44 - SAMANTHA

Aproximadamente uma ou duas horas depois, finalmente chegamos em Nova Jersey. Eu quase dormi durante todo o trajeto, mas um certo burburinho no meu estômago não me deixou dormir.

Seguimos diretamente para o hotel. O jantar será no restaurante do hotel, então tudo seria bem mais fácil e prático.

— Vocês duas sozinhas? Nem pensar! – digo assim que entramos no hotel.

Emilly teve a perfeita ideia de não participar do jantar.

— Por que não? – Emilly questiona ofendida. — Eu cuidarei muito bem da Agatha. Eu não vou nem pintada de ouro para esse jantar e a Agatha não pode ficar sozinha. Deixa vai! – juntou as mãos e me fez um olhar de piedade.

— Não sei... – digo incerta.

— Confia em mim. Por favor! – ela insistiu.

— Deixa Sam! – Agatha pediu. — Emilly e eu iremos tomar bastante cuidado.

— Se alguma coisa acontecer com a minha coisinha loira, eu vou bater em você. Ouviu bem? – perguntei apontando para Emilly.

— Não se preocupe. Nada vai acontecer, a não ser diversão. E Não é mesmo gatinha? – a encarou.

— Sim!! Não precisa se preocupar com a gente. – a pequena garantiu.

— Tudo bem. Qualquer coisa vocês ligam, ok?

— Não se preocupe conosco, aproveite sua noite. – Emilly me sorri significativa. — Se divirtam. E por favor, se aquela... pessoa der em cima do Ryan e ele der bola, não exite em jogar a comida na cabeça dele. Ok?

— Não irei desperdiçar comida com seu namorado. Se ele fazer coisa errada, eu raspo o cabelo dele com o garfo. Satisfeita?

— Completamente. – sorriu. — Tchau, se divirta. – piscou para mim. As duas saíram saltitando.

— Pronto? – aquele famoso frio na espinha com a voz de Peter no meu ouvido.

— Pronto! – enlacei minha mão na sua e caminhamos em direção ao restaurante do hotel. De longe avistamos Sofie e um homem desconhecido por mim e nos aproximamos.

— Finalmente! – Sofie exclamou sorrindo e se colocando de pé. Deu dois beijinhos no rosto de Peter e Ryan e em mim aquele famoso "cara na cara". Já o homem chamado Ethan, deu um aperto de mão em Peter e Ryan e em mim dois beijinhos no rosto. — E Emilly?

— Ficou com a Agatha. – Ryan respondeu ao nos sentarmos.

— É uma pena. – ela diz não evitando um sorriso. — Então, já querem pedir ou preferem esperar?

— Vamos pedir. Estou morrendo de fome. – Ethan diz e me encara com um sorriso cínico nos lábios.

Por favor, me diz que ele não disse isso no duplo sentido. Por favor, diz que não ou eu não respondo pelos meus atos.

Sofie fez sinal para que o garçom viesse até nossa mesa. Depois de todos os pedidos feitos eles começaram a conversar de assuntos que eu não faço a mínima idéia. Por que diabos mesmo eu aceitei participar deste jantar? Eu poderia estar me divertindo com Agatha e Emilly agora.

Alguns minutos depois a comida chegou. Minha comida, minha companheira, minha vida, meu amor!

Aquela vontade de ficar enrolando para comer, mas está tão bom que é meio impossível.

— Samantha, algum problema? – Sofie perguntou com falsa preocupação. Praga, me deixa!

— Não, nenhum. – dei meu melhor sorriso falso.

— Está tão calada, fiquei preocupada. – ela insiste.

— É feio falar de boca cheia, papai me ensinou. – retruquei ainda sorrindo.

— Língua sempre afiada. – ela diz cerrando os olhos. Ethan arqueou uma de suas sobrancelhas ainda me encarando.

— Sempre. – sorrio mais abertamente.

— Como está o relacionamento de vocês? – questionou interessada.

— Isso tem alguma coisa a ver com o que estamos fazendo aqui? – perguntei. — Acho que estamos aqui por assuntos profissionais, não pessoais.

— Apenas curiosidade. – argumentou dando de ombros.

— Curiosidade matou o gato. – resmunguei voltando a atenção para o meu prato. De repente senti uma mão em minha coxa me fazendo dar leve sobressalto. Encarei Peter sem entender e ele apenas piscou para mim.

Mais uma hora tinha passado, eu já estava a ponto de virar a mesa. Ethan está acabando com o pouco de paciência que ainda me resta. Fica o tempo todo me comendo com os olhos. Tinha que ser irmão dessa coisinha endiabrada!

A única coisa que me destrai é Peter, ou sua mão brincado de subir e descer pela minha coxa.

Não, eu não estou nada bem. A qualquer momento eu posso ter algum tipo de surto. Ryan está pouco se ferrando para Sofie, ela é a única que ainda não percebeu isso. Ou finge não perceber.

Ethan mais uma vez me deu um olhar com segundas e terceiras intenções. E foi aí que Peter apertou mais forte a minha coxa e se levantou me dando um susto.

— Vocês podem se resolver não é? Vou levar a Samantha, ela não está se sentindo bem. Não é? – me encarou.

— Ahm, sim.

— Quer que eu a leve? – Ethan perguntou.

— Não é necessário. Do que é meu, eu sei cuidar! – minha boca se abriu em um perfeito 'O' e nem deu tempo de dizer nada. Peter lhe deu um olhar mortal e me puxou para longe.

— Vai com calma aí, eu vou cair! – protestei e ele diminuiu os passos. Pegou a chave do quarto na recepção e entramos no elevador. — Por que saiu daquela maneira?

— Vai me dizer que você não percebeu o que aquele babaca estava fazendo! – me encarou irritado. — Ele estava te comendo com os olhos!

