Cap 13 Domingo de manhã.

Nem bem fechei meus olhos e o sol apereceu. Droga! Deixei as cortinas abertas.

Tiro seus cabelos da minha boca e os afasto do rosto dela. Tão linda! Tão bela! Que delícia acordar com esse mulherão na minha cama.

-- Tá louco cara, ela é uma vaca interesseira. Porém, se é dinheiro que ela quer, isso eu tenho de sobra. Não cara esquece isso você está livre. - com esse conflito interior, me afasto saindo da cama.

Ela resmunga, se vira e continua dormindo. Não resisto, pego meu celular e tiro uma foto. Estou ficando doido, só pode.

Lavo o rosto e vou no outro quarto pegar uma sunga na minha mochila, boto uma camisa, um chinelo e vou na padaria comprar o nosso café da manhã.

Volto, tiro a mesa de ontem que ficou aqui fora e depois dou um mergulho na piscina. Saio e fico de costas para casa pensando na vida.

Hoje era para eu estar feliz, porém não estou, só a deixei mais gravada em mim. Cada toque, cada gargalhada. Sei que ela também me curtiu, mas tenho que deixá-la ir. Ela não merece meu amor, nunca mereceu. Ela quebrou nossa promessa assim que entrei naquele avião.

Talvez eu só precise de mais tempo para me desintoxicar dela. Amanhã á tarde eu vou para São Paulo, talvez consiga me encontrar com ela lá. Mas pra quê? Para sofrer.

Kamila, volta volta daqui a um mês, não vou conseguir ser discreto se continuar com a Carol. No entanto, em um mês eu posso me curar e aceitar melhor a vaca que ela é. - Estou enganando quem com essa história? Essa mulher pode ser o cão, mas sempre vai ser a única que eu foi capaz de amar.

Só o tempo... Só o tempo pode dar fim nesse sentimento. Porem, quanto tempo será necessário? - É isso! Deixe ela ir - sinto lágrimas em meus olhos - Como se ela quisesse ficar.

Suspiro e sinto seus braços me envolverem, encosta a cabeça na minha costa e eu seguro suas mãos perto do meu peito.
Por que tem que ser tão difícil?

- Bom dia Kadu! - Talvez meu coração tenha pulado uma batida.

- Bom dia preta! - isso parece um sonho.

Me viro. Ela está de vestido, e mais descabelada ainda. Linda!
Acho que está na moda ficar descabelada, se não estiver deveria. Seguro se rosto e beijo sua boca, quando vou beijar seus olhos, passo direto e beijo sua testa.
Ela abaixa a cabeça

- Tenho que ir, hoje vou passar o dia com minha filha. - Fala baixinho

- Vamos tomar café primeiro. - tento adiar sua despedida.

Entramos e tomamos café da manhã.

- Que mulher linda! - elogio olhando pra ela, enquanto tiramos à mesa.

Ela sorri e pede:

- Me beija.

Beijo e sento ela na bancada da cozinha. Fazemos um amor tranquilo onde só se escuta nossa respiração. Isso não vai ser uma despedida, ainda não.

Subimos para um banho rápido. Quando terminamos de nos vestir, meu celular toca.

- Vou ligar pra Carla enquanto você ternina, te espero no portão - deixa o quarto.

Ela sai e eu atendo.

- Fala André!

- Vou passar ai com a Carla para ela se encontrar com a Carol.

- Tá bom. Pega endereço da Carla em São Paulo.

- Já peguei.

- Valeu! Estou te esperando. - aviso já descendo, e indo em direção ao portão.

Ela está em pé perto do muro, a encosto no mesmo e a beijo.

O beijo dura até o André chegar.

-Bom dia!

- Bom dia! - respondemos juntos. André não tira os olhos de mim.

- Tchau Kadu.

André estranha, mas não diz nada. Ainda bem.

- Tchau Carol - lhe dou um selinho. - Nos vêmos por ai. Até Carla.

-Até Eduardo. - Carla responde sorrindo para André.

- Quem sabe! - Respondeu Carol, saindo sem olhar para trás.

Meu peito dói. Minha vontade e de prendé-la aqui. Fico parado e calado por alguns minutos, mesmo depois dela ter virado a esquina.

- Vamos dar um mergulho? - propõe André

- Só vou esperar o pessoal da limpeza e vamos. Vem, vamos sentar na varanda.

