🍁Cap 2🍁
Comentem muito nesse capítulo e votem muito também por favor, boa leitura.
Comentem muito por favor :)
-----------------------
Eu e Jacob passamos o resto da tarde pensando em como passaríamos pelo portão da vila, meu amigo as vezes tem um pouco de medo, mas sempre está do meu lado.
Por acaso descobrimos que uma charrete chegará a vila hoje, trazendo mantimentos, o que quer dizer que o portão terá que ser aberto, o que pode ser a nossa deixa para podermos sair, daremos um jeito de entrar na charrete, e assim conseguir sair daqui.
Teríamos que esperar a maioria das pessoas dormir e os guardas se distraírem, seria um plano fácil de realizar, claro que também levaríamos algo para nos proteger até porque deve haver animais selvagens por ali, já estava na hora de provar para as pessoas dessa vila que não tem nada de mais naquela floresta e assim eu finalmente poderia ir embora deste lugar.
Não aguento mais ficar atrás desses muros sem conhecer o mundo exterior.
Jacob era bom com arco e flecha e eu com adagas, eu sempre fui fascinado por elas, então o meu pai me ensinou a usar desde os meus 15 anos, sempre gostei de adagas, acho elas bem bonitas. Também era bom em combate corpo a corpo, então, conseguia lutar muito bem.
Não demorei muito para pegar a prática e em questão de meses eu já sabia manusear adagas muito bem, é preciso ter bastante agilidade, também aprendi a lutar com bastão. Meu pai falava que eu precisava treinar muito, para que eu conseguisse me defender.
Pelo menos aqui eu aprendi algumas coisas.
Após resolver tudo nós nos despedimos e fomos para nossas casas, entrei de casa e vi que meus pais não estavam aqui, deviam ter saído para dar uma volta.
Não havia ninguém em casa ainda, subo para o meu quarto e ando até um local no canto da estante, é onde deixo meu caderno de desenhos, sempre olho para ver se ele estava ali.
Nele havia desenhos da lua em todas as suas fases, das estrelas, de animais, o meu favorito era o lobo.
Tiro o meu agasalho e o jogo em cima da cama, deito na cama e fico olhando para o teto pensando no que eu faria essa noite com a ajuda do meu amigo, não iria desistir, não iria mesmo.
— Eu não vou desistir e ficar com medo — digo para mim mesmo, nunca desisti de nada e não é agora que eu vou fazer isso.
Tiro meus sapatos e me aconchego na cama, eu iria dar um cochilo agora enquanto ninguém está aqui em casa falando no meu ouvido.
———————————
Quando acordei já estava praticamente de noite, havia dormido como uma pedra, me espreguiço e logo me sento na cama ainda tentando assimilar o fato de ter dormido mais do que eu deveria, me levantei e andei até a janela e vi a lua brilhando no céu, as estrelas faziam companhia a ela.
Me afastei da janela e então sai do quarto, andei pelo corredor e desci as escadas, meus pais estavam sentados na mesa comendo, haviam chegado.
— Finalmente a bela adormecida acordou — meu pai brinca. — Já ia te chamar para vim jantar — fala.
Era um homem alto, forte, com cabelo crespo, um barba rala, nariz largo, olhos castanhos. Minha mãe tinha o cabelo cacheado e volumoso, nariz largo assim como o meu e o do meu pai, mas com lábios finos, olhos azuis, sinceramente, ela era a mulher mais linda daqui.
— Você tava dormindo tão bem, que eu fiquei com pena de te acordar — minha mãe diz. — Eu fiz canja, a sua favorita — diz sorrindo, somente uma propriedade aqui da vila criava galinhas e perus, e uma outra cultiva algumas verduras.
— Que bom! Adoro — digo pegando uma tigela e indo até ao pequeno caldeirão me servir com a canja.
Depois que coloquei a canja em minha tigela e peguei uma colher, me sentei a mesa com meus pais e ficamos em silêncio, mas não era nada desconfortável, e sim algo bom, pois assim eu sei que está tudo bem.
