3. A BRUXA
Quando se conhece a natureza humana e o quão são fracos e manipuláveis, percebe-se que ter medo de uma raça tão insignificante é a menor de nossas preocupações. O destino desta miserável cidade já se encontrava selado e com ela afundaria os puritanos. Mas era incrivelmente divertido ver eles matando uns aos outros.
Como George está impossibilitado de continuar com suas atividades, eu precisava de um novo condutor para que tudo o que eu havia planejado seguisse o seu curso. O velho tinha um amigo caçador que havíamos conhecido logo após o casamento ele tem um filho que morava e havia estudado em Londres, tive a liberdade de convida-lo a Salem para que ele cuidasse do mal que se instalava aqui em nossa tão iluminada cidade.
Jacob Mather era um jovem rapaz de vinte e seis anos, pele alva corada levemente, seus cabelos eram castanhos e curtos, sua barba era volumosa, mas aparentemente uma versão menos danosa. Ele estava em destaque, a igreja naquela manhã estava lotada. Alberto trouxe o senhor Sibley para ficar ao meu lado em sua cadeira de rodas. O jovem Jacob estava no púlpito realizando sua pregação energicamente.
— A pior guerra que podemos enfrentar é contra o Diabo. Ele quer evitar que esta terra seja abençoada pelo gloria do nosso criador. Mas é claro que o Diabo não iria permitir isso sem lutar. E nesta batalha, as bruxas são sua arma mais maligna. – ele desceu do púlpito – Nós já conseguimos matar três delas, mas ainda assim o mal está apodrecendo esta terra. Porque? – ele desce os pequenos degraus e caminha no meio da pequena igreja – Porque elas continuam entre nós?!
A população da cidade se entreolham de maneira confusa e desesperada. Os múrmuros entre os jovens e os ais velhos começavam a tomar proporções preocupantes enquanto Jacob continuava com seu discurso exagerado.
— Elas podem estar aqui nessa sala! – a atenção se volta novamente para o jovem rapaz que aponta o dedo a todos que estão presentes no fundo da pequena construção amontoados entre os bancos, na pequena escadaria que dá acesso ao andar superior e na entrada em pé ou encostados nas paredes, com seus rostos manchados pela sujeira. – Imagine um inimigo invisível, com armas que você não conhece, e que é capaz de se parecer conosco!
— Então como você espera encontrar os verdadeiros culpados – a voz do magistrado Hale que esta sentado na frente chama a atenção de Jacob que se vira em sua direção.
Ele olha com preocupação para todos e levemente abaixa a cabeça e olha em sua volta e diz:
— O senhor já viu aquele garoto? – Silencio – Emment Lewis ainda sangra com cem ferimentos. Alguns são impossíveis de terem sido feitos por ele. – ele caminha em direção ao púlpito – Ele é quem vai nos dizer quem fez isso!
— Entendo – responde o Arnald Hale – Os delírios de um pobre garoto doente vão te ajudar a encontrar o que nem você mesmo consegue.
— Meu pai...
— É claro, o seu pai... – continua Hale – Seu pai, a quem todos nós respeitamos, deu algum conselho a você quando te enviou para ajudar?!
— Ele disse para ter cautela – diz Jacob mais baixo.
— Cautela? Enforcamos três pessoas como uma medida cautelosa do jovem Mather? Não poderia ter nada pior para Salem, para o país, do que uma caça às bruxas.
Ouço atentamente cada palavra ali dita, a reação de cada ser humano presente naquele local, na verdade eu estava cansado, mas tenho que continuar aparentando ser um homem... religioso. Sibley começa a engasgar e de sua boca sai uma saliva espessa, seu pequeno gesto chama a atenção de todos no local. Me levanto e limpo sua face enquanto ele balbucia uma única palavra.
— Bruxas. – Me aproximo de seu rosto, finjo escuta-lo.
