Cap 25 Registro


**foto a nova casa de São Paulo.

Fico olhando Kadu pegando roupa na bolsa para tomar banho. Hoje já é quarta-feira, ele dorme e acorda comigo, nada foi conversado sobre isso, ele foi ficando e eu fui deixando.

Ele vai levar Maria para o Colégio, enquanto me arrumo para irmos ao cartório mudar o registro da nossa filha. Estou muito feliz, ela finalmente vai ter o nome do pai e até aceitou ser chamada de Duda por ele.

Era assim que a chamávamos, até que no seu aniversário de 10 anos ela pediu para mudar de Duda para Maria. Ela não nos respondia quando a chamávamos de Duda, e eu sabia bem o porque. Ela sabia bem que seu nome era uma homenagem ao pai.

Eles estão cada dia mais grudados e isso também me preocupa. Tudo está indo rápido demais, lembro que no passado em menos de três meses ele me pediu em casamento e o que era um sonho virou um pesadelo e é disso que tenho medo.
Tento não ser pessimista, ele diz que só está tentando recuperar o tempo perdido.

Ele liga e eu desço.
No cartório foi bem simples, já que Maria não tinha nome do pai na certidão. Ele olha para a certidão com tanto amor que me comove e ficamos os dois com lagrimas nos olhos.

Do cartório vou direto para o colégio e ele para o trabalho, meu carro não sai mais da garagem, ele está sempre conosco. Chego adiantada e vou ver Maria, mostro a ela a certidão ela me abraça e chora de soluçar.

- Agora realmente ele é meu pai.

- É sim filha, ele está que é uma felicidade só e quer comemorar. Convidou à todos, para jantarmos fora hoje.

- Eu também estou muito feliz mãe.

- Eu sei preciosa, ele é seu pai e ninguém nunca vai poder mudar isso.

- Meu pai Toni ficou triste?

- Dê forma alguma, todos adoraram, e você é uma menina de sorte, pois tem dois pais.

- É mesmo mãe. - Concordou sorrindo.

Conversamos mais um pouco, ela foi para aula e eu para a secretaria. Já perto da hora de ir embora meu celular toca e é o Luciano.

- Oi Luciano, tudo bem?

- Que voz boa, tudo ótimo e ai, escolheu o restaurante? - Caramba eu tinha me esquecido complemente.

- Nossa! Me desculpa, eu me esqueci e hoje vou jantar com amigos e o pai da minha filha.

- Tudo bem, não esquenta, deixa pra próxima.

- Obrigada e mais uma vez me desculpa.

- Relaxa Carol, fique bem e até qualquer dia.

- Até, fique bem também.

Caramba que mancada, mas o que eu poderia fazer. Fico um pouco chateada, mas logo o sinal toca e começo a arrumar minhas coisas para irmos embora. No portão está Kadu, com dois buquês de rosas. Um vermelho e outro rosa, entrega para mim e para Maria.

- Para as mulheres da minha vida, amo vocês.

- Também te amo pai.

- Fala de novo.

- Eu te amo pai.

Kadu pega Maria no colo e roda com ela entre risos e choros, ele para. Me olha e fala:

- Obrigado preta! Obrigado de verdade. Vamos pra casa que tem mais uma surpresa.

- O que você aprontou Kadu? - Já pergunto desconfiada.

- Nada. - Respondeu sorrindo.

- Sei.

Chegamos em casa e não vejo nada de diferente, ai ele pega uma pasta e me entrega. Nesta, tem um numero de duas contas, uma no meu nome e outra no de Maria, um contrato de compra e venda de uma casa na mesma rua do Toni, documentos de uma land rover no meu nome, dois cartões de crédito. Que nem quero imaginar o limite, se é que tem e para fechar com chave de ouro, uma casa no Rio de Janeiro, localizada no Joa, bairro mais nobre da atualidade. Entre outros documentos que nem quero ver.
Esse homem só pode ter enlouquecido, por que ele não parou nas flores?

- Filha, vai para seu quarto um pouquinho que vou conversar com o seu pai.

Ele me olha desconfiado enquanto Maria sai.

- Kadu, o que significa isso tudo?

- Ah não! Você não vai reclamar por eu estar cuidando de vocês.

