42 - SAMANTHA

Longas horas depois, finalmente chegou a hora de ir embora. Estou morta de fome.

Encontrei Emilly e fomos até a lanchonete.

— Então quer dizer que você e Miller estão juntos? – fez uma expressão maliciosa.

— Juntos, juntos não. Mas tipo isso.

— Shippo de mais. – fez coração com as mãos. — SaMi. SaMi ficou perfeito.

— O que é SaMi?

— Samantha mais Miller. SaMi. –  sorriu e revirei os olhos. — Shippo muito.

— Sabe o que eu também estou querendo shippar? Minha mão e sua cara. Imagine que casal lindo.

— Não tente pagar de nervosinha, sabemos muito bem que você gosta.

— Vamos mudar de assunto? – mordi um pedaço do meu hambúrguer.

— Sim, que tal para essas marquinhas lindas no seu pescoço? – parei de comer e a encarei com seu sorrisinho malicioso. — Não vai me dizer que não viu? 

Ah droga!

Me levantei correndo e fui até o banheiro mais próximo. Encarei o espelho vendo diversas marquinhas vermelhas no meu pescoço. Filho da mãe!

— Mas que droga! – exclamei.

— Então quer dizer que a noite foi boa. – Emilly brotou do meu lado com aquele maldito sorriso.

— Não aconteceu nada, ok?

— Vai me dizer o que? Que isso é alergia?

— Não. Olha Emilly, para de encher o saco ok? Você aparece quase todo dia toda roxa e eu não falo nada.

— Então vai ser todo dia? – arqueou uma de suas sobrancelhas.

— Cala essa boca ou eu te afogo nessa privada!

— Calma amiga, não precisa ficar estressadinha. E vendo por esse lado, realmente não aconteceu nada, você está muito estressada. – lhe dei um último olhar do tipo: Corre agora ou fica e morre. Ela entendeu o recado e saiu correndo.

***

Depois que eu quase dei uns tapas em Emilly, saímos da facul a caminho da mansão Miller.

— Acredite, o alvo dela não é o Peter. – Emilly diz.

— Dela pode até não ser, mas já o dele...

— Para de ser burra! O alvo dele é você. Sofie quer me infernizar. – por fim chegamos a mansão. Abriram o portão e Emilly adentrou a casa com o carro. Descemos e seguimos para a entrada. — Não tem com o que se preocupar. – garantiu ela. Entramos na casa e levo um certo choque. Miller e uma mulher morena, não vou dizer que é feia pois está bem longe disso. — Acho que falei cedo demais encarei Emilly e ela da de ombros.

— Samantha, já chegou? – perguntou Miller.

Não idiota, estou ma China!

— Já. – respondi apenas.

— Essa é a Sofie, Sofie essa é a Samantha. – ele sorriu. A tal Sofie me olhou de cima a baixo e me encarou.

— Prazer. – estendeu sua mão. Vamos Samantha, tente ser educada uma vez na vida.

— Prazer. – apertei sua mão e a encarei.

— Emilly, como vai? – ela desviou sua atenção para Emilly.

— Perfeitamente bem, e você? – Emilly questiona em falso tom de simpatia.

— Igualmente. – voltou a me encarar. — Você Samantha, é totalmente diferente de como imaginei. É bonita.

— Eu sei, tenho espelho no quarto. – Não resisti.

— E tem uma língua bem afiada, não? – Você não imagina o quanto. — Peter me disse que vocês irão nos acompanhar no jantar. – segurou o braço de Peter. — Dê primeira eu achei desnecessário, mas como os meninos fazem questão. – encarou Peter e sorriu.  — Vocês dois têm algum relacionamento?

— Bom... – Peter começa.

— Sim! – o interrompi interrompeu lhe pegando de surpresa. — E não. É complicado, você não entenderia.

— Tenho certeza que entenderia perfeitamente. – ela diz.

— Pois eu prefiro que não entenda.

— Mas eu quero entender. – me encarou desafiadora.

