Cap 15 Seduzir

*sem revisão

Chegamos aqui em Sampa. É noite e vamos ficar no hotel, já que cedi meu apartamento para os dois engenheiros.

Nossa! Estou cansado mesmo. Vou tomar um banho e dormir que amanhã vai ser osso. Estou no chuveiro e me lembro dela, sorrio e fico duro.
Coloco o chuveiro para gelado e isso não resolve muito, mas por hora e o que me resta.

Peço um lanche leve e como na cama mesmo.

Pego meu celular e volto à olhar sua foto. Será que isso é amor ou só um desejo louco? Ah Preta! Queria você aqui e agora. Começo a me acariciar e o celular toca. Agora não.

— Alô.

— Oi Eduardo.

Pronto broxei.

— Fala Kamila.

— Só queria saber como você está.

— Estou bem e você?

— Bem também.

— Kamila o que você tem?

— Nada, só queria ouvir sua voz.

— Essa fase voltou?

— Não, eu estou bem.

— Se não estiver bem volta.

— Eu estou bem.

— Desculpa ter te tratado mal no outro dia.

— Você é assim mesmo, já me acostumei.

— Você conheceu alguém?

— Não, ninguém, estou com amigas.

— Tudo bem.

— Tchau Edu, se divirta bastante.

— Vou tentar.

— Só não esquece a camisinha.

— Nunca esqueci. Tchau! fique bem.

Sei que fiz merda e não usei camisinha com a Carol, só lembrei depois da primeira, ai não já faria diferença nenhuma e me esbaldei.

Essa semana vou marcar médico. Não tenho medo dela ficar grávida, porque se esse tempo todo ela não teve mais filhos, deve tomar remédio com certeza.
Tenho medo é de doença, Porra! Tenho que falar sobre isso com ela. Nem sei ainda o que fazer. Está vendo como ela fode a minha mente. Porra! já pensou ela com um bebê meu? Tenho que parar com isso. — Vai dormir Kadu, seu mau e sono.

Chegamos na obra e está praticamente tudo pronto. Agora começa a parte do acabamento.

Vou almoçar com o André.

Mal entramos no restaurante e o celular dele toca.

Oi Carla.
— Claro que vou.
— Estou com saudades.
— Tá certo, te espero lá.
— Beijo nesse boca gostosa.

Essa é a parte que eu ouvi da conversa.

— Vai sair com ela? -O pergunta idiota.

— Vou levá-la pra jantar e depois ao teatro.

— Está sério o negócio em.

— Estou tentando.

— Boa sorte mano, já era hora de você arrumar uma mulher de verdade.

— O problema é ela acreditar nisso, quer que eu mande algum recado para a Carol?

— Ainda não, tenho que colocar minha cabeça em ordem.

— Se quiser conversar estou aqui irmão.

— O problema é que eu não sei o que fazer, não sei nem o que eu estou sentindo.

— Cara, essa foi a única mulher que você amou. Nunca amou outra depois dela.

— Aculpa não foi minha, ela realmente me enganou, foi só ver a grana que se vendeu.

— É isso que eu não entendo, se ela ficasse com você ela teria muito mais.

— Ela não sabia que eu queria casar tão rápido. Pior seria se isso acontecesse depois de casar, eu ia me casar com comunhão total de bens, imagina?

— Eu sei, mas alguma coisa ai não bate.

— Ela era jovem, podre. Viu aquela grana toda e se esqueceu de mim.

— Não sei não.

— Eu quero estar com ela novamente, mas não sei se devo.

— Se isso que você quer, faça acontecer.

— Ela tem familia cara e eu tenho a Kamila.

— Você e Kamila, são amigos que transão. Nunca passou disso mano, você estava diferente esperando a Carol naquela praça e no domingo quando ela te chamou de Kadu, vi seus olhos brilharem.

— Não exagera André.

— Sabe que não estou. Te conheço há doze anos e nunca te vi daquele jeito antes.

— Virou fã dela agora?

— Antes de ver vocês juntos, não vou negar que quase a odiava, mas agora não. Na verdade eu torço por vocês.

— Fala isso por que esta apaixonado.

— Não tem nada haver e sabe disso. Sou seu amigo, você é um irmão para mim. Acredite, só quero te ver bem cara.

— Eu sei. Agora vamos trabalhar.
...
A tarde, pedi à ele para ligar para a Carla e me passar o celular.

— Fala cara, tô ocupada o que você quer?

— Nossa! Que delicadeza, sou eu Eduar...

— Ai meu Deus! Aconteceu alguma coisa com o André? Fala logo pelo amor de Deus.