- Você estar presente já é o suficiente, isso aqui é uma loucura. - Falo balançando uns papéis que estão em minha mão.

- Há 12 anos eu já tinha uma pequena fortuna. Isso não é nem 30% do que pertence a vocês, por que você sabe que Duda, tem direito a 30% dos meus rendimentos. Calculei por alto esse valor por 12 anos e te digo que ainda estou devendo muito.

- Isso só pode ser piada, onde entra as casas e o carro nessa sua conta?

- Bom, a casa é para melhor conforto, assim como o carro.

- Ah tá! Então meu apartamento e meu carro não prestam?

- Pode parar Carol, não quero brigar com você. O Toni te deu esse apartamento, seu carro e ainda te dava mesada e você não reclamou. Agora comigo você quer arrumar problema.

- Não tem comparação, nós passamos quase 12 anos com o Toni.

- E isso foi culpa minha por acaso? Eu sou um estranho é isso?

- Não foi isso que eu disse, isso tudo aqui e demais. Pra quê uma casa no Rio?

- Comprei o terreno há 12 anos, exatamente dois dias antes de te pedir em casamento. Quando voltei ao Brasil, comecei a obra, aquela casa foi construída pensando em você, ela está fechada, apenas o pessoal da limpeza vai lá.

- Nunca imaginei isso.

- Mesmo com tudo que eu achava que você tinha feito, eu não consegui agir diferente. Eu escolhi pessoalmente tudo naquela casa e foi tudo pensando em você, quando terminei não podia morar lá. Aquela casa é sua, sempre foi.

- Você me deixou sem reação.

- Que bom! Não quero brigar, aqui é bom. Mas temos que evitar fazer barulho e ficar na fila do banheiro. Essa casa perto do Toni nem é tão grande assim, e tem mais espaço para a Duda. Ela é acostumada com casa assim como você. Carla me contou que você sempre gostou daquela casa.

- O que é isso? Resolveram falar da minha vida sem a minha presença.

- Desculpa amor, mas ontem me reuni com eles sim, se eu falasse com você antes, você não aceitaria.

- Eu ainda não aceitei.

- Maria Eduarda é minha filha e tem direitos Carol, você não pode negar isso a ela.

- Não estou negando, só acho que você esta exagerando, para que uma menina de 11 anos precisa de um cartão sem limites?

- Tudo bem, preciso da sua ajuda para dosar algumas coisas, só queria dar a vocês o teriamos se o meu pai não tivesse estragado tudo.

- Eu entendi, me desculpe também. No entanto, é muita coisa para eu assimilar de uma vez, e você não nós deve nada...

- Não é esse o caso Preta, eu quero ver vocês bem.

- Nós estamos bem Kadu, esse dinheiro todo me assusta muito e eu não preciso de um carro daquele.

- Ele é blindado, eu preciso quando estiver fora, deixar vocês em segurança.

- Para você ver, esse carro chama muita atenção.

- Escolhe outro que mando blindar.

- Nossa! Eu me sinto sendo atropelada e tanta coisa Kadu. Em uma semana você já virou minha vida de pernas por ar.

- Eu estou te incomodando? Depois do jantar eu posso voltar para o hotel.

- Não é isso, eu amo dormir e acordar com você, amo essa aproximidade sua com Maria, eu tenho medo de tudo isso acabar. Porque querendo ou não, você é casado. - Falei expondo meu verdadeiro medo.

- Somente no papel. Ninguém mais vai nos separar, mesmo que se por algum motivo, ela não assinar o divórcio. Eu vou viver com vocês, basta você me permitir.

- Eu não conseguiria dizer não, eu te amo com a minha alma Kadu, mas não quero conhecer a casa do Rio ainda e realmente não queria ser amante.

- Eu não consigo por em palavras o que eu sinto por vocês, e como se eu tivesse nascido novamente, porque antes de te reencontrar eu me sentia morto, vivia no automático. Quero levar vocês lá depois do divórcio e você não é minha amante. Você é o amor da minha vida. - Ele me beija e me conforta.

Chamo Maria, que já sei que escutou tudo. Mando ela pro banho e vamos nos arrumar para o abençoado jantar.

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Beijos da Aline💋

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