09

Ela não sabia quanto tempo ficou deitada ali, enrolada no travesseiro, respirando fundo e estremecendo para poder inalar seu sabonete e xampu, o cheiro forte que era tão familiar para ela depois de meses dormindo em seus braços. Ela se afundou no travesseiro, usando-o para enxugar as lágrimas. Ele a deixou, a deixou sozinha. Depois das promessas de que ele a manteria segura, que a protegeria, ele partiu. Ela se agarrou ao travesseiro, segurando-o até que seus braços doessem enquanto tentava dizer a si mesma que ele não a deixaria voluntariamente, que não a teria deixado sem tomar providências para sua segurança. Ela tinha que acreditar nisso. Ela precisava.

Um ruído suave no quarto a fez se debater. Ela chutou o travesseiro e rolou, rolou tão rápido e com tanta força que foi o suficiente para cair da cama, se chocando contra o chão com um grunhido, machucando os joelhos e as canelas. "Draco!" ela gritou, afastando o cabelo dos olhos e olhando ao redor enquanto seu coração batia frenético. "Draco!"

O elfo doméstico com a orelha faltando saltou da cadeira, puxando uma das mãos de dentro do pedaço de tapeçaria irregular que usava. A almofada da cadeira foi segurada em sua outra mão de dedos longos. O elfo doméstico colocou a almofada de volta na cadeira e deu um tapinha com cuidado, então olhou para Hermione e balançou a cabeça. A respiração de Hermione prendeu e ela se enrolou em si mesma, com as costas contra a plataforma da cama. Ela colocou os braços em volta das canelas e enterrou a cabeça nos joelhos.

"Senhorita?" A voz era tão suave que Hermione pensou que ela tinha imaginado, perdida em suas próprias respirações torturantes. Ela ergueu a cabeça e soprou um cacho que tinha caído em seus olhos, sobrancelhas franzidas em confusão. O elfo doméstico parou na frente dela, os dedos torcendo juntos, os olhos arregalados e esbugalhados. "Senhorita é-" ele se aproximou e sussurrou "-amiga de Dobby?"

Ouvir a voz do elfo doméstico pela primeira vez desde que ela foi trazida para o castelo assustou Hermione o suficiente para que ela não juntasse as palavras imediatamente além de perceber pela primeira vez que era macho. Sua única orelha caiu e ele começou a recuar. Hermione estendeu a mão. "Pare. Por favor, espere. O que você disse?"

O elfo doméstico parou, meio longe dela. Ele se virou, lentamente, e encontrou os olhos dela. "A senhorita é amiga de Dobby, sim?"

Hermione engoliu em seco e acenou com a cabeça, enrolando as pernas embaixo dela. "Sim. Sim, eu conhecia Dobby. Ele era... ele era..." Ela fechou os olhos para conter a memória de ter sido torturada na casa de Draco, da fuga desesperada e do sacrifício de Dobby. "Eu o conhecia."

Ela abriu os olhos e piscou para afastar o brilho das lágrimas que fez o elfo doméstico vacilar e desfocar. Ele tinha sua única orelha presa em uma das mãos, mas a observava sem se encolher. "Se a senhorita é realmente amiga de Dobby, a senhorita deve saber que está em perigo. A senhorita não pode ficar aqui. A senhorita deve ir embora."

Os dedos de Hermione cerraram-se na bainha do vestido, as unhas arranhando o joelho. "Eu não posso sair." Ela tocou o pescoço, sentindo inconscientemente a coleira que usava sempre que Draco a tirava da segurança do quarto. "Não posso sair do quarto. Estou segura aqui. Segura o suficiente. Não posso sair." Seus olhos começaram a lacrimejar novamente e ela baixou a cabeça, lutando para respirar uniformemente. "Assim que ele voltar, eu estarei segura. Draco. E-Ele me mantém segura. Ele não teria me deixado sem ter certeza que eu estava a salvo. Eu o conheço. Eu o conheço." Ela podia ouvir a rapidez de sua fala, a qualidade apressada de cada palavra, e estremeceu. Ela não estava tentando convencer o pequeno elfo doméstico. Ela estava tentando, pela segunda vez e muito mais desesperada, convencer a si própria.

