pausa soltando um suspiro. — Está um verdadeiro caos, carros sendo furtados, muros sendo pichados, lojas sendo quebradas.

Minha boca se abriu em profundo choque. O que diabos estava acontecendo?

— Mas como? Por que? – perguntei em desespero.

— Não sabemos ainda. – ele finaliza.

— Farei um discurso. – meu pai começa. — Quero doze dos seus homens ao meu lado, vocês não saiam de casa. Principalmente você. – apontou para mim. — E Beckett, demita o segurança dela. – arregalei meus olhos.

— O que? Nem pensar! – rebati.

— Sem discussão. Você nunca aceitou nenhum outro segurança e agora simplesmente quer esse? Ele apoia suas loucuras, não o quero mais debaixo do meu teto. – segurei uma risada sarcástica enquanto sentia meu corpo tremer de nervoso.

— Você não vai fazer isso. – digo olhando-o séria. — Chad é a única pessoa viva que eu tenho além do Beckett, você não vai tirá-lo da minha vida.

— O que é Amalia? Está apaixonada pelo projetinho de segurança? – ele debochou.

— Se eu estiver, o que você tem a ver? – ele revirou os olhos e jogou a pasta que segurava sobre a mesa fazendo um estrondo e as gêmeas pularem de susto.

— Tenho tudo a ver! Você é uma garota pública, seu nome está ligado ao meu! Para piorar você vai naquele programa e se torna mais pública ainda. Aquelas fotos que divulgaram ontem, sabe o que poderia ter acontecido se tivessem fotografado outra coisa? A minha reputação? A minha imagem? – questionou me olhando com raiva.

— Foda-se a sua imagem! – gritei. — Só você se importa com essa merda. Tudo o que eu mais quero é que você caia, esse país não merece você. – ele vem em minha direção como um raio e tudo o que sinto é meu rosto arder com tapa que ele me acertou no rosto.

As gêmeas estão de olhos arregalados, Beckett parecia ter perdido todo o sangue do seu rosto e estava prestes a partir para cima do meu pai mas apenas fiz um pequeno gesto com o olhar para que ele não o fizesse.

Solto um suspiro e ergo meu rosto dolorido e encaro o autor de tal ato. Seus olhos estavam faíscando de fúria e seu rosto vermelho.

Tirando uma coragem de não sei exatamente onde e engolindo a bola que se formou em minha garganta soltei:

— A verdade dói não é mesmo? 

— Cala a porra da boca! – ele me aperta os ombros com brutalidade. — Coloca de uma vez nessa sua cabeça que tudo o que você tem hoje é graças a mim! Que o dinheiro que você usa para cheirar seu pó vem dessa merda. Se eu cair, você também vai cair assim como todo mundo aqui. Eu vou ser odiado e você também! – me solto do aperto dele me afastando. — Você não vai mais poder sair na rua pois vão te tacar pedras, não vão te deixar em paz. Vão te perseguir até no inferno.

— Um inferno diferente desse? Desconheço. – retruco debochada. — Eu não vou cair, e sabe por que? Porque não sou igual a você. Eu tenho caráter, eu tenho coração. Você não é nada nem por dentro e nem por fora. Uma hora ou outra você vai cair, seu tombo vai ser feio. E eu vou estar na primeira fileira para assistir de perto esse momento!  – enxugo as lágrimas que nem ví caírem. — Chad vai ficar, e você não vai impedir isso. Você pode ditar as regras que você quiser lá fora, mas aqui dentro você não manda em nada e muito menos em mim!

— Eu sou o seu pai! – ele exclamou.

— Não, você não é e nunca foi! O pai que eu tinha era tudo feito da minha imaginação. – lhe dou um último olhar e antes que ele resolvesse avançar em mim, saio da sala.

Subo correndo para meu quarto e ao fechar a porta me encosto nela sentindo meu peito arder e as lágrimas caírem descontroladamente. Chad não está e tudo dentro de mim está doendo. É um sentimento sufocante. A dor que eu sinto na minha bochecha não chega nem próxima a dor que eu estou sentido dentro de mim.

Impulsivamente, me aproximo do meu usinho de pelúcia encontrando minha caixinhas onde dentro havia dois pequenos pacotes transparentes de cocaína.

Amalia? – escuto a voz de Chad e desvio minha atenção da caixa para a direção onde a voz surgiu. Ele está parado na porta me olhando preocupado.

