50 - SAMANTHA

Uma semana se passou desde o aniversário de Agatha.

E hoje, adivinha. É o meu!

EH!!!

Há um EH! nessa mentira.

Não é bem o meu aniversário, mas é. É complicado. Não estou animada, na verdade, eu nunca fico animada. Meu aniversário é algo que eu não gosto de comemorar. Nem mesmo de lembrar eu gosto. É só mais uma quarta-feira como qualquer outra.

Olhei para o lado não encontrando Peter. Soltei um suspiro e olhei para o teto branco. Estava em seu quarto.

Não me venham com a mente poluída, eu estou de roupa. Não me lembro exatamente por que estou aqui.

A porta do banheiro se abriu e um Peter apenas de toalha surgiu. Ele está sério.

Ferrou!

— Bom dia? – tentei incerta.

— Bom dia. – diz simplesmente. 

— O que exatamente eu estou fazendo aqui? – perguntei temendo a resposta.

— Você e Agatha se entupiram de doces noite passada, e ao que parece açúcar de noite te deixa um pouco alterada.

— Eu tinha esquecido desse detalhe. – suspirei o vendo caminhar pelo quarto. Caia toalha! Caia toalha! — E por que exatamente me trouxe para cá?

— Digamos que você tenha me agarrado e me obrigado a te trazer para cá.

Pessoas normais ficam bêbadas com álcool, eu com doces.

— Ah claro. E você está bravo por isso? – perguntei.

— Não.

— Então é pelo o que?

— Por que não me contou que hoje é seu aniversário? – cruzou os braços e me encarou com aquele olhar acusatório.

Ah não, de novo não.

— Ah, é isso? – digo com total desdém.

— Por que não me disse Samantha? Eu pensei que eu fazia parte da sua vida, mas nem a data do seu aniversário você me diz.

— Não é isso. Eu não gosto de lembrar da data do meu aniversário. Eu simplesmente desprezo isso, e não quero você nem ninguém enchendo minha cabeça de frases de aniversário. Eu odeio isso!

— Mas é um dia importante. O que custava me dizer? – se sentou ao meu lado.

— Dia importante? – rio sem humor. — Não tem nada de importante.

— Claro que tem. É o dia em quem uma das pessoas mais importantes da minha vida veio ao mundo. – me encarou. — Como quer que eu passe essa data despercebida?

— Finge que ela não existe em seu calendário assim como todo mundo faz.

— Como dizia minha mãe, eu não sou todo mundo. Não vou esquecer esse dia. Para isso você terá que me matar.

— Me dê algo afiado que eu resolvo. – estendi minha mão e ele a puxou me levando junto para seu colo.

— Se você não quer comemorar, eu entendo perfeitamente. Mas pedir para eu esquecer isso é querer de mais.

— Tudo bem. – suspirei. — Só não quero aquelas frasesinhas de Tumblr. Um abraço já é o suficiente. – e foi o que ele fez. Me abraçou. Bem forte. Quase me esmagou, mas ok. É uma das melhores sensações do mundo receber um abraço desses.

— Feliz Aniversário. – susurrou em meu ouvido me causando arrepios.

— Obrigada. – sorri e o beijei carinhosamente. — Não vai se atrasar para o trabalho?

— Não vou trabalhar hoje.

— Por que?

— Porque vou passar o dia com você?

— Peter eu já disse...

— Não vou fazer uma festa ou algo do tipo. – diz me inrrompendo. — Só quero ter um dia normal e ao mesmo tempo especial.

— Promete que não vai fazer nada?

— Prometo.

— De dedinho? – levantei o meu mindinho e ele riu.

— De dedinho. – enlaçou o meu dedo e o seu.

— Hum. Ótimo! Agora vou tomar um banho. – lhe dei um selinho e me levantei saíndo de seu quarto. Passei pelo de Agatha e a mesma estava brincando com seus brinquedos destraida. — Bom dia, gatinha! – ela se levanta e me dá um abraço.

— Bom dia! – respondeu sorrindo.

— Por que não está se arrumando para a escola?

— Papai disse para eu não ir hoje. – deu de ombros.

