Cap. 3
⚠ Alerta de gatilho: medo/ansiedade/daddy issues/discussões/automutilação ⚠
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Dinheiro sujo, dinheiro sujo
Como você pagou esse anel que eu amo, querido?
Só mais um turno na empresa de medicamentos
Ele não pensa que eu sou uma idiota do caralho, pensa?
Não importa com o que você tente disfarçar sua casa
Nós sabemos o que acontece dentro dela
Melanie Martinez - Sippy Cup
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- Bom dia - Alice ouviu Marie dizer assim que abriu os olhos e se espreguiçou na cama, a mulher estava ocupada arrumando algumas roupas em seu armário. - Desculpe se a acordei.
- Não, acordei porque tive um sonho estranho - Alice contou franzindo as sobrancelhas por um breve momento. - Algo com espelhos e um mundo esquisito, acho. Ando tendo muitos sonhos estranhos ultimamente.
- A senhorita lê muitos livros de fantasia, não? - Marie perguntou, sabendo que não era um evento raro Alice se fechar em seu próprio mundinho na biblioteca, rodeada pelos mesmos livros que nunca cansava de reler incontáveis vezes.
- É, deve ser isso, talvez eu esteja começando a perder a noção entre realidade e ficção - ela pensou por alguns segundos e então riu. - Estou brincando. Que horas são agora, por favor?
- Hm... Oito e meia - a moça informou depois de uma olhada rápida em seu relógio de bolso.
- Perfeito.
Depois de lavar o rosto e escovar os dentes, a menina se vestiu com uma meia-calça preta e um vestido azul-marinho que estava entre seus favoritos, por fim penteando os cabelos escuros e prendendo uma mecha lateral com um laço cintilante. Sua mãe já havia dito algumas vezes que ela estava ficando velha para se vestir feito uma bonequinha, mas ela gostava e mesmo com os comentários inconvenientes não tinha a menor intenção de mudar.
Ainda não passava das nove horas quando Alice se sentou à mesa para tomar seu café da manhã, onde seus pais já a esperavam como de costume.
Elizabeth terminava uma xícara de café e Daniel mantinha os olhos verdes fixos no jornal em suas mãos, suas olheiras escuras indicando que não estava tendo noites muitos boas de sono, o que provavelmente se devia à sua dedicação quase que obsessiva ao trabalho - ele definitivamente precisava se dar algum descanso.
- Bom dia, querida - a loira disse por fim e Alice respondeu com um sorriso.
- Bom dia, mamãe.
- Dormiu bem? - Seu pai perguntou ainda sem tirar os olhos das páginas abertas.
- Como uma pedra - a menina disse em resposta enquanto se ocupava em passar geleia de morango sobre uma torrada.
- Não foi isso o que me contaram - ele rebateu finalmente abaixando o jornal para focar o olhar impassível sobre a filha que retribuiu com uma expressão igualmente fria.
- É incrível como as notícias correm rápido até o senhor mesmo que passe o dia inteiro enfurnado no escritório sem falar com ninguém.
- Alice! - Sua mãe a repreendeu temendo o rumo que aquela conversa poderia tomar porém se calou ao ouvir o marido soltar uma risadinha descrente e, inesperadamente, quase que orgulhosa.
Para ele era novidade Alice agir daquela forma e não como uma garotinha medrosa e chorona que parecia não ter a menor noção sobre como de fato funcionava o mundo real.
- Desculpe. Mas se tem tanto interesse assim então sim, talvez eu tenha tido um breve pesadelo ontem, e apenas isso - contou com firmeza e o homem semicerrou os olhos e comprimiu os lábios numa linha fina e tensa.
- Assim espero, e não que esteja ficando louca como...
- Como a vovó?
A tensão tomou conta do ambiente enquanto Alice e o pai se encaravam numa discussão silenciosa e Elizabeth, boquiaberta, tentava entender a situação.
- Como você...? Alice, quem te contou isso? - Perguntou e a menina deu de ombros.
- Não é só para o papai que as notícias correm rápido - respondeu em tom indiferente, voltando o foco para sua torrada e seu suco de laranja na intenção de dar fim àquela conversa, afinal não queria ter que explicar como ficara sabendo sobre sua avó e muito menos que algum funcionário fosse punido por culpa de sua curiosidade e péssimo hábito de prestar atenção em conversas alheias.