Largo as drogas de lado e desabo em um choro dolorido, com um misto de culpa por pensar em correr exatamente para onde não deveria mesmo depois de ter dito que iria parar. E sem pensar duas vezes ele caminha até mim e me envolve em seus braços.

— Desculpe. – pedi com a voz esganiçada de choro. Ele acariciou meus cabelos apenas e me abraçou mais forte.

Depois de desabar totalmente nos braços de Chad por longos minutos, ergo minha cabeça para lhe encarar.

— E-e-eu não sabia o que fazer. – solucei. — Foi a primeira coisa que eu pensei. – me expliquei.

— Tudo bem, eu entendo. Se acalma. – diz olhando para mim compreensível. — O que é isso no seu rosto? – questiona checando minha bochecha esbofetiada.

— Meu pai. – digo apenas. — Ele mandou Beckett te demitir. Ai eu enfrentei ele e disse umas verdades, ele se estressou e deu nisso. – as lágrimas voltam a descer e ele as enxuga. — Eu não vou deixar ele te tirar daqui, não vou.

— Se acalma, ok? Damos um jeito.

Escuto meu celular tocar na mochila e mesmo querendo ignorar quem quer que fosse resolvi me soltar de Chad para ir ver o que é. Havia uma mensagem e o número não tinha identificação.

Quando abro a mensagem e leio, meu corpo gelou por inteiro e os tremores retornam.

"Hey docinho, o que tem achado dos acontecimentos recentes? Está se divertindo? 😂
Más notícias para você e seu namorado, eu realmente estou cansado de esperar. Quero o dinheiro em uma semana, ou vocês dois já eram!"

"E relaxe. Isso foi só um aviso do que pode vir a acontecer caso vocês não façam tudo em uma semana 😂❤"

Encarei Chad trêmula.

— O que foi? – ele questiona novamente  preocupado.

— Foi ele Chad! Foi ele! – digo desesperada.

— Ele quem? – me olha sem entender.

— Adrian, Adrian Garcia! Ele quem está causando esse terror todo. Ele quer o dinheiro em uma semana.

— O que?! – ele perguntou exasperado.

— Chad, o que vamos fazer? – perguntei desesperada.

— Puta merda! – exclamou andando de um lado para o outro. — Eu não sei.

— Nosso plano foi por água a baixo pois meu pai não vai liberar nunca a minha conta, você está sendo demitido. Eu não sei como conseguiremos dinheiro. – puxo meus cabelos em irritação.

— Para com isso. – ele retira minhas mãos da minha cabeça. — Vamos ter uma ideia. Só se acalme. – assenti e peguei meu celular andando de um lado para o outro relendo as mensagens.

— Eu definitivamente odeio emojis! – exclamo irritada. — Será que ainda da tempo de arrumarmos um emprego? Ouvi dizer que precisam de strippers em algum lugar, eu só preciso lembrar onde. – digo abrindo minha mochila e procurando pelo folheto que eu havia achado.

— Amalia-

— Ou quem sabe podiamos vender esses dois pacotes. Vender todas as minhas roupas, vender Faith e Felícia para aquele cara lá do deserto. Eu jurava que eu tinha guardado o telefone dele em algum lugar. – disse revirando minhas coisas.

— Amalia, pelo amor dá para parar? Não vamos fazer strip, não vamos vender drogas e muito menos as suas irmãs! Você enlouqueceu? – ele diz e com isso o encaro cansada.

— Enlouqueci, eu achei que o plano ia dar certo e olhe só! – reclamei chorosa. — E vender Faith e Felícia nem é uma má ideia, talvez devessemos apostar elas em algum jogo que sejamos ruins. – digo pensando na possibilidade enquanto Chad revira os olhos.

Com isso uma lâmpada se acende na minha mente me trazendo uma ideia brilhante e cheia de soluções.

— Suzy! – exclamei.

— Quem?

— Minha tia. Meu Deus como eu não pensei nisso antes? – digo dando alguns tapas em minha cabeça. Chad me olha sem entender. — Eu tenho uma tia que tem um cassino em Las Vegas. Na verdade ela é tia da minha mãe, mas depois que minha mãe morreu não tivemos mais muito contato. Ela odeia meu pai e ele a odeia então...

— Acha que essa tia pode nos ajudar?

— Acho que ela tem a solução para o nosso problema. – guardo o celular em minha mochila e entro em meu closet pegando dois vestidos muito bem conhecidos por mim. — Vamos!

— Como iremos? Não tem mais dinheiro. Onde vai com isso?

— Só vem! – digo saíndo do quarto sendo seguida por ele. Entro no quarto de Faith sem bater e as duas gêmeas me encaram.