O único iluminação que tínhamos era de uma lamparina que ficava pendurada perto da janela. No fundo, eu estou torcendo para eles dormirem cedo, para eu conseguir sair de casa e encontrar Jacob logo.
— Então, em breve teremos o festival do outono sabe — meu pai chama a minha atenção. — , talvez esse ano você possa nos ajudar em algo — murmurou me fazendo dar um pequeno sorriso, mas ainda sim, lhe lancei um olhar desconfiado.
O festival do outono é uma festa tradicional que fazíamos todos os anos para celebrar a estação e a proximidade que estamos do inverno.
— Nossa, assim do nada? — indago. — O que te fez mudar de ideia? O senhor nunca quis que eu ajudasse.
— É que... Bom, você é bem criativo nas suas ideias e quem sabe, não possa nos ajudar a organizar tudo — fala meio sem graça.
Minha mãe olhava a cena dando um pequeno sorriso e logo deduzi que ela convenceu meu pai a me deixar ajudar, talvez tenha sido isso.
— Ok, eu vou ajudar vocês — digo animado, meu deus finalmente eles vão me deixar ajudar. — Vou pensar em algo — falo levando a colher com sopa em direção a minha boca, a canja da minha mãe era ótima.
— Ótimo, bota essa mente brilhante para funcionar — meu pai diz.
Eu ainda estou desconfiado.
— Pode ter certeza que eu vou, e você vai amar — digo e os vi dando uma risada.
— Ok filho, eu confio em você e tenho certeza que vai nos surpreender — minha mãe pronunciou.
Poderia perguntar sobre o porquê de não poder sair para o lado de fora, mas sempre acaba em brigar, por isso prefiro não comentar mais.
É sempre o mesmo argumento.
Depois que terminamos de comer eu fui me banhar na banheira redonda de madeira que tínhamos no banheiro, depois disso me levanto a pego a tolha, me enxugo e vou para o meu quarto pegar uma roupa adequada para eu me vestir, pois, lá fora estaria congelando.
Meus pais já haviam ido dormir, então eu poderia sair de casa sem nenhum problema, vou até à mesinha no meu quarto e abri a gaveta pegando uma adaga dourada com algumas pedrinhas preciosas.
Meu pai havia me dado ela uando tinha acabado de completar 17 anos, é uma herança de família que é passada de geração para geração, agora era a minha vez.
Com ela em mãos saio do meu quarto, pego a lamparina que estava na cozinha e abro a porta com todo cuidado para não acordar os meus pais, a fecho logo em seguida e começo a ir até onde eu e Jacob marcamos de nos encontrar. Ele estaria me esperando no local perto do portão.
Também estou levando um pequeno mapa que encontrei no escritório do meu pai, ao menos para tentar nos localizar e tomar cuidado para não acabarmos nos perdendo.
A maioria das pessoas da vila estavam dormindo, tirando os guardas que ficavam no portão para impedir que alguém tentasse sair sem autorização. Andei um pouco até alguns arbustos, consegui achar o meu amigo com muita facilidade no meio deles, fui até ele com cuidado e me escondi junto com ele.
— A mercadoria de hoje já deve estar quase chegando — sussurra olhando para os três guardas que estavam ali em frente ao portão.
— Ainda bem, já deve ser quase meia noite — sussurro para que eles não me escutem. — Acho que meu cochilo demorou mais do que eu previ — Jacob solta uma risadinha baixa.
— Claro, dorme que nem uma pedra — fala e quando eu iria responder escutamos o barulho do portão sendo aberto, enquanto dois dos guardas abriam ele, um outro ficava logo parado logo frente, geralmente faziam isso para interceptar mercadorias para poder verificar se estava tudo certo.
Observavamos a charrete entrar, com certeza devia haver muita mercadoria lá atrás, os guardas vão em direção ao outro e começam a falar com o dono da carroça. Jacob olhou para mim, jogando levemente a cabeça para o lado dizendo que tínhamos que ir agora.
Fomos seguindo a charrete com cuidado para que não nos vissem e que o plano todo fosse por água abaixo, e também porque um guarda estava a acompanhando pelo caminho.