"Senhorita." A voz do elfo doméstico estava baixa, porém firme, e Hermione olhou através de sua franja emaranhada para vê-lo olhando para ela com uma determinação estranha em seus olhos esbugalhados. "A Senhorita não está segura." Ele apontou para a porta. "Os outros ainda não vieram, mas virão. Eles virão. Sabe aquele que mora aqui com a senhorita? Ele saiu sem prendê-la. A senhorita está em perigo. A senhorita vai morrer."

Hermione balançou a cabeça freneticamente. " Não. Não. Não, ele não faria isso." Seu coração palpitou, batendo forte contra o peito, sua pulsação batendo em seus ouvidos e atrás de sua testa. Seus dedos tremiam e seus pulmões doíam. "Não. Draco não teria saído sem isso. Ele poderia ter saído sem dizer uma palavra ou uma nota ou-ou-ou-" Ela olhou para a porta, ofegante, pressionou contra a cama e agarrou-se a um canto de um lençol pendurado. "Ele não teria se esquecido disso!"

"Ele não teve escolha." O elfo doméstico tocou seu braço esquerdo onde uma marca negra estaria e balançou a cabeça. Ele caminhou até a porta e a abriu sem nem mesmo um segundo de hesitação. Fechando novamente, ele se virou para olhar para ela. "Sem escolha, senhorita. E agora, a senhorita não tem escolha."

Alguém arranhou a porta, silenciosa e lentamente. "Pequena sangue-ruim." sussurrou uma voz. "Pequena sangue-ruim. Eu sei que você está aí. Sei que o seu dono fracassado magricela está desaparecido. Você está sozinha. Totalmente sozinha." A maçaneta da porta tilintou e torceu. A porta rangeu e se abriu. O homem riu, áspero e sombrio. Ele empurrou a porta, suas presas brilhando, saliva escorrendo por sua barba irregular. Ele lambeu os lábios, ergueu as garras e sorriu. "Hora de brincar."

Hermione gritou. Ela tentou levantar, lutando para se livrar do casulo de lençóis. Com o coração batendo forte, ela virou a cabeça para olhar para a porta. Estava fechada. Bem fechada. Nenhum lobisomem na abertura babando com a chance de tomá-la. Ele não estava lá, esperando para estuprá-la, rasgá-la em pedaços. Ninguém estava lá. Apenas uma porta fechada.

Ela colocou a mão sobre o coração e lutou para respirar. O elfo doméstico tinha discutido com ela e ela finalmente ordenou que ele fosse embora. Determinada a esperar pelo retorno de Draco, ela se enrolou na cama, em volta do travesseiro que ainda tinha o cheiro dele. Ela caiu em um sono agitado e sonhou com um reencontro caloroso no abraço de Draco.

Não havia verdade nisso, ela percebeu com uma pontada no coração quando se sentou e enxugou o rosto com a ponta do lençol. Não havia verdade naquele sonho, não havia verdade no pesadelo da intrusão de Fenrir Greyback. Ela estava sozinha.

Sozinha.

Hermione apertou mais o travesseiro e enterrou o rosto nele.

"Senhorita?"

Hermione levantou a cabeça, a respiração presa na garganta. Ela engoliu o grosso nó de medo quando avistou o elfo doméstico em pé perto do armário, sua única orelha agarrada em sua mão. Ele deu um passo à frente. "A senhorita está pronta para sair agora ?"

Hermione balançou a cabeça, agarrando-se ao travesseiro. O elfo doméstico lançou lhe um olhar de desgosto intenso, forte o suficiente para que ela recuasse. Antes que ela pudesse começar a se surpreender que qualquer elfo doméstico, especialmente um preso aqui sob o reinado do Lorde das Trevas e intimidado pelos maus-tratos e ordens diárias, olharia para uma pessoa dessa forma, ele soltou sua orelha e deu um passo à frente. Ele agarrou o travesseiro e o puxou para longe dela. "Senhorita. Deve. Sair." Cada palavra foi quase cuspida, seus olhos esbugalhados se estreitaram de raiva. "A senhorita está em perigo. A senhorita vai morrer."

Hermione olhou, perplexa com o comportamento e a expressão do elfo doméstico. "Draco." ela disse, agarrando-se a um canto dos lençóis umedecidos de suor, agarrando-se ao único ponto de conforto e segurança que ela tinha neste lugar miserável. "Eu tenho que esperar por Draco."