— O que foi? Veio pedir gelo para seu rostinho? – Felícia questiona maldosa.

— Lembram disso? – ignorei sua provocação e balancei o vestido no ar e as duas arregalaram os olhos. — Mil dólares por eles.

— Tá, qual é a pegadinha da vez? – Felícia continua.

— Estou falando sério. Vocês sabem que o papai bloqueou minha conta. Preciso de dinheiro.

— Não. – Felícia nega.

— Você vai sair do país? – Faith pergunta interessada.

— Sim, eu vou. – menti. — Se me derem o dinheiro, o quarto é todo de vocês. – as duas se encaram.

— Faith não caia nessa! – Felícia avisa. Faith me encara e depois encara a irmã. Dá de ombros e se levanta. — Faith!

Faith pega seu porquinho de ouro e retira de lá várias notas de dinheiro. Se aproxima de mim.

— Quanto fica os dois vestidos e o quarto? – ela pergunta e sorrio.

— Como eu não estou podendo recusar dinheiro, vou aumentar a oferta e dizer três mil dólares.

— Faith! – Felicia resmunga e se levanta. — Um vestido é meu! – ela ditou saíndo do quarto.

Logo depois ela retorna com o dinheiro em mãos. Entreguei os vestidos e elas o dinheiro.

— Foi bom fazer negócios com vocês. Adeus! – digo saíndo.

— Amalia! – Faith me chama. — Obrigada por aquele dia. E dependendo de onde você vai, não desista do seu amor. – surpresa eu sorri.

— Apenas lembre-se que você deve se amar. – pisquei e sai do quarto. Guardei o dinheiro na mochila e Chad me olhava curioso.

— O que fazia lá dentro?

— Negócios. Vamos! – lhe puxei pela mão de volta ao meu quarto. — Para não correr risco de sermos pegos, vamos por aqui. – digo abrindo a janela e checando se há alguém lá em baixo. — Vamos, desça primeiro. – ele me olha como se eu fosse louca. – Vai! – ainda receoso ele passou para o outro lado e pulou. — Segura ai! – joguei minha mochila e passei para o lado de fora pulando em seguida. Com cuidado nos aproximamos da saída, rolava uma certa confusão entre os seguranças da casa e por isso eles estavam destraidos e melhor ainda: os portões estavam abertos.

Com cuidado saímos da casa e corremos feito um raio pela rua enquanto riamos da adrenalina. Mas o sorriso se foi quando viramos a esquina e nos deparamos com Beckett escorado sobre um táxi.

— Beckett! – resmungo.

— Entrem e vão logo. – o olhei surpresa. — Eu sabia que você não iria ficar, acha que não te conheço? – sorrio emocionada e o abraço. — Andem logo com isso. – diz olhando para os lado enquanto abria a porta traseira do táxi e nos empurrava para dentro. — Cuida bem dela. – diz para Chad que afirma.

Eu não esperava por essa.

O táxi nos dirigiu até o aeroporto como Beckett lhe instruiu. O jatinho estava lá a nossa espera novamente. A viagem fora bem rápida, não demoramos quase nada para chegar.

— Eu realmente estou cansado de ficar voando de um lado para o outro o tempo todo. – Chad reclamou quando pisamos em Las Vegas. — Isso é vida de rico? Prefiro continuar pobre.

— Se você não fosse pobre não estaria nessa situação.

— Você é rica e está nela também, quer falar o que? – revirei os olhos.

Entramos em um táxi que estava parado em frente ao aeroporto e seguimos para o hotel onde ficava — ou pelo menos eu achava ficar — o cassino da minha tia Suzy.

Chad parecia encantado com todas aquelas luzes brilhantes ao nosso redor.

— Nunca veio a Las Vegas? – questionei.

— Nunca, primeira vez. – eu ri. — E você?

— Uma vez só mas não lembro, estava bêbada. – ele ri e nega com a cabeça.

O táxi para em frente a um grande hotel, assim que entramos no lugar tanto o meu queixo quanto o de Chad foi ao chão. Era realmente um lugar de luxo.

Pedi algumas informações na recepção e com isso ficou mais fácil de encontrar o cassino e exatamente onde ficava o escritório da minha tia.

Chad e eu caminhamos até uma grande porta de madeira e batemos e entramos logo em seguida. Me surpreendo assim que a avisto atrás da mesa de vidro. Ela estava exatamente como a última vez que a vi, não envelhecia e mantia os cabelos ruivos. Ela ergueu a cabeça para nos encarar e sua boca se abriu em surpresa.

