Eu e Mia deixamos a pista de dança e fomos até o bar e pedimos uma água, enquanto Emilly estava na pista de dança se acabando de dançar.

— Qual é o seu problema com o Peter, afinal? – ela me questiona.

— Ele é muito mandão. Acha que pode mandar em mim o tempo todo, já estou cansada dele pegando no meu pé.

— Ele só quer ajudar.

— Não, ele quer complicar minha vida.

— Por que ele faria isso? Ele nem te conhece direito, com certeza ele quer o seu bem.

— Até você? – pergunto indignada.

— Só estou dando a minha opinião sobre esse assunto. É o que eu acho.

— Tudo bem, a opinião é sua.

— Samantha. – se aproximou Jonh. — Está no seu horário.

— Tudo bem, tchau Mia. – lhe dei um beijo no rosto. — Manda um beijinho para aquela louca.

— Tchau Sam, nos vemos.

Segui John até a saída e entramos no carro.

Peter querer o meu bem? Não.

Acabei por cair no sono durante o trajeto.

***

Acordei com o celular tocando. Eu estava com uma dor de cabeça, não era forte mas era insuportável.

Calma ai! Como eu vim parar aqui? Que eu me lembre eu cai em um sono profundo no carro.

O celular continuou a tocar no criado mundo. O peguei olhando o visor e vi que era um número desconhecido.

— Alô – atendi mas ninguém diz nada. — Hello!! Será que dá para alguém falar algo? – nenhum sinal. — Quem é o infeliz que me acorda a essa hora da manhã para me fazer de otária? Ta querendo morrer? – a pessoa desliga o celular na minha cara. — Idiota!

Me levanto e entro no banheiro. Faço minha higiene matinal, tomo um banho e saio já vestindo minha roupa.

Peguei minha bolsa e meu material saíndo do quarto, desci as escadas e olhei em meu celular. Ainda é cedo de mais, então me sentei em um dos degraus da escada.

De repente me bateu uma bad. Isso é normal não é?

Pode ser saudade do meu pai, da Alexandra, dos meus irmãos, Anna, meus sobrinhos... minha mãe. Oh meu Deus o que está rolando?

— O que está aprontando? – a voz rouca de Miller preenche meus ouvidos. O encarei e ele estava em minha frente.

— Nada.

— Nada? – deu uma risada sem humor. — Por que eu não acredito em você? – cruzou os braços me olhando desconfiado.

— Porque você é um idiota.

— Tá, me diz logo. O que você fez agora? – se sentou ao meu lado.

— Eu não fiz nada, eu só...

— Você só o que?

— Só estou com saudades.

— Do seu pai?

— Também, na verdade, de todos. Mas principalmente... – suspirei. — da minha filha. – ele me olha totalmente surpreso.

— Filha? V-você tem uma filha? –  questionou chocado.

— Tenho, a Dora. Sinto muita saudade dela, ela é a única que me entende.

— Seu pai não me disse nada sobre ela.– franziu o cenho.

— Ele está pouco se importando para ela. Ele não a considera como neta, ninguém a considera como membro da família, mas ela é. Ela é um amorzinho, não dá nenhum trabalho.

— E onde ela está agora?

— Com meu irmão. – abaixei a cabeça. — Você poderia me fazer um favor? – o encarei.

— Depende...

— Deixa eu trazer ela para cá? Eu tenho certeza de que ela vai se dar bem com a Agatha. E eu não vou responsabilizar ninguém, eu mesma cuidarei dela. Por favor! – ele me encara pensativo.

— Vou ver o que posso fazer. – suspirou.

— Eu poderia te abraçar, mas como eu sou muito orgulhosa para isso só um obrigada basta.

— É claro. E educada também.

— Isso foi uma ironia não foi?

— É, foi.

— É claro.

— E o pai dela? – voltou a me encarar.

— De quem?

— Da sua filha.

— Ah, eu não sei, não cheguei a conhecer. Na verdade quando eu a adotei não deixaram eu nem saber a raça. Cabra tem raça né?

— Bem, eu... o que? Cabra? Do que está falando? – me olha confuso.

— Da Dora.

— E por que diabos você meteu uma cabra no assunto?

— Dora é uma cabra. – ele fica sem reação.

— O que? Você está brincando!

— Claro que não! Dora é uma filha para mim.

— E eu aqui caindo nessa. – bufou passando as mãos pelos cabelos frustrado e se levantou. — Vá logo para suas aulas vai.

— Calma ai! Você disse que ia dar um jeito. Por favor... – faço o olhar do gato de botas, nunca falha. 

— Vou ver o que faço. – suspirou e eu sorri.

— Obrigada, de novo. – sorrio e pego minha bolsa. — Tchauzinho. – lhe dou um aceno e saio da mansão.

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Agora sim bonitxs, já podem ir dormir tranquilinhos pois a maratona acaba por aqui.

Beijinhos no core 😘