74 | Versos inversos

Se me versar inteiramente verá que sou muito mais que esse invernos.
Invernos criados e cultivados nos corações.
Esses corações de solo seco onde não brota sentimentos.

Estes gestos podres que estragam o doce movimento dos dedos.
Os dedos lindos que são responsáveis pelo toque.
E se souber tocar.
Tocará a alma e ouvira a melhor das canções.

Mas a triste verdade é que ninguém liga.
São apenas reações, sem emoções.
Aquelas emoções que nunca deram frutos;
Na árvore dessa vida.
Vida que só é linda por ser maquiada.
Por trás de suas marcaras de múltiplas cores; esconde todas suas dores.
Dores que como rimador também compartilho.

Mas a verdade é que somos a bala que vai nos matar esperando o gatilho.
Criamos a morte.
Demos a ela nossa própria vida de presente.
Nunca saberemos qual é o próximo que ela abrirá.
Isso que deveria nos tornar mais amáveis nos deixou cada dia mais detestáveis.

Vivemos apenas uma vez. E odiamos cada minuto da nossa vida.
Os seres se privaram em se tornarem mais únicos que universais.
Enaltecendo que o ego é o melhor remédio.
Que a melhor paisagem é o prédio.

Aviões durante o dia são pássaros de metal.
Durante a noite roubam o lugar das estrelas cadentes.
Tu entende o porque do mundo não estar contente?

Enquanto a terra suplica de dor;
Continuamos arrancando suas árvores
E fincando nossas facas de concreto.

Enquanto muitos não acharam a saída e morrem em meio aos erros dessa terra.
"O que me salvou foi a beleza da arte que para muitos é a fraqueza da alma."



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