Cap 28 A visita
Estamos na piscina e a demora de Carol me incomoda bastante. O que foi? Quero minha mulher aqui comigo.
Segunda nem chegou e já estou sofrendo por ficar longe delas.
— Toni, bem que vocês poderiam ir embora somente na segunda de manhã.
— Por mim, sem problemas kadu.
— Agora tenho que convencer Carol. Isso prejudica Duda e Carol no Colégio?
— Claro que não! Ma...Duda, está muito adiantada e Carol tem tantas licenças vencidas que pode ficar um ano fora.
— Oba pai! Vou chamar a mamãe para você falar com ela. — amo a palavra pai.
Ela vai atrás de Carol e volta falando que a mãe já vem, viro me apoiando na piscina e espero ela aparecer, não demora ela aparece. Nossa!
Eu nunca me cansarei de olhar essa mulher, amo esse mulherão.
— Fala amor. — só de ouvir ela falar assim, meu sorriso aumenta.
—Preta, fica até segunda por favor?
Ela olha para Toni e Quim, eles concordam.
— Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronta. Diga ao povo que fico. — sua gargalhada no final me deixa extasiado.
— Por isso que te amo mulher, agora entra aqui vai.
— Depois amor, estou conversando com sua mãe e com a Graça.
— ok Carol, mas termina logo e vem ficar comigo.
— Quê saudade é essa — sorriu. — prometo não demorar.
Quando ela se vira escuto a campainha e ela vai atender. No entanto, daqui de onde estou, já avisto a visita indesejada. Saio da piscina em passos rápidos, passndo a frente dela.
— Preta, entre com a Duda por favor. — peço sem abrir o portão.
Ela se afasta sem me questionar. Chama a Duda, entra em casa e só ai eu abro o portão.
— O que você está fazendo aqui?
— Eu precisava ver vocês.
— Eu te pedi um tempo pai.
— Eu sei. Me desculpe, mas quando sua mãe falou que vinha encontrar vocês, eu não aguentei e vim também.
— Você veio com ela?
— Não, pedi ao motorista para retornar comigo assim que ele chegou lá em casa. Por favor filho, me deixa falar com ela.
— Não pai, você não tem ideia do tamanho do estrago que nos causou.
— Por favor meu filho. —nessa hora minha mãe aparece.
— Deixa seu pai entrar Carlos Eduardo, a Carol aceitou recebê-lo.
— Como aceitou? — fico indignado e também confuso.
— Ela o reconheceu. Então lhe contei que ele queria vê-la e ela está esperando por vocês no escritório.
Ao menos, Carol não quer ele perto da Duda e acho que nem eu.
— Então vamos.
Seguimos para o escritório e minha mãe vem junto. Entro e vejo Carol de costas para a porta olhando pela janela.
— Amor, tem certeza que quer falar com ele? — pergunto me aproximando dela.
Ela se vira e o encara
— Tenho sim. Pode falar senhor Carlos.
— Obrigado Carolina, tenho ciência que não mereço sua consideração. — Carol se senta eu e minha mãe também. Meu pai continua falando de pé...
— Eu sei que fui egoísta querendo que meu filho realiza-se meus sonhos...
— A questão não é essa. Porque disse à ele que tinha me dado dinheiro para partir? — Pergunta Carol sem rodeios.
— Se eu falasse que você se foi por causa do que verdadeiramente eu disse, ele nunca ia me perdoar. Assim que falei aquelas mentiras para ele, me arrependi e o mandei atrás de você.
— Eu já estava no taxi e parti acreditando que ele tinha me enganado.
— Menti e não tive paz por 12 anos, passei um mês te procurando e até pouco tempo atrás ainda ia lá em Teresópolis na esperança de que alguém da família de dona Maria à amiga de sua tia, aparecesse. Deixei meu contato com os vizinhos mais próximo e até hoje não tive retorno. Era horrível ver que fui culpado pela infelicidade dele.
— O senhor não tem ideia do que fez a mim? Sabia que entrei em depressão, fui chamada de vadia, apanhei na cara e ainda fui expulsa de casa.
— Amor, quer que eu o peça para ir embora? — Pergunto olhando pra ela.
— Não kadu.
— A depressão eu entendo. Mas o resto, me perdoe. Disso eu não tive culpa. — meu pai se defende e ela dá uma gargalhada curta.
— Talvez o senhor tenha razão, já que foi meu pai que fez o resto pelo fato de eu estar grávida do seu filho.
— Meu Deus! O que eu fiz? Você perdeu o bebê, seu pai te obrigou atirar.
— Por que você acha que ele me obrigou?
— Pelo amor que vi em seus olhos naquele dia, você não faria isso por vontade própria. — Fala meu pai de cabeça baixa e me deixando mais triste com ele.
Ele chora e se vira para mim.
— Realmente não mereço perdão. Vou me afastar, eu só trouxe sofrimento a vida de vocês. Obrigado por me receber, eu realmente desejo do fundo da minha alma que vocês possam ser finalmente felizes.
Minha mãe está o tempo todo calada, ele pede perdão a ela e vai em direção a porta.
— Aonde o senhor vai? -Pergunta Carol me surpreendendo.
— Embora.
— Eu também agi errado. Eu poderia ter colocado meus medos de lado e ter ido procurar por vocês, só que a ferida não tinha fechado. — Carol desabafa.
— Eu te entendo...
