Cap 38 Surpresa2


Kadu não precisou buscar os pais no aeroporto, eles vieram de táxi com o André.

Eles me abraçaram e beijaram me mandando sentar para descansar. André beijou minha cabeça me dando os parabéns e fez o mesmo com Duda. Agora com Kadu, foi uma festa só.
Fico feliz de ver que meu homem tem um amigo assim.

Meu homem! Deus ele não é meu, é  dela. Somente no papel, mas é.
Kadu pega o jornal de domingo com um sorrisinho no rosto.

— O que foi amor? — Perguntei curiosa.

— Estou vendo a foto da Kamila no evento de ontem.

O quê? Tá de sacanagem comigo é isso mesmo? Que ódio! Que burra que eu sou. Isso doi! Dói muito!
Levanto rápido e fico tonta, Kadu me segura.

— Tira as mãos de mim.

— Que isso preta? O que foi? — Pronto! Agora perdi a paciência.

—"Vai se ferrar e sai da minha frente.

Passo rápido por ele. Estão todos de boca aberta, menos Quim e o pais dele. Entro em meu quarto, tranco a porta e me jogo na cama para chorar. Ele ainda gosta dela eu sei, ele nem conseguiu disfarçar, deve estar comigo por causa da Duda, e agora ainda tem esse bebê, que ódio! que ódio!

Kadu

Sem entender nada, vou atrás de Carol, mas meu pai me segura e Quim fala:

— É meu amigo, são os hormônios da gravidez.

— Sua mãe era pior, falava que eu não queria ela, que estava feia, gorda e depois ficava tara.. — Ele para olhando pra Duda.

— Carol está assim mesmo, como não pensei nisso antes?

— Então meu filho, dê dez minutos à ela é depois aceite que foi tudo culpa sua. — aconselheu

— Culpa de que pai?

— Não interessa. Enquanto ela estiver grávida, tudo que ela reclamar será culpa sua. — completou sorrindo.

— Está ferrado pai. — Falou Duda também sorrindo.

— Não tem graça Duda, vai rindo, aposto que vai sobrar para você também. — Falei levantando as sobrancelhas para ela.

— Toma distraída. — implica Quim.

— Já deu 10 minutos né? Vou lá ver minha mulher.

—"Se prepare Kadu. — reforça Toni.

— Se eu demorar, não se preocupem e podem começar o churrasco sem mim.

—"Isso se ela deixar você entrar no quarto. — Falou André dando uma gargalhada.

— Eu não vou pela porta, vou pular a janela.

— Esse é meu filho, vai lá cuidar da minha nora. — diz minha mãe toda orgulhosa.

Saio sorrindo, pego uma escada na garagem e em poucos minutos entro no quarto.
Quando ela me vê, avança em mim. Batendo em meu peito e eu à abraço.

— Preta, por que está me agredindo?

— Fica com ela e me deixa em paz.

— Com ela quem?

— Com a sua esposa, ela nem deve estar doente, isso deve ser essas desculpas que todos os homens casados dão. —Agora doeu.

— É isso que você realmente pensa sobre mim?

— Eu não sei, tá bom.

-Eu te amo muito. Entendo até o fato de você estar confusa, porém te peço para lembrar que eu também tenho sentimentos.

— E eu te peço o mesmo.

— Só me diz o que eu fiz.

— Isso é piada?

— Não, não é.

— Você pegou rapidamente o jornal das mãos do seu pai para...

Sorri.

— É isso meu amor? Eu pedi para um colunista amigo meu, publicar uma foto dela com um ator que se enteresou muito por ela, é uma foto deles se beijando.

Ela não fala nada e também não me olha. Se afasta.
Sei que ela está me julgando.

— Carol, sei que o que fiz não é certo, mas tenho que ter cartas na manga.

— Eu não...

— Eu te amo, no entanto preciso que você confie em mim.

— Eu te amo kadu, mas estou com medo.

— Amor, não fique.

— Não quero ser culpada pela morte de ninguém.

Ela fala isso já chorando. Merda como vou resolver isso? Se ela acha que estando comigo está negando a Kamila uma chance de viver, e aquela peste nem deve estar doente.