Acompanhamos ela até o local onde sempre descarregam a mercadoria, que ficava em um grande galpão. O guarda que a acompanhou ajudou o homem a descer a mercadoria, tivemos que esperar Jacob e eu andamos com cuidado até chegar na perto dela e entrar pela parte de trás. Nos assustamos assim que Kira aparece e entra dentro da charrete, a mesma usava uma capa marrom com um capuz sobre a cabeça, e com seu famoso arco e flecha.
— O que você tá fazendo aqui?! — Jacob indaga.
Kira era bonita, cabelo longo e cacheado ruivo, também tinha sardas.
— Você parecia bem nervoso mais cedo — Ela tira o capuz e deixa seu cabelos cacheados e ruivos a mostra. — Então, decidi te seguir para ver o que estava aprontando — diz.
— Não devia ter vindo Kira, é perigoso para alguém como você?— digo
— Acha que sou fraca? — indaga.
— Não — digo. — Quer dizer, é que você pode se machucar, é melhor ficar na sua casa, você não tem tanta força e... — ela me interrompeu.
Sua testa se franziu e seus olhos se reviraram.
— Me conta outra! — diz com uma cara nada boa. — Você não pensa muito diferente do meu pai em relação a mulheres as vezes — diz.
— Olha, não é bem assim...— Jacob me interrompe.
— Calem a boca! — resmunga baixinho.
Nos abaixamos, escutamos o guarda conversando com o moço por um tempos e então sentimos a charrete começar a se mexer. Parece que o plano realmente dará certo, ao menos é o que espero, caso contrário vou me meter em um grande enrascada e de brinde os meus amigos também.
— Vamos nos cobrir com isso, rápido — Kira nos mostra um pano grande.
Ela o joga encima de nós três, nos cobrindo totalmente, enquanto escuto vozes dos guardas, levanto um pouco o pano e observo tudo atentamente. Quando passamos pelos guardas, rapidamente me abaixo, por sorte a charrete não parou, então consegui ficar mais tranquilo.
E assim que vi que havíamos acabado de sair da vila, dou um pequeno sorriso.
— Conseguimos — digo em voz baixa.
— Jaden, fica quieto — Kira murmura.
— Quieta você, não era nem para você estar aqui para início de conversa — murmuro. — Era pra ter ficado lá — Ela me mostra o dedo do meio.
Hora, agora ela está resmungando, ninguém mandou ela ser curiosa e vir atrás de mim e de Jacob. Tiro um pouco do pano de cima de mim e olho para trás, o homem continua guiando a charrete.
Iríamos descer assim que estivéssemos a uma distância segura da vila, descer perto da vila iria ser perigoso, principalmente porque poderíamos acabar sendo pegos. Tivemos que esperar por um bom tempo, até estarmos seguros e poder descer.
— A sorte de vocês, é quem tem uma lamparina ali na frente — Olhamos para Kira.
— A é, esquecemos de trazer uma — resmungo.
— Vocês são inacredi..— A charrete da um pulo e então para de andar.
— Que merda — Jacob resmunga.
— Minha nossa, acho que ela deve ter passado em algum buraco — Kira diz.
O cavalo começa a fica agitado, o home pega uma lamparina ao seu lado e então desce da charrete, ficamos em completo silêncio. Então, ouvi um uivo alto, depois disso, foi ai que as coisas começaram a ficar sérias.
Um grito alto é ouvido, o cavalo começa a ficar completa doido e assustado, era possível ouvir passos, mordidas. Ficamos em silêncio, fecho os olhos com força para tentar ignorar os barulhos do lado de fora, era os gritos do homem haviam parado, o cavalo ainda está agitado.
— Isso não é bom — Kira fala.
Então, o silêncio predomina o lugar, com certeza não é nada seguro sair daqui de dentro por agora, então, acho que iremos precisar esperar. Isso, até sentir algo vim com tudo para cima da charrete.
Foi ai, que tudo começou a dar errado.
Continua...
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top