7 - PONTOS CARDEAIS
Os quatros homens cercam Bel-Sar-Uxur.
Eles sabem que estão seguindo um caminho sem volta. Um caminho, que eles não sobrevirão... porém nesse caso, não tendo opção, o melhor é enfrenta-lo do que desobedecer a Caim.
O destino dos covardes, é um tormento sem fim. É ser comido pelos vermes do inferno, infinitas vezes. Sem pausa ou descansos... inimaginável.
Os cinco homens, vistos de cima, lembram os quatros pontos cardeais, com um alfinete vermelho, pregado no meio deles.
O primeiro ataque vem do Norte, porém com um movimento pendular para trás, Bel-Sar-Uxur esquiva-se. A lâmina passa milímetros do seu pescoço. Em contrapartida, a cabeça do Norte é ferozmente varada pela espada de Bel-Sar-Uxur, que destrói tudo que existe do nariz para cima.
O forasteiro chuta o peito do Norte, para tirar a espada de dentro do crânio dele, e ferozmente atraca-se ao corpo do infeliz, como se fossem uma só pessoa, que estrebucha com os espasmos do sangue sendo-lhe chupado, pelo pescoço.
Mais três ataques rápidos acontecem.
Todos são defendido por ele com um sorriso sarcástico.
Sul. Leste.Oeste. Se entreolham rapidamente. Sabem o porquê dele ser tão rápido, e também conhecem sua fama. Os três seguem com o cerco a Bel-Sar-Uxur.
Ágora, vistos de cima, lembram um triângulo equilátero, com um ponto vermelho bem no meio. Ele mexe-se furtivamente para o lado, ainda segurando o Norte pelo pescoço, como quem está dançando um tango visceral.
O som do estatelado da massa corpórea morta, que bate no chão, provoca um arrepio subindo pela cóccix até o pescoço, dos três homenzarrões.
O medo, continuará do mesmo lado que sempre esteve.
O assassino, deita a lâmina da sua espada sobre o braço que está banhado com o sangue das suas últimas três dezenas de vítimas, dessa noite. As luzes dos imensos candelabros dos tetos, ricocheteiam na espada de purílio. Limpa. Um contraste mortal com o corpo do assassino.
Bel-Sar-Uxur sorri novamente para os três, enquanto eles percebem o tamanho da mordedura no pescoço do Norte.
O Norte é jogado contra o Sul, com os dois indo parar na parede. Caim, lambe os próprios lábios, fascinado com a tamanha bestialidade do assassino.
Uma coisa é ver, outra é ouvir falar.
Com sua velocidade sobrenatural, o forasteiro surpreende o Leste, que é erguido pelo tornozelo da perna direita e feito de bate-estaca.
A violência é tamanha que na primeira porrada contra o chão, a cabeça estoura dentro do capacete, jogando a massa cinzenta para fora da proteção craniana.
O Oeste, faz a posição da garça, descendo um pouco os quadris e colocando a ponta da espada atrás dos dedos indicador e médio, que estão juntos e perfilados, fazendo dessa execução corporal, uma mira para que possa defender-se e atacar.
Inútil. Desnecessário. Lamentável. Complexo. Inimaginável.
Olhando a cena de lado, é como se um raio, movesse horizontalmente, passando por dentro de uma montanha. Varando-a sem dificuldades.
Oeste continua parado. Olhando para sua frente. Porém, o assassino moveu-se através dele, parando nas suas costas. O nariz começa a pingar. O Oeste cospe sangue, enquanto pelo nariz começa a sair uma enxurrada do líquido vermelho, ferruginoso, precioso para manutenção da vida humana.
Bel-Sar-Uxur, ainda está sorrindo com seus olhos infernais, na direção de Caim, quando a metade de cima do corpo de Oeste corre para trás... as pernas caem sobre os próprios joelhos, para depois despencarem no chão.
Duas metades do que antes era um inteiro, jazem mortas. Divididas. Separadas de um todo, sem piedade ou dificuldades, porém, com extrema ferocidade, bestialidade e maldade.
Caim recebe mais uma vez o olhar de Bel-Sar-Uxur, sorrindo, como quem diz: "Estou chegando. Falta só mais um."
Ops. Faltava.
O assassino movimenta-se da mesma forma para trás. A gravidade não existe na sua deslocação.
Com sua espada postada para trás, e com o olhar fixo para frente... na direção do monarca vestido de preto, Bel-Sar-Uxur transpassa o peitoral do último guerreiro.
O Sul, sente garras bestiais escavando seu peito, e a dor quando o seu coração é arrancado violentamente à fora.
O forasteiro começa a mastigar o músculo que é seu por direito. Sim, o direito da matança. O famoso direito dos espólios de guerra.
Seus olhos rubros demonstram um misto de prazer e cinismo, enquanto o monarca o observa sem medo... sem piscar os olhos, por um segundo quer que seja.
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