— Peter explica. – digo olhando-o.

— Eu? – ele questiona.

— Exatamente. Agora, nos dê licença, pois temos trabalho da faculdade para fazer. – digo indo a caminho da escada.

— Não se preocupe. Eu e Peter ficaremos bem sozinhos. – ela diz ao longe.

Hienas voadoras. Unicórnios.

Suspirei e subi o mais rápido possível.

— "Eu e Peter ficaremos bem sozinhos" – a imitei fazendo uma voz enjoada assim que entrei em meu quarto. — Sabe o que eu vou fazer? Cortar a cabeça daquela mulher e pendurar em uma cerca elétrica!

— Quer que eu empreste minha serra elétrica? – Emilly perguntou.

— Por favor. – bufo. — Miller é outro que me paga! Você viu o sorrisinho idiota dele para ela? Vontade de arrancar aqueles dentes perfeitos dele um por um, sem nenhuma anestesia.

— Achei ofensivo. Continua! – encarei Emilly.

— Ele vai me pagar, bem caro. – encarei o espelho.

— Cuidado, esse seu olhar pode quebrar o espelho. – rolei os olhos.

— Vamos logo fazer esse trabalho.

— Okay,  Sra. Ciúmes. – soltou uma risada.

— Ou você fecha essa boca agora, ou eu te chuto daqui até a China!

— Calma amiga linda. Sem violência lembra? Paz no coração.

— Ao trabalho! – digo decidida a mudar de assunto.

***

Após finalmente eu ter o que eu queria, nós descemos para tomar alguma coisa. Estávamos encostadas no balcão da cozinha.

— Eu estava voltando, aí do nada brotou um negócio no coiso do carro, sabe? – Emilly tentou me explicar.

— Oh, claro! Entendi tudo. – ironizo.

— Enfim, eu levei um susto e tentei desviar e o Ryan ficou berrando igual uma gazela. – levou seu copo de suco até a boca.

— Nem me surpreendo mais. – digo.

— Eu sim. – Sofie diz brotando do além.

— Já te ensinaram que escutar a conversa dos outros é feio? – perguntou Emilly.

— Acabei ouvindo sem querer. – argumentou.

— Uhum... – Emilly resmungou.

— Como vai o Ryan?

— Muito bem, obrigada.

— Ele está realmente mudado.

— Sim, graças a mim.

— Talvez.

Que a terceira guerra mundial comece!

— Onde está o Peter? – perguntei tentando mudar de assunto.

— Foi buscar a Agatha.

— Ah, bom.

— Sabe Samantha, nunca pensei que o Peter gostava de garotas do seu tipo. – cruzou os braços me olhando. Franzi o cenho e a encarei sem entender.

— Que tipo?

— Desbocada, agressiva, insegura...

— Pois é, vai entender. Existe gosto para tudo. – sorrio não caindo em tal provocação.

— Estou tentando. Ele sempre foi um cara gelado, digamos. Parece que você derreteu a armadura de gelo que ele tinha.

— Não acredito. O Peter nunca foi frio. Talvez meio babaca, mas do modo que você fala não.

— Mas acredite, ele está muito mudado. Nós não tínhamos tanta intimidade como agora.

OI?

Quando eu iria questiona- lá, uma coisinha loira entrou correndo na cozinha.

— Sam!!! – pulou em meus braços.

— Gatinha!! – retribuo ao seu forte abraço. — Como foi a escola?

— Foi bem legal. Eu conheci muita gente, eu tenho uma amiga chamada Eleanor, eu brinquei muito e a tia Vick é bem legal e fiz alguns amigos, tem uma sala bem grande de desenho e...

— Ei, ei, respira para falar. – corto-a rindo de sua empolgação.

— Mas eu quero te contar.

— Você tem todo tempo do mundo para contar, relaxa. – sorri passando meu nariz no seu.

— Emi!! – Agatha exclamou notando Emilly e pulou para o colo dela como um esquilo.