— Eu sei disso, eu vi. Mas calma, você está com ciúmes? – não pude evitar sorrir.

— Por que está sorrindo? – questionou com uma linda carranca no rosto. — Eu estava a ponto de socar a cara dele. – fechou os punhos e travou o maxilar realmente irritado.

Em todos esses anos nesta industria vital, essa é a primeira vez que vejo Peter Miller tão irritado.

— Ei! Eu sei me cuidar sozinha, tá? Muito obrigada por bancar o namorado ciumento e super protetor, mas não precisava dessa ceninha toda. – digo rindo de sua face totalmente irritadiça.

— Ceninha? Eu quem fiz cena Samantha?

— Fez não, continua fazendo. – soltei uma risada.

— Eu quem estou fazendo cena? – me empurrou contra a parede metalica do elevador me prensando na mesma e me olhando no fundo dos olhos.

— Sim, ceninha. – murmurei contra seus lábios que estavam bem próximos aos meus.

As portas se abrem e sem que eu possa raciocinar, Peter vem me pega em seus braços e sai do elevador seguindo até o quarto.

— Bonitinho você, não? – apertei levemente seu nariz.

— Bonitinho é pouco. Sou lindo! – revirei os olhos.

— Não, você é convencido. – Finalmente chegamos ao quarto, ou melhor, suíte. Com um pouco de dificuldade ele abriu a porta nos colocando para dentro. Me colocou no chão fechou a porta atrás de sí. — Peter Miller nunca deixa de me surpreender. – digo em voz alta ao ver o tamanho do quarto.

— Pois é. – pegou minha cintura me virando para ele. — E ainda vou te surpreender mais. – sem esperar eu responder ele colou nossos lábios. Um beijo necessário e quente. Suas mãos foram para minha comissão traseira a apertando me fazendo soltar um gemido durante o beijo. Minhas mãos foram para seu tronco e com muita coragem o afastei já ofegante.

— Calma ai meu querido, cadê o estresse todo de dois minutos atrás? – questionei enlaçando meus braços ao redor de seu pescoço.

— Ficou no elevador. Você me faz esquecer qualquer estresse possível.

— Tem certeza? Eu jurava que eu era a causadora de parte deles.

— Você é a causadora da chegada deles e da ida. – sorrio mordendo o lábio onferior e volto a lhe beijar. Suas mãos espalmam minhas costas me trazendo mais para sí. O sabor de champgane caro em nossas bocas se misturam e sinto seu perfume caríssimo impregnar em meu corpo. 

Quebramos o beijo e nos encaramos ofegantes. Peter me pegou nos braços novamente e me levou para a cama, me deitando sobre ela. Ele retirou sua camisa e subiu em cima de mim voltando a me beijar. Minhas mãos foram para os botões de sua calça com certa pressa para abri - los.

— Urgh! – exclamei frustada durante o beijo por não conseguir abrir.

— Isso que dá ser muito apressadinha. – diz sorrindo e ele mesmo a abrindo.

— Cala a boca! – o puxei de volta, colando nossos lábios. Suas mãos foram rápidas o suficiente para me despir por completo me deixando apenas de calcinha.

— Por que está sem a parte de cima? – me questiona com a voz novamente mais rouca que o normal.

— Achei que não precisasse. – sorrio com falsa inocência e ele também voltando a me beijar. Depois de muito esforço finalmente consegui me livrar de sua calça, o deixando apenas de boxer preta. Peter desceu os beijos para meu pescoço. E lá vai mais um monte de marquinhas. Mas quem se importa?

— Peter, eu definitivamente te odeio. Saiba disso. – ele riu voltando a me marcar.

Não demorou muito para que finalmente nos entregassemos um ao outro. Seu copo quente sobre o meu acompanhando os ritimos do meu na maior sincronia. Talvez essa fosse a primeira vez do qual eu realmente me sentisse entregue a alguém. Talvez Peter fosse o único homem a me despertar certas sensações. Talvez dessa vez fosse mais especial que qualquer outra vez.

Eu não sei, só sei que não queria que aquele momento acabasse nunca. Éramos perfeitos juntos, isso ninguém pode negar.

No final, o único som ecoando pela suíte era o de nossas respirações ofegantes e o de nossos batimentos cardíacos. Peter se deitou ao meu lado e encarou o teto igual a mim. Alguns minutos depois ele foi ao banheiro e voltou se deitando ao meu lado e me puxando para seu peito duro e desnudo.

— Posso te dizer uma coisa? – afirmei. — Você é maravilhosa, em todos os sentidos. – sorri e ao mesmo tempo senti todo o sangue do meu corpo se acomular em meu rosto.

Peter Miller, o que você fez comigo?

— Obrigada, subiu 50% da minha autoestima. Vai ter que me aturar. – ele riu. — E eu posso te falar uma coisa? – ele afirmou. — Se eu não conseguir andar amanhã, eu te jogo dessa janela sem dó nem piedade. – ele gargalhou.

— Obrigado, eu acho. – diz incerto me fazendo rir.

— Não é um elogio, é uma ameaça. – murmuro escutando sua risada novamente. — Para de rir Peter.

— Por que não posso rir?

— Por que não estou em condições de ouvir sua risada idiota de linda agora, só cala a boquinha e dorme como nos filmes.

— Por que você é assim, hein?

— Não sei também, agora durma com meu lindo corpinho sobre o seu pois isso é para poucos.

— E você ainda tem coragem de me chamar de convencido? – questionou indignado enquanto eu sentia o sono se aproximar.

— Eu posso tudo. Agora dorme e segue o roteiro. – ele ri novamente e me deu um beijo no topo da cabeça.

Assim caíndo no sono.

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