Acordo e não vejo o kadu, olho no celular, 13:32 horas. Nossa! Dormi demais.
Por que ninguém me acordou? Levanto rápido e fico um pouco tonta, me sento e espero passar, tomo banho, escovo os dentes e desço.

Meu corpo está dolorido. Encontro meu homem deitado no sofá da sala com um olhar distante.

— Boa tarde amor!

— Boa tarde Preta! — se levanta e me beija.

— Aonde está Duda e o restante do pessoal?

— Foram a praia e daqui a pouco voltam para almoçar?

— Você não quis ir?

— Não, aproveitei para descansar um pouco.

Se ele queria descansar, por quê não ficou na cama comigo? Tem alguma coisa errada aqui. Pergunto ou deixo pra lá?

Ele percebe minha inquietação.

— Vem Preta! Vamos na cozinha pegar alguma coisa para você comer até o almoço.

— Estou sem fome.

— Vou pegar uma fruta pra você.

Ele vai e volta com uma maçã e um cacho de uvas.

— Obrigada! Você quer conversar?

—Quero sim.

O que será? Será que ele já se cansou de mim?

— Pode falar. — demonstro uma coragem que não tenho.

— É que amanhã volto para o Rio e vou ter que ficar lá, pelo menos por dois dias.

— Você falou que retornava no mesmo dia, mas dois dias passam rápido amor. — tentei me convencer disso, porém, não gostei.

— Eu queria que nós fossemos morar na casa que te dei no Rio.

— Calma amor, não tem porquê ter essa pressa toda. — esse foi o nosso erro no passado.

— Poxa amor, do Joa para a barra e um pulo, eu poderia estar com vocês toda hora. A casa é enorme, poderiamos até chamar Toni, Quim e Carla para morar conosco.

— Amor, o trabalho da Carla não tem a mesma flexibilidade que o meu, é a Duda está acostumada com os amigos dela.

— Ela falou que adoraria morar na casa nova.

— Você falou sobre isso com ela?

— Falei, ela já tinha comentado que queria votar a morar no Rio.

— Você poderia ter falado comigo primeiro. Você sempre agi assim, fala com os outros e depois comigo.

— Não é proposital Preta, é que você sempre arruma um empecilho.

— Por que eu tenho que morar no Rio? Você falou que ia ficar em São Paulo com a gente.

— Eu vou ficar Preta, só que eu não posso mudar a sede da empresa pra lá, então as vezes vou ter que passar 1, 2, 3 dias no Rio ou até mais.

— Vamos fazer assim Kadu, vamos continuar no meu apartamento enquanto você resolve seu divórcio, quando isso se resolver, vejo a casa com a Duda. Se gostarmos, nas férias dela de Julho, nós nos mudamos.

— Meu divórcio vai ser rápido, fica logo no Rio de vez.

— Enquanto você é casado, sou sua amante, não quero viver escondida no Rio de Janeiro. Nem amigos lá eu tenho.

— Você não é minha amante, você é a minha mulher. — Falou um pouco impaciente.

— Pode até ser, porém me recuso a viver escondida. Estão me deixa onde eu estou. Você diz que vai ser rápido, mas você nem falou com ela ainda.

— Está certo Preta, vamos fazer do seu jeito então.

Eu quero voltar pro Rio. Mas lá irei ficar muito sozinha. Em São Paulo,  tenho meus amigos. Ainda tenho medo de acordar e descobrir que isso é apenas um sonho.
No entanto, preciso tentar deixar meu medo de lado.

— vou por a casa de São Paulo para alugar, enquando você resolve seu divórcio.

— Obrigado amor, vou tentar resolver isso em tempo recorde e me desculpe por não ter falado com você primeiro, é que eu realmente não quero ficar longe de vocês.

— Eu também não. É  por falar nisso, quero te mostrar um negócio lá no quarto que é urgente.

— O que é Preta?

— Você tem que ir lá para ver de perto.

Subo com ele. Quando ele abre a porta, jogo ele contra a parede e começo a tirar sua roupa.

— Você está ficando uma taradinha.

— Desculpa. Vamos descer. — fiquei muito envergonhada.

— Nao saio daqui nem morto — sorriu. —  É para você estou sempre as ordens. — se aproximou sorrindo e me levando para a cama.

Não sei o que está acontecendo, mas esse homem me deixa com agua na boca. Ele me pega de jeito e com força, do jeitinho que eu queria.

Não demoramos a gozar. Mal acabamos e Duda bate na porta. Ele corre pro banheiro, eu coloco um robe e vou abrir a porta.

