Me desculpa Bukowski
Eu gosto dos cantos do meu quarto e dos dias chuvosos de novembro. A mancha preta do mofo no canto mais alto da minha parede me lembra a morte. E lembrar a morte me faz lembrar que ainda estou vivo e que dificilmente dou ouvidos para esses moveis que conversam comigo.
Controlei meu sentimento e virei uma bomba relógio, quando estouro e não tenho o que dizer só lembro de bukowski:
se não sai de ti a explodir
apesar de tudo,
não o faças.
E agora que tenho a oportunidade de fazer, não me vens nada a mente.
Agora que explodi; que não me cabe o peito. A poesia não me pertence mais, essas janelas não me pertencem mais, esses moveis e pensamentos não me pertencem mais.
Por mais que a alma grite as minhas mãos calam.
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