🍁Cap 6 🍁

não Revisei o capítulo, mas acho que deve ter tantos erros.

Comentem e votem.

Boa leitura.

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Alguns dias depois...

                                  Ake.

O dia se encontrava frio hoje, a chuva caia lá fora e eu observava tudo pela janela do quarto, as gotinhas de chuva caindo sobre a janela e deslizando pela superfície de vidro, o frio também predominava na região e dentro de algumas semanas tudo estaria coberto de neve.

Estou no meu quarto sentado na minha cama observado a chuva, hoje o dia está extremamente monótono e fazia alguns dias que tínha levado os humanos até próximo a casa deles.

Eu espero que eles não aprontem nenhuma e muito menos tentem abrir a boca.

Nem sei porque estou me preocupando com eles, devem estar bem, mas agora fica uma dúvida, será que eles não contaram nada para ninguém.

Não, eles não seriam burros ao ponto de fazer isso e não acho que eles traram problemas para a gente pois faz dias que eles sumiram.

— Ake — Escuto alguém me chamar na porta do meu quarto, com muita preguiça eu me levanto e vou até ela a abrindo. — Seu pai quer conversar com você e seu irmão — Dan fala me fazendo ficar imóvel por alguns segundos e pensando no que foi que eu fiz, acho que no fundo eu sei porque ele estava me chamando e isso me deixou com um pouco de medo.

Meu pai pode ser assustador as vezes.

— E sobre o quê é? — pergunto tentando manter a minha tranquilidade e serenidade, quando meu pai manda alguém me  chamar geralmente não é algo bom.

— Bom, não devia dizer nada para você— Olha para os lados. — Mas parece que a alcatéia roug informou que viu caçadores vindo do norte — expressou sua preocupação quando terminou de falar, acho que ele já sabia que eu estava em uma situação delicada.

Meu destino não é um dos melhores agora.

— Ok, estou indo — falei saindo do quarto e fechando a porta, meu coração estava acelerado e quase saindo pela boca.

Ando até chegar a porta do escritório do meu pai e fico parado em frente a porta e fico pensativo me perguntando o quê ele descobriu, pode ter descoberto que humanos estiveram aqui, ou talvez seja só uma paranóia minha e ele quer conversar sobre um esquema de segurança para evitar que caçadores achassem a nossa alcatéia. Abri a porta e o vejo sentado em sua cadeira, com os braços cruzados enquanto meu tio estava em pé ao seu lado, não sabia o que eu poderia fazer agora, Yuki também estava lá e isso não me cheirou nada bem.

Sinal que estávamos em apuros.

— Feche a porta e sente-se — mandou me fuzilando com os olhos, um olhar assustador. Fecho a porta e me sento na cadeira ao lado do meu irmão, ficando de frente para o meu pai. — Acho que você já deve imaginar o motivo de estar aqui — fala com um tom de voz frio o suficiente para me fazer sentir um frio da espinha, forço um sorriso na tentativa de não deixar meu nervosismo ficar tão óbvio.

Meu pai era o mais forte da alcatéia, foi assim que ele acabou virando líder, é uma história meio longa, mas para se casar com a minha mãe ele precisou enfrentar o antigo líder, que por acaso era o meu avô e seu futuro sogro.

Resultado, ele ganhou, quase morreu, mas ganhou, pode se casar com a mulher que amava, meu vô acabou cedendo o cargo de líder e enfim, é uma história longa demais pra contar.

— Não, não sei — menti na esperança que ele acreditasse, mas acho que no final das contas foi em vão, era mais fácil eu ter falado a verdade do que ter mentido.

Afinal, meu pai me conhece a exatos vinte um anos, então,

— Você sabe sim! — afirma. — Acharam mesmo que eu não iria descobrir a bagunça que vocês fizeram? — indagou e obteve um silêncio como resposta, Yuki e eu não sabíamos o que responder e por mais que tentássemos explicar a situação, tudo já estava feito e parece que já havia se espalhado para muita gente com certeza.

— Olha, p...— ele me interrompe.

— Quarentena anos de paz e de tranquilidade entre humanos e lobisomens — fala se ajeitando em sua cadeira e colocando os braços sob a mesa. — Depois de anos de uma carnificina sem fim, perda de vidas inocentes dos dois lados e agora tudo está ameaçado — me olha como se quisesse pular encima do meu pescoço. — , tudo pode ir por água abaixo, por que o irresponsável do meu filho adora sair de casa escondido para se aventurar, colocando a própria vida e a de terceiros em risco — Deu um sorriso  sem humor me fazendo ver que a confusão que causei pode ser ainda mais séria do que eu pensava.

— Você foi extremamente irresponsável !— foi a vez do meu tio falar, me encarando.

— Eu sei que sou irresponsável as vezes — meu tio solta uma gargalhada.

— Só as vezes? — pergunta com puro sarcasmo.

— Você sabe que é irresponsável e não faz nada para mudar — meu pai me repreende e depois lança seu olhar em direção a meu irmão. — E você Yuki, por favor não fique seguindo o seu irmão nas doideiras dele  — pede com um tom de voz bem diferente do que ele usou para falar comigo.

— Ake não me obrigou a nada, eu vou porque quero e gosto de sair com ele — Yuki me defende me fazendo soltar um sorriso. — Eu geralmente acabo dando uma volta, é bom conhecer lugares novos que não sejam só aqui dentro dessa alcatéia  — diz.

— Não quero saber — meu pai fala olhando nós dois.

—  Por que acha que eu obrigaria ele a ir comigo? — pergunto esperando uma explicação que me faça entender o motivo do meu pai achar que obrigo meu irmão a fazer as coisas, eu e Yuki sempre fomos e sempre seremos cúmplices um do outros já que a minha relação com o meu pai não é lá uma das melhores.