— De fato. – digo olhando para todos enquanto caminho em direção ao centro da construção – Como meu amado benfeitor, líder do conselho, lembrou-me só existe uma coisa pior que uma caça às bruxas. Uma bruxa.
— Uma bruxa? – a voz de Jhon ecoa pelo ambiente – Porque não um ogro ou um duende? – ele caminhou até o centro da igreja ficando frente a frente comigo – Ou melhor um dragão, já que estamos falando de seres mitológicos.
— Jhon Aurus. Todos deem as boas-vindas ao capitão Aurus pela sua excelente atuação na guerra – digo olhando de maneira séria e sarcástica ao homem que estava em minha frente.
Alberto empurra a cadeira de rodas em direção a saída, a pregação daquela manhã havia sido cansativa e todos estavam saindo, mas Jhon conversava com um velho amigo, antes de deixar o recinto me aproximo deles.
— Capitão Aurus.
— Senhor Sibley. – diz ele com ironia.
— Senhor Sibley e eu iremos dar um jantar hoje à noite e gostaríamos de que comparecesse. – dei um meio sorriso e me virei saindo finalmente daquele lugar.
A lua cheia estava no céu enquanto eu olhava pela sacada do meu quarto a movimentação dos cocheiros e dos homens que andavam por ali. Sibley começa a gemer e lembro que há algo que precisa ser feito, então me viro e começo a me despir, sentindo a brisa gélida tocar meu corpo. Caminho em direção ao velho que está sentado em sua cadeira de rodas.
— Hora da sua alimentação. – digo olhando-o nos olhos.
Sibley começa a se mexer na cadeira enquanto sua garganta dançava, me aproximo de seu corpo e lhe aperto a barriga três vezes seguidas. O velho parece que irá colocar tudo o que comeu naquele dia para fora, mas sua boca abre e vejo meu querido familiar aparecer, um lindo e enorme sapo, então abro mais a sua boca e puxo meu pequeno ajudante o segurando com cuidado. Acalento ele, acalmando-o enquanto Sibley parece se engasgar com a própria saliva. Sento-me na cama e coloco o sapo para alimentar-se através de um pequeno caroço que tenho na coxa esquerda, sem demora ele começa a beber o néctar para que realize as minhas vontades.
— Alguém me ajude – Sibley pede quase que um sussurro.
Olho para meu familiar e faço biquinho. Aos poucos Sibley começa a ganhar força em sua voz, seu corpo continuava inerte naquela cadeira, mas sem meu pequeno ajudante junto dele, o velho se recuperaria em pouco tempo. Isso não iria acontecer, me levanto devagar enquanto ele começa a gritar por socorro e sem a menor preocupação enfio novamente meu familiar em sua boca, empurrando para dentro e tampando sua boca. O familiar desce por sua garanta enquanto Sibley tenta impedi-lo.
— George não lute. Sabe que isso só te machuca mais. – digo sentando em seu colo. Olho em seus olhos enquanto ele dava pequenos engasgos e seguro sua face para que ele olhasse apenas para mim – Você só me causou dor, George Sibley, me tirou o homem que eu amava para seus próprios desejos doentios, em favor de sua religião. Tudo o que eu amava se foi. – o olho triunfante – Você percebe o quanto eu me sinto bem tirando tudo de você, destruindo tudo o que você construiu, e devorando a sua alma? – Sibley finalmente desiste de lutar contra e deixa que meu familiar desça por sua garganta, dou um sorriso de satisfação. – Pronto. Não foi difícil.
Caminho em direção a porta, ao abri-la Alberto estava sentado em uma cadeira no corredor, caminho em direção a um pequeno cômodo onde tomo meu banho sentindo o olhar do homem sentado em meu corpo.
A sala de jantar esta amarrotada de pessoas ilustres para o nosso pequeno jantar. Meu querido e amado amante Sibley se encontrava ao meu lado direito na mesa, seguido por Jacob, a esposa do magistrado Hale. Na ponta, na minha frente, estava Jhon, a sua direita o filho dos Hale, Andy, e a minha esquerda estava Arnald.
