15 - SAMANTHA

Assim que chegamos no shopping fomos direto para loja de roupas, pois Emilly não resistiu. Ficamos por lá cerca de meia hora e cheias de compras.

Logo depois fomos a loja de brinquedos, eu não aguento ir a algum lugar com uma criança e não comprar nada para ela. Assim que entramos, vimos que estava tendo algo diferente. Eu e Agatha corremos até o mundo das Barbies. Não sou fã de bonecas, mas quem disse que com Agatha eu conseguiria ignorar isso.

— Olha que linda. – diz ela pegando uma tal de Barbie Princesa.

— Quer essa? – pergunto.

— Sim.

— Então vai ser essa, mais alguma? Pode escolher.

— É sério? – me pergunta com os olhinhos brilhando.

— Claro. – ela sorri e me abraça.

— Vai ser só essa, eu já tenho muitas.

— Tudo bem.

Saímos indo até o outro lado da loja encontrando Emilly e Mia brincando com arminhas de brinquedo. Eu e Agatha entramos na onda e pegamos outras arminhas atirando nelas. Logo depois de muito aprontarmos, resolvemos ir comer alguma coisa.

— E então? O que vamos comer? – pergunta Emilly enquanto entramos na praça de alimentação.

— Tem uma lanchonete que eu quero muito conhecer. – diz Mia.

— Eu também! – diz Emilly.

— E você gatinha? – pergunto.

— Eu quero ir no MCDonalds.

— Eu também, então vamos. – puxei ela indo em direção a lanchonete.

— Olá, o que desejam? – pergunta a atendente.

— Vai querer qual? – pergunto para Agatha.

— O que vem com bichinho! – ela diz apontando para a pequena vitrine com brinquedinhos.

— Ok. Então dois MC lanches felizes.

— E para beber?

— Suco natural de uva, pode ser gatinha?

— Pode.

— Então dois, por favor. – a moça digitou em sua caixa registradora. Disse o valor e lhe entreguei meu cartão.

— Er, seu cartão está bloqueado. – mordeu o lábio inferior e me encarou.

— O que? Como assim bloqueado?

— Está bloqueado moça.

— Mas que droga! – resmunguei.

— Aqui! – uma voz grossa e rouca do qual eu conhecia bem soou atrás de mim e um cartão brotou na minha frente. Me virei para encarar o sujeito.

Sim era Miller, e me encarava com um risinho irônico.

— Você é o satanás ou algo do tipo? – questiono.

— Estou mais para herói, não acha?

— O que faz aqui? – cruzei os braços.

— Vim saber se estão se divertindo.

— Você veio é nos espiar, cadê o voto de confiança? – pergunto indiganada.

— Eu só vim me certificar de que estão bem. – olhei para baixo encarando o pequeno ser loiro que me encarava com seus lindos olhos verdes e um sorriso grande.

— Como pode ver estamos bem, pode ir.

— Não é o que parece. – passou em minha frente entregando o cartão para a moça. Ela por sua vez lhe encarava perdidamente.

— Não tem nada melhor para fazer não? – questionei vendo a atendente engolir a seco e focar em sua caixa registradora.

— Minha filha é a única coisa de melhor que tenho, e acompanha-la em um passeio pelo shopping não é crime. – diz já digitando a senha do cartão.

— Acontece que ela já tem companhia para um passeio no shopping. Deveria ter pensando nisso antes!

— Uma companhia que não tem mais dinheiro para gastar.

— Foi apenas um problema na droga do cartão. – me defendo.

— Não foi não. – pegou o cartão de volta o guardando em sua carteira. — Seu pai me ligou e me comunicou que bloqueou seu cartão.

— O QUE? – berrei. — Com que direito?

— Ele é seu pai! – diz meio óbvio. — Você só poderá usa-lo para casos urgentes. Ele viu o quanto gastou nos últimos dias com bobagens. – ele diz já com a bandeja em mãos, saíndo em nossa frente e se sentou em qualquer mesa.

— O que pensa que está fazendo?

— Me sentando?

— Isso eu vi, eu quero saber o por que de você estar se sentando?

— Porque eu quero. Algum problema?

— Sim! Eu não te convidei, seu intrometido! – digo irritada.

— Por que não se junta a nós? – sentou Agatha ao seu lado.

— O passeio aqui era entre eu e minhas amigas.

— Então Agatha está sendo excluída!

— Agatha é minha amiga!

— Ela só tem cinco anos. – rolei os olhos em frustração.

— Você vive em que século hein? – passei as mãos pelos cabelos frustrada. — Miller, por que não vai escrever um livrinho, já que é o que sabe fazer? Hum?

Descobri acidentalmente que ele escreve, e por sinal, muito bem. Chocante!

— Quem te contou isso? – me encarou com o cenho franzido.

— Isso não vem ao caso. Miller, pelo amor que você tem a vida, vaza!

— Quando vai parar de me chamar de Miller e me chamar de Peter?

— Quando você parar de me tirar a paciência.

— Achamos vocês! – diz Emilly junto a Mia. — Achei que tinham nos abandonado.

— Não, houve apenas um pequeno obstáculo no caminho. – fuzilei Miller com o olhar.

— Papai vai ficar com a gente!! – sorriu Agatha animada.

— Oh, então esse é seu pai? – pergunta Emilly arqueando sua sobrancelha. — Peter Miller? É um prazer te conhecer. – sorriu. — Sou Emilly Jones! – estendeu a mão.

— É um prazer. – diz educado dando um meio sorriso. Em dias nunca vi um sorriso de verdade de Miller.

— Eu sou Mia. – sorri também.

— É um prazer. – apertou a mão dela gentilmente. — Se juntem a nós. – diz e me deu um olhar cínico. Ele está querendo me provocar é? Não brinque com fogo Miller! — Não vai se sentar Samantha? – demorei uns segundo tentando lhe arrancar a cabeça com a força do pensamento, mas como não deu certo desisti.

— Claro! – me sentei.

— Não vai comer? – perguntou me provocando novamente.

— Perdi a fome! – desviei meu olhar do dele.

E assim ele, Emilly e Mia entraram em um assunto chato do qual eu não quis prestar a atenção.

Só pode ser uma brincadeira do universo!

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