— Meu Deus, que menina pesada! – ela diz rindo. — E aí? Tudo bem?

— Sim! – sorriu.

— Então quer dizer que você agora faz parte do mundo dos estudantes?

— Sim. – sorriu novamente orgulhosa.

— Ei Agatha, se lembra de mim? – perguntou Sofie chamando a atenção de Agatha.

— Sofie? – desceu do colo de Emilly e foi abraça-la. — O que faz aqui?

— Vim tratar de negócios com seu pai. Como vai?

— Bem. – sorriu.

— Gatinha, vamos tomar um banho? – perguntei.

— Vamos. Tchau Sofie.

— Tchau Lindinha. – segurei a mão de Agatha e subimos para seu quarto.

Emilly e Sofie sozinhas, não vai dar certo.

— Me conta, como são seus amiguinhos? – pergunto a ajudando a tirar as roupas.

— São bem bagunceiros. – soltou uma risada. — Mas são legais.

— E sua amiga?

— A Ely? – assenti. — Ela é legal e quis dividir o lanche dela comigo.

— Ou seja, ela te pescou pela barriga. – soltei uma risada.

— Pescou minha barriga? – me encarou sem entender.

— É um modo de falar. – a coloquei de baixo do chuveiro.

— Sam, quando Marie vai voltar? – Miller deu algumas semanas de folga para ela depois de tudo que aconteceu. A culpa não é dela se a Pilar é o demônio e aparece em tudo que é lugar.

— Daqui a alguns dias, mas por que? Não gosta que eu cuide de você?

— Gosto. É que eu também gostava dela.

— Em breve ela voltará. Eu tenho que arrumar sua roupa, fica bem um pouco sozinha?

— Sim.

— Ok. Eu já volto, qualquer coisa é só me chamar. – ela assentiu. Sai do banheiro e fui até o armário de Agatha procurar uma roupa. Assim que me viro quase morro do coração. — Virou o capiroto agora para ficar aparecendo do nada?

— Me desculpe, não percebi que estava tão destraida. – Miller tentou se aproximar mas desviei. — Qual é o problema agora?

— Por que não vai fazer companhia a sua amiguinha? Ela deve estar com saudade de ficar bem sozinha com você.

— Ciúme de novo? – sorriu. — Sam...

— Vai chamar de Sam a vovózinha! Não te dei intimidade o suficiente para me chamar de Sam! – ele riu e revirou os olhos.

— Ok, senhora Samantha.

— Vai se ferrar! – me virei voltando para o armário.

— Samantha. – Miller me puxou me fazendo o encarar. — Eu vou te falar uma única vez e espero que você entenda. – me encarou. — Você é a única mulher que me interessa. Ok?

— Não, não está ok! Você me fala isso agora mas depois está de sorrisinho com segundas intenções com aquela fulana.

— A única que eu tenho segundas intenções é você.

— Eu...– me interrompi e o encarei de boca aberta. — É o que?

— Eu não disse nada. – se afastou.

— Sim você disse. E eu ouvi muito bem. – o encarei.

— Saaam!!! Meus dedos estão derretendo!! – Agatha gritou do banheiro.

— É melhor que quando eu voltar aqui você já tenha ido, pois do contrário... eu te mato e faço com que achem que tenha sido um suicídio. Acredite! – lhe dei um olhar mortal e voltei para o banheiro.

Grande idiotinha.



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U

UUUUM MILHÃAAAAAO DE VIEEEWS EM SIMPLY SAMANTHAAA AAAAAA EU TO MUITO FELIZ!!!!!!! 

Então é comemorando isso que vou fazer essa pequena maratona logo tarde pois sou dessas (mentira, pois ta saindo tarde pq eu me atrasei)

Aproveitem amorzões, e obrigada pelo carinho, pelas views, pelos votos e por não desistirem de mim. Pro pessoal que tem me acompanhado desde o início, o pessoal que chegou agora, muito obrigada!!  ❤


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