Melissa Hale vestia um vestido vermelho, assim como a maioria das puritanas daquela cidade, seu cabelo loiro estava preso em um coque que deixava mexas suaves balançarem em sua face. Jacob vestia um sobretudo negro, junto com as calças e sapatos da mesma cor.
Andy tinha cabelos avermelhados, longos e lisos, não havia nenhum sinal de que lhe haveria barba algum dia. Já meu querido amigo magistrado vestia um sobretudo em tom marrom que brilhava com a pouca iluminação, seus cabelos longos e amarrados em um rabo de cavalo desbotavam do amarelo para o branco. Mais o convidado que mais interessava estava sentado do lado oposto da mesa, com roupas comuns em tons de amarelo e marrom. Seu cabelo estava longo e caia em seus ombros. Seus olhos se encontravam com os meus enquanto satisfeito eu dava um leve sorriso.
— Eu gostaria de fazer um brinde ao nosso anfitrião Marcos Sibley, que tem nos mostrado a verdadeira piedade e a verdadeira beleza equivalem a mesma... adoração – finalizou o magistrado.
— Certamente – interrompeu Jacob. – A beleza é o último milagre permitido no mundo. Horrível e sombrio. – concluiu Jacob tomando um pouco do vinho que havia em sua taça.
Andy olhava furtivamente para o jovem Jacob enquanto seus lábios tocavam o cristal e condizia o liquido avermelhado até seus lábios. Foi uma surpresa agradável descobrir que o jovem Hale tinha tendências tão pecaminosas ainda mais se fossem com nosso querido reverendo. Me pergunto se o jovem sabe que nosso querido orador na reunião desta manhã transa com uma prostituta todas as noites no local onde o meu mestre se diverte com frequência.
— O magistrado Hale e eu estamos preocupados com a beleza interior de nossa filha reverendo Mather.
Arnold olha para sua esposa com desconforto com tal comentário, mas ela insiste no assunto. Enquanto Jacob olha para o pequeno Andy de maneira paternal.
— Talvez pudesse indicar um tutor para ele. Um homem de Havard como o senhor.
Andy olha para sua mãe ultrajado com tal comentário e dispara de maneira educada.
— Há um limite para o que aprendemos nos livros, as experiências são nossas professoras. Não concorda capitão Aurus? – ele o olha com um sorriso no rosto.
Jhon não parece confortável com a situação, olha para Andy de maneira inexpressiva e o responde.
— Depende da experiência. – ele da um breve sorriso ao encerrar.
— As suas devem ter sido fascinantes com os índios. – diz ele colocando o queixo sob a mão tendo como apoio o tampo da mesa onde jantamos.
Aquela aproximação estava me deixando desconfortável, Jhon não deveria significar nada para mim, ele havia partido e em todos esses anos não houve um sinal de que estava vivo, nem mesmo uma mensagem ele me enviou e mesmo depois disto eu estava me controlando para que não fizesse nada que envolvesse matar o jovem Hale na minha sala de jantar.
— Eles são tão misteriosos, tão... – continuava Andy enquanto Jhon sorria como uma criança que acabara de ganhar um doce de sua mãe – Naturais.
— Naturais? – diz a senhora Hale com horror na voz.
Jhon me olha com o mesmo sorriso que estava dando ao filho do magistrado, seus olhos estavam apertados o que davam a ele um ar provocante.
— Normais eu diria – continuou Melissa – Selvagens desalmados.
A expressão de Jhon se altera em uma fração de segundo.
— Eu lhe asseguro senhora, os índios têm almas. – seu tom esta levemente alterado – Se é que nós a temos.
O silencio toma o ambiente por um breve momento. Olho atentamente para Jacob que mostra uma breve exaltação ao largar os talheres sobre o prato enquanto o pequeno Andy começava a rir.
— Sim. – disse Jacob perdendo o bom humor.