Ele fica me olhando, sei que vai abrir a boca.

- Fala logo André. Curtiu ficar com a Carla?

- Porra! Muito cara, ela é doida não liga pra nada.

- Vai sair com ela de novo?

- Para sua felicidade, vou sim.

- Minha felicidade nada.

- Vou fingir que acredito. Como você esta? Ela te pediu perdão? Falou por que partiu?

- Ela não se lembra de mim cara.

- Tão inteligente e tão cego, impossível ela não lembrar, ela só está fazendo o mesmo que você.

- Será? Mas por que ela faria isso? A Carla te falou algo?

- Para não ter que explicar o passado. Acho que ela realmente pensa que você não a reconheceu e Carla não falou nada, não deu tempo.

- Então ela está jogando comigo?

- Jogando o que Kadu? Ela é casada e você também. Ela só lembra, simples assim.

- Você deve está certo, o que ela iria me fala? Oi! lembra de mim, fui sua noiva por 48 horas e nunca te amei. Te larguei por dinheiro, depois arrumei outro rico e dei o golpe da barriga, há e aquela promessa, era só brincadeira.

- Que promessa?

- Coisa minha.

O pessoal da faxina chegou, e fomos para a praia. Me deito na toalha embaixo do guarda sol, coloco meu óculos escuro, os caras chegam e eu apago.

Um tempo depois acordo com a sensação de frio no estômago, sei que ela está na área. Mas não vou procura-la, na certa ela está com a família feliz. - Vaca.

Carol

Almoçamos na praia, fiquei o mais longe possível de onde estávamos no dia anterior.

Estamos voltando ao hotel para arrumar as tralhas e voltar para casa. Carla está me cercando o dia todo. Ainda não falei nada com ela, não sei o que dizer me entende?

Maria foi com Toni pra piscina do hotel enquanto arrumamos as malas.

- Me conta tudo Carol.

- Contar o que? Foi ótimo! Foi gostoso! Foi incrível! No entanto acabou. E cala essa matraca que Quim não sabe que Eduardo é o Kadu.

-Nossa grossa! André me perguntou meu sobrenome e o seu. Ai tem coisa Carol.

- Pra quê?

- Isso que eu não sei. Na dúvida, desconversei. Pedir meu zap, tudo bem! Agora "nosso" sobrenome?

Deixo ela mexendo na unha e vou deitar na rede.

Quim se aproxima minutos depois

- Como foi estar com o Kadu novamente? - Me pergunta sem rodeios.

- Do que você está falando? - Sei que Carla não contou.

- A mim você não engana e pare de se enganar também. Você ama esse homem.

- E daí?

- Lute por ele, mostre o que ele perdeu.

- Fácil falar, e ai? Falo o quê sobre a Maria Eduarda?

- A verdade.

Respondo em meio às gargalhadas:

- Você acha que ele simplesmente vai acreditar em mim depois de 12 anos?

- Exame de DNA, está ai pra isso.

- Não Quim, nem eu, nem Maria vamos passar por isso. Quando ele entrou naquele avião ele nos deixou para trás, aceito qualquer um ter essas ideias, mas não você.

- Ele não deixou vocês, ele deixou você. Sempre achei que isso foi um grande mal entendido.

- Que seja. Eu era jovem, iludida demais. Se fosse amor de verdade ele teria me contado.

- Ele foi atrás de você no taxi, foi você que escolheu partir.

- Nao escolh. Ele já estava de passagem comprada e malas prontas, só sai antes.

- Então porque você voltou no dia seguinte se estava tão certa disso?

- Você sabe porque voltei. Agora chega de papo e vai descansar, quem vai dirigir de volta é você. - encerro o assunto.

Ele sai é eu apago, já acordo com todos prontos para partir. Vamos voltar ao lar.

Adeus Kadu.

Kadu

Pego meu celular e fico admirando a imagem dela. Essa hora ela já deve estar na estrada.

No fundo sei que o André tem razão e confronta-lá está fora de cogitação. Não quero ouvir ela mentindo psra mim e muito menos contando à verdade.

No final não foi ela ter aceito o dinheiro, e sim ela ter se entregue a outro em tão pouco tempo e gerado um bebê que deveria ser nosso.

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Beijos da Aline 💋

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