— Amalia! – exclamou e se levantou vindo até mim e me abraçando. — Querida, como senti sua falta! – se afastou me analisando. — Está tão linda. Te vi ontem no talk show, nem acreditei que era você.

— Também senti sua falta, Suzy. – digo rindo. Ela nota Chad e lhe olha de cima a baixo.

— E você? Que coisa mais linda! – ela o envolveu em um abraço lhe deixando sem jeito. — É seu namorado? – me pergunta. — Oh não, espera. Você é o segurança dela. Você é mais lindo pessoalmente! – diz animada.

— Obrigado, senhora. – Chad responde sem graça.

— Oh, não me chame de senhora. Me chame de Suzy. Ou Su para os mais íntimos. – sorriu maliciosa para Chad. — O que devo a honra da sua visita minha querida sobrinha? Sentem-se. – apontou para as duas cadeiras de frente para sua mesa e nos sentamos. — Querem alguma bebida?

— Whisky. – respondi.

— Da última vez que te vi você tomava leite em um copo cor de rosa. – ela diz me entregando um copo com whisky e para Chad também. — Mas me falem, o que vieram fazer aqui?

Suspirei.

— Estou precisando de dinheiro. – ela franze o cenho.

— Querida, se não sabe – tomou um gole de seu whisky. — seu pai é o merda do presidente dos Estados  Unidos.

— Sim, mas ele bloqueou minha conta bancária e não pretende desbloquear tão cedo. – ela revirou os olhos.

— Mas é um merdinha mesmo. – resmunga. — É caso de vida ou morte?

— Sim.

— E é só você quem está precisando ou os dois estão nessa? – apontou para nós dois.

— Os dois.

— Certo, vou ajudar. Mas olha, não é como se eu fosse dar o dinheiro na mão de vocês de graça. – nos encarou séria. — Eu até posso, mas vou precisar de algo em troca.

— Tipo o que? – questionei.

— Tenho três funcionários em falta. Preciso que cubram isso. Só preciso de uma mulher bonita que destraia os clientes homens e façam eles apostar mais dinheiro que o necessário. Um barmen bonito e um casal para entrar nas apostas e fazer todo mundo perder. – sorriu. — Tudo muito básico.

— Suzy, por mim seria tudo bem. Mas eu sou uma pessoa conhecida.

— Não se preocupem, os clientes não vêem aqui para olhar no rosto das minhas meninas. O máximo é dar uma olhadinha nos peitos delas, coisa de velho tarado. – revirou os olhos. — É só fazer eles apostarem bastante dinheiro. Isso vale para os 3 trabalhos. – eu e Chad nos encaramos.

— Por mim tudo bem. – eu respondi.

— Por mim também. – Chad respondeu.

— Ótimo! – minha tia sorriu. — Anotem aqui o valor que precisam. – peguei o bloco que ela me estendeu e anotei logo lhe devolvendo. Os olhos dela se arregalaram. — Puta merda, vocês realmente estão ferrados. – riu. — Vão descansar. Aqui a chave do quarto. – me entregou um cartão. — Vocês não vêem problemas em dormir no memso quarto, né? É que o hotel está meio lotado.

— Está tudo bem. Obrigada tia. – sorrio agradecida.

— Não precisa agradecer querida. – ela diz piscando para mim. Como isso saímos de seu escritório com um peso a menos sobre as costas. Eu deveria ter pensado nisso muito antes.

— Acha que podemos dar conta? – Chad questiona me chamando a atenção.

— Acho. Vem, vou te mostrar. – peguei em sua mão assim que voltamos para o cassino. Olhamos para o barmen. Ele apenas servia os copos para os clientes e dava alguns conselhos de números. — Você sabe fazer isso não sabe?

— Sei. – respondeu da de ombros. O puxei para uma mesa de roleta. Havia um casal fictício no meio, dava para ver de longe.

— Vê aquele casal? – ele afirma. — Não são um casal de verdade. O intuito deles é provocar os outros jogadores e fazer eles apostarem dinheiro. E já a minha função é ficar igual aquela garota. – apontei para a mesa de dados. — Ela fica destraindo o cara para que ele jogue um número alto e perca a grana.

— Você realmente tem que ficar daquela forma com aqueles homens? – fez um careta observando a garota no colo do homem.