- Não se atrase para a aula - foi a última coisa que seu pai disse antes de se levantar da mesa para voltar a se fechar em seu próprio mundo voltado inteiramente ao trabalho.
- Não seja tão dura com ele querida, sei que é difícil de lidar às vezes mas ele está tentando, ele é seu pai...
- Eu também estou tentando, mamãe - Alice a interrompeu. - Mas desse jeito fica cada vez mais difícil só tentar.
Elizabeth respirou fundo e assentiu, também se levantando e desistindo de argumentar. Mesmo se tratando somente de uma criança estava se tornando impossível debater com Alice, quanto mais o tempo passava mais ela demonstrava o quanto realmente poderia ser parecida com o pai, e já fazia um tempo que os dois viviam numa espécie de competição para ver quem conseguia ser mais frio e verbalmente agressivo com o outro.
Alice já não se importava mais, sentia falta de sua mãe mas seu pai há muito já não passava de uma inconveniência, estava acostumada com sua ausência e, quando presente, com sua insistência irritante em atingi-la de alguma forma e provar seu ponto sobre a família de Elizabeth ser formada por loucos instáveis - então, ignorando os últimos acontecimentos da mesma forma que vinha tentando ignorar tudo que envolvia o pai, ela terminou seu café da manhã e se retirou para a sala que fora exclusivamente reservada e montada para que tivesse suas aulas.
Esta era formada por uma mesa e cadeira no canto para os professores, um conjunto menor que ficava no meio da sala para a própria Alice, uma lousa esverdeada na parede e uma estante relativamente grande que guardava todos os materiais didáticos usados, como livros e cadernos.
Sua primeira aula do dia era de matemática, cuja era lecionada pela Professora Chase - uma senhorinha de cabelos grisalhos, pele enrugada e óculos redondos grandes demais para o seu rosto fino e miúdo, - porém esta ainda não havia chegado quando Alice entrou na sala e se sentou em sua mesa, observando o céu pela janela parcialmente escondida sob a cortina bege enquanto esperava pela mulher que não demorou muito a aparecer.
As horas se arrastaram enquanto a menina resolvia algumas equações em seu caderno, implorando para que aquilo acabasse logo. Nunca fora fã de matemática e não seria agora que isso mudaria, preferia mil vezes as aulas de literatura com a Senhorita Amelie, que era mais jovem, mais alegre e não cochilava enquanto Alice fazia suas lições.
Ela parou e encarou a senhora que dormia de boca aberta encostada sobre a cadeira, passando distraidamente o lápis por entre os dedos e remexendo os pés inquietos por baixo da mesa enquanto ainda mantinha toda a sua atenção naquela cena deprimente.
Três batidas rápidas na porta despertaram tanto Alice quanto a professora que se endireitou em seu lugar com um sobressalto e arrumou os óculos tortos sobre o rosto que ganhou um tom rubro ao ver o mordomo parado na entrada da sala - afinal ser pega dormindo em serviço era obviamente fonte de uma vergonha e desconforto incríveis.
- Pois não? - Perguntou cruzando as mãos sobre o colo e o mordomo pigarreou.
- Desculpe a intromissão, mas os pais da senhorita Alice a esperam na sala de estar.
- Oh... - Alice disse tão surpresa quanto a senhorinha visto que seus pais a tirarem do meio de uma aula definitivamente não era um evento comum ou recorrente.
- Continuamos depois, então - a professora disse e Alice assentiu, seguindo o mordomo sala afora sem hesitar, qualquer coisa era melhor do que ficar parada olhando para o nada enquanto escutava a Senhora Chase roncar.
- O que aconteceu, James? - Questionou com curiosidade ao que o homem apenas respondeu:
- Apresentações.
- Apresentações? - Alice disse num murmúrio confuso para si mesma e sentiu seu coração palpitar conforme se aproximaram e foi possível ouvir vozes cujo a menina não fazia a menor ideia de a quem pertenciam.