"Não!" O elfo doméstico estendeu a mão e envolveu seus longos dedos ao redor do pulso dela. Ele a puxou pelo braço, desequilibrando-a e ela esparramou-se na cama por fim encarando-o. Nariz com nariz, ele olhou para ela. "Saia. Você tem que sair. Venha comigo e saia agora. Não há mais tempo."

Hermione piscou, quase sem respirar. A atitude agressiva, o discurso exigente e inesperadamente adequado. Isso a deixou confusa e incapaz de pensar. Ela raspou os dentes no lábio inferior e exalou, sua respiração deixando-a com um tremor audível. "Como?"

Hermione seguiu o pequeno elfo doméstico, saltando a cada barulho nas sombras. Ela reconheceu a direção para a qual estavam indo. Draco a tinha levado pelo mesmo caminho no dia em que a levou para fora, levando-a pelos corredores até a lavanderia e até a porta escondida na base da parede do castelo. Pensar nele a fez hesitar. Ela parou em um corredor e olhou para trás, por onde viera com o elfo doméstico. "Draco." ela disse, sem saber que estava falando em voz alta, sem perceber a esperança frágil e fútil em sua voz. "Draco?"

Ela gritou quando uma mão envolveu seu pulso. Tentando empurrar, ela bateu de volta contra a parede. O pequeno elfo doméstico olhou para ela, sua única orelha achatada contra a cabeça com tanta firmeza que parecia que ele não tinha orelhas. "Pare!" ele sibilou para ela. "Não há volta! Apenas para a frente! Saia agora!"

"Eu não posso." ela disse, seus olhos lacrimejando por causa da pancada forte contra a parede e o aperto do elfo doméstico em seu pulso. "Eu não posso. Draco-"

"Ele é um deles. Comensal da Morte. Matar e torturar. Não há nada aqui além da morte." Ele a soltou e deu as costas para se afastar. Ela deu um passo à frente, deu outro para trás. Ela se mexeu para frente e para trás, mordendo o lábio até sentir o gosto de sangue.

Ela tentou escapar antes e isso quase a matou. Draco havia arriscado tanto para resgatá-la de Aleto Carrow, havia assassinado a bruxa usando as aranhas da floresta proibida, um método que ela ainda não conhecia. Fugir era perigoso, tentar sair era o mesmo que suicídio, e ela só estaria segura enquanto Draco a protegesse.

Sua mão foi para o pescoço, sentindo a coleira de couro que ela havia deixado para trás em seu quarto. Ela estava sem sua proteção agora. Ele se foi. Ele pode não voltar. A lembrança disso tornou a sua garganta mais espessa e ela engoliu com força contra a formação de um caroço. Ela fechou os olhos e se encostou na parede. O elfo doméstico estava certo - Draco era um Comensal da Morte - mas ela confiava nele. Ela....

Uma lágrima escorreu por sua bochecha.

Ela se importava com ele.

Ela não queria ir embora. Partir significava que ela estava reconhecendo que ele poderia não retornar, que ele poderia ser morto em sua missão. Se ela deixasse sua proteção, se ela - de alguma forma, só Deus sabe como - conseguisse escapar, então ela o estava deixando para morrer. Hermione não queria enfrentar esse pensamento.

Hermione balançou a cabeça, virando-se para pressionar seu corpo contra a parede. Ela não conseguia pensar nele derrubado e sangrando, seus olhos cinzas entorpecidos pela morte, seu cabelo loiro ficando escuro com sangue derramado. Ela não podia deixá-lo para isso.

Ela tinha acabado de se convencer a se virar, a correr de volta para o quarto deles e se barricar lá dentro até que Draco voltasse, porém, quando ela ouviu passos ecoando por um corredor que ela passou com o pequeno elfo doméstico, Hermione prendeu a respiração e se achatou contra a parede, tão rígida quanto a pedra fria sob suas palmas.

"O que você acha?" disse uma voz profunda. "Malfoy se foi e não levou sua cadela com ele. Ela parece uma boa puta. Deve ser, do jeito que ele tem andado altivo nos últimos dois meses."

Outra voz, menos profunda, mais áspera, respondeu. "Não estou surpreso que ele a tenha tomado. Inútil como ele é, ele não conseguiu uma mulher pura. Sangue ruim é o melhor que ele pode ter."

