Você Andrômeda e Eu Via Láctea.
Talvez sejamos os últimos planetários a habitar a orbita desse universo.
Esse universo que por muito tempo carregou anos-luz de trevas.
Mas somos maleáveis a isso e esses erros cósmicos que nos criou.
Dizem que com a extrema expansão universal
um dia nossos cosmos se bateram para formar o caos.
O caos que nós já presenciamos em nossos olhos.

Quando o espaço-tempo tem pressa não a preço que pare.
Espaço-tempo esse que é formado por nós e nossas causas.
Nossos planetas.

Quem sabe sejamos um dia a única flor que habitará esse universo.
Não há estrelas cadentes e seus pedidos que nos salve.
Talvez sejamos a ultima constelação, ou a ultima estrela.
Somos o pior resultado da perfeição.
Criamos nebulosas de caos e traição.

Mas em quantos buracos negros cabem o nosso amor?
Em que lágrimas as flores do teu peito se irriga?
E quando o peito chora, qual planeta tu se abriga?
É nesse planeta de incerteza que tu busca abrigo?
Como se sente se tornando seu pior inimigo?
Perigo está no ar.

E quando a ultima estrela apagar
E o ultimo suspiro de luz acabar
E o universo se tornar inabitável aos olhos do ser humano.
Eu acharei o meu lar:
-Asteroide B612 - Ao avista-lo grito até ficar sem ar