— Oi filha, tudo bem?

— Tudo mãe, vim te chamar para almoçar. Meu pai está aqui?

— Está no banho.

— Vê se acalma ele.

— Por que Maria Eduarda? — aí vem bomba.

— Encontrei o David na praia e chamei ele para almoçar e passar à tarde conosco.

— Você tinha que perguntar primeiro.

— Perguntei para a vovó.

— Está bem Duda, se seu pai infartar a culpa é sua. — Gargalhei ao imaginar a cara do Kadu, com essa novidade.

— Papai tem que relaxar, isso sim.

— Verdade, vou tomar banho e já desço.

Ela desce e eu vou pro banheiro, entro no chuveiro com Kadu e o banho de 5 minutos, demorou 30.
Já no quarto enquanto nos arrumamos...

— Kadu, o novo amigo da Duda está aqui.

— Por que?

— Porque ela encontrou ele na praia e o convidou para almoçar e passar o restante da tarde.

— Ela está me testando, só pode.

— Relaxa Kadu e vê se confia na sua filha.

— Nela eu confio, o problema é ele.

— Para de ciúmes bobos e vamos almoçar que agora eu estou morrendo de fome.

Descemos e todos já estão à mesa, mal sento o Quim faz graça.

— Nossa Carol! Desse jeito você mata o homem.

— Cala a boca e me passa esse frango. — vejo todos com um sorrisinho no rosto e Kadu vermelho igual a um tomate.

— Deu pra ficar corado agora Kadu? — Provoca André sorrindo.

— Dá para vocês pararem que minha filha está na mesa. — Repreendeu serio.

— Concordo senhor Eduardo. — Apoia David. Moleque esperto!

— Você está em que série? — Kadu perguntou olhando sério para ele.

— Nono ano.

— Você vem pra cá todo fim de semana? — continua Kadu.

— Quase todos.

A mãe do David faleceu tem 3 meses, ela era advogada assim como o pai dele também é. Graça, me falou que ele anda meio rebelde, não quer mais estudar, contei isso para a Duda e sei que ela vai ajudar ele.

— David, Duda adora estudar e você? — entro na conversa.

Ele coça a cabeça e responde:

— Não gostava mais.

— Voltou a gostar?

— Vou tentar tia. Eduarda falou um monte no meu ouvido, amanhã volto para o Rio e vou a aula.

— Isso mesmo e não quero saber de notas baixas em. — Cobra Duda. Que lindo!

Só sorrindo mesmo. E Kadu fica preocupado com a Duda... Não sabe de nada inocente!

— Eu sei Eduarda. Prometi não prometi? Sempre cumpro minhas promessas.

Kadu me olha todo orgulhoso, quero ver a cara dele agora.

— Que bom David! Porque em breve vamos nós mudar para o Rio e vai ser bom para a Duda já ter um amigo na sala de aula.

—;Por que na sala, eles vão para a mesma escola por acaso? — Kadu na mesma hora.

Todos estão rindo.

— Sim, ele estuda em uma das unidades do Toni, mais especificamente na unidade Barra, e lógico que Duda vai estudar lá também.

David e só sorrisos.

— Não, ela vai pro convento. — provoca Kadu.

— Então vou continuar em São Paulo. — Se pronunciou Duda.

Ah garota chantagista!

— Eu estava brincando com você filha, mas não tenta me chantagear não mocinha.

— Não estou fazendo isso não papai, imagina!

— É filho, você definitivamente tem uma copia. —Fala D.Maria sorindo.

Acabamos de almoçar e vamos para a varanda descansar o almoço. Uma hora depois Duda pede para entrar na piscina com o amigo. Ele deixa, porém vamos todos para perto da piscina também.

Fico imaginando quando ela tiver 15 anos, ele vai ficar totalmente maluco.

— Por que está com esse sorrisinho no rosto prima?

— Estou imaginado o Kadu quando a Duda tiver uns 15 anos. — não segurei a gargalhada.

— Minha filha só vai namorar com 21. — levantou nervoso.

— Vai sonhando amor, vai sonhando.

Passamos à  tarde implicando com kadu e a noite pedimos pizza para o jantar. Graça, veio buscar o neto e ficou muito feliz em saber que ele vai voltar a estudar de verdade.

Somos os primeiros a subir junto com Duda. Ficamos um pouco no quarto dela e depois fomos pro nosso. Ai já viu né? Fizemos amor até às 3:00 da manhã, e fui dormir satisfeita e feliz.

Eu amo demais esse homem.

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Beijos da Aline 💋.

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