Não diria que é uma relação ruim, só não é muito boa.

— Por que geralmente você faz coisas erradas e acaba levando os outros junto com você — jogou na minha cara quase rosnando.

— Enfim, vamos voltar ao assunto que estávamos por favor — meu tio pediu vendo que o clima entre mim e meu pai não estava nem um pouco agradável. — Depois vocês conversam sobre a relação de vocês, mas agora temos um assunto mais importante para ser discutido — nos chamou a atenção.

— Tem razão — meu pai ajeita a sua postura. — Enfim, alguns civis da alcatéia roug viram caçadores na estrada vindo do norte e indo para o sul — falou. — Acho que isso tem tudo haver com o fato, de ter tido um HUMANOS aqui — engoli em seco.

— Ele est...— meu pai levanta a mão e eu entendi que ele estava me mandando calar a boca.

— Você travou uma luta com solitários para salvar humanos, admito que no seu lugar  faria o mesmo — falou. — O problema é que você fez isso sem contar para ninguém, em mais uma de sua escapadas noturnas, os humanos fugiram e eu tenho quase certeza que contou para os outros o que aconteceu — deduziu.

Humanos desgraçados.

— Você sabe que somente alguns humanos sabem da existência desse acordo entre lobisomens e humanos — meu tio chamou a minha atenção. — Sabe, que esse tratado é na realidade a única coisa que impede que uma outra guerra aconteça não é? — indagou claramente irritado de novo.

Meu pai e as suas mudanças de humor.

— Ok, eu sei que fiz uma bagunça muito grande e que pode acabar ferrando a gente, humanos — assumi. — Mas agora o que eu posso fazer? — pergunto, não é como se eu pudesse resolver tudo sozinho.

— Simples, ache os humanos e tente tirar informações deles, sei lá, se vira — olhei perplexo para o meu pai. — Já está na hora de você aprender a arrumar os seus problemas sozinho — falou. — Agora caiam fora da minha sala por favor — diz desviando o olhar.

Eu e Yuki nos levantamos e andamos até a porta, antes dei mais uma olhada para o meu pai enquanto meu irmão saia dali, depois de alguns segundos sai pela porta e a fechei logo em seguida.

— O que pretende fazer agora? — Yuki indagou com a sobrancelha arqueada e me olhando.

— Não sei, poderia até tentar encontrar os humanoa — falo. — Mas me expôr agora com caçadores a solta não parece ser uma idéia inteligente — falei andando pelo corredor e sendo seguido pelo meu irmão.

— Olha eu não sei — Yuki também não tinha uma resposta para esse grande problema que estávamos enfrentando agora.— Talvez os humanos não tenham falado nada sabe? Talvez, tenha sido outra pessoa — fala se sentando em uma  das cadeiras na mesa da cozinha.

— Impossível, só tinha eles.— digo. — Sem contar que tenho certeza que eles devem ter contado as coisas que ouviram para outros humanos  — Isso era extremamente fácil de se deduzir, afinal, qual seria o outro motivo para caçadores estarem aqui?

— Faz sentindo, mas o que a gente faz então?

— Talvez, eles estejam juntos com os caçadores — deduzi. — Podemos ficar de olho neles e ver se descobrimos alguma coisa — falei.

— Mas é perigoso — Meu irmão estava preocupado com o fato de serem caçadores e também, por serem extremamente perigosos.

— Perigoso é, mas eu acho que tenho um plano — dei um sorriso. — Vou me disfarçar de caçador, conhecendo as figuras do jeito que são, aposto que vão parar no pequeno vilarejo rural que fica antes do nosso território e com certeza eles vão caçar mais caçadores para recrutar, então...— Yuki me interrompe.

— É um plano ótimo, incrível, mas muito perigoso — falou.

— Eu sei, mas no momento é a única ideia que eu tive — digo soltando um suspiro, as coisas não estariam como estão se eu não tivesse achado aqueles humanos.

Mas a quem eu quero enganar? Eu os  salvaria de qualquer jeito.

— Infelizmente é o único plano que temos no momento, melhor arriscar agora do que deixar o pior acontecer — Yuki soltou um suspiro. — Ei cara, eu vou ficar bem, não tem porque se preocupar tanto — falo e o vejo forçar um sorriso.

— Ok, eu espero mesmo — fala.

A idéia seria muito perigosa? Claro, mas é o que temos e nesse momento não temos muitas opções, eu precisaria me expôr ao perigo máximo para consegui proteger o meu povo e evitar uma guerra com os humanos.

Talvez, se eu conseguir achar aqueles humanos consiga algumas informações.

Suspirei e olhei para o meu irmão, que nesse momento encarava o nada. Sei que ele tem razão, porém essa é a única solução que eu achei.

— Eu prometo que eu vou ficar bem, não tem o porque se preocupar, é uma promessa — falei sorrindo.

— Ok, mas cuidado por favor — falou.

Eu posso ser irresponsável, mas nunca quebro minha promessas.

Nunca.

E não seria dessa vez que eu quebraria, e eu vou fazer de tudo para fazer ela se concretizar, tudo mesmo.

— Você sabe que não quebro minhas promessas — Dou um sorriso pequeno na tentativa de quebrar o clima que ficou entre nós.

— Eu sei, mas eu não consigo relaxar sabendo que meu irmão está colocando a vida em risco — desabafou.

— Eu vou ficar bem, eu prometo — prometi e ele  me olha dando um pequeno sorriso.

— Ok, mas se cuida mesmo — falou.

— Eu prometo — me levantei e fui até ele lhe dando um abraço.

E essa promessa eu não vou quebrar.

Continua...

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