— Por favor Carol. Não vamos falar sobre isso agora. Amanhã você tem médico eu quero estar lá com você...

— Eu nunca te negaria isso.

— E hoje estão todos aqui para comemorar a...

— Meu Deus! Que vergonha! Deixei todos lá e fiz uma cena.

— Tudo bem amor, estamos em família. Posso ao menos te abraçar agora.

Ela sem responder se joga em meus braços, eu aliso seus cabelos e beijo sua cabeça, — Deus! Estou com tanto medo dela me deixar.

Voltamos para o quintal, vejo a todo instante ela com um olhar triste e sorrindo sem vontade. Isso me mata porque sei que estou fazendo mal a minha mulher.
Será que vou ter que me afastar? Como vou aguentar ficar sem tocá-la, sem seus beijos e sem seu cheiro.
E o pior, isso para Kamila não vai fazer a menor diferença.

As amigas de Duda também estão aqui e depois do almoço foram todas para o quarto dela para assistir serie. Me afasto e sento num banco perto do muro. Eu tenho que dar um jeito, mas como? Alguns minutos depois meu pai se aproxima.

— O que está acontecendo filho?

— Muita coisa pai.

— Não deixe nada afastar vocês.

— Acho que já afastou.

— Se quiser me contar, posso tentar ajudar.

Conto a ele sobre a doença da kamila, da chantagem e sobre a culpa que Carol sente. Ele me abraça, se afasta e fala:

—Eu vou te ajudar.

— Como pai?

— Primeiro vamos descobrir se ela está realmente doente.

— Já mandei investigar pai e até agora nada.

— Isso leva um pouco de tempo.

—Eu sei.

— Aonde ela está agora?

— Vai ficar um mês em Fortaleza filmando.

— Você pediu para ver os tais exames?

— Pedi, mas ela disse que eu estava querendo para prejudicá-la nessa tal minissérie.

—:A bruxa é esperta.

—Maldade virou esperteza agora? Ela é uma coitada isso sim.

— De coitada ela não tem nada filho.

Olho e vejo Carol me olhando com os olhos cheios de lágrimas.

—Filho, o Toni vai nos hospedar aqui, deixe a Duda conosco e leve sua mulher para casa.

— Ela não vai querer ir comigo.

—Vai sim, não pergunte. Somente a leve com a desculpa de que vai ser mais fácil ir ao médico amanhã de manhã.

Meu pai estava certo, funcionou e Duda vai ficar aqui com eles, ainda disse que não quer ir ao médico amanhã porque quer dormir até tarde. Cara, essa minha filha é foda!

Nos despedimos e pegamos carona com à Carla e André.

Chegamos em casa e ela ainda está tristinha.

— Preta, eu vou te dar o tempo que você precisar, mas por favor espere por mim.

—Eu não sei se isso que eu quero Kadu. Estou muito confusa, me desculpa.

— Ao menos você entende que eu te amo?

—Sim e me desculpe pelo que falei hoje, eu também te amo muito.

— Tudo bem. Vai tomar um banho e descansar, temos que cuidar do nosso bebê e esse estresse todo com certeza não vai te fazer bem. — ela apenas me olha. — não se preocupe comigo, vou deitar no quarto da Duda.

— Tudo bem.

Ela entra no banheiro e minutos depois sai enrolada em uma toalha direto para o quarto.
Deus como é difícil estar tão perto e tão longe. Pego um pijama e vou tomar banho. Saio e deito no quarto da Duda, porém não consigo dormir. escuto a porta do quarto abrir e fico atento, ela se aproxima.

— Está tudo bem? — a questiono,  me sentando na cama.

— Não consigo dormir, você pode se deitar comigo?

Deus! Por isso que te amo senhor.

— Claro! Sem problema, vamos lá.

Deito e ela se enrosca em mim para dormir. Fico fazendo carinho em seus cabelos e logo ela dorme.

Tê-la o meu lado sempre me traz paz. Eu nunca senti isso com mais ninguém.

Com esse pensamento durmo também.

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Beijos da Aline💋💋💋.

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