4. Ingênuo
Ao notar a timidez do sujeito, totalmente desconcertado com o fato de eu ter descoberto o indecoro do que via, empolguei-me com a possibilidade de cavar uma provocação. Quebrei o efêmero silêncio, intencionando agredir sua vergonha. Logo, teci comentários sobre a foto, reforçando meu flagrante sobre o cunho de seu entretenimento. Em especial, comentei sobre a ausência de pêlos no púbis da modelo. Ele apenas sorriu, enrubescido e desconfortável.
Pôs a mão sobre a revista, esboçando retirá-la da vista, mas segurei-lhe o pulso, decidida. Impedi que recolhesse o material do balcão e perguntei o valor do produto. Notei sua visão desviando-se para meus seios e voltando aos meus olhos, rapidamente. Buscou disfarçar o impulso visual de maneira tola, soando cômico, dado o olhar trêmulo e forçado, sem sucesso ao simular mais interesse em meu rosto que no resto de mim. Percebi a fração de segundo em que suas sobrancelhas denunciaram mais entusiasmo, fitando meus bicos salientados sob o pano delgado.
Sentenciou que a revista não estava à venda e apontou para a seção de publicações adultas, prestativo, querendo atender meu suposto interesse em comprar materiais pornográficos. Olhando para baixo, pus as palmas de minhas mãos sobre meus peitos e os apertei algumas vezes, vigorosa e pausadamente, enquanto lhe dizia que os meus me bastam, mesmo não sendo tão grandes quanto os da mulher da foto. Olhei-o novamente, ainda apertando-os e, então, confessei às gargalhadas que perguntei o preço apenas por diversão, não sendo esse meu interesse no local. Ele sorriu, parecendo reagir de maneira infantil a palavra "gozação", a qual utilizei enquanto expliquei-me. Observou meus seios mais uma vez. Notei que lambeu o lábio inferior e engoliu em seco. Fixou as íris esverdeadas em meus olhos castanhos e perguntou, finalmente, como poderia ajudar.
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