- Esta é nossa filha, Alice - Daniel disse com uma falsa excitação assim que Alice entrou no cômodo, passando o braço pelos seus ombros e arrastando a filha até o trio de estranhos que se sentavam em um dos sofás.
A mulher, que se vestia inteiramente de amarelo e tinha olhos azuis gélidos e os cabelos curtos num tom de loiro caramelizado, abriu um sorriso para Alice assim que a viu, esticando seus lábios pintados de um vermelho vivo e expondo seus dentes perfeitamente brancos e alinhados - se não estivesse se mexendo e conversando como os outros, Alice poderia jurar que era uma boneca em tamanho real.
- Ela é linda! Se parece muito com vocês! - Exclamou numa simpatia tão exagerada que chegava a ser incômoda. - Olá querida, é um prazer! Sou Abelle.
- Obrigada, igualmente - Alice respondeu ainda sem jeito e sem entender ao certo sobre o que se tratava aquela visita.
Ao lado de Abelle estavam um homem de cabelos escuros e aparência cansada - não muito diferente de seu pai - e um garoto que ela chutou ter aproximadamente a mesma idade que a sua, com os cachos ruivos ajeitados e o rosto sardento distraído virado para o lado de forma que o menino focava toda a sua atenção no velho relógio de madeira escura e pêndulo dourado que enfeitava aquele cômodo desde que a mansão passara a pertencer à família de Alice.
- Senhorita - o homem disse cumprimentando Alice com um aperto de mão formal e ela assentiu com um sorriso gentil.
- Filha, esses são os Daemon, nossos novos vizinhos - Elizabeth finalmente disse e o sorriso da menina se intensificou.
Então os boatos que ouvira por trás da porta eram mesmo verdadeiros, e ali estavam seus novos vizinhos e possivelmente seu novo amigo cujo ela mal pôde conter a agitação devido à urgência de se apresentar logo ao garoto, mas se não quisesse levar uma boa bronca mais tarde era melhor manter a educação e a paciência.
- Querido, não seja tão antissocial, se apresente também - Abelle disse cutucando o ruivo. - Perdoe nosso filho, deve estar cansado pela viagem.
- Ah, sinto muito. É um belo relógio - ele disse se levantando e estendendo a mão para Alice que se sentiu travar enquanto o menino fixou os olhos sobre os seus, esperando uma resposta. - Sou Luke.
As palavras pareceram não fazer sentido, ecoando distantes e abafadas. Tudo o que Alice podia ouvir era o sangue pulsando em seus ouvidos, o coração martelando como se tentasse escapar do peito enquanto seus pelos se eriçavam com um arrepio gélido que percorreu sua espinha ao ver as íris douradas cujas eram as únicas coisas nas quais conseguia se manter focada.
Sem dúvidas era uma cor incomum, nunca vira alguém com olhos de um castanho tão claro que beirava o amarelo, mas não era isso o que chamara a atenção de Alice, que engoliu em seco e apertou as unhas contra as palmas das mãos porque ela já vira aqueles olhos antes - eram os mesmos que a tinham encarado por segundos assombrosamente longos na noite anterior, brilhando mesmo diante de toda a escuridão do quarto, a observando como se ela fosse sua próxima presa.
- Ally? - Seu pai chamou e ela piscou, estendendo a mão trêmula para Luke que a levou até os lábios quentes e depositou um beijo delicado sobre as juntas de seus dedos.
- Desculpe... Alice - ela disse com a voz mal passando de um sussurro instável e rapidamente repetindo com mais clareza: - Meu nome é Alice.
- É um prazer, senhorita Alice. Espero que possamos nos tornar grandes amigos.
- Igualmente - respondeu abrindo um sorriso torto e se apressou em se afastar, dando um passo para trás e juntando as duas mãos atrás das costas como se temesse que o garoto pudesse tocá-la novamente.
A conversa se seguiu normalmente mas Alice já não conseguia prestar atenção, a única coisa na qual conseguia pensar era na familiaridade esquisita e incômoda com a qual Luke a encarava.
Sentiu seu estômago embrulhar e engoliu em seco, pedindo licença antes de sair andando para o corredor enquanto todos permaneciam quietos, fitando suas costas sem entender a situação, como se ela fosse maluca - e talvez estivessem certos, porque Alice sabia que quanto mais tempo passasse naquela sala com aquele garoto, mais perto estaria de entrar em alguma espécie de surto.
