A criação
Para parir um poema
É preciso antes, fecundá-lo na mente fértil.
É preciso definir um tema para não torná-lo estéril.
A primeira letra chega e penetra na mente, fecunda então, o caderno vazio.
E assim, elas se multiplicam como células, crescendo e desenvolvendo à cada semana!
No ultra-som identificamos as rimas e ao ouvi-las sentimos amor por elas.
E um dia quando está pronto, do mais íntimo das entranhas ele se faz ouvir com um som quase inexprimível.
Depois é preciso registrá-lo em um livro para que todos o reconheçam.
Darei à ele um título e um nome
E mesmo se ele não for famoso
Eu o amarei eternamente
Como quem, assim ama a sua própria criação!
Autora: Ellane_Moreira
Livro: À procura das palavras
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