— Relaxa Carla, não acontecer nada, eu que quero falar com você, mas posso te ligar depois.

— Não, pode falar.

— Você não está ocupada?

— Não. — Respondeu sorrindo.

E sorrindo também falo:

— Sacanagem. Eu queria ver a Carol, como eu faço? Você me passa o número dela?

— Gostou em gato. O número eu não posso, mas vou falar com ela e te aviso. Já te adianto que derrepente só no sábado.

— Tranquilo, já é alguma coisa.

— Então tá bom, tchau. Manda beijos pro meu negão.

— Eu não, manda você. Obrigado, vou passar para ele e não esquece.

Passo pro André e saio de perto.

Preciso pensar no que vou fazer, Deus! seria tão mais fácil se eu à tivesse esquecido. Como fui burro em pensar que depois de anos sem tirá-la da mente, uma noite me curaria. Eu preciso de mais, muito mais. Será que para ela uma noite foi o bastante? Fico doente só de pensar em quantos homens tocaram no seu corpo depois de mim.

Eu sei que não fui santo, mas nunca me entreguei de corpo e alma à ninguém. Isso eu só consigo com ela. Quando ela foi embora no domingo sem olhar para trás, meu peito doeu e eu voltei no tempo lembrado dela dentro daquele maldito taxi há 12 anos. Então se ela realmente sabe quem sou eu, isso significa que nada mudou, ela não se importa e apenas eu que ainda sofro por esse amor. Porra! Está tudo errado, tenho que me livrar desse sentimento.

Pego meu celular e ligo para Sabrina. Ela é uma das minhas amiguinhas que me leva a loucura somente a com boca.

Pronto. Problema resolvido. Marquei com ela num motel, não posso levar ela pro hotel, vai que a gente dá de cara com a Carla. Como ainda não sei o que fazer com a Carol, melhor evitar.

Termino aqui e vou para o hotel tomar banho e depois encontrar Sabrina, quando saio encontro André no elevador com um sorriso de dar inveja.

— Qual foi Kadu? Está com essa cara de enterro por quê?

— Eu? Estou nada. Vou encontrar a Sabrina.

— Agora entendi.

— Entendeu o quê?

— Você está fugindo novamente. Fazendo o que fez durante todos esses anos, procurando um alívio que você sabe que não vai encontrar.

— Falar e fácil. Ela é casada porra! Não posso pegar o endereço dela, ir lá e puxa-la pelos cabelos para minha cama.

— Então espera, eu vi os olhos dela, ela vai te encontrar, eu sei.

— E enquanto ela fode com o corno, eu fico aqui sofrendo? Não mesmo. -Falo expondo para ele o que mais me dói.

— Você que sabe mano, eu só quero te ver bem.

— Eu sei cara, mas sobrevivi até hoje desse jeito.

— Está na hora de parar de sobreviver e viver.

— E você acha que não é isso que eu quero?

— Até que enfim você descobriu o que você quer. — Me responde sorrindo.

— Verdade, agora estou fundido de vez, vou ter que seduzir e roubar aquela mulher.

— Esse pode ser um bom começo.

Ele vai para seu encontro e eu volto pro meu quarto.

Vejo filme, escuto música, bebo mais e acabo à noite me masturbando olhando a foto dela. Não me julguem, fiz isso durante anos.
...
Acordo todo sujo, porém feliz. Sonhei com ela, pareço um adolescente na puberdade.

— Ah Carol! Você não sabe o que te espera.

Tomo banho e vou visitar a obra, tive que vir pra cá porque os caras estavam morcegando. André dá conta sozinho, mas com tanto dinheiro não se brinca.

Hoje à tarde vou ao Rio. Fui informado de última hora que meu pai marcou essa reunião. Ele não está mais na ativa. Tudo fim de mês, lhe mando um relatório por e-mail. Meu pai tem 40% das ações, eu tenho 25%, André 20% e os outros 15%, é dividido entre outros 4 sócios.

Volto amanhã. Não posso me ausentar de Sampa agora. Vou aproveitar para ver minha mãe, estou com saudades da minha baixinha.

Fora da construtora, eu e André somos sócios iguais. Temos 6 hotéis, 5 restaurantes, 1 transportadora e 2 casas de show.

Vivemos tranquilos sem chamar muita atenção, isso foi uma opção. Odeio viver cercado de seguranças. Porém, mesmo só com a construtora e os shoppings, temos muita grana e hoje me pergunto pra quê tudo isso se nem herdeiros eu tenho.

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Por favor não esqueçam de votar. Beijos da Aline 💋

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