Algumas horas tinham se passado, as visitas já tinham ido embora e a menina se encontrava sentada no chão da biblioteca, presa em um de seus livros de contos de fadas, crente que tinha se livrado da situação sufocante de mais cedo quando seu pai a chamou para uma conversa em seu escritório.
Sempre que seu pai a chamava para uma conversa nunca era de fato só uma conversa, sempre envolvia insultos, lembretes de como Alice sempre fazia tudo errado e, dependendo do humor de Daniel, gritos também estavam inclusos - e estando ciente de tudo isso, ela respirou fundo antes de bater na porta e entrar assim que o homem mandou.
- Feche a porta - ele disse indicando com o queixo e assim a menina o fez, parando e observando enquanto ele a fitava de cima, o rosto inexpressivo tornando toda a tortura psicológica ainda mais eficiente para Alice que não sabia o que esperar.
O cômodo estava silencioso e escuro, as janelas cobertas pelas cortinas grossas cor-de-vinho, e tudo era minuciosamente organizado - com exceção apenas dos papéis jogados e livros abertos sobre a mesa de madeira escura na qual Daniel mantinha os cotovelos firmemente apoiados.
- Vem aqui - ordenou gesticulando para que a filha se aproximasse e Alice caminhou até a mesa, se esforçando para não demonstrar o nervosismo que àquela altura a fazia tremer por inteiro. - Tem certeza de que está tudo bem?
- Sim.
- Então o que foi aquilo? - Questionou fazendo-a mordiscar o lábio e abaixar o olhar antes de responder.
- Eu não sei.
- Não sabe? Porque eu acho que você sabe sim, e levante a cabeça quando falo com você - respondeu em tom ríspido e a menina voltou os olhos escuros para o pai. - Eu não te criei como uma criança qualquer Alice, não criei uma filha mal-educada e muito menos uma pirada!
- E-eu...
- O quê? Agora não sabe mais falar? Onde foi parar a adulta que de manhã me respondeu com tanta autoridade? - Indagou com a voz repleta de um sarcasmo amargo, o canto de sua boca se erguendo num sorriso vitorioso e quase que ameaçador.
- Eu não sou pirada, sei muito bem o que vi - murmurou receosa.
- O que disse? - O homem perguntou e o nervosismo de Alice deu lugar a raiva e a impaciência, cansada de ser tratada daquela forma, ela já não era mais uma criança idiota e as tentativas do pai de intimidá-la se viam cada vez mais inúteis.
- Eu disse que não sou pirada e sei muito bem o que vi - respondeu pausadamente com a voz alta e firme e mal se movendo quando Daniel se levantou de súbito, causando um estrondo ao bater as palmas das mãos na mesa.
- Esse seu monte de merda já está me cansando, Alice! - Gritou apontando o dedo longo para o rosto da filha que permaneceu imóvel e séria. - Você tem alguma noção do quanto me envergonhou hoje? Eu não vou aceitar outra louca nessa família manchando a minha reputação, muito menos a minha própria filha! Minha paciência para esse seu tipo de atitude já esgotou, não vou tolerar uma herdeira inútil.
- Herdeira de quê? Achei que nossa família estivesse falindo - retrucou e pôde ver o rosto do pai se retorcer em fúria.
- Você acha que sabe de muita coisa, se faz de espertinha mas é só uma menininha mimada, não duraria um dia sem eu e sua mãe aqui - disse e a frase soou mais do que engraçada para Alice, afinal ela já não tinha os pais de qualquer forma, quem cuidara dela na maior parte do tempo desde que nascera tinham sido Elinor e Mallorie e raramente sua mãe, que nos últimos anos nem raramente mais. - Vá para o seu quarto e não saia até minhas ordens, repense em tudo o que anda fazendo, e eu espero, de verdade, que situações como as de hoje não se repitam.
- Não irão - foi tudo o que respondeu antes de sair e bater com força a porta atrás de si, marchando pelo corredor com os punhos cerrados tão fortemente que podia sentir suas unhas esfolando a palma de suas mãos.