Jhon olhou novamente com um sorriso para filho dos Hale que nesse momento ria com toda a situação que ocorria. Eu não estava gostando do que estava acontecendo, eu o havia convidado para o meu deleite, mas a irritação começava a dar sinais em meu corpo.
— E as bruxas – eu disse olhando para ele – Elas têm alma? – finalizei com ironia.
Sibley começa a se movimentar em sua cadeira, sua voz tentava inutilmente sair, mas o que se ouvia eram ruídos confusos que me irritavam.
— Elas tem – diz Jacob – Mas creio que tenham entregado ao próprio diabo. Em troca de poderes e de tudo o que desejam.
O reverendo começa a brincar com as chamas das velas que estão próximas a ele. A mesa se encontra em silencio, exceto pelos ruídos causados por Sibley que aumentavam minha irritação.
— Um contrato – digo fingindo inocência.
— De fato – Jacob parece ter todo o conhecimento dentro do seu próprio umbigo.
— Irônico, pois acredito que por lei uma... – dou um leve sorriso – mulher não pode firmar um contrato a não ser por intermédio de seu marido. – finalizo enquanto Sibley volta a fazer ruídos – Alberto – sua presença até o momento não era sentida em meu pequeno jantar íntimo, mas como sempre o ajudante de meu amante estava sempre por perto para qualquer eventualidade.
— Sim senhor. – ele puxa a cadeira por trás retirando Sibley do ambiente.
— Nem todas as bruxas são mulheres. – ele fala casualmente.
— E o que você acha capitão Aurus? – Andy o olha com expectativa assim como os demais que se encontravam na mesa.
— Eu não sei, eu acho que algumas coisas são inacreditáveis. Como um francês honesto ou uma pessoa fiel a outra – ele disse as palavras olhando-me nos olhos, eu podia sentir o pesar em cada uma das palavras direcionadas a mim. Ele enfiou a faca em um pedaço de carne e em seguida o colocou na boca – Coisas que só vou acreditar vendo. – disse mastigando.
— Eu me preocupo mais com o a ataque de franceses e de índios do que com as bruxas. Qual é a sua opinião capitão Aurus? Estamos muito vulneráveis.
Meus olhos se levantaram, o ar mudou em segundos. Uma única pessoa naquela mesa de madeira sentiu o mesmo que eu, seus olhos buscavam os meus, mas minha mente estava concentrada no homem que me olhava com desdém, sem ao menos imaginar do que eu era capaz de fazer.
Jhon olhou para baixo e pude ver pela sua reação que sentiu algo em sua coxa, eu tinha controle da situação, do que ele poderia ver e curioso coloquei a visão de Andy entre suas pernas o mordendo carinhosamente, sua face estava estática. Ele olhou para Andy que mastigava um pedaço de alface e novamente olhou para baixo onde viu minha face mordendo o lábio inferior e segurando seu membro rígido apenas pela visão que estava tendo.
— O senhor está bem capitão Aurus? – ironizei.
Ele olhou em minha direção confuso, todos na mesa pararam e o silencio reinou por alguns instantes. Ele engoliu o pedaço de carne, Arnald se vira para mim novamente, ele estava ciente do que estava acontecendo.
— Acho que a comida farta não me fez bem. – Jhon estava desconfortável.
— Ar fresco talvez ajude. – disse dando um breve sorriso.
Me afasto da companhia de todos, meus pensamentos estavam em Jhon mesmo que ele não estivesse presente ali naquele momento, então como muitas de minhas decisões fiz o mais obvio possível, segui em direção à porta de madeira abrindo-a e a fechando atrás de mim. Os cachorros estavam latindo e a brisa gélida inundava a parte externa da casa, Jhon estava no parapeito da pequena varanda que dava acesso à rua.