O coração de Hermione estava batendo tão forte que ela não conseguia identificar nenhum dos homens e ela não desperdiçou energia tentando descobri-los. Todos os seus esforços foram em rezar para que eles não se aproximassem.

"Não pense que é só isso." disse o primeiro homem. Ele riu, sombrio e desagradável. "Você não o ouviu falar com Jugson na semana passada. Deveria tê-lo visto. Acho que ele realmente se preocupa com a prostituta. Me faz querer enfiar na buceta dela só para ver a expressão em seu rosto quando ele voltar e encontrar ela montando meu pau. "

"Ele não vai. Eu já me certifiquei disso." O segundo homem falou com total confiança, e Hermione mordeu o lábio até sentir o gosto de sangue para não gritar em negação. "Malfoy não vai voltar dessa missão. Jonah também foi."

"Jonah? Jonah Crabbe? Por que diabos ele-- oh . O filho de Jonah foi morto há um tempo, não foi?"

A risada desse homem foi ainda mais sombria e ameaçadora do que o primeiro homem conseguiu soar. "E ele culpa Malfoy por isso. Nem se preocupe com isso. Ele está procurando por essa oportunidade há meses. Malfoy nunca vai voltar de sua missão, e sua putinha estará livre para ser pega."

Depois de um momento de silêncio, o primeiro homem deu uma risadinha. "Então porquê esperar?" Seus passos se afastaram rapidamente, desaparecendo nas masmorras. Hermione caiu, cada respiração uma luta, cada batimento cardíaco sacudindo seu corpo de dor. Ela enterrou o rosto na curva do cotovelo e cedeu a um momento de lágrimas roucas e torturantes. Ela não podia voltar. Todas as suas escolhas, todas as suas opções, estavam sendo tiradas dela. Mesmo a pequena quantidade de liberdade e segurança que ela teve com Draco se foi agora.

Quando ela conseguiu recuperar o fôlego e olhar para cima, o pequeno elfo doméstico estava parado na sua frente, com os braços cruzados. Seus olhos se estreitaram tanto que ela se perguntou como ele podia vê-la. "Senhorita." disse ele em tons de advertência. "Não há tempo." O elfo doméstico puxou seu braço, tentando puxá-la para longe da parede. "Última chance. Corra e viva, fique e morra. Nenhuma há outra escolha."

Hermione soluçou e fungou. Draco foi enviado para morrer. Sem ele, ela estava praticamente morta. Ela não tinha outra escolha. Ela poderia correr de volta para seu quarto e esperar que os outros a encontrassem, reivindicassem, torturassem e estuprassem até a morte. Ou ela poderia correr.

A voz de Draco ecoou em sua cabeça, estabelecendo-se em seu coração. Se algo acontecer comigo, corra pra caralho, Granger. Você nunca vai sair do terreno, provavelmente não vai conseguir sair do castelo, mas corra. Tente fazer com que eles matem você em vez de recapturá-la.

Ela endireitou os ombros e tocou a garganta, imaginando a proteção dele em volta do pescoço. Para permanecer viva, ela tem que obedecer seus comandos. Corra. Ela olhou para o pequeno elfo doméstico, enxugou o rosto com as costas da mão e respirou fundo. "Estou pronta." ela sussurrou. "Última chance."

O pequeno elfo doméstico encontrou seus olhos. Balançando a cabeça com alívio óbvio em seu rosto, ele a conduziu pelos corredores até a lavanderia.

Eles conseguiram passar pela lavanderia e saíram do castelo sem serem vistos. Dentro do castelo, no quarto que ela dividia com Draco, Hermione não tinha como saber a passagem do tempo, exceto pelos movimentos de Draco. Assim que ela saiu pela pequena porta escondida, ela olhou boquiaberta para o céu, surpresa por ser noite. Pela primeira vez em meses, ela viu as estrelas. Nenhuma lua brilhava e as nuvens escureciam a maior parte do céu, mas lá, brilhantes e cintilantes, estavam as estrelas. Ela olhou para elas, a boca aberta em admiração, as lágrimas ardendo em seus olhos. Elas eram tão bonitas, e ela sentia muito a falta delas. Apenas um som de dentro da lavanderia a estimulou a se mover, e ela seguiu o elfo doméstico com lágrimas escorrendo pelo rosto.