Quem ele pensava que era para insultá-la daquela forma? Se sua avó era maluca ou não, Alice não tinha nada a ver com aquilo, e se sua personalidade ácida o desagradava ele que tivesse lutado para ser um ser humano melhor então, pois todas as respostas espertinhas e o ar de superioridade que Alice sabia manter muito bem quando provocada ela aprendera desde pequena o observando sem saber que talvez seu próprio pai fosse um péssimo exemplo a ser seguido.
- Senhorita? - Elinor chamou a tirando de seus devaneios furiosos quando colocou a mão sobre seu ombro, fazendo-a parar de súbito no meio do caminho.
Mas afinal, caminho para onde? Ela não fazia ideia de para onde estava indo quando saiu do escritório do pai, e agora estava ali parada com a mão estendida em direção à maçaneta dourada do antigo quarto de sua avó.
- E-Eu... Me perdi? - Disse baixinho em confusão, olhando para as próprias mãos manchadas de vermelho pelo sangue que havia brotado de uma sequência de quatro cortes com o formato de meia-lua nas palmas. - Ah...
- O que aconteceu? - A moça perguntou e ela se apressou em esconder os machucados.
- Elinor, quais as chances de eu ficar igual à minha avó? - Questionou em uma pergunta inocente pois, apesar de ter escutado umas poucas coisas sobre a mulher, Alice nunca soube de fato o que tinha acontecido com Lis Ann.
- O que quer dizer com isso? - A moça riu fracamente, franzindo as sobrancelhas, e Alice balançou a cabeça.
- Meu pai acha que eu sou louca. Ou que vou ficar.
- Nunca, nunquinha - Elinor respondeu prontamente com um sorriso, abaixando-se à frente da menina para igualar sua altura e a encarando com os olhos azuis gentis. - Se algum dia a senhorita sequer pensar em deixar de ser a minha Alice, eu vou estar aqui para te trazer de volta na mesma hora.
A expressão confusa e mal-humorada desapareceu do rosto de Alice quando Elinor apertou a ponta de seu nariz, sendo substituída por um sorriso com covinhas que não poderia ser mais genuíno.
- Obrigada.
◈ ♚ ◈
Olá amores da minha vidinha, como estão? Espero que todes bem 🖤
Bom, eu demorei muito pra postar e peço desculpas por todo esse sumiço, mas como eu avisei no capítulo anterior estou sem computador e até que escrever pelo celular não é tão ruim, mas formatar o capítulo é um saco - por algum motivo meu Wattpad buga o capítulo todo quando copio do word e colo aqui e tenho que ficar ajeitando tudo de novo - e além de tudo tô trabalhando igual uma condenada, minha cidade vira um inferno de fim de ano e quem mora aqui acaba tendo que enfiar a vida pessoal no c* então tô sem tempo nem pra respirar direito.
De qualquer forma, vamos as curiosidades e alterações entre uma versão e outra:
➺ Quem estava no quarto de Alice quando ela acordava era Mallorie e não Marie - não faz muita diferença na história mas ainda assim foi uma mudança kkkj
➺ Na primeira versão, Abelle se apresentava como Olivia e os Daemon não chegavam a entrar na mansão ou ter uma conversa real com a família Underwood, apenas se apresentavam e iam embora.
➺ Daniel não chamava a filha em seu escritório, quem fazia isso na verdade era Elizabeth, que ao invés de brigar com a menina conversava com Alice por perceber que ela não estava bem e lhe dava o resto do dia livre.
➺ Alice também era muito mais passiva na versão antiga, nunca discutindo com o pai e apenas aceitando quando o mesmo brigava com ela e lhe dizia coisas ruins, mas eu quis mudar um pouco isso dessa vez.
➺ A música no começo do capítulo não era Sippy Cup, mas sim Come a Little Closer do Cage the Elephant.
É isso pessoal, não é grande coisa mas quis contar mesmo assim e espero que tenham gostado e continuem acompanhando pra ver onde essa maluquice vai dar.
Muito obrigada pelo apoio, pela leitura, pelos votos e comentários, isso sempre me motiva muito e amo vocês demais demais 🖤✨
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