As tochas iluminavam o caminho enquanto os cavalos perambulavam com seus cocheiros entre a inda e vinda de alguns cidadãos. O silencio que havia entre nós perdurou por alguns instantes, minha boca não desejava iniciar aquele dialogo, mas tomei coragem e pronunciei cada palavra de maneira devagar e clara me preparando para não me deixar afetar por nenhuma defesa que ele pudesse usar.
— Me disseram que tinha morrido.
— Isso foi antes ou depois de você se casar com Sibley? – senti a arrogância em sua voz.
— Lembro que alguém me disse que a guerra não duraria nem um ano. – impus minha voz.
— Não dependia de mim. – ele abaixou o tom de voz.
— Esperei por você – continuei – anos e anos, sem nenhuma palavra. – a magoa estava em cada palavra que saia de minha boca.
— Não pude escrever.
— Não. Claro que não. Estava ocupado de mais salvando o país.
— Não exatamente. – ele fez uma pausa e se virou me olhando – Fui capturado.
Por um instante minha armadura havia sido derrubada, meus olhos se encontraram com os deles e mesmo depois de tantos anos ele me fazia sentir que tudo ficaria bem se estivéssemos juntos. Sua mão entrou em seu bolso e de lá retirou a metade de uma moeda.
— O pajé deles, disse aos outros para não tirar isso de mim – ele ergueu a moeda, meus olhos começavam a dar sinal de fraqueza. Eram tantos sentimentos misturados em meu coração – Disse que o universo em si foi feito de votos e quebra-los traz consequências. Sei que isso é apenas a metade da moeda de prata e prata não lhe falta agora.
Ele caminhou até se postar na minha frente, suas mãos seguram as minhas. Quantas vezes sonhei em poder toca-lo novamente, em tê-lo do meu lado.
— Marcos venha comigo. Agora – ele continuou – hoje à noite, tenho dinheiro em um banco em Nova York. É diferente lá, não há um único puritano a vista. Não é tarde demais, podemos ficar juntos. Qualquer lugar, menos aqui. – sua voz é sedutora.
— Nova York? – o olho com a voz tremula, mas as palavras dele começaram a se organizar em minha mente. Ele realmente estava fazendo o que eu estava pensando que estava.
— Sim.
— Isso foi antes ou depois de ser capturado? – eu não estava mais em condições de estar em sua presença, minhas pernas não se moviam da maneira correta. – Você vai embora daqui em uma noite e volta – digo ultrajo – e volta anos depois e pensa que... – as palavras me faltam e as lagrimas estavam prestes a cair.
— Marcos – ele me estendeu a mão.
O que se passava pela minha mente, eu estava considerando segurar sua mão, meus olhos estavam presos naquela oportunidade de ir com ele. Nossas mãos se tocaram, ele se aproximou e me segurou pelos ombros, eu sentia eu hálito quente na minha face, seus olhos fixos em mim e mesmo meu corpo estando fora de controle eu estava tranquilo por estar em seus braços. Seus olhos se fecharam enquanto sua boca se aproximava da minha, nossos lábios se encontraram e depois de tantos anos eu estava entregue a ele novamente. Entregue. Um estalo em minha mente me faz acordar do transe em que eu acabara de entrar.
— Não. – me afasto dele. – Não posso, é impossível. Ele nunca deixaria.
As portas de madeiras se abrem e a figura do magistrado Hale aparece na sacada nos olhando de maneira curiosa. Jhon não se moveu por nenhum instante se mantendo na minha frente a poucos passos de mim, não me dei o luxo de manter minha atenção em Hale, eu precisava me recompor.
— Ora senhor Sibley. Nem mesmo o senhor tem o direito de monopolizar um convidado tão fascinante quanto o capitão Aurus. A quem eu tenho um raro presente. Um charuto de tabaco da Guiana e um conhaque.
— Receio que toda essa comida... e bebida civilizada me derrubou magistrado. – disse olhando para Arnald.
Jhon saiu pela mesma porta seguido pelo magistrado me deixando sozinho na sacada enquanto finalmente as lagrimas caiam pela minha face.
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