Eles agarraram as pedras do castelo enquanto contornavam a base. Hermione desviou os olhos da colina onde vira a pilha de corpos em sua primeira tentativa de fuga. Ela tentou não pensar em Draco, voltando para o quarto depois de queimar os cadáveres, caindo na cama e envolvendo-a em seus braços enquanto ele estremecia com o horror de seus deveres. Tentou não pensar em seus olhos, em sua franja úmida de suor e seu coração batendo sob sua mão enquanto ele adormecia depois de ter conforto e descanso em seu corpo.

Eles esperaram nas sombras do castelo, esperaram que as nuvens se espessassem e cobrissem até a luz das estrelas. Hermione sentiu seu coração batendo forte na garganta, sentiu seu corpo inteiro tremer. Quando o elfo doméstico envolveu os dedos em seu pulso e a puxou para frente, ela precisou de tudo para não gritar. Ele a puxou para longe da segurança da parede do castelo, puxou-a das sombras e arrastou-a para fora. Eles correram pela vasta extensão de grama escurecida, seus pés batendo no chão com baques pesados ​​que Hermione tinha certeza que podiam ser ouvidos dentro do castelo. Ela tapou a boca com uma mão para abafar seus sons desesperados por ar. Olhos fixos na borda da floresta, árvores negras e raízes sombreadas se aproximando a cada passo, ela correu.

Uma sombra passou por cima, visível na escuridão proporcionada pela cobertura de nuvens. Hermione se assustou. Desequilibrada, ela tropeçou e caiu, raspando as mãos na terra com um grito agudo.

À frente dela, o pequeno elfo doméstico se virou, seus olhos esbugalhados brilhando de medo. Ele ergueu a cabeça, examinou o céu e olhou para o castelo. Seu ouvido tremia e seus olhos se arregalaram ainda mais quando um som rolou pela grama. Hermione também ouviu. Um grito, um alarme. A fuga deles foi descoberta.

Ela se levantou e correu para frente. Outra sombra passou por cima, desta vez seguida por um raio verde que dividiu o céu e forçou um grito de sua garganta. "Lá!" ela ouviu uma voz distante. "Lá está ela!"

Soluçando para respirar, ela correu, ultrapassando facilmente o pequeno elfo doméstico. Ela podia ouvi-lo batendo na grama atrás dela, os dois avançando a toda velocidade para a fraca segurança da floresta proibida. Uma terceira sombra cruzou seus caminhos, depois outra. Podem ter sido sombras diferentes, podem ter sido as mesmas, mergulhando e pairando sobre eles enquanto corriam. Hermione não teve tempo para se perguntar, não teve tempo para pensar em nada, exceto na fronteira da floresta. Ela tinha que alcançar a floresta.

Os pulmões de Hermione queimaram enquanto ela lutava para respirar, para obter oxigênio em seu sangue e seus músculos tensos. Sua visão ficou cinza, a floresta parecia recuar a cada passo que ela dava. Sob seus pés, o solo refletia magia, brilhando em verde, azul e ouro com cada feitiço que estourou no céu. Acima dela, as sombras surgiram. "Ali!" A voz distante estava mais perto agora, avançando sobre ela. "Pronto! Estou com ela!"

Um grande estrondo sacudiu o ar, jogando Hermione no chão. Ela rolou e lutou para ficar de pé, mas antes que pudesse se levantar, uma força pungente a cercou. Isso a ergueu do chão, ergueu-a no ar. Hermione gritou, com as mãos estendidas para a floresta, as pernas chutando descontroladamente para o nada. Ela girou e se retorceu no aperto sufocante da magia que a puxou para cima, gritando de medo e negação. A segurança da floresta desapareceu quando pontos negros apareceram em sua visão, e com seu último suspiro, sua explosão final de esforço, ela dirigiu o olhar ao castelo e gritou. " Draco !"

N/T: Aurelian é uma fanfic sobre viagem no tempo e já está disponível no meu perfil, deem uma olhada!

Sinopse: Dois anos após a guerra, uma criança estranha faz uma visita à toca. Sua chegada sozinha é desconcertante, mas as notícias que ele traz de uma guerra que se aproxima vira o mundo de cabeça para baixo. A vida tranquila de Hermione, no pós-guerra, nunca mais será a mesma.

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