Peter está aprontando.

— Então tudo bem. Já tomou café?

— Ainda não. Papai dispensou Marie.

— O que? Mas por que?

— Ele disse que hoje eu não iria precisar dela. – deu de ombros novamente.

— Então tudo bem. Eu vou estar no banho. Qualquer coisa me chama, tá? – ela assentiu. Dei um beijo em sua testa e caminhei para o meu quarto.

— Peter está aprontando alguma. – digo a mim mesma. Entro no quarto e sigo a caminho do banheiro.

Me despi e entrei de baixo da água quente. O clima de Nova York hoje não é um dos melhores.

Frio. Pode não parecer, mas eu sou frienta. Já deveria estar acostumada com o clima daqui mas, não rolou.

Depois de banho tomado, sai do banheiro. Fui até meu armário e peguei minha roupa. Conjunto de moletom preto da e uma pantufa de carneiro.

O que é? Tenho meus dias de recaída e uso coisas fofas.

Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e desci. Entrei na sala de jantar encontrando a melhor imagem que alguém poderia ver.

COMIDA! MUITA COMIDA!

Ah, e Peter.

— Essa mesa é só para nós três ou vem um batalhão tomar café junto? – pergunto me sentando.

— Um bom café é um café reforçado. – sorriu.

— Eu não acredito! Você comprou Nutella!! – digo pegando o pote e o encarando. — Você está fazendo um jogo comigo, garoto?

— Eu sei que você gosta, então comprei. – diz como se não fosse nada.

— Obrigada! Mil vezes obrigada! Tipo MUITO obrigada! – me levantei e o enchi de beijos. — Afinal, como descobriu sobre meu aniversário? – pergunto tentando abrir o pote de Nutella.

— Sou Peter Miller. Eu consigo descobrir coisas que até Deus dúvida. – pegou o pote da minha mão e piscou.

— Oh! Desculpa aí diferentão! Projeto de detetive, filho da mãe Diná, GPS ambulante, olho de Deus. – ele riu e abriu o pote e me entregou. — Cadê a Agatha?

— Com a Dora. A chamei para tomar café, mas brincar com a Dora é mais importante. – deu de ombros e bebericou seu café.

— Coisa de irmãs. Sabe como é né?

— Não, não sei.

— Idiotinha. – resmungo colocando um pouco do conteúdo da nutella em uma torrada. — O que você está aprontando?

— Eu? Nada. – deu de ombros.

— Qual é Peter, eu te conheço o suficiente para saber quando você está aprontando. – digo mordendo um pedaço da torrada.

— Eu só quero passar um dia com vocês duas, é crime? – me encarou e eu sorri.

— Não, não é nenhum crime. Só estou surpresa e desconfiada, já que agora você sabe do meu segredo.

— Eu respeito sua decisão de não querer comemorar nada hoje, não se preocupe.

— Seja menos, por favor. – digo com uma mão pousada em meu peito em sinal de drama. Ele ri e se levanta me dando um leve beijo nos lábios.

— Vou tentar. – deu uma piscadela e se afastou da sala de jantar.

Por que exatamente ele tinha que ser assim? Meu coração é fraco.

— Mamãe! – Agatha exclama entrando na sala de jantar toda saltitante.

— O que foi gatinha? – a puxei para o meu colo.

— Eu e a Dora estávamos conversando. – soltei uma risada.

— E sobre o que falavam?

— De coisas. – tentou soar misteriosa e acabei rindo mais ainda.

— Que coisas, exatamente?

— Bom, nós diu... diudimos. – concluiu me fazendo rir novamente.

— É discutimos, anjo. – a corrigi.

— Isso. E dis-cu-ti-mos.

— Por qual motivo, exatamente? – perguntei antes de tomar um gole do suco de laranja.

— Nós queremos um irmãozinnho. – basicamente cuspi o suco a pegando de surpresa.

Elas querem o que?

A encarei enquanto enxugava um pouco do líquido que voou da minha boca com o impacto da pergunta.

— I-i-irmão? – gaguejei ainda sem reação.