— Não se preocupe, eu posso sentar no colo de qualquer um aqui mas o único que eu sempre vou querer sentar, é você. – susurrei em seu ouvido Ele abre a boca indignado. — Vamos subir, eu estou cansada. – lhe puxo pela mão em direção a saída do cassino.

Assim que entramos na suíte, me joguei na cama no mesmo momento que entrei. Chad fez o mesmo.

— Vamos conseguir, não é? – perguntei após um logo silêncio.

— Vamos. Só precisamos ficar unidos e agirmos juntos. – sorrio.

— Podiamos nos unir no sentido literal também, não é?

— Vou pegar um gelo. – ele diz saíndo da cama. Suspiro encarando o teto bonito e caro do hotel. — Senta. – ele manda se sentando na cama.

— Em você?

— Amalia! – bufei e me sentei na cama. Ele pegou um toalha enrolada com gelo e colocou gentilmente na minha bochecha. — Está um pouco inchado. O gelo vai diminuir um pouco, depois me empresta dinheiro para ir comprar uma pomada. – lhe olhei.

Só estavamos nessa merda por minha culpa! O que eu estou fazendo metendo um anjo como Chad no meio dessa merda toda?

— Chad, me desculpa por te colocar nessa. Se não fosse por minha culpa você não precisaria estar passando por tudo isso. Me desculpe. – uma lágrima caiu.

— Ei, está tudo bem. – secou minha lágrima. — Sem você minha vida continuaria entediante e triste e eu não teria te conhecido. Se tem algo que eu me sinto feliz é por te conhecer.

— Não diz isso. – as lágrimas caíram novamente.

— Não chora. Eu falo sério, você é importante para mim. Agora para de chorar.

— Desculpe. – enxuguei minhas lágrimas. — Estou sensível, acho que é TPM.

— Isso significa que não pode fazer sexo. – lhe encarei com os olhos arregalados.

— O que? Iamos fazer sexo? Me enganei, isso não é TPM. O tapa que recebi deve ter soltado algum parafuso na minha central sentimental. Podemos fazer sexo sim. – pulo em cima dele. 

— Amalia, para com essa fixação. – me encara. — Você parece uma ninfomaníaca.

— Talvez eu seja mesmo. Agora vamos para o que realmente interessa! – ele reverte as posições e me coloca por baixo. — Tudo bem, você pode ir no comando. Não tenho nada contra. – ele solta uma risada e me beija a cravicula.

— Por que você é assim, hein?

— Porque você me faz ser assim. – digo sincera.

— A real é que eu prefiro mil vezes você fazendo essas insinuações idiotas do que chorando. – sorrio. — E sorrindo também.

— E eu prefiro mil vezes colocar em prática do que insinuar. – lhe puxo pela nuca colando nossos lábios um no outro e iniciando um beijo desesperado e sem ar. Desgrudamos nossos lábios e nos encaramos.

— Vai dormir Amalia. – ele diz saíndo de cima de mim.

— Vai dormir comigo, não é?

— Com você atacada desse jeito? Nem pensar!

— Eu não estou atacada. Prometo não fazer nada. Eu não fiz nada noite passada, vai por favor. – pedi. Ele suspirou e me olhou rendido
.

— Tudo bem. Mas vamos logo com isso, eu estou cansado. – sorrio.

— Vou invocar o flash. – digo correndo para o banheiro e ouvindo sua risada soar.

Como eu poderia cogitar a ideia de viver sem ele afinal de contas?

***

Demorei mas cheguei, tarde mas cheguei e peço desculpa pela gigante demora para soltar capítulo.

Há três motivos por isto e eu me sinto na obrigação de explicar quais são eles:

1° - Eu estou em processo de criação de outros livros e tenho andado com um forte bloqueio criativo, coisa que me deixa extremamente estressada e por isso eu acabo me mantendo longe dessa área antes que eu tenha algum surto.

2° - O livro é curto, e por isso muita das vezes eu fico enrolando pois não quero que acabe logo. (Principalmente por eu não ter nada pronto para soltar para vocês)

3° - Foi dando uma revisada nesse capítulo que percebi que preciso URGENTEMENTE fazer alguns ajustes, pois percebi alguns furos nos próximos capítulos e preciso resolver para que saia tudo bonitinho.

Espero que entendam e me perdoem, mesmo que eu sinta que o livro esteja flopando. (A propósito, se houver algum leitor fantasma por favor comenta ao menos um coraçãozinho só para eu saber que vcs estão acompanhando, EU IMPLORO).

Enfim, é isso meus anjos. Capítulo grandão (pelo menos eu achei) só para vocês. Até breve 💜

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