— Chama ela Kadu. O senhor tem uma neta de 11 anos que se chama Maria Eduarda e é por ela, vamos tentar fazer o certo desta vez. — Carol o corta falando comigo e me deixando alguns segundos sem reação.
Meu pai abraça minha mãe e chora. Eu saio para buscar Duda, mesmo não concordando com a decisão dela. Ele roubou 12 anos das nossas vidas por um capricho.
Volto com Maria Eduarda.
— Vem aqui filha. Aquele ali é o seu avô Carlos, pai do seu pai. — Duda olha pra ele e ele se vira secando as lágrimas e falando:
— Me perdoa Maria Eduarda?
— Não sei o que o senhor fez, mas se minha mãe me chamou aqui, não deve ter sido tão grave.
Não entendo como Carol não está com ódio do meu pai.
— Eu posso abraça-la Edu? — Meu pai pergunta olhando pra mim.
Olho para Carol que consente.
— Se ela quiser, pode.
— Posso te dar um abraço? — Pregunta ele olhando para Duda.
— Claro que pode né, você é meu avô.
— Maria Eduarda, que nome lindo princesa!— Ele a abraça e beija seus cabelos emocionado.
— Eu também acho, mas pode me chamar de Duda se quiser.
— Você é um sonho que se tornou realidade e eu só posso agradecer a Deus, pela chance que ele me deu de te conhecer, Obrigado Carolina. — Fala abraçado com a Duda e olhando pra Carol.
— O senhor já almoçou? -Pergunta Carol desviado o olhar.
— Não estou com fome — ele vira para mim. — Posso ficar um pouco com ela?
— Pode sim. Duda, leva seu avô para almoçar. Mãe, a senhora pode ir com eles por favor.
Eles saem e eu tranco a porta.
— Carol, depois de tudo que passamos, como você consegue perdoar meu pai?
— Perdoando. Ele é seu pai e avô da Duda, ela nunca teve um avô ou avó, eu não vou tirar isso dela mais uma vez.
— Foi ele que me tirou vocês.
— Nós também permitimos kadu. Ele não fez isso sozinho, também tivemos culpa. No primeiro obstáculo nós nos separamos. Eu só quero que agora seja diferente.
Sento e abaixo a cabeça, no fundo sei que ela está certa, mas como eu iria imaginar que ele estava mentindo? Eu fui atrás dela e ela partiu sem me falar o porquê? E eu no dia seguinte, em vez de tentar achá-la, fugi.
— Entretanto, foi ele que começou tudo isso.
— Seu pai errou achando que estava fazendo o certo, do mesmo jeito que eu fiz com Maria Eduarda, quando neguei a ela o direito de crescer ao lado de vocês. Errei achando que estava fazendo o certo, eu te pergunto. Você me perdoou?
— Não tem o que perdoar Preta, eu amo vocês e isso é o que importa, você teve seus motivos.
— Seu pai também te ama, você não o ama?
— Claro que amo.
— Então o perdoe Carlos Eduardo. Ele também tinha os motivos dele e não imaginava que tudo isso pusesse acontecer.
— Você deve estar certa.
— Então acalma seu coração amor. —Ela fala passando a mão no meu tórax, seguro sua mão e a beijo.
— Obrigado por você Carol, ter me dado o melhor presente do mundo.
Ela sorri alto.
— Eu que agradeço, foi você que me deu esse presente há 12 anos. Me desculpe por te negar esse presente por todo esse tempo.
— O importante é que estamos juntos agora, e bem mais maduros.
— Isso mesmo, temos que manter sempre o diálogo.
A abraço e ela encosta a cabeça no meu peito alisando sua costa. Amo a sensação de tê-la junto a mim. Ficamos assim um tempo e beijo o alto da sua cabeça.
— Vamos ver nossa filha.
— Convide seu pai para ficar conosco até segunda.
— Vou convidar. Eu te amo Preta.
— Também te amo Kadu.
Saímos e avistamos Duda na mesa de jantar entre meu pai e minha mãe, ela está falando e meu pai está hipnotizado olhando para ela. Vejo em seus olhos um amor sem tamanho.
Nos aproximamos e ele baixa o olhar envergonhado.
— Pai, você quer ficar aqui com a gente?
— Vocês não precisam fazer isso. — Ele me olha ainda sem jeito.
-Não é precisar pai, eu e Carol queremos que você fique.
Ele olha para Carol que abre um sorrisão, ele sorri de volta.
— Obrigado! Eu aceito sim o convite.
— Que bom! Agora eu tenho uma família enorme! Vovô, vamos para piscina? — Duda, convida muito animada.
— Eu não trouxe roupas. —explica meu pai sorrindo
— meu pai te empresta, né pai?
— Empresto sim filha, vamos lá pai.
Subimos e ele me abraça.
— Obrigado filho e parabéns pela família linda que você tem agora.
— Obrigado pai.
— O que foi? — Pergunta percebendo que tem algo me incomodando.
— Estou pedindo a Deus, que Kamila aceite o divórcio.
— Você já falou com ela?
— Ainda não, vou me encontrar ela na segunda.
— Não deixe ela saber sobre, Carol e Duda.
— Por quê? Não quero mentir.
— Ninguém reage bem em ser trocada por outra.
— Ela sempre soube que meu coração pertence a Carol.
— Sei, mas ela achava que Carol nunca se tornaria real. Desculpe filho. Faça o que você achar melhor.
— Pode deixar pai, vou pensar.
Ele troca de roupa e vamos para a piscina.
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Beijos da Aline 💋.
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