— Sim. – me olhou com os olhos brilhantes.

— Amor, esse não é o momento para eu pensar nisso.

— Por que não? Você e papai namoram. – argumentou.

— Eu sei anjo, mas eu e seu pai temos muito o que pensar agora, e começamos a namorar a muito pouco tempo. Esse não é o momento para termos um bebê. Entende? – ela assentiu com um biquinho. — Não fica triste. Vamos comer, olha o tanto de comida que temos. Não podemos ficar triste com tanta comida em nossa frente assim.

— Ok. – sorriu. — Mas, de onde veio toda essa comida?

— Coisa do seu pai. Você sabe o quanto ele é exagerado, não é? – ela assentiu sorrindo. — Te ajudo a comer e depois vamos dar um banho na Dora. Ela está meio que, precisando. – ela ri e pega alguns biscoitos de chocolate.

***

Após terminarmos o café, eu e Agatha demos um bom e belo banho em Dora. Quer dizer, em tudo. Eu estou praticamente encharcada e Agatha não está muito diferente. O clima não estava mais tão gelado, mas com certeza não poderíamos abusar da sorte ou pegariamos um forte resfriado.

— Agora o que faltava. – Agatha diz colocando uma fitinha rosa em volta do pescoço de Dora. — Você gostou? – me encarou.

— Sim. Está lindo! – sorrio. Dora se acostumou com rosa. Até a minha cabra foi convertida por essa família. — Agora vamos tomar um banho, pois se seu pai nos ver assim nós estamos fritas. Dora, se comporte. Mamãe ama você. – lhe dou um beijinho.

— E eu também! – Agatha corre e lhe abraça. Own, que amorzinho. Entramos na casa e subimos correndo para meu quarto. Assim que entro me assusto. Para variar...

— Eu tinha certeza de que esse era o meu quarto. – digo ao ver o quarto totalmente normal. Exceto pelos papéis de paredes e as estrelhinhas no teto. Minhas coisas não estavam ali. Mas o que... — Peter Miller!

— O que tem o papai? – Agatha me pergunta.

— É o que eu quero saber. Vem! – saímos do meu quarto, ou ex quarto e seguimos para o quarto do Miller. Ao abrir, meu coração para. — O que significa isso? – o encarei e ele suspirou.

— Você disse que se mudaria para o meu quarto já que somos namorados, porém eu não estou mais afim de ficar ouvindo suas desculpas para não vir. Afinal, parte das suas coisas já estavam aqui. Tomei a liberdade de pegar o resto. Mas, se você não estiver de acordo eu coloco tudo no lugar.

— Eu deveria te dar alguns socos, mas sou paz e amor. – digo dando de ombros.

— Não vai falar nada? – perguntou.

— Não vou surtar e mandar você colocar tudo no lugar. Eu estava esperando você fazer isso, eu estava com uma preguiça de trazer tudo para cá. – digo me jogo em sua cama.

— SAMANTHA! – ele berrou em repreensão.

— O que?

— Você está toda suja e a cama está limpa. Vai para o banho! – ordenou.

— Então me leva, pois eu estou mortinha da Silva Campbell. – digo estendendo meus braços.

— Para de ser preguiçosa e vá para o banho já. – rolei os olhos e me levantei. — E a senhorita nem pense nisso! – fiquei meio confusa, mas ao olhar para a porta eu ri. Agatha estava tentando fugir do banho.

— O que eu fiz? – ela perguntou fazendo uma voz de bebê. Mas ela É UM BEBÊ!

— Está tentando fugir do banho também. – ele cruza os braços e a encara.

— Eu papai? Não, não. Eu estava... estava... é...

— Estava? – Peter a questionou.

— Ah! – ela bufou e cruzou os bracinhos imitando o pai. — Você me pegou.

— Eu sempre faço isso. – Miller se gabou.

— Você está se achando muito hoje, não acha? – perguntei.

— E a senhora já deveria estar no banho, não acha?

— Senhora é sua vó! – resmunguei.

— Vou colocar Agatha no banho. Enquanto isso, anda logo com seu banho! – saiu do quarto junto a Agatha. Era só o que me faltava!

E lá vamos nós para outro banho.

Depois de tomar o meu banho maravilhoso, fui "fuçar" no armário do meu namorado. Não vou dar uma de intrometida, só vou pegar uma camisa emprestada.

E foi o que fiz. Peguei uma camisa de moletom, manga longa do Peter que era maior que eu. Vesti minha leggin preta e minhas meias listradas de rosa e preto que Mia me deu.

Adorável...

Own, ele arrumou minhas roupas junto as suas.

Adorável...

Passei pelo quarto de Agatha e eles não estavam, então resolvi descer. Entrei na sala de estar encontrando os dois com milhões de DVDs espalhados por todos os lugares.

Depois de uma conversa com Peter, garanti a ele que Agatha não ficaria viciada em tecnologia apenas por assistir desenhos na TV. Foi então que comprou todo tipo de desenho que ela tinha direito.

— O que eu estou perdendo? – perguntei franzindo o cenho.

— Nós estamos procurando algum filme que preste. – Peter diz.

— Papai, todos prestam. Você quem não gosta de nenhum. – Agatha diz e cruza os bracinhos.

— Você só tem filme da Barbie. – ele retrucou.

— Não tenho não. Tenho outros. Olha! – pegou um e o mostrou. — Procurando o Nemo. Vamos assistir?

— Procurando o Nemo? – ele pergunta.

— Sim papai. – Agatha colocou as maozinhas na testa e rolou os olhos me fazendo rir. — Vamos assistir esse.

— Mas eu quero assistir o Batman. – Peter reclamou.

— Eu não quero assistir Batman papai, eu e a mamãe queremos Procurando o Nemo. Não é? – me encarou.

— Não, eu e a Sam queremos Batman. Não é? – Peter me encarou também.

Onde foi que eu fui me meter?

— Eu escolho fazer pipocas e chocolate quente. Quando pararem de brigar e decidirem me avisem. – digo e saio a caminho da cozinha.

Peter e Agatha estão BEM mais apegados e isso é MUITO bom.

Peguei o pacote de pipoca no armário e depois de seguir tudo o que havia na embalagem, coloquei no microondas para estourar.

Peguei meus ingredientes secretos vulgo leite e chocolate em pó, e fiz meu "Super iper chocolate quente".

Retirei a pipoca pronta do microondas e as despejei em um recipiente próprio para pipoca. Peguei tudo e levei para sala os encontrando quietos.

— Já escolheram? – perguntei.

— Sim. – os dois responderam juntos.

— Meu malvado favorito. – Agatha diz é bate palminhas.

— Ok. – digo passando pelos dois e me sentando no chão com a pipoca e o chocolate quente.

— Não vai dividir não? – Peter me perguntou.

— Quer, meu amor? – perguntei com ironia.

— Não quero mais. – diz e eu bufo. Agatha se senta entre minhas pernas e fica entretida no filme enquanto eu como minha pipoca.

***

Algumas horas depois, Agatha tinha caído no sono e eu também. Abri meus olhos e percebi que eu estava no quarto. Olhei por todo o quarto e não achei Peter. Me levantei e o vi na sacada encarando o jardim. Me aproximei e o abracei por trás.

— Já acordou? – perguntou.

— Não, estou sonhando em 3D. – soltei uma risada. — Não reclama, você pede para que eu te dê essas respostas.

— Não vou reclamar, essa é você.

— O que foi? – ele suspira e se vira ficando de frente para mim.

— Não é nada. – colocou as mãos em meu rosto.

— Eu não sou burra Peter. Abre a boca e começa a falar o que está passando nessa sua mente.

— Não é nada de mais. Eu sou um idiota.

— Disso eu já sabia, agora me diz o motivo de você só ter descoberto agora. – ele riu.

— Na verdade, nem mesmo eu sei o que está se passando na minha mente. É tudo muito confuso. Mas, quando eu ter certeza do que realmente está se passando nela eu te digo.

— Promete?

— Prometo. – piscou para mim e me puxou para um abraço. — Posso te perguntar uma coisa?

— Você acabou de fazer isso. – digo. — Mas ok, pode perguntar.

— Bom... Por que você não gosta de comemorar seu aniversário? – suspirei e voltei para o quarto me sentando na cama o vendo me seguir.

— Certo. Uma vez, quando eu ainda era uma criança, no máximo uns nove anos, eu acabei sofrendo um acidente. Naquela época eu já era revoltada da vida e estava afim de ferrar com tudo. Um dia em uma das poucas vezes que minha mãe ia visitar eu e meu irmão, eu e ela discutimos. Foi uma discussão horrível. – suspirei e tentei enxugar as lágrimas que ameaçavam cair. — Estávamos na rua e eu estava com raiva. Então eu sai correndo e não vi o carro e acabei sendo atropelada. – respirei fundo e soltei procurando ar.

— Se não quiser continuar tudo bem... – neguei com a cabeça.

— Meu estado não era tão grave, mas todo cuidado era pouco. Eu não estava querendo responder o tratamenro. E então meu coração parou por exatos dez segundos. – não consegui segurar um soluço e Peter me abraça. — E foi ai que meu pai marcou esse dia como o dia em que eu nasci de novo. – o encarei.

— Agora entendendo. – diz me dando um beijo no rosto. — É bom saber que ele voltou a bater e você é essa garota maluca cheia de vida. Não consigo imaginar como seria meu mundo sem você.

— Isso foi uma declaração?

— Talvez. – o encarei e o empurrei de leve.

— Não roube meu talvez.

— Seu?

— Sim. – sorri. — Vou escovar meus dentes e dormir. Estou com sono e amanhã tenho aula. – me levantei e segui até o banheiro. Escovei os meus dentes e voltei para o quarto encontrando Peter já de baixo das cobertas. Prendi meus cabelos e deitei ao seu lado e o abracei

— Você é adorável.

— Diz isso de novo e eu te chuto dessa cama.

— Não disse? – soltou uma risada. — Boa noite. – me deu um selinho.

— Boa noite. – apertei seu nariz de leve o fazendo resmungar. Me ajeitei em seu peito em em poucos minutos cai no sono.

***

Acordei com Peter me fazendo cócegas. Depois morre e não sabe por que.

Agatha veio se despedir de nós pois a mãe de Eleanor irá leva-la para escola hoje.

Tomei o meu banho rápido e me arrumei. Jeans escura largas e rasgadas no joelho e camiseta preta dos Rolling Stones e meu all star preto.

Sai do banheiro encontrando Peter arrumando seu cabelo.

Ou tentando...

— O que você está fazendo? – perguntei.

— Arrumando o cabelo.

— Que cabelo? – soltei uma risada.

— Que tal esse acima da minha testa, anta?

— Desculpe, sua testa não deixa eu ver, sua mula! – respondi lhe mostrando a língua.

— Quem mostra língua quer beijo. – diz me encarando pelo espelho.

— Eu não quero, obrigada. – pisquei para ele.

— Tudo bem. Então vou sair por aí, quem sabe alguma mulher queira me beijar.

— Vai com Deus. – digo.

— Amém, querida. – piscou e saiu do quarto.

— PETER MILLER VOLTE AQUI!!! – gritei. Peguei minha bolsa e sai correndo atrás dele. O vi no início das escadas então corri e pulei em suas costas.

— Está louca, menina? – perguntou tentando descer comigo em suas costas. Não sou tão pesada assim!

— Eu nasci louca, querido. E diz de novo que vai procurar outra boca para beijar para ver se não corto sua cabeça com um tapa. – ele desce todos os degraus e me coloca no chão.

— E isso é possível?

— Nunca subestime os poderes de Samantha Campbell. – apontei meu dedo para Peter que me puxou e me beijou.

— Acha mesmo que eu iria trocar seus beijos por outro? Acorda menina! – lhe dei um tapinha e ri.

— É bom mesmo. – A porta da entrada se abre e no mesmo momento nós olhamos. Meu sorriso morreu assim como o de Peter.

É como dizem... Felicidade de pobre dura pouco, e